Título: 3 Generations
Ano: 2015
Realização: Gaby Dellal
Interpretes: Naomi Watts, Elle Fanning, Susan Sarandon…
Sinopse: Depois da decisão de Ray, nascida rapariga, mas deseja tornar-se rapaz, a sua mãe tem de chegar a uma decisão, enquanto conversa com o pai biológico de Ray para conseguirem o consenso legal.
Pode ser bastante angustiante nascermos num corpo que não é o nosso. Perdemos a identidade e não podemos ser quem realmente devemos ser. Ray (Elle Fanning), nasceu Ramona, uma menina, mas nunca se sentiu propriamente como uma. Aos 16 anos, com o apoio da mãe (Naomi Watts), a avó (Susan Sarandon) e namorada da avó decide mudar de sexo. Contudo é menor e necessita da autorização do pai biológico, que não conhece desde criança. As dúvidas das pessoas em seu redor aumentam, e a pressão surgir quando deve-se tomar uma decisão permanente.
Neste drama sobre uma família pouco convencional, acompanhamos este grupo que tenta por tudo se manter unido, fase às grandes mudanças que estão para acontecer. Para quem pensa que nesta obra cinematográfica o foco principal é Ray e a sua transição para o sexo masculino, está enganado. A personagem de Naomi Watts é que apresenta um maior destaque, já que vive numa instabilidade emocional sobre confrontar o pai biológico do seu filho, recuando aos erros que cometeu no passado. O dilema de assinar ou não os papéis de autorização e a escolha de uma decisão que não terá volta a dar. Evidentemente que também é apresentado um desespero da personagem de Elle Fanning que vive num constante conflito com si próprio e não consegue ver evolução futura na sua vida. Já a avó Susan Sarandon é a personagem mais divertida do filme, com opiniões desconceituais, dá um pouco de ânimo à situação.
A realizador Gaby Dellal é ainda inexperiente na área da realização. “3 Generations” é o seu quarto filme e isso é notório. Existe alguns aspectos a modificar na cinematografia. Os close-ups das personagens são factores positivos, pois transmite a insegurança real e cria uma afinidade mais próxima com o público. Contudo certos contextos são desnecessários neste filme. O documentário produzido por Ray não se entende a situação, nem algumas cenas onde comentavam o assunto. A saída de Maggie da casa da mãe, também não apresentou qualquer evolução e toda a situação do tio Michael, apesar de apresentar um rumo interessante. Na minha opinião já existia bastante drama na família, não precisavam de acrescentar mais. Contudo este filme de um modo geral consegue juntar três gerações de excelentes atrizes com um pitada de comédia. O blogue atribui 3 estrelas em 5.