Crítica: Quando a neve cai

Numa pequena vila, na véspera de Natal, uma tempestade de neve, junta um grupo incomum de jovens pessoas.

Título: Let it snow
Ano: 2019
Realização: Luke Snellin
Interpretes:  Isabela Merced, Shameik Moore, Odeya Rush…
Sinopse: Numa pequena vila, na véspera de Natal, uma tempestade de neve, junta um grupo incomum de jovens pessoas.

Quando a neve cai” é um filme que desperta o nosso espírito natalício. Com um grupo completo de personagens e cada uma com a sua própria história, que eventualmente se vão cruzar, temos um filme sobre magia e procurar o que é certo. Com uma produção da Netflix, seguimos um grupo de jovens, cada um com as suas preocupações. Julie, pretende ajudar a sua mãe que está doente, mas enquanto isso conhece uma estrela pop, Stuart, que tenta fugir do stress da fama. Enquanto isso Addie vive em constante obsessão para encontrar o seu namorado e às custas disso, magoa a sua melhor amiga, que está a encontrar coragem de confessar os seus sentimentos a uma rapariga que conheceu. O mesmo com Tobi que quer confessar-se a Angie, mas eles são melhores amigos desde sempre e tal vai mudar a relação de ambos. Já Keon procura ser o melhor DJ de uma festa que está a preparar. Todos estes assuntos acontessem numa pequena cidade, onde todos conhecem toda a gente. Enquanto chega a semana de férias do natal e a neve começa a cair, a magia pode definitivamente acontecer.

Este filme é bastante simples e previsível e por isso não acrescenta nada de novo. Na verdade esperava mais no desenvolvimento destas personagens. Seja a nível de emoção, como de comédia. Ainda assim estão presentes vários atores, que já conhecíamos de séries da Netflix. Não nos sentimos relacionados com estas personagens, e só queremos que o filme chegue ao fim. Contudo não deixa de ser um bom passatempo que nos aconchega no inverno e nos faz pensar na verdadeira mensagem do natal e no seu significado. Um filme de pipoca que passou despercebido. Apesar de ser baseada na obra de John Green, com o mesmo nome, não me convenceu. O blogue atribui 2,5 estrelas em 5.

Rating: 2.5 out of 5.
Netflix Portugal

Crítica: Flavours of Youth

Três histórias diferentes de juventude, que aconteceram em diferentes partes da China.

Título: Si shi qing chun
Ano: 2018
Realização: Haoling Li, Yoshitaka Takeuch 
Interpretes:  George Ackles, Taito Ban, Dorothy Elias-Fahn…
Sinopse: Três histórias diferentes de juventude, que aconteceram em diferentes partes da China.

A beleza nas pequenas coisas

Nesta bela longa-metragem ficamos absorvidos não só com a história humana e real, mas também com a qualidade da animação presente durante mais de uma hora de filme.

Flavours of Youth” surgiu de forma expressiva e singular com três contos diferentes sobre a juventude e as suas repercussões na vida adulta. Afinal quem é que faz ser aquilo que somos? Nós ou os outros?

Olhando para a imagem promotora do filme, pensei que estava perante um filme sobre comida. O rámen bem apresentado com um aspecto saboroso, com massa a fumegar e carne com legumes que acompanham o empratamento. Fiquei com vontade de dar uma dentada naquele prato bem composto e com ar de ser delicioso. A animação de Yoshitaka Takeuch é absolutamente divinal. Depois de já o conhecer em trabalhos como “Your Name“, não podia esperar menos. A realidade das suas animações é tão credível que quase parece realidade. O seu toque estético perfeccionismo está brilhantemente bem conseguido. Takeuch é um génio da animação e os filmes que participa são sempre visualmente bonitos.

Flavours of Youth” reflecte sobre três histórias distintas. Em todas, apenas o país é a única semelhança. A China repartida em três contos sobre os seus habitantes. Histórias contadas do ponto de vista do próprio. A primeira é sobre Xiao Ming e a sua refeição favorita da infância. Uma massa de arroz que todos os dias almoçava juntamente com a avó. Essas são as memórias que o acompanharam até à sua idade adulta. Os sabores da sua infância, reflectem-se bastante nos seus dias.

