Crítica: O Farol

Dois faroleiros tentam manter a sua sanidade equilibrada enquanto trabalham num ilha deserta em New England nos anos 1890s.

Título: The Lighthouse
Ano: 2019
Realização:  Robert Eggers
Interpretes:  Robert Pattinson, Willem Dafoe, Valeriia Karaman…
Sinopse: Dois faroleiros tentam manter a sua sanidade equilibrada enquanto trabalham num ilha deserta em New England nos anos 1890s.

Logo quando estreou, “O Farol” esperava-se um maior reconhecimento. Afinal tínhamos uma realização completamente a preto e branco por Robert Eggers e atores fantásticos como Willem Dafoe e o homem do ano, Robert Pattinson. Contudo passou ao lado das nomeações aos Óscares em 2019, mas não só por isso deve ser deixado de lado. Este filme não é para todos e como tal ou se ama ou odeia. “O Farol” aborda de forma incoerente e rebelde o estado mental de dois faroleiros que vigiam um farol em New England nos anos 1890. O noir apresentado durante as duas horas de filme e os diálogos loucos e muito sinistros completam esta obra cinematográfica com um toque negro de Hollywood.

Na verdade, precisamos de estar muito atentos a todo este panorama aterrador. Este filme desde o início até ao fim apresenta inúmeras referências onde não sabemos o que é realidade e imaginação que está presente na mente conflituosa e muito transtornada destas duas personagens. A forma como estes dois comunicam é o mais apreciativo durante este filme. Quem é inocente? A personalidade e passado de cada um é vagamente revelado e não é o mais fácil de aceitar, mesmo após uma noite de bebedeira.

Concluindo este é um filme que mexe com a nossa mente e concentração e sentimos-nos claustrofóbicos naquela ilha. Este é um filme um pouco difícil de sustentar, mas a realização e o atores fizeram um excelente trabalho. O blogue atribui 3,5 estrelas em 5.

Rating: 3.5 out of 5.

Crítica: The Florida Project

Durante um verão, o filme segue o dia-a-dia de uma menina de seis anos, Moonee, enquanto se aventura nos caminhos da imaginação, e o cuidado da sua mãe rebelde. Vivem as duas nas sombras do Disney World.

Título: The Florida Project
Ano: 2017
Realização: Sean Baker
Interpretes: Brooklynn Prince, Bria Vinaite, Willem Dafoe…
Sinopse: Durante um verão, o filme segue o dia-a-dia de uma menina de seis anos, Moonee, enquanto se aventura nos caminhos da imaginação, e o cuidado da sua mãe rebelde. Vivem as duas nas sombras do Disney World.

Os anos da infância são os melhores da nossa vida. Sem responsabilidades e preocupações, onde apenas queremos ser livres. Moonee era assim, feliz no seu mundo, apesar da mancha de família disfuncional que já tinha. Durante todo o dia, a menina de seis anos brinca com o seu melhor amigo, na descoberta do bairro social onde habitam. Uma residencial com apenas um quarto e casa de banho. As crianças deixadas sozinhas, enquanto os pais trabalham, dão asas à imaginação e só assim conseguem brincar felizes. Em Orlando, nas sombras da Disney World, mundo ligado à fantasia e magia, existe outra situação mais dramática e que ninguém quer ver. Em “Florida Project” foca-se mesmo nisso. A mãe irresponsável de Moonee, Halley (Bria Vinaite) tenta oferecer uma melhor qualidade de vida à filha da melhor maneira que conhece. Do pai não sabemos nada, mas presumimos. Durante um verão acompanhamos as aventuras das crianças pelos subúrbios da Disney, inocentes à dura realidade que vivem. A falta de dinheiro é o principal motivo.

O elenco inexperiente, exceto Willem Dafoe, que já o conhecemos de vários filmes, foi uma boa aposta. Torna esta longa-metragem mais realista, intimista e causa o impacto que devia. “The Florida Project” foi o primeiro trabalho de representação de Bria Vinaite e juntamente com a pequena Brooklynn Prince chamaram à atenção da crítica. As duas interpretam mãe e filha, numa jornada de auto-descoberta e aventura. Este fantástico deleite cinematográfico é uma viagem sobre a nossa própria infância e inocência. Revi-me em muitos momentos na pequena Moonee, quando brincava com os meus colegas de bairro. As idiotices que fazíamos sem nos importarmos e a forma como conseguíamos divertir facilmente. Depois crescemos e tudo muda, mas as memórias ficam. O final deste filme foi impressionante e fica em aberto para o que virá a seguir. Surpreendeu-me bastante este filme pela positiva e está no meu top de filmes favoritos. O blogue atribui 4 estrelas em 5.

Rating: 3 out of 5.

Crítica: Um Crime no Expresso do Oriente

Quando um assassinato ocorre num comboio em andamento, o famoso detective Hercule Poirot tem um novo caso nas suas mãos.

Quem é o assassino?

Título: Murder on the Orient Express
Ano: 2017
Realização: Kenneth Branagh
Interpretes: Kenneth Branagh, Penélope Cruz, Willem Dafoe…
Sinopse: Quando um assassinato ocorre num comboio em andamento, o famoso detective Hercule Poirot tem um novo caso nas suas mãos.

Foram várias as adaptações, seja do cinema e televisão que já “correram” os livros de Agatha Christie. “Um Crime no Expresso Oriente” conseguiu a sua primeira adaptação cinematográfica em 1974. O realizador e ator Kenneth Branagh junta um forte elenco para um novo filme mais atual sobre um dos crimes mais conhecidos da escritora. Enquanto viajam no comboio do Oriente, um grupo de desconhecidos recebe mais um passageiro a bordo por coincidência, Hercule Poirot. Um dos maiores investigadores privados. Durante a longa viagem, ocorre um violento assassinato e só Poirot poderá desvendar o caso.

Kenneth Branagh teve dois papéis fundamentais no filme. Aceitou ser o realizador, onde optou por aprimorar planos clássicos mesmo ao estilo desta obra cinematográfica, e teve a responsabilidade de ser o protagonista. Um novo Poirot. Esta é uma personagem emblemática da literatura. Conhecíamos principalmente por David Suchet o interpretar na televisão. O enredo e argumento não trazem nada de novo. O que torna mais relevante nesta obra cinematográfica é o elenco. Caras bem conhecidas do público que cada um interpreta um possível suspeito para o assassinato. Penelope Cruz, Willem Dafoe, Judi Dench, Johnny Depp, Michelle Pfeiffer e Daisy Ridley, entre outros. Apesar dos grandes nomes, cada um conseguiu o tempo de antena necessário para o desenvolvimento da sua personagem. Depois de seguir as pistas, apesar de algumas se mostrarem contraditórias,  Poirot terá de encontrar o verdadeiro assassino. E acreditem em mim, ele vai conseguir.

Crime no Expresso Oriente” resumidamente é satisfatório com um enredo que entretém. Para quem gosta de filmes de mistério e resolução de casos policiais, este é o ideal. Durante o filme é engraçado tentar descobrir quem é o assassino. Mas neste caso para mim não valeu, pois já conhecia a história. Uma sequela já foi anunciada no final, e será “Morte no Nilo“. O blogue atribui 3 estrelas em 5.

Rating: 3 out of 5.