Crítica: Ready Player One – Jogador 1

Quando o criador de um mundo virtual, chamado de OASIS, morre, ele lança um vídeo onde convida todos os usuários do jogo a encontrar os Easter Eggs escondidos, e quem conseguir recebe a sua fortuna.

Título: Ready Player One
Ano: 2018
Realização: Steven Spielberg
Interpretes: Tye Sheridan, Olivia Cooke, Ben Mendelsohn…
Sinopse: Quando o criador de um mundo virtual, chamado de OASIS, morre, ele lança um vídeo onde convida todos os usuários do jogo a encontrar os Easter Eggs escondidos, e quem conseguir recebe a sua fortuna.

Ready Player One” é um dos filmes de destaque deste ano, e facilmente percebemos porquê. Qualquer pessoa a um certo momento do filme consegue identificar-se com as várias referências apresentadas. A cultura pop muito bem evidenciada, com memórias que facilmente nos transportam para a nossa infância/adolescência. Referências a filmes, séries, jogos e à cultura japonesa são abordados de forma carismática e muito divertida, dificilmente queremos perder um segundo desta obra cinematográfica.

Estamos no ano de 2045, um mundo degradado e quase perdido. A Humanidade incapaz de enfrentar a realidade, torna-se submissa do mundo virtual. Moldando o realismo com os seus gostos da forma que lhe convém. Enclausurados num novo mundo mutante, uma escapatória para os problemas do quotidiano. O protagonista é Wade Watts (Tye Sheridan) um jovem orfão, que vive com a tia e o namorado, na sua vida real. Mas o mundo ficcional é bem mais interessante. Com um novo nome, visual renovado e um carro fixe igual ao DeLorean do filme “Back to the Future” joga todos os dias neste videojogo, chamado de OASIS, criado por James Halliday. De facto Watts é um curioso estudante da vida e obra desta mente brilhante. Halliday que faleceu há uns anos, anunciou que iria deixar toda a sua fortuna e direitos do OASIS à primeira pessoa que conseguir encontrar os escondidos “Easter Eggs”, presentes no jogo. Uma verdadeira caça ao tesouro, onde todos tem a ambição de participar e tornarem-se vencedores do concurso, incluindo Wade Watts.

O jovem elenco conseguiu portar-se à altura deste grandioso projecto. Algumas caras já reconhecidas como Tye Sheridan (X-Men Apocalipse), Olivia Cook (Bates Motel) e Lena Waithe (The Masters of None). O visual da personagem de Lena, assemelha-se muito ao de Will Smith na série “The Fresh Prince of Bel-Air“, uma série de culto dos anos 90. O vilão da narrativa, interpretado por Ben Mendelsohn, foi a personagem com desenvolvimento mais baixo. Um pouco superficial e com atitudes mimadas, que desvalorizaram o seu desempenho. O mesmo aplicou-se para a sua funcionária, uma personagem descartável que nenhum progresso evidenciou no filme.

A realização de Steven Spielberg apresenta-se sublime como sempre. Clara, precisa, sem falhas e com trechos necessários para avançarmos na história. Não existem momentos perdidos, contudo, algumas situações mereciam ser explicadas para compreendermos melhor o contexto deste futuro. A Humanidade deixou-se ficar no caos devido ao abuso dos videojogos?

O recurso aos efeitos visuais foi necessário, mas bem editado. A realidade e o mundo virtual bem diferenciados mas com espaços de tempo necessários a cada um. Os CGI estão bem delineados e conseguem transportar o público para aquele universo inventado, cheio de cor e magia. Das melhores qualidades do filme. O mesmo aplica-se à banda sonora de Alan Silvestri, que solidifica com mais precisão e sincroniza os momentos evidenciados pelos protagonistas.

Baseado no livro de Ernest Cline, consigo apenas evidenciar o que vi no filme e não o que está presente no na obra literária. Contudo este tornou-se um filme que excede as expectativas e que nos ilude com bons anos de entretenimento que é o caso dos 80 e 90, com várias referências que todos nós conhecemos. Não duvido que daqui a uns anos “Ready Player One” possa tornar-se num filme de culto, tal como aqueles comentados neste filme. Entretanto, deixo o meu agrado com esta longa-metragem que além de tudo transmite uma sábia mensagem. Devemos aproveitar ao máximo a nossa verdadeira realidade, mas por vezes um escape é necessário. O blogue atribui 4 estrelas em 5.

