Crítica: Dias de Loucura

Três amigos tentam reconquistar a sua glória ao abrirem uma fraternidade na Universidade.

Título: Old School
Ano: 2003
Realização: Todd Phillips
Interpretes: Luke Wilson, Vince Vaughn, Will Ferrell…
Sinopse: Três amigos tentam reconquistar a sua glória ao abrirem uma fraternidade na Universidade.

Juntamos um grupo de bons atores de comédia como Luke Wilson, Vince Vaughn e Will Ferrell e conseguimos ter um filme minimamente engraçado. Quando a vida já não é o que era, e as responsabilidades do mundo adulto aumentam, três melhores amigos, cada um com as suas vidas, decidem criar uma fraternidade universitária e voltar aos tempos de glória. Apesar de já estarem a começar a casar, com filhos e com um emprego bom, sentem a falta de voltarem a receberem a identidade de liberdade que perderam e por isso voltam a relembrar os loucos anos da faculdade.

O trio junta um grupo de outsiders que não se enquadra e juntos decidem tornarem-se na melhor fraternidade e melhores organizadores das festas mais loucas. Tudo isto está a correr bem se não fosse o reitor da Universidade que lhes vai fazer a vida negra.

True love is hard to find, sometimes you think you have true love and then you catch the early flight home from San Diego and a couple of nude people jump out of your bathroom blindfolded like a goddamn magic show ready to double team your girlfriend…

Mitch Martin

“Dias de Loucura” não é um filme completo, esperava mais peripécias e momentos de partir o coco a rir. Falta a espontaneidade e apesar da formula estar lá, falta o carisma para um filme do género. O realizador Todd Phillips surpreendeu tudo e todos com o seu filme “Joker” durante este ano, mas ele começou com as comédias. Também associamos o seu nome aos filmes da “A Ressaca” onde um grupo de homens tenta ter a melhor noite das suas vidas. Concluindo este é um filme soft com momentos que não são memoráveis, mas que entretém. Um filme pipoca para ver durante um domingo à tarde. O blogue atribui 3 estrelas em 5.

Rating: 3 out of 5.

Joker

Na cidade de Gotham, um homem mentalmente perturbado e comediante, Arthur Fleck, é abalado e maltratado pela sociedade. Aceita-se como é a começa um movimento de sangue e crime. Este caminho revolucionário, leva-o ao encontro do seu alter-ego, Joker.

Título: Joker
Ano: 2019
Realização: Todd Phillips
Interpretes:  Joaquin Phoenix, Robert De Niro, Zazie Beetz…
Sinopse: Na cidade de Gotham, um homem mentalmente perturbado e comediante, Arthur Fleck, é abalado e maltratado pela sociedade. Aceita-se como é a começa um movimento de sangue e crime. Este caminho revolucionário, leva-o ao encontro do seu alter-ego, Joker.

O desconcertante filme de Todd Phillips baseado na banda desenhada da DC que aborda Joker um dos seus principais vilões. Um filme criado para adultos e não para levar as crianças ao cinema. Este é mesmo para levar a sério. Desconfortável e instável de assistir, mas muito intenso e já está na lista como dos melhores filmes do ano.

Arthur Fleck (Joaquin Phoenix) é um palhaço triste e sem talento que sempre sonhou ser um comediante. Aproveita cada trabalho que consegue encontrar, mas a vida em Gotham City é complicada. As taxas de criminalidade são muito altas e a crise económica faz parte do seu dia-a-dia. O lixo da sociedade é várias vezes retratado neste filme que tornam Arthur Fleck em “Joker”. Vive com a sua mãe, que precisa de constantes cuidados, mas que o chama de “Happy”, muito devido à sua condição de riso incontrolável, quando fica emocionalmente afectado. É deprimente assistirmos a este filme. Arthur é muitas vezes maltratado, enganado, gozado e humilhado por todos que o rodeiam. Só lhe resta uma saída deste ciclo, assumir a sua verdadeira personalidade e deixar a sua insanidade vencer e transformar-se finalmente no Joker.

O que de melhor tem esta obra cinematográfica é o desempenho fenomenal de Joaquin Phoenix. O papel que o colocou novamente nas luzes da ribalta e que está em risco de ganhar o Óscar para Melhor Ator. Phoenix assumiu o papel que muitos tinham medo de aceitar, após o brilhantismo de Heath Ledger no filme “Cavaleiro das Trevas“. Jared Leto falhou em “Suicide Squad” tornando-se num Joker comestível e sem personalidade. Mas Phoenix não caiu no mesmo erro. Mergulhou dentro desta personagem e conseguiu criar algo só dele. Ao seu próprio jeito e ritmo, este é um Joker renascido. Insano, completamente louco, divertido e com danças memoráveis.

I used to think that my life was a tragedy, but now I realize, it’s a fucking comedy.

Arthur Fleck

Além da interpretação de Joaquin Phoenix, a realização de Todd Phillips também é soberba. A forma como vaguemos, tal como a mente de Arthur sobre o que é real ou fictício é impressionante. A imagem de uma Gotham destruída está bem representada, juntando os departamentos de fotografia e guarda-roupa.

O que deixa em marca este filme, pode não ser a história sobre um vilão fictício. Outras interpretações podem induzir em erro daquilo que se pretende. Já foi proibido o uso das máscaras do filme como representação de protestos e afins. Apesar de já conhecermos um pouco da história deste vilão da DC, o realizador conseguiu criar algumas surpresas no argumento na construção deste filme. A corrida aos Óscares já começou e “Joker” está nomeado. O blogue atribui 4,5 estrelas em 5.

Rating: 4.5 out of 5.

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