A atriz Renée Zellweger foi a vencedor do Óscar de Melhor Atriz com o seu filme “Judy” (2019) onde interpreta a diva Judy Garland. A sua música mais mediática foi aquela que fez parte da banda sonora do filme “O Feiticeiro de Oz” com “Somewhere Over the Rainbow”. Esta é a versão do filme.
A atriz Renée Zellweger foi a vencedor do Óscar de Melhor Atriz com o seu filme “Judy” (2019) onde interpreta a diva Judy Garland. A sua música mais mediática foi aquela que fez parte da banda sonora do filme “O Feiticeiro de Oz” com “Somewhere Over the Rainbow“. Esta é a versão do filme.
Contudo não podia ter escolhido outra música para esta semana. Com o estado atual do mundo e todo o medo que circula sobre o covid-19 onde é possível encontrar mensagens de força com um arco íris desenhado com o texto “Vai tudo dar certo” nos parapeitos das janelas das pessoas. Esta música “Over the Rainbow” enquadra-se perfeitamente na nossa situação atual. Porque depois do arco-íris melhores dias virão, e tudo vai mesmo correr bem. Nesta fase aviso que o isolamento social continua a ser muito importante para combatermos todos juntos este vírus.
Jo March reflecte sobre a sua vida, explicando a história das queridas irmãs March – quatro mulheres, determinadas e viver a vida nos seus próprios termos.
Título: Little Women Ano: 2019 Realização: Greta Gerwig Interpretes: Saoirse Ronan, Emma Watson, Florence Pugh… Sinopse: Jo March reflecte sobre a sua vida, explicando a história das queridas irmãs March – quatro mulheres, determinadas e viver a vida nos seus próprios termos.
Esta obra clássica da literatura recebeu uma nova adaptação, mais fresca e jovial pela realizadora Greta Gerwig. Uma visão feminina era tudo o que mais precisávamos para este filme.
“As Mulherzinhas” surgiu em 1868 pela imaginação de Louisa May Alcott, ou melhor, esta é uma semi-biografia, com personagens fictícias, inspirada na sua própria vida. Nesta obra intemporal e moderna para a época, reflecte com transparência o papel das mulheres na sociedade. Transformou-se nas suas vozes. “Mulherzinhas” aborda a história de quatro irmãs – Jo, Meg, Beth e Amy, onde juntas tentam sobreviver a um período difícil da História Americana, a Guerra Civil (1861 – 1865). Este é um contexto necessário para compreendermos a generosidade desta família, guiadas pela sensatez da mãe. Marmee (Laura Dern) educa sozinha as filhas, enquanto a figura paternal luta na guerra. Apesar dos tempos difíceis, escreve sempre uma carta às suas filhas, assinando sempre “com muito amor para as minhas mulherzinhas”.
A narrativa não é abordada de forma linear. Greta Gerwig fez questão disso. Esta é uma nova adaptação, onde através de flashbacks ficamos a conhecer o passado e o presente da família March. Uma abordagem mais cativante para motivar o público. Tornando este filme de época mais acessível para todos. A protagonista da história é Jo, considerada como o ego real da própria escritora Louisa May Alcott. Com personalidade determinada e independente, Jo não se enquadra no quadro perfeito de mulher da altura. Sonha ser escritora e viver nos seus próprios termos. Triunfar num mundo de homens, inconformada com as leis sociais impostas às mulheres. Atualmente vive em Nova Iorque, mas uma carta fá-la voltar a casa.
Voltamos no tempo até 7 anos atrás. Estamos em Concord, Massachusetts na casa da família March. Conhecemos melhor as quatro adolescentes irmãs de classe média. Além de Jo, temos a sonhadora Meg, que ambiciona ser bela e casar; a calma e meiga Beth que adora a música e Amy a mais nova, muito emotiva e caprichosa. Com personalidades bastante diferentes, é interessante ver o crescimento de cada uma destas personagens no decorrer da narrativa. As suas ações perante as várias situações do dia-a-dia são degraus que vão ultrapassando e tornando os seus sonhos realidade.