Na segunda história, acompanhamos os pensamentos de Yi Lin. Uma modelo de moda que vive com a sua irmã mais nova. Apesar de ser bastante requisitada para as paserelles e sessões fotográficas, Yi Lin vive cada dia na incerteza. Com uma idade mais avançada na sua profissão, tem receio de ser ultrapassada por modelos mais novas. Mas as memórias do seu passado são um consolo para os seus momentos mais incertos.

Na terceira e última parte, temos uma história de amor. Li Mo e Xiao Yu duas crianças vizinhas que estudam juntos. Desenvolvem uma relação amorosa por cassetes caseiras gravadas. O destino separou os jovens que foram estudar para locais diferentes. Anos mais tarde Li Mo reencontra uma cassete perdida de Xiao Yu e as lembranças voltam a aparecer. Será que o destino os vai juntar novamente?

“Flavours of Youth” é um filme com uma qualidade estética fantástica, que reflecte sobre as segundas oportunidades e as voltas que a nossa vida pode dar. No final todos estamos juntos, somos todos humanos com os mesmos sentimentos, ambições e preocupações. Mais uma produção fantástica da Netflix. O blogue atribui 3 estrelas em 5.

Rating: 3 out of 5.
Netflix Portugal

Crítica: Milagre na Cela 7

Uma história de amor entre um pai com uma deficiência mental, que foi injustamente acusado de assassinato e a sua filha de seis anos. A prisão será a sua casa, baseado no filme coreano de 2013, “Miracle in cell No. 7”.

Título: Yedinci Kogustaki Mucize
Ano: 2019
Realização: Mehmet Ada Öztekin
Interpretes:  Aras Bulut Iynemli, Nisa Sofiya Aksongur, Deniz Baysal
Sinopse: Uma história de amor entre um pai com uma deficiência mental, que foi injustamente acusado de assassinato e a sua filha de seis anos. A prisão será a sua casa, baseado no filme coreano de 2013, “Miracle in cell No. 7”.

Lingo, Lingo

Este é o filme que está a comover toda a gente. “Milagre na Cela 7” é uma produção dramática que nos vai fazer chorar baba e ranho e vai-nos prender ao ecrã. Uma história comovente sobre uma menina de sete anos e do seu pai com uma deficiência mental.

A frase que acompanha as personagens nos momentos mais emocionantes é Lingo, Lingo, que na verdade e traduzindo à letra do turco não tem um significado. Esta é uma expressão do folclore do país que é apenas uma forma de dizer. Mas ficará na nossa memória: Lingo, Lingo…Garrafas.

Nunca na minha vida pensei em assistir a um filme turco. Não porque não achava interessante, mas porque não conhecia muito da história cinematográfica do país. A plataforma Netflix veio abrir muitas portas do entretenimento em muitos países. Só temos a agradecer, para ficarmos mais cultos e conhecermos melhor a cultura e história de outras nacionalidades.

O filme “O Milagre na Cela 7” tornou-se viral nestes tempos. Comentários elogiadores inundaram as redes sociais com aspectos positivos sobre este filme. Captou a minha atenção pelo facto de ser um filme que apela às nossas emoções. Para mim um bom filme é aquele que me consegue emocionar e fazer pensar. Criar impacto em mim é o primeiro passo para ficar marcado na minha lista cinematográfica. Este ficou.

Apesar de ser um filme turco, esta história não é nova. Aliás, até foi baseado num filme coreano com o mesmo nome, “Miracle in cell No. 7“, mas com algumas ligeiras alterações. Aqui temos a história de uma menina com sete anos, Ova que luta diariamente para voltar a ver o seu pai, Memo, que foi injustamente condenado à morte pelo acidente fatal de uma colega de turma. Memo, tem uma deficiência mental que o faz agir como uma criança. Contudo a sua inteligência emocional vai comover os seus colegas de cela que o vão tentar ajudar a todo o custo. Mesmo sendo um caminho quase impossível de alcançar.

