Crítica: Florence, Uma Diva Fora de Tom

A história de Florence Foster Jenkins, uma nova-iorquina abastada que sonhava ser cantora de ópera, apesar de ter uma voz horrível de canto.

Título: Florence Foster Jenkins
Ano: 2016
Realização: Stephen Frears
Interpretes:  Meryl Streep, Hugh Grant, Simon Helberg…
Sinopse: A história de Florence Foster Jenkins, uma nova-iorquina abastada que sonhava ser cantora de ópera, apesar de ter uma voz horrível de canto.

Meryl Streep faz mesmo tudo. É uma atriz completa e isso vê-se pelas várias nomeações ao Óscar que já conseguiu. Se lhe pendem para cantar, ela canta. Como nos provou no filme “Into the Woods” e se lhe pedem para cantar mal, ela também o sabe fazer, tal como apresentado neste filme “Florence, uma Diva fora de Tom”. Baseado em factos verídicos sobre o final de vida e conquistas finais de Florence Foster Jenkins, uma elitista endinheirada nova-iorquina que apesar da sua fortuna, deixada pelo seu pai e marido, tinha o sonho de cantar para uma grande plateia: o único problema não o sabia fazer. Com a ajuda do seu companheiro St Clair (Hugh Grant) forte impulsionador das artes, conseguiu uma sala de auditório cheia, mesmo que ele tentava esconder que Florence cantava mesmo muito mal e por isso só escolhia público que a respeitava mesmo. Mas a sua fama conseguiu superar tudo e ainda hoje o seu disco e espetáculo é dos mais ouvidos da sala Concorde.

Este é um filme um pouco descontraído com uma comédia ligeira sobre um sonho que foi ao máximo cumprido, mesmo não sendo a sua verdadeira vocação. A verdade é que Florence era já em si um personagem muito dinâmica que pensava não conseguir nada sozinha, mas lutou pelos seus sonhos. Hugh Grant e Meryl Streep fazem uma dupla incrível e muito carismática que nos cativa como excêntrico casal.

Este filme foca-se apenas num período de vida de Florence, contudo não aborda bem o seu passado, como conseguiu a sua fortuna, os seus relacionamentos passados e como conseguiu receber a fama que tem. Além disso ao início não explica bem o romance fora do comum que mantém com St Clair e como ele ficou depois da despedida de Florence. Outra personagem que se torna principal é o famoso pianista com sonho de ser pugilista que acompanha Florence nos seus concertos (admitam ele tinha de ter uma excelentes ouvidos). Concluindo este é um filme descontraído que podia ter mostrado mais, mas ficou-se muito mediano. O blogue atribui 3 estrelas em 5.

Rating: 3 out of 5.

Vitória e Abdul

A Rainha Victória cria uma amizade inesperada com um jovem indiano de nome, Abdul Karim.

Título: Vitória & Abdul
Ano:2017
Realização: Stephen Frears
Interpretações: Judi Dench, Ali Fazal, Tim Pigott-Smith…
Sinopse: A Rainha Victória cria uma amizade inesperada com um jovem indiano de nome, Abdul Karim.

Baseado numa história verídica e que poucos conhecem. Descoberta recentemente em 2010 quando investigaram o passado da Rainha Victória de Inglaterra. Apesar da família real querer esconder a peculiar amizade entre ambos, tudo acaba por se descobrir. Em 1887, o jovem Abdul Karim viajou até ao Reino Unido para entregar um presente à Rainha. Devido à sua simplicidade e boa-disposição, diferente do que a Rainha Victoria estava habituada. Pois o seu mundo era preenchido por protocolo, burocracias e pessoas com interesses. Conquistou-a. Depressa deixou de ser um simples criado e tornou-se no seu Munshi, ou em outros termos e o seu professor espiritual. Victoria partilhava uma forte conexão com Abdul e até começou a aprender a língua urdul. Contudo esta amizade não era bem vista pela família nem pelos conselheiros da casa real. Imprevisivelmente  e contra tudo e todos, conseguiu durar até à morte da Rainha em 1901.

Stephen Frears agarrou nesta história e transformou num filme interessante de comédia. Judi Dench interpreta uma idosa, rabugenta e vício ao poder. Contudo muito solitária. A atriz não desilude e consegue dar um novo alento à  Rainha, que muitas vezes foi adaptada ao cinema e televisão. É interessante ficarmos a conhecer o começo desta amizade. Durante o filme são vários os momentos de descontracção, que nos fazem rir das situações caricatas das personagens. O final já foi mais triste, o que ficou desordenado com o resto do filme. O elenco é dos factores mais fortes desta obra cinematográfica, o mesmo refiro sobre o guarda-roupa, minuciosamente preparado. Não foi ao acaso que ficou nomeado para os Óscares de Melhor Guarda-Roupa e Maquilhagem. Concluindo “Vitória & Abdul” é um filme colorido, divertido e histórico. O blogue atribui 3,5 estrelas em 5.

Rating: 3 out of 5.