Os Miseráveis (2018)

A obra literária de Victor Hugo, volta a ter uma nova adaptação. “Os Miseráveis” foi produzido pela BBC para a televisão com um elenco de luxo.

Os Miseráveis já recebeu incontáveis adaptações seja no cinema, teatro, música, televisão. Baseado no livro de Victor Hugo de 1862, foi produzida uma nova mini-série pela BBC para a televisão. A história mantém-se, mas junta-se um elenco de luxo, liderado por Dominic West, Lily Collins, David Oyelowo e Olivia Colman.

Estamos no ano de 1815, após 20 anos de guerra a França é derrotada e Napoleão é exilado. A ordem antiga será restaurada e um novo rei aguarda ser coroado. No meio deste conflito social e político, o prisioneiro Jean Valjean é assombrado pelo seu tenebroso passado e por uma dívida que ainda não pagou. Por outro lado conhecemos a história de Fantine, uma jovem mulher que tenta melhorar o seu futuro com uma filha nos braços. Enquanto isso o inspector Javert procura a justiça cega e vai encontrar-se com estas duas personagens.

Nesta versão da BBC não conhecemos o segmento musical, mas graças ao mérito do argumentista Andrew Davies, conhecemos uma outra história mais pessoal e proporcionada ao romance. Baseada mais inteiramente nas páginas do romance original. Tal proporcionou o conhecimento de uma outra visão mais íntima. “Os Miseráveis” apresenta uma história época em tempos de instabilidade francesa, onde o rumo destas personagens se encontrou por casualidade, mas que impulsionou ao bem maior: o amor.

Com fantásticas cenários que nos fazem lembrar a época correspondente. Não ficamos desiludidos com o guarda-roupa também. Contudo para o final da série a história já tinha vários momentos parados e no final houve certas pontas que não ficaram bem esclarecidas. Nunca li o livro, mas talvez seja mesmo assim na obra literária. Concluindo esta é uma fantástica adaptação da BBC, mesmo em boa altura para o Natal.

Loucuras que os atores fazem por uma personagem

Por vezes ser uma personagem não é pêra doce e nem sempre muita concentração e trabalho é suficiente. É preciso viver essa personagem. Estes são alguns exemplos de atores que levaram ao extremo o seu trabalho profissionalmente.

Heath Ledger em “Dark Knight
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Sentei-me sozinho num hotel em Londres durante um mês, fechei-me completamente. Criei um pequeno diário e experimentei com vozes-é muito importante, procurar e encontrar aquele tom icónico de voz e riso. Tornei-me mesmo num psicopata“, conta Heath Ledger sobre a sua personagem Joker em Dark Knight. Infelizmente o ator não conseguiu ver o sucesso da sua personagem, pois faleceu em 2008, no mesmo ano da estreia do filme. Segundo o pai do ator, as últimas palavras escritas no diário era “Bye Bye“. Em 2009 recebeu o Oscar de Melhor Ator Principal póstumo pelo seu desempenho.

Anne Hathaway em “Os Miseráveis

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Apesar dos seus poucos minutos de fama a personagem de Anne, uma prostituta das ruas francesas conseguiu brilhar no filme “Os Miseráveis”. A atriz teve obrigatoriamente de emagrecer. Foram 10 kilos em duas semanas, numa dieta rigorosa e não recomendada “dois quadrados finos de pasta de aveia pro dia”. Hathaway considerou o processo demasiadamente louco, mas tudo por um Oscar não é verdade?

Charlize Theron em “O Monstro

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A bela Charlize também conseguiu a sua fama através deste fantástico papel e até mereceu o Óscar de Melhor Atriz. Não foi fácil ser  Aileen Wuornos, para isso teve que engordar 30 kilos e utilizar próteses faciais. No final valeu a pena, porque foi merecidamente galardoada.

Michelle Williams em “A minha semana com Marilyn

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Interpretar a musa do cinema não é fácil, e Michelle Williams pode confirmar. Durante meses ouviu e viu várias reportagens e entrevistas de Marilyn Monroe, com o propósito de conseguir fazer o seu tom de voz baixo e manter a sua respiração. Todos os dias sentava-se para maquilhagem durante 3 horas por dia. Utilizava uma cinta na zona abdominal e até a forma de caminha foi treinada para manter a sua oscilação  natural dos joelhos. “Existe uma forma lógica sobre como ela andava. Era como se tivesse um balão preso ao seu peito. Os seus mamilos estavam sempre para cima. Esse era o trabalho que eu queria começar o mais rápido possível, porque eu não queria que esses pensamentos aparecessem no meio de uma cena“, indicou Michelle.

Natalie Portman e Mila Kunis em “O Cisne Negro

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As duas atrizes estavam fenomenais no filme “O Cisne Negro“, que retrata a vida de bailarinas de ballet profissional. Na exigência da produção do filme consistia nem ensaios de 8 horas que decorreram 1 ano antes das gravações do filme. A preparação física neste filme era mesmo muito importante.