Estas histórias são mesmo criadas para abanarem o nosso coração e fazer-nos pensar no melhor e pior que existe na Humanidade. Memo e Ova só querem estar juntos e como tal merecem, mas o universo tem sempre forma de os conseguir tramar. Mas com a força do amor tudo é possível. “Milagre na Cela 7” é um forte drama, emocional e comovente que nos faz deixar cair uma lágrima de 5 em 5 minutos. A inocência de Ova é dos momentos mais puros e ternos do filme. A jovem atriz Nisa Sofiya Aksongur portou-se à altura e a sua boa-disposição contagia o público. O ator que interpreta Memo, é Aras Bulut Iynemli, o seu papel não era nada fácil, mas conquistou-nos o coração de tal forma que nos sentíamos envolvidos com história.

Preparem-se este não é um filme fácil de engolir. Com muitos dissabores, mas com uma narrativa linda que conquista. Um amor incondicional entre o pai e uma filha que lutam contra todos os obstáculos da vida. Uma junção perfeita dos filmes “I Am Sam – A Força do Amor” e “The Green Mile“. Ambos fazem chorar e este também não fica atrás. Para os fãs de uma verdadeiro drama que deixa marca para o futuro e nos deixa num desgaste emocional este é o filme ideal. O blogue atribui 4 estrelas em 5.

Rating: 4 out of 5.

Crítica: A Plataforma

Uma prisão vertical com uma cela por nível. Duas pessoas por cela. Apenas uma plataforma de comida e dois minutos para comer. Um completo pesadelo sem fim.

Título: El Hoyo
Ano: 2019
Realização: Galder Gaztelu-Urrutia
Interpretes:  Ivan Massagué, Zorion Eguileor, Antonia San Juan…
Sinopse: Uma prisão vertical com uma cela por nível. Duas pessoas por cela. Apenas uma plataforma de comida e dois minutos para comer. Um completo pesadelo sem fim.

Um buraco sem fim

Este filme de língua espanhola, não é para todos. Aliás é preciso ter “estômago” para assistir a muitas das cenas por aqui apresentadas. Atualmente em streaming na Netflix, acompanhamos um triller sobre o verdadeiro egoísmo humano. Tal como o protagonista, Goreng (Ivan Massagué), acordamos no desconhecido. Percebemos que está numa cela, prisioneiro. Numa cela onde apenas estão dois condenados. No centro encontra-se um enorme buranco quadrangular com um vertiginoso precipício sem fim.

As regras são nos explicadas: desce uma plataforma todos os dias com a melhor comida do mundo: lagosta, massas, vinho e até bolos extravagantes, mas cada cela tem apenas 2 minutos para comer o que pode, depois a plataforma baixa para o piso seguinte. Os privilegiados são os primeiros pisos, mas quem tem o infortúnio de calhar em pisos com números maiores, a comida é cada vez mais escassa. A cada mês mudam-se os prisioneiros das celas e o número total de andares é incerto.

A Plataforma” já conta com um Prémio do Festival de Toronto. Um triller poderoso que nos faz pensar na insanidade humana e egoísmo da sociedade. Uma crítica aguçada de fortes momentos que nos faz pensar sobre o mundo em que vivemos. Cada uma das personagens está a cumprir um castigo ou então está a zelar por um objectivo de vida. O nosso protagonista entrou voluntariamente neste poço do medo porque deseja receber um diploma e quer deixar de fumar. Contudo à medida que vai conhecendo as regras, percebe que não é com jogo limpo, nem com as suas palavras meigas que vai conseguir sobreviver. Terá de abstrair-se do homem que era e conseguir chegar ao fim dos seus seis meses de pena.

