De manhã acordamos cedo para voltarmos a conhecer um Japão rural, com pequenas aldeias muito tradicionais, mas repletas de História. A nossa primeira paragem foi Tsumago. Quando saímos à rua choveu bastante.
Tsumago
Esta é a melhor aldeia preservado do Japão do tempo Edo. O seu ambiente está mesmo recriado à época e facilmente sentimos como se estivéssemos perdidos no tempo. Esta era uma aldeia de passagem para os viajantes. Mantinha em stock comida, dormidas, ryokan e cavalos. Esta aldeia não tem ainda tantos turistas como Shirakawago e por isso pode ser visitada sem pressas e com mais reconhecimento. Neste local experimentamos os famosos pãezinhos recheados, um doce tradicional da região.
Museu Magome Waki-Honjin (casa Samurai)
A 15 minutos de Tsumago visitamos o Museu Magome Waki-Honjin. Ainda sobre o Japão Antigo, temos um alojamento luxuoso construído principalmente para os oficiais do governo que viajavam e samurais. Actualmente foi reconstruído e transformou-se num museu que pode ser visitado. Como este era um local de passagem entre Quioto e Tóquio, serviu para o descanso dos viajantes. Muitos senhores feudais utilizaram e até recebeu uma curta visita do próprio Imperador Meiji em 1880, quando escoltou a Princesa Kazunomiya para um casamento arranjado. O preço de entrada é de 600Yen e vale totalmente conhecer este monumento histórico. Neste museu conhecemos o espaço e jardins adjacentes, assim como viviam as pessoas daquele tempo a mesmo as regras para nos sentarmos à fogueira. O museu é grande e ainda conseguimos conhecer a História japonesa.
Almoçamos numa área de serviço local, pois seguir teríamos de apanhar o comboio-bala para o nosso próximo destino nas montanhas do Japão.
Comboio-Bala
Durante a tarde apanhamos o famoso Comboio-Bala. Tal como dizem é mesmo rápido e não se atrasa de maneira nenhuma. Temos apenas 2 minutos para entrar e é necessário antes do comboio chegar mantermos-nos em filas indianas para evitar confusões. Andamos no comboio JR Super-expresso aproximadamente 300km/h. Super confortáveis os comboios e totalmente espaçosos. Em cerca de uma hora chegávamos a Nagoya. Contudo admito que não gostei muito da viagem foi muito rápido e senti-me desconfortável. As imagens da paisagem eram muito rápidas para o meu cérebro acompanhar. Mas conseguimos uma surpresa. Como passamos pelo Monte Fuji, mereceu logo uma fotografia, o que nem sempre é fácil devido ao tempo nublado. Tivemos sorte mesmo. Ali está ele na foto abaixo.

Hakone
Neste dia perdemos mais tempo em transportes. Depois da chegada à estação de comboio, fomos de autocarro até ao hotel. O hotel ficava em Hakone, e para lá chegarmos subimos à montanha. Como neste dia era domingo, apanhamos algum trânsito para chegar ao hotel. Isto porque, segundo a guia, os japoneses que vivem em cidades como Tóquio, durante o fim-de-semana viajam até ao meio mais sossegado e rural para descansar. Aproveitam as termas e o contacto com a natureza, algo que durante o dia-a-dia não estão habituados. Daí mais pessoas na estrada. Chegamos ao hotel e fomos logo descansar também. Com um banho no ryokan (este não era tão bonito como o do dia anterior), mas totalmente relaxante na mesma. Depois o hotel tinha um jantar preparado para nós, tipicamente japonês. Vestimos-nos a rigor com yukatas e jantamos sem perceber muito bem o que estávamos a comer. Mas estava tudo delicioso e bem bonito. Já repararam como os japoneses embelezam o prato?

Este foi um dia relaxante também na zona mais calma do Japão. Brevemente estávamos quase a conhecer a azafama da cidade. Na próximo dia conhecemos Tóquio.
Não percam os próximos episódios, porque nós também não.