Christian Bale em “O Maquinista”

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Christian Bale foi provavelmente o ator que mais kilos teve de perder durante a gravação de um filme. O ator perdeu 29 kg quatro meses antes das gravações do filme, devido à sua personagem que tinha de apresentar magreza extrema e aspecto doente. Ficou com um peso total de 54 kg. A sua dieta rigorosa consistia em apenas uma chávena de café preto, uma maçã e uma lata de atum e água por dia.

Daniel Day-Lewis em “Lincoln

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O esforço do ator Daniel Day-Lewis foi notório por todos nas gravações. Durante três meses o ator não saiu de maneira alguma da personagem. Acordava e adormecia como Abraham Lincoln. A insistência era tanta que até obrigou o realizador, Steven Spielberg e o restante elenco a chamar-lhe de “Mr. President“. Incluindo isso a atriz Sally Field que interpretava a sua esposa.  Não conhecia Daniel até à altura, mas quando lhe enviava uma mensagem de texto ele respondia na personagem de seu marido.

Rooney Mara em “Girl with the Dragon Tattoo

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A atriz Rooney Mara não olhou a meios e comprometeu-se mesmo com a personagem, quando aceitou furar a pele e fazer os piercings reais de Lisbeth Salander. Além disso teve de adoptar um estilo completamente gótico e manter-se de forma totalmente discreta num estilo completamente alternativo.

Kate Winslet em “O Leitor

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Só os filhos de Kate Winslet  e a própria atriz conseguem perceber como é difícil mudar a nossa própria postura. Como forma de treinar o seu sotaque alemão no filme “O Leitor”, Winslet lia as histórias de adormecer para os seus filhos em alemão para sentir-me mais familiar com os seus diálogos.

Ryan Gosling e Michelle Williams em “Blue Valentine

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Os atores Gosling e Williams estavam tão concentrados nas suas personagens e integrados na sua história que Ryan confessou que o próprio até se esqueceu que estava a fazer um filme. Ele, Michelle e a filha de ambos no ecrã, viveram juntos durante um mês como se fossem uma família verdadeira, celebrando falso Natal e aniversários. “Assim quando estivéssemos a filmar era como se existissem memórias reais” referiu Gosling. No filme é notória a ligação entre ambos.

Crítica: Os Miseráveis

Com a França do século XIX como pano de fundo, Os Miseráveis conta uma apaixonante história de sonhos desfeitos, de um amor não correspondido, paixão, sacrifício e redenção, num testemunho intemporal da sobrevivência do espírito humano. Jackman interpreta um ex-prisioneiro, Jean Valjean, perseguido durante décadas pelo cruel polícia Javert (Russell Crowe), depois de ter quebrado a sua liberdade condicional. Quando Valjean aceita cuidar de Cosette, a filha da operária Fantine (Anne Hathaway), as suas vidas mudam para sempre.

Les Miserables (Os Miseráveis) é um filme de 2012, realizado por  Tom Hooper. E tem nos principais papéis: Hugh Jackman, Russel Crowe, Anne Hathaway, Eddie Redmayne, entre muitos outros.

Com a França do século XIX como pano de fundo, Os Miseráveis conta uma apaixonante história de sonhos desfeitos, de um amor não correspondido, paixão, sacrifício e redenção, num testemunho intemporal da sobrevivência do espírito humano. Jackman interpreta um ex-prisioneiro, Jean Valjean, perseguido durante décadas pelo cruel polícia Javert (Russell Crowe), depois de ter quebrado a sua liberdade condicional. Quando Valjean aceita cuidar de Cosette, a filha da operária Fantine (Anne Hathaway), as suas vidas mudam para sempre.

Já pelo facto de o filme ser um musical não cria muita vontade de assistir a um filme todo cantado, onde existe cantorias em todas as falas. Mas devido ao leque vasto e poderoso de atores que participam no filme e o facto de ser um dos eleitos pelos Oscars não devíamos perder está oportunidade. Apesar disso não é todos os dias que assistimos ao Gladiador (Russel Crowe) a travar um duelo musical com Wolverine (Hugh Jackman), e devo confessar que o filme surpreendeu bastante pela positiva. A história é cativante, os atores estão fantásticos (sinceramente foi bastante gratificante ouvi-los cantar, pois até tem jeito para a coisa. Hugh Jackman já o havia provado, durante a sua apresentação dos Oscares em que cantou e surpreendeu. Esta não é a primeira vez, que o clássico literário do escritor Victor Hugo é adaptado para o cinema, nem certamente será a última, em 1998 Liam Nesson também era protagonista, mas desta vez fizeram o filme género Brodway.

O aspecto mais negativo a reter de todo o filme será a prestação do realizador, pois deveria inovar o seu trabalho, pois sendo a história dos Miseráveis algo já “batido” nas artes. Aliás o telespectador quando assiste ao trailer espera algo de novo e de muito grandioso, o que nem sempre acontece, mas apesar disso o filme não deixa de surpreender. Uma das situações cómicas no filme e que na minha opinião até funcionou bem foi o duo Sacha Baron Cohen/Helena Bonham Carter, pois com eles podemos dar umas gargalhadas com todo o drama e melancolia vivente. O Blog atribui 4 estrelas em 5.

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