Com um total de 6 Óscares em nomeação, incluindo Melhor Filme, Melhor Banda Sonora, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Guarda-Roupa, também estão nomeadas na categoria para Melhores Atrizes – Principal e Secundária. Saoirse Ronan é a escolhida da realizadora. Ambas já trabalharam juntas no filme Lady Bird que também esteve nomeado aos Óscares em 2018. Saoirse é uma excelente atriz e prova disso tem sido os filmes que tem participado. Assume bem o protagonismo e esta é já a sua quarta nomeação ao Óscar. Uma surpresa foi a jovem Florence Pugh que se destaca maravilhosamente neste filme. 2019 foi sem dúvida o seu ano, depois de participações em “Uma Família no Ringue“, e “Midsommar” conseguiu várias nomeações aos prémios com “Mulherzinhas“. Além disso este ano vai participar em “Viúva Negra” que estreia em maio. No elenco ainda marcam presença Emma Watson, Timothée Chalamet (Chama-me pelo teu nome), Laura Dern, Eliza Scanlen (Sharp Objects) e Meryl Streep. Engraçado pensar que apesar de esta ser uma história tipicamente americana, o seu principal elenco não é. Todas as irmãs são inglesas, excepto Eliza que é australiana. Em algumas cenas mais tensas, Saoirse não conseguiu esconder o seu sotaque irlandês, esta foi apenas uma pequena referência. “Mulherzinhas” nesta edição aos Óscares, conseguiu apenas o de Melhor Guarda-Roupa.
Concluindo este é um filme que aquece o coração e apresenta mais um trabalho brilhante de Greta Gerwig como realizadora. Num indústria saturada de homens na chefia, Gerwig destaca-se na multidão. Apesar estar a competir com o marido, Noah Baumbach em “Marriage Story” para o prémio de Melhor Filme e Melhor Realização. Nenhum ganhou, no entanto ficou uma excelente nova adaptação do clássico de literatura e que Louisa May Alcott deveria ficar muito orgulhosa pelo resultado.
Um jovem menino do exercito alemão, descobriu que a mãe esconde uma judia em casa.
Título: Jojo Rabbit Ano: 2019 Realização: Taika Waititi Interpretes: Roman Griffin Davis, Thomasin McKenzie, Scarlett Johansson… Sinopse: Um jovem menino do exercito alemão, descobriu que a mãe esconde uma judia em casa.
O realizador Taika Waititi não teve medo de arriscar. Brincar com assuntos sérios pode não ser do agrado de todos, mas conseguiu a nossa atenção com este filme muito original sobre a Segunda Guerra Mundial. Jojo é um menino com 10 anos que tem um ídolo. Ele é, Adolf Hitler. Apaixonado por tudo o que é nazi e viciado na cruz suástica, vive com aqueles ideais corruptos que sempre lhe ensinaram. Ainda na escola, grande parte do seu tempo é a propagar a política nazi, distribui panfletos a apoiar Hitler, aprende a defender-se e a odiar os judeus. A sua mãe ajuda-o como pode, pois o pai está ausente e nem sempre tem apoio. Jojo tem ainda um amigo imaginário, que é nada mais nada menos do que o próprio Hitler. O próprio Taika Waititi interpreta esta personagem. A vida no campo de treino não é fácil e Jojo percebe que afinal tem o coração mole e sensível. Aliás é quando descobre que tem uma judia escondida na própria casa, que Jojo começa a descobrir ter mais respeito pelo outro.
You’re not a Nazi, Jojo. You’re a ten-year-old kid who likes dressing up in a funny uniform and wants to be part of a club.
Elsa Korr
“Jojo Rabbit” é um filme diferente e mais leve sobre este período negro da história. Diferente do retratado noutros filmes de guerra, este não explora as dificuldades humanas em sobreviver, nem as implicações de morte, fome e guerra. Pelo contrário este filme utiliza o humor como principal arma e tenta disfarçar a ferida. Contudo também tem a sua quota de drama e pressiona o que estes acontecimentos de mais negativo trouxe. Apesar do elenco principal ser mais jovem, Roman Griffin Davis e Thomasin McKenzie estão perfeitos e conseguem aquele ar inocente esperado, mas ao mesmo tempo com dúvidas das decisões dos adultos. Já no elenco mais experiente temos Scarlett Johansson que está divertidissíma e recebeu a nomeação para melhor atriz secundária e Sam Rockwell, a sua personagem foi das melhores.
Concluindo, “Jojo Rabbit” é diferente, divertido e consegue ser carismático. Recebeu a nomeação para Melhor Filme, será que vai ganhar? O blogue atribui 4 estrelas em 5.