La Casa de Papel

A quarta temporada da série La Casa de Papel voltou a surpreender e a fazer parar a respiração. Mas o Bella Ciao ainda não termina por aqui.

Temporada 4

O grupo de assaltantes vestidos de vermelho e com máscaras de Dali voltaram para uma quarta parte daquela que é das séries mais esperadas da Netflix. Numa temporada com oito episódios, o primeiro não podia ter um título mais apropriado. Começou tudo com “Game Over“, um nome nada benéfico para as nossas personagens que no último episódio da parte três estavam em maus lençóis.

(AVISO QUE O SEGUINTE TEXTO CONTÉM SPOILERS)

Pela primeira vez conhecemos o lado desnorteado e sem plano do Professor que acreditava plenamente na execução de Lisboa, que se tornara refém da Polícia. Desesperado e a acreditar que perdera o amor da sua vida, dá ordem final para guerra. Por outro lado temos Nairobi que está por um fio quando inesperadamente leva um tiro no peito e perde imenso sangue. É nesta sufoco e pressão de adrenalina que começa a quarta temporada. Desta vez o grupo volta a reunir-se para mais um assalto: ao Banco Nacional de Espanha. O Professor, Tóquio, Helsínquia, Nairobi, Denver, Estocolomo, Lisboa, Marselha e Palermo, juntam-se para resgatarem Rio que foi capturado e torturado.

A resistência volta na sua maior força, contudo muitos dos acontecimentos tornaram-se percalços inesperados, e o novo plano foi comprometido. Nas temporadas anteriores temos um Professor mais resistente e perspicaz que elaborou o plano perfeito de assaltou em memória ao seu pai. Este novo plano é uma memória viva a Berlim, seu meio-irmão. Aliás esta foi uma das personagens que agradou a maioria e por isso mesmo decidiu voltar, São vários os momentos flashbacks que acompanhamos a concepção do plano e memórias de Berlim. Sendo um dos melhores momentos o ouvirmos cantar no seu próprio casamento. O ator Pedro Alonso já tinha provados os seus dotes musicas em pequenos momentos, relembro a música “Bella Ciao”, mas nesta versão da música “Ti Amo” conseguiu surpreender ainda mais.

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O argumento volta a ser o ponto mais positivo desta temporada, mas não é o único. Aliás tudo nesta série se complementa em harmonia e eficácia. O departamento de fotografia volta a impressionar com tons escuros de filmagens, onde se destaca o vermelho dos fatos macacos da resistência. Além disso os momentos de flashbacks que são adocicados em tons quentes o que nos transmite conforto em conhecimento de mais pormenores sobre a vida destas personagens.

La Casa de Papel volta a criar empatia com o público e isso vê-se nos relacionamentos entre as personagens. Contudo nesta parte não nos sentimos tão próximos dos assaltantes. Nota-se que existe uma quebra e uma desconfiança entre todos o que dificulta o assalto. O que desiquilíbria em momentos críticos. A confiança dos protagonistas é muitas vezes posta em causa. Pela primeira vez temos um forte vilão no interior com os assaltantes (e não, não estou a falar do Arturito, aquela personagem que todos amamos odiar) mas sim de um assassino profissional que vai ameaçar a estabilidade do grupo. Além disso do lado de fora temos a Inspectora Alicia Sierra, que não tem rodeios para atingir os fins, mas até sentimos empatia com esta personagem. Mas nada deve ser tido com garantido

Além da muita ação, mistério e suspense, são esperados momentos de puro drama e mesmo emocionais. Como fãs vamos ficar rendidos. Existem novamente momentos memoráveis e apesar de estar temporada ter sido à pressa é notório em algumas falhas de desenvolvimento, mas tal não deixam ficar mal o público. Indico que vamos andar novamente com o coração nas mãos devido aos fortes acontecimentos que põe em risco a vida das nossas personagens. O “atraco” ainda não terminou e espera-se uma quinta temporada. Além disso o final foi bem tenso. O que esperam encontrar nos próximos capítulos de La Casa de Papel?

Netflix Portugal

Crítica: Tomorrowland – A Terra do Amanhã

Crítica do filme Tomorrwoland – Terra do Amanhã.

Título: Tomorrowland – Terra do Amanhã
Ano: 2015
Realização: Brad Bird
Interpretes: Britt Robertson, George Clooney, Hugh Laurie, Judy Greer, Kathryn Hahn, Tim McGraw…
Sinopse: Ligados por um destino comum, Frank, um antigo menino prodígio, agora cansado de desilusões, e Casey, uma adolescente otimista e brilhante, cheia de curiosidade científica, embarcam numa missão perigosa para descobrir os segredos de um enigmático local, num tempo e lugar conhecidos como “Tomorrowland”. O que eles vão fazer vai mudar o mundo, e a eles, para sempre.  (Fonte: Sapo Cinema)

Tudo o  que tinha para ser um dos melhores filmes do ano,  não correu tão bem assim. A Disney empenhou-se na realização do filme Tomorrowland, a expectativa era grande (aliás contava com George Clooney no elenco) mas não passou de uma miragem. O enredo do filme foi mantido em segredo até mesmo à reta final, e talvez foi aí a sua maior falha. O plot apresenta-se muito fraco e surreal. Até parece uma história encantar que se conta às crianças antes de adormecer, guiada sobre aquela ilusão da Disney “se queremos muito, e acreditarmos, tudo pode acontecer“. Tive o prazer de assistir a este filme em IMAX. Gostei muito existe uma maior qualidade, dá mesmo a sensação que entramos dentro do filme.

Tomorrowland foi idealizado propositadamente para ser visto em IMAX, aliás os seus efeitos visuais é o ponto alto do filme. A qualidade com que aquele mundo novo foi criado é inegável. A mensagem que transmite também é positiva. Sobre que devemos sonhar e acreditar que é possível criar um mundo melhor. E fica-se só por aí. As interpretações de George Clooney e Hugh Laurie estão baixas, reagem de forma imatura a situações sérias. Já o mesmo aplica-se ao cast mais jovem Britt Roberstson, que na minha opinião interpreta uma personagem que devia ser mais nova. O enredo desvanece-se no seu desenrolar e perde a confiança. O que seria uma aventura empolgante para o espectador, não acontece. Houve momentos totalmente desperdiçados, esperava mais deste filme. O blogue atribui 3 estrelas em 5.

Rating: 3 out of 5.