Num altura nunca antes vista na nossa sociedade com circunstâncias limitadas, consideramos este filme muito relacionável. Quase como se previssem o que iria acontecer no mundo nos meses seguintes. Quando os supermercados ficam com as prateleiras vazias, onde falha o papel higiénico e enlatados, percebemos que nos também estamos numa cela e a comida e bens essenciais rapidamente escasseiam, isto porque não houve partilha para o próximo. Percebemos que se queremos todos sobreviver temos que conseguir partilhar.

There are 3 kinds of people; the ones above, the ones below, and the ones who fall.

Goreng

Concluindo este é um filme que já se tornou viral e apesar de ser “nojento” e tenso para quem assiste, consegue transmitir uma forte mensagem. Afinal esse é o objectivo principal desta obra cinematográfica. A mensagem tem de chegar ao receptor que forma clara para que seja esse mesmo a agir coerentemente. Um filme que vale a pena conhecer. O blogue atribui 4 estrelas em 5.

Rating: 4 out of 5.
Netflix Portugal

La Casa de Papel

A quarta temporada da série La Casa de Papel voltou a surpreender e a fazer parar a respiração. Mas o Bella Ciao ainda não termina por aqui.

Temporada 4

O grupo de assaltantes vestidos de vermelho e com máscaras de Dali voltaram para uma quarta parte daquela que é das séries mais esperadas da Netflix. Numa temporada com oito episódios, o primeiro não podia ter um título mais apropriado. Começou tudo com “Game Over“, um nome nada benéfico para as nossas personagens que no último episódio da parte três estavam em maus lençóis.

(AVISO QUE O SEGUINTE TEXTO CONTÉM SPOILERS)

Pela primeira vez conhecemos o lado desnorteado e sem plano do Professor que acreditava plenamente na execução de Lisboa, que se tornara refém da Polícia. Desesperado e a acreditar que perdera o amor da sua vida, dá ordem final para guerra. Por outro lado temos Nairobi que está por um fio quando inesperadamente leva um tiro no peito e perde imenso sangue. É nesta sufoco e pressão de adrenalina que começa a quarta temporada. Desta vez o grupo volta a reunir-se para mais um assalto: ao Banco Nacional de Espanha. O Professor, Tóquio, Helsínquia, Nairobi, Denver, Estocolomo, Lisboa, Marselha e Palermo, juntam-se para resgatarem Rio que foi capturado e torturado.

A resistência volta na sua maior força, contudo muitos dos acontecimentos tornaram-se percalços inesperados, e o novo plano foi comprometido. Nas temporadas anteriores temos um Professor mais resistente e perspicaz que elaborou o plano perfeito de assaltou em memória ao seu pai. Este novo plano é uma memória viva a Berlim, seu meio-irmão. Aliás esta foi uma das personagens que agradou a maioria e por isso mesmo decidiu voltar, São vários os momentos flashbacks que acompanhamos a concepção do plano e memórias de Berlim. Sendo um dos melhores momentos o ouvirmos cantar no seu próprio casamento. O ator Pedro Alonso já tinha provados os seus dotes musicas em pequenos momentos, relembro a música “Bella Ciao”, mas nesta versão da música “Ti Amo” conseguiu surpreender ainda mais.

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O argumento volta a ser o ponto mais positivo desta temporada, mas não é o único. Aliás tudo nesta série se complementa em harmonia e eficácia. O departamento de fotografia volta a impressionar com tons escuros de filmagens, onde se destaca o vermelho dos fatos macacos da resistência. Além disso os momentos de flashbacks que são adocicados em tons quentes o que nos transmite conforto em conhecimento de mais pormenores sobre a vida destas personagens.

