“The Iron Throne”
E, chegamos ao fim da temporada 8, que encerra a série “Game of Thrones”. Um sentimento bittersweet, acho que é a expressão perfeita para descrever os nossos sentimentos.
O episódio começa com Tyrion e Jon a verem a destruição causada por Daenerys e Drogon King’s Landing. Os nortenhos estão estupefactos, tal como Davos. Tyrion e Jon estão em conflito consigo próprios, pois, sentem-se culpados por acreditarem na pessoa errada.
A matança ainda continua. Greyworm está quase a executar alguns soldados Lannister, mas Jon intromete-se. A guerra tinha acabado e eles tinham ganho, seria necessário matar soldados que se tinham rendido? Jon entra em confronto directo com os unsullied e apenas Davos consegue acalmar os ânimos.
Tyrion tenta descobrir se Cersei e Jaime tinham conseguido fugir. E, descobre-os mortos, e chora por eles. Para Tyrion, foi a gota de água ver ali os seus irmãos mortos numa cidade completamente destruída.
Daenerys faz um discurso de vitória às suas tropas: unsullied e dothraki. Agradece por ficarem ao seu lado e promete libertar mais povos. Tyrion não aceita o seu discurso e aproxima-se na auto proclamada Rainha dos Sete Reinos. Daenerys confronta-o e acusa-o de traição, pois libertou o seu irmão prisioneiro. Tyrion acusa-a de ser uma assassina, e atira para longe o símbolo da Mão. Ato que lhe comprometeu o seu destino e foi preso, aguardando julgamento para ser condenado à morte.
Jon encontra Arya, que lhe diz que Daenerys não irá pôr um fim à guerra. Jon, mais uma vez, reafirma que Daenerys é a rainha de todos. Uma afirmação que volta a repetir na sua conversa com Tyrion, mais tarde. Neste momento, só apetece dar um murro em Jon, frustrante que ele não queira ver o que está mesmo à sua frente. Tyrion arrepende-se de ter morto Varys, e arrepende-se de ter acreditado em Daenerys. Jon quer honrar o seu compromisso, mas vê que está num beco sem saída. Nessa mesma conversa, Tyrion toca no ponto fraco de Jon: a família. Relembra-o que a família Stark de Jon, não se irá submeter tão facilmente à vontade da nova rainha tirana.
Daenerys passeia sozinha numa sala de trono destruída, com o trono de ferro ao seu alcance. Finalmente o seu desejo está concretizado. Toca-lhe, e vê-se nela um brilho especial, o momento mais desejado finalmente chegou. Jon interrompe, e interroga-a sobre as mortes que causou. Não se vê em Dany qualquer remorso, apenas mais vontade de mudar o mundo à sua maneira. Ela pede-lhe para ele se juntar a ela nesta cruzada para “tornar o mundo melhor”. Jon diz que esta é e sempre será a sua rainha, aproxima-se e beija-a. No ato rápido apunhala-a junto do coração. Matando-a. Drogon sentiu que algo estava errado e vê que a sua mãe está morta. Em desespero e tristeza, Drogon parece que vai matar Jon, mas o sangue de Targaryan salva-o. Em vez disso, canaliza toda a sua fúria para o trono de ferro. Destrói-o com o fogo. Pega com cuidado no corpo Daenerys e desaparece.
Nota-se que passou algum tempo, e Greyworm traz o prisioneiro Tyrion a um conselho constituído pelas famílias mais poderosas de Westeros: os três Starks, Yara Greyjoy, Samwell Tarly, Robin Arryn, o novo príncipe de Dorne… Também se descobre que Jon foi preso depois de matar Daenerys. As tropas de Daenerys querem justiça pela morte da rainha. Não se percebe porque não os mataram logo. Sim, porque os dothraki são conhecidos pela sua lógica e racionalidade. É aí que Tyrion tem a ideia e influencia os presentes em escolherem Bran como Rei. Bran really? Depois de ele saber a verdade sobre Jon? O que aconteceu à mensagem do Jon ser o verdadeiro herdeiro do trono, que Varys tanto se esforçou para espalhar?
Após todos votarem que sim ao Bran ser o rei, Sansa pede ao irmão que entenda, mas quer que o norte seja independente, tal como havia sido por centenas de anos, não fazendo parte dos reinos de Westeros, o que torna Bran rei dos 6 kingdoms e não 7 como eram até então.
A partir daqui, o rei está escolhido e escolhe para mão do rei Tyrion Lannister como “castigo” para emendar tudo o que ajudou a destruir, o que também o acabou por salvar da tão desejada morte por parte dos unsullied como vingança.
E o que fazer de Jon, bem este foi condenado a voltar à Knight’s Watch, onde não poderá casar, ter filhos, ficando isolado do mundo, essa é a sua pena por ter morto Daenerys e que acabou por ser aceite pelo Grey Worm. É este o agradecimento que recebe o homem que matou a rainha tirana?
Os unsullied foram para a ilha de Naath, Jon para a muralha, Sansa para Winterfell, Arya em descoberta do desconhecido, o sítio onde terminam os mapas de Westeros, Bran fica em Kings Landing como rei (King Bran the Broken), vemos também o pequeno conselho do rei Bronn, como mestre da moeda, Davos como mestre dos navios, Sam como Grandmaester (Grão mestre) e Brienne como a cabeça da Kingsguard (Guarda Real), faltando ainda alguns mestres como o da guerra.
Após este momento para nos dar a conhecer o pequeno conselho de Bran, vemos o que se passa com todos os outros, Jon a chegar à muralha e o seu reencontro com Ghost, finalmente ele mostra ternura com o seu lobo.
Sansa é agora a rainha do norte e vemos a sua cerimônia de coroação, com os nortenhos a proclamá-la Rainha do norte.
Arya está no seu navio com um lobo gigante na vela, símbolo dos Stark, em busca da parte desconhecida do mapa.
A série acaba para além da muralha, tal como começou. Jon vai com os wildlings e ghost para norte da muralha. Nesta cena percebemos que o inverno chegou finalmente ao fim. No meio do gelo, encontra-se vida. Uma planta verde a nascer que traz consigo a chegada da Primavera.
Um episódio bem filmado, com uma cinematografia acima da média. E a banda sonora perfeita. Já o argumento, meh…Nota-se que foi bastante apressado, não se sabe como certas personagens chegaram a certo ponto. E, também não percebemos algumas das suas decisões.
É difícil processar tudo isto, porque houve momentos bons e outros nem por isso, sendo esta a combinação especial para um episódio agridoce. Mas, deixemos essas opiniões para um artigo geral sobre a temporada.