Crítica: Moonrise Kingdom

Wes Anderson é um mestre criativo quando lhe dão uma câmara para as mãos. Usa com dedicação a imaginação e conta belas histórias. Sempre com a mesma estrutura. Uma história de amor, personagens peculiares, mas engraçadas e cores vibrantes

Título: Moonrise Kingdom
Ano: 2012
Realização: Wes Anderson
Interpretes: Jared Gilman, Kara Hayward, Bruce Willis…
Sinopse: Um par de jovens apaixonados fogem da sua terra natal em New England, o que causa um alvoroço local de procura pelos dois.

Wes Anderson é um mestre criativo quando lhe dão uma câmara para as mãos. Usa com dedicação a imaginação e conta belas histórias. Sempre com a mesma estrutura. Uma história de amor, personagens peculiares, mas engraçadas e cores vibrantes. Este filme começa com um som instrumental. Uma casa que parece uma casa de bonecas. Conhecemos a família Bishop. Cada personagem está onde deve estar, a seguir a sua rotina e tudo está no seu devido lugar. Existe um toque proteccionista que está presente durante todo o filme. A filha mais velha da família Bishop, Suzy, é a protagonista, o seu jeito curioso com os binóculos revela muito da sua personalidade. De seguida a cena muda e estamos num acampamento de escuteiros. O pequeno Sam, deixa o escuteiro chefe preocupado quando desaparece. Sam e Suzy reaparecem num local abandonado, pretendem fugir os dois para o lugar incerto, longe do olhar dos outros. Depois conhecemos a história deste jovem casal, enquanto o polícia local, Capitão Sharp procura uma forma de encontra-los.

O argumento, fotografia e banda sonora são mesmo o melhor deste filme. Conseguem envolver-nos com toda a sua essência e decifram eficazmente o jeito especial de Anderson neste filme. O elenco de atores é também fantástico e percebemos porque aceitaram este papel e a possibilidade de entrar no filme deste realizador. No entanto o destaque vai para os jovens Jared Gilman e Kara Hayward, o casal romântico que desaparece de meio mundo só para estarem juntos. Ambos deixaram uma excelente impressão.

Concluindo este é um filme que fica na memória de tão doce, simples mas diferente que é. Acaba, o que é mau, mas dá-nos vontade de ver tudo novamente. Em 2013 recebeu a indicação para melhor roteiro original, mas perdeu para o filme Django Libertado de Quentin Tarantino. O blogue atribui 4 estrelas em 5.

Rating: 4 out of 5.

Crítica: Grand Budapest Hotel

Grand Budapest Hotel narra as aventuras de Gustave H, um lendário concierge de um famoso hotel europeu durante as duas guerras, e Zero Moustafa, o paquete que se torna no seu amigo de confiança. A história envolve o roubo e a recuperação de uma preciosa pintura renascentista e a luta por uma enorme fortuna de família – tudo sob o cenário de um Continente que passa por inesperadas e dramáticas mudanças.

Grand Budapest Hotel é um filme de 2014, realizado por Wes Anderson e com as participações de Ralph Fiennes, F. Murray Abraham, Mathieu Amalric nos principais papéis. Sinopse: Grand Budapest Hotel narra as aventuras de Gustave H, um lendário concierge de um famoso hotel europeu durante as duas guerras, e Zero Moustafa, o paquete que se torna no seu amigo de confiança. A história envolve o roubo e a recuperação de uma preciosa pintura renascentista e a luta por uma enorme fortuna de família – tudo sob o cenário de um Continente que passa por inesperadas e dramáticas mudanças. (Fonte: CinemaGate).

A mente de Wes Anderson é completamente colorida e cheia de graça. Os seus filmes são verdadeiras pérolas da simplicidade, originalidade com um gosto peculiar. Neste filme acompanhamos a luta pela justiça de um homicídio e roubo de Gustave H (Ralph Fiennes), dedicado apenas a um luxuoso hotel. Com um leque de personagens bem-humoradas e com situações inesperadas acompanhamos Gustave, pela narração do Lobby Boy no futuro. A história é bastante simples, é um género de policial descontraído e sobre um homem a provar a sua inocência. Não é a sua narrativa que o torna especial, é a forma como este filme foi idealizado que o torna diferente de todos os outros. A consistência nos diálogos, a visualização estética, o elenco vasto é surpreendente o que faz Grand Budapest Hotel, um dos melhores filmes do ano. Vale mesmo a pena assistir.

O diálogos divertidos, fazem parte de todo o enriquecimento do filme. Apesar de a história ser fantasiosa, o seu desenrolar não é, muito pelo contrário. Tudo é bastante real e tem o seu sentido. Wes Anderson conseguiu surpreender e pode ser que leve o Oscar de Melhor Filme para casa. Mas também está nomeado para mais categorias, e pode ser o grande vencedor dos Oscares, já que é o filme com mais nomeações. Surpreendeu pela positiva e espero que o realizador continue assim, pois está num bom caminho. Já que na Indústria de Hollywood é difícil inovar e se vê muito do mesmo, Anderson conseguiu. Aconselho a verem este filme, para quem ainda não o viu. O Blog atribui 4,5 estrelas em 5.

Rating: 3 out of 5.