La Casa de Papel volta a criar empatia com o público e isso vê-se nos relacionamentos entre as personagens. Contudo nesta parte não nos sentimos tão próximos dos assaltantes. Nota-se que existe uma quebra e uma desconfiança entre todos o que dificulta o assalto. O que desiquilíbria em momentos críticos. A confiança dos protagonistas é muitas vezes posta em causa. Pela primeira vez temos um forte vilão no interior com os assaltantes (e não, não estou a falar do Arturito, aquela personagem que todos amamos odiar) mas sim de um assassino profissional que vai ameaçar a estabilidade do grupo. Além disso do lado de fora temos a Inspectora Alicia Sierra, que não tem rodeios para atingir os fins, mas até sentimos empatia com esta personagem. Mas nada deve ser tido com garantido

Além da muita ação, mistério e suspense, são esperados momentos de puro drama e mesmo emocionais. Como fãs vamos ficar rendidos. Existem novamente momentos memoráveis e apesar de estar temporada ter sido à pressa é notório em algumas falhas de desenvolvimento, mas tal não deixam ficar mal o público. Indico que vamos andar novamente com o coração nas mãos devido aos fortes acontecimentos que põe em risco a vida das nossas personagens. O “atraco” ainda não terminou e espera-se uma quinta temporada. Além disso o final foi bem tenso. O que esperam encontrar nos próximos capítulos de La Casa de Papel?

Netflix Portugal

As Arrepiantes Aventuras de Sabrina

Os portões do Inferno estão abertos e Sabrina Spellman (Kiernan Shipka) tem apenas uma missão. Resgatar o seu namorado Nick do Inferno que ficou lá aprisionado com a alma do próprio Lúcifer. Depois do último episódio da segunda temporada da série da Netflix “As Arrepiantes Aventuras de Sabrina”, a jovem prometeu conseguir entrar no local mais temível, o Inferno, juntamente com os seus amigos: Harvey (Ross Lynch), Roz (Jaz Sinclair) e Theo (Lachlan Watson).

Parte 3: Knock Knock Knock on the Gates of Hell

Os portões do Inferno estão abertos e Sabrina Spellman (Kiernan Shipka) tem apenas uma missão. Resgatar o seu namorado Nick do Inferno que ficou lá aprisionado com a alma do próprio Lúcifer. Depois do último episódio da segunda temporada da série da Netflix “As Arrepiantes Aventuras de Sabrina”, a jovem prometeu conseguir entrar no local mais temível, o Inferno, juntamente com os seus amigos: Harvey (Ross Lynch), Roz (Jaz Sinclair) e Theo (Lachlan Watson).

A viagem da protagonista é cada vez mais difícil. Entre escolher o caminho da luz da sua parte mortal ou o da escuridão da sua metade de bruxa. Sabrina Spellman divide-se num espectro de escolhas que a torna cada vez mais vulnerável, no entanto é persistente nas suas decisões e confronta o mal com a cabeça erguida. Numa primeira fase apenas deseja recuperar o namorado, Nick que é hospede para a alma do seu pai, Lúcifer. Evidentemente que vai existir um preço a pagar (existe sempre) e a felicidade ainda está longe de ser alcançada. Nesta terceira parte da série, temos uns novos vilões. Além da fragilidade da Igreja da Noite, pois sem o seu mestre e quase dizimada na temporada anterior, Sabrina é a legítima herdeira ao trono, e nomeia Lillith como regente. Contudo, para os demónios é demais uma jovem bruxa meia-mortal estar a governar e convencem Caliban (que é feito de barro) a protestar a coroa do Inferno. Mas não é a única ameaça. Um grupo de pagãos, instala-se em Greendale e atingem a Igreja da Noite, quando esta está mais sensível a ameaças, e sem poderes. Sabrina terá de multiplicar novamente as suas tarefas entre a terra e o inferno. Durante o dia é uma estudante normal e participa em treinos de cheerleading e durante a noite pratica o satanismo e magia negra.

Apesar de esta ser a temporada mais curta desta produção da Netflix, com apenas 8 episódios, a ação não é mais escassa. Cada episódio é uma roda viva de aventuras e não existem momentos parados. Por um lado, conhecemos um pouco mais sobre os rituais e poder das bruxas, e por outro existe um desenvolvimento maior das personagens. Para quem conhece a série Riverdale, já foi possível criar mais referências entre ambas as séries, pois pertencem ao mesmo universo. Talvez se aproxima um episódio crossover. Esta temporada modificou o seu ponto de vista e aborda um lado mais musical. Além das provas de cheerleading, o grupo de amigos, Harvey, Roz e Theo formaram uma banda. Por isso podem esperar por vários momentos musicais.

