Título: Star Wars: Episode VIII – The Last Jedi
Ano: 2017
Realização: Rian Johnson
Interpretes: Daisy Ridley, John Boyega, Mark Hamill…
Sinopse: A Rey desenvolve as suas mais recentes habilidades com a ajuda de Luke Skywalker que está perturbado com a força dos seus novos poderes. Entretanto a Resistência prepara-se para lutar contra a Primeira Ordem.
Muito se tem comentado sobre este novo filme de “Star Wars“. Será bom ou mau? As opiniões divergem, mas sinceramente tem os dois razão, o filme é mau e bom ao mesmo tempo. Vou explicar. O seguinte texto não contém spoilers, por isso se ainda não viste o filme podes ler à vontade.
Não sou nada fã de facilitismos. Na minha opinião o verdadeiro herói tem que se esforçar e ser determinado no seu objectivo para conseguir vencer. No último filme “O Despertar da Força” já achei a parte final do filme excessivamente fácil para Rey. A protagonista sem nunca conhecer a força, “quase” facilmente conseguiu derrotar Kylo Ren, um mestre do sabre de luz bastante treinado. Mas vá lá, consigo aguentar isso como uma consequência de sorte de principiante. Contudo neste filme a situação piorou. Torna-se evidente que o realizador Rian Johnson queria avançar rápido com o engonhanço da história principal. Ao que demorou muito tempo de treino e esforço físico e mental a Luke Skywalker no seu treino com Yoda, à Rey demorou uma questão de segundos. Existe uma enorme facilidade de criar um herói. Estou só a comentar esta situação, contudo existem muitas outras a assinar. Refiro-me às novas personagens que surgem que como Rose, uma rapariga da manutenção que sabe descodificar alta segurança (pouco realista), o homem da flor vermelha na lapela (um despiste muito vulgar), e a Vice Almirante Holdo que conseguiu disfarçar bem. E aquela força extrema da Princesa Leia. Demasiado surreal. Ao que me parece o realizador estava mais preocupado em despistar o espectador, do que a tornar a narrativa mais intrigante e consistente. Falhou nesse aspecto.
Contudo “Star Wars: Os últimos Jedi” é um filme consciente a nível cinematográfico. Planos cuidadosamente bem filmados complementam os aspectos positivos do filme. Esta obra respeita rigorosamente a qualidade técnica. Basicamente um excelente filme ao olho do comum cinéfilo, mas uma verdadeira decepção sobre o olhar de um fã da saga criada por George Lucas. Este último filme é imensamente comprido e suprime toda a sua capacidade mantida pelo anterior realizado por J.J. Abrams. Para o terceiro desta na trilogia, sobra uma história desequilibrada e ainda com pouco para revelar. Mas a curiosidade ainda aperta para a conclusão da jornada da Rey.
Concluindo esta obra cinematográfica é excelente em efeitos visuais e personagens épicas, mas deixa-se arrefecer pelo pouco engenho numa história consistente. Existem fortes falhas que facilmente podiam ser colmatadas e isso magoa qualquer fã que conhece o verdadeiro significado da força. O blogue atribui 3,5 estrelas em 5.