Rating: 4 out of 5.

As 10 adaptações que estamos ansiosos de ver em 2018

Em 2018 já temos uma lista de alguns filmes que queremos ver. Trilogias que vão terminar e outras a começar. Filmes de animação, e live-action, mas todas baseadas em obras literárias. Estas são as adaptações que mais ansiedade criam até chegarem às salas de cinema.

Maze Runner: The Death Cure (26 de Janeiro)

A conclusão da saga “Maze Runner” está a chegar às salas de cinema. A produção atrasou devido a um imprevisto, o ator Dylan O’Brien magoou-se nas gravações e mereceu tempo para recuperar. Mas a espera está a terminar. Depois de uma ano, voltou às gravações do filme, sobre um grupo de adolescentes que luta contra uma organização chamada de  WICKED, num mundo pós-apocalíptico.

Peter Rabbit (9 de fevereiro)

O coelhinho mais famoso das histórias para crianças vai ter um filme só seu depois da animação na televisão. Baseado nos contos de Beatrix Potter, com a participação de James Corden como Peter Rabbit, um coelho que ambiciona entrar na horta do Mr. McGregor. Com Daisy Ridley e Margot Robbie nas vozes desta animação live–action.

Every Day (23 de fevereiro)

A narrativa de David Levithan conta a história de Rhiannon (Angourie Rice) uma adolescente que se apaixona por um espírito que habita todos os dias numa pessoa diferente. Debby Ryan e Colin Ford são as estrelas principais deste filme de romance e drama.

Red Sparrow (2 março)

Jennifer Lawrence volta a ser a protagonista de mais um filme de ação. “Red Sparrow” foi realizado por  Francis Lawrence. Este é o primeiro filme da trilogia de livros com o mesmo nome do autor Jason Matthews. A narrativa explora a espionagem e a arte de sedução.

A Wrinkle in Time (9 de março)

Com um punho da Disney, “A Wrinkle in Time” é o primeiro, baseado nos livros da série “Time Quintet” de Madeleine L’Engle. Conhecemos a história de Meg Murry (Storm Reid) enquanto luta para encontrar o seu pai, com a ajuda do seu irmão génio e três misteriosas mulheres. 

Ready Player One (30 de março)

Steven Spielberg é o realizador de “Ready Player One” baseado nos livros de fição cientifica de Ernest Cline. A temática dos anos 80 e cultura pop volta a estar presente. Esqueçam “Stranger Things“. Na representação temos Tye Sheridan Olivia Cooke

First Man (12 de outubro)

Ryan Gosling é a estrela do filme biográfico “First Man” que aborda a vida de Neil Armstrong, o primeiro homem na lua. Baseado no livro real de James R. Hansen’s. O realizador de La La Land, Damien Chazelle aceitou este desafio.

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The girl in spider’s web (19 de outubro)

Não conseguimos ter um filme do segundo e terceiro livro da saga “Millennium“, mas vamos conseguir o quarto. Enquanto Stieg Larsson escreveu escreveu a trilogia  original de Girl with the Dragon Tattoo, faleceu em 2004David Lagercrantz continuou a obra seguindo a protagonista Lisbeth Salander. Neste filme Lisbeth (Claire Foy) terá de lidar com espiões, cybercrime e corrupção governamental.

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The Jungle Book (19 de outubro)

Enquanto recentemente conseguimos um live-action sobre “O livro da selva” pela Disney. Neste novo filme de Andy Serkis baseado na obra clássica de Rudyard Kipling, o caminho será diferente. Andy referiu “este filme será para um público mais maduro. É PG-13, mais parecido com O Planeta dos Macacos, com takes mais negros”. No elenco principal temos Christian Bale, Cate Blanchett e Benedict Cumberbatch.

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Mary Poppins Returns (25 dezembro)

O livro de P.L. Travers volta a ter destaque novamente no grande ecrã com a interpretação de Emily Blunt no principal papel. O filme centra-se nos já adultos  Jane e Michael Banks, crianças do primeiro filme do clássico da Disney de 1946. E os três filhos de Michael quando são visitados por Mary Poppins que os ajuda a trazer alegria às suas vidas. 

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