Houve um forte crescimento da protagonista nesta temporada, que pela primeira vez tem fortes ameaças contra si e contra a sua ceita. A produção conduziu bem o enredo onde conhecemos mais forças de poder além de Lúcifer Morningstar, representante da bruxaria satânica. Somos apresentados a uma bruxaria pagã que idolatram os antigos deuses e as suas magias místicas. Uma aquisição à série e que muito aguardávamos era o cenário do Inferno. Nesta terceira parte os cenários assombrados de tortura e sofrimento são do melhor. O Pandemónio foi uma excelente representação de um local tenebroso mesmo ao estilo da série. O guarda-roupa das personagens foi pensado ao pormenor e por isso merece ser mencionado. 

Posso adiantar que muito aconteceu durante esta temporada e as coisas vão-se tornar complicadas para todas as personagens. Mais até foi interessante, esta sensação de roleta russa com o destino de cada um. Percebemos que ninguém está a salvo, mesmo a nossa protagonista que além de lutar contra o Mal, tem ainda que defender o seu coração que vive os primeiros dilemas amorosos. Sabrina cresceu e a série também melhorou. Entretanto espera-se uma quarta temporada e por isso vamos saudar o Senhor das Trevas. 

Netflix Portugal
Repórter Sombra

Crítica: A Todos os Rapazes: P.S. Ainda Te Amo

Lara Jean e Peter oficializaram a sua relação, mas o destinatário de outra carta de amor entra em contacto.

Título: To All the Boys: P.S. I Still Love You
Ano: 2020
Realização:  Michael Fimognari
Interpretes:  Lana Condor, Noah Centineo, Jordan Fisher…
Sinopse: Lara Jean e Peter oficializaram a sua relação, mas o destinatário de outra carta de amor entra em contacto.

Depois um primeiro filme bem amoroso e fofinho com “A Todos os Rapazes que Amei” a Netflix voltou com a sequela da história de Lara Jean. Depois do envio sem autorização das suas cartas pessoais de amor, Lara Jean e Peter começam a namorar. Com um primeiro encontro bastante perfeito onde prometem não partir o coração ao outro. Lara Jean começa a viver a sua própria história de felizes para sempre. Contudo o seu mundo abala, quando um romance do passado e outro destinatário das cartas, John Ambrose, lhe escreve como resposta aos seus sentimentos. A jovem volta a ficar indecisa, pois de um lado tem o seu amor perfeito Peter, mas que ao contrário dela não tem nenhuma primeira vez no romance e por outro John que ambos tem muitos aspectos em comum e uma personalidade muito semelhante. Qual será o pretendente que Lara Jean vai escolher?

There’s a Korean word my grandma taught me. It’s called jung. It’s the connection between two people that can’t be severed, even when love turns to hate. You still have those old feelings for them; you can’t ever completely shake them loose of you; you will always have tenderness in your heart for them

Lara Jean

Apesar de ser diferente dos filmes do género de rom-com teen, este consegue a sua própria identidade, baseado na saga de livros de Jenny Han, temos uma narrativa fofinha sobre a procura do primeiro amor e os dilemas da adolescência. Esta sequela não foi tão lindinha como o primeiro filme, mas ainda assim conseguiu ser bom. Houve algumas falhas de argumento e situações por explicar, pois as personagens principais evitavam sempre o “elefante na sala” mas fora isso voltámos a apaixonar-nos novamente. Além disso este foi um filme de transição, por isso espero que resolvam os assuntos pendentes com um terceiro filme.

Concluindo esta é uma continuação dos eventos passados e indicado para o Dia dos Namorados (dia da sua estreia). Mantém-se fofinho na mesma, mas soube a pouco e esperávamos algo mais. O blogue atribui 3,5 estrelas em 5.

Rating: 3.5 out of 5.

Making a Murder

Filmado durante 10 anos, Steven Avery é o principal suspeito de vários crimes, mas será? Um documentário sobre a corrupção policial.

Quantas vezes nos queixamos da falta de justiça. Inúmeras vezes. Muitas situações dependem da opinião de terceiros ou de interesses maiores. Um caso real, que aconteceu a Steven Avery, condenado injustamente por um crime que não cometeu e depois de conseguir a sua liberdade, foi novamente incriminado.

São muitas dúvidas que circulam neste caso. Steven Avery um homem que vivia no Condado de Manitowoc foi injustamente culpado por um crime de violação do qual não cometeu. Esteve 18 anos presos e sempre a tentar a sua inocência. Apenas com o avançar dos anos e com a melhoria da tecnologia conseguiu provar a sua inocência e a indicação que não estava no local do crime. Ficou sem liberdade, o seu casamento desfeche-se e perdeu o contacto com os filhos, só porque vivia num ferro velho e a sua família vivia um pouco à parte da comunidade. A polícia viu em Avery um alvo fácil para assumir a culpa. Em 2005 é novamente acusado de um crime. Desta vez é pela morte de Teresa Halbach uma jornalista. Um julgamento estranho, pois pistas sem sentido apareciam nos locais mais esperados e especula-se que tenha sido tudo implementado pela polícia local. Apesar de já recorrer a vários advogados, a várias indicações de inocência, Steven foi condenado a 2007. O caso agravou-se quando o seu sobrinho confessou a participação no crime, algo que depois veio a negar, pois sentiu-se pressionado a confessar. Atualmente preso, Avery não desiste de conseguir provar novamente a sua inocência.

Neste documentário produzido pela Netflix, escrito e realizado por Laura Ricciardi e Moira Demos, acompanhamos todas estas decisões, o julgamento e a revolta da família Avery. A primeira temporada explora os anos de 1985 a 2007. A segunda aborda o pós condenação e o dia-a-dia das famílias e o começo da sua própria investigação. Este documentário ganhou vários prémios, incluindo Melhor Documentário pelo Primetime Emmy Awards.

Este documentário deixa-nos nervosos. Estes julgamentos de crimes maiores são sempre incertos, mas este é mesmo um caso que só aconteceria nos Estados Unidos da América. Estas políticas de conspiração, acusações falsas e implantações de provas. Se quiserem ver-se livre de alguém façam-no à maneira americana. Um sentimento de revolta cresce dentro de nós durante estes episódios. Avery estava inocente da primeira acusação, e quando decidiu indemnizar a polícia do Condado pela sua investigação, foi logo acusado de um homicídio. Todo este timing é suspeito e o surgimento das provas é incoerente. Ora não estão lá, como no próximo dia lá estavam e o sangue no local de crime também não está lógico com a situação. Além disso não foi muito à cara com o irmão da vítima e o seu ex-namorado. Eram muito estranhos e a forma como relataram os acontecimentos também. O caso piorou com as palavras de acusação do sobrinho de Avery, mas o facto é que a polícia durante o interrogatório aproveitou-se da inteligência fragilizada de Brendan e mentiram-lhe sobre o que ia acontecer de seguida.

Enfim não foi um caso muito bem resolvido, e houve logo a pressão de culpa desde o início, mesmo que o homem estivesse sido preso injustamente. A verdade é que existiu uma vítima e não se sabe o que se passou, mas todo o caso foi muito estranho desde o início.

O Justiceiro

Blood, Blood, Too Much Blood

Depois da sua entrada na série “Daredevil“, Frank Castle ou “Punisher“, merecia uma série só sua. Conseguiu em 2017 uma série original da Netflix, do qual terminou após 2 temporadas. O ator Jon Bernthal é o protagonista desta série com muita ação, sangue, suor e tiros.

Após os eventos do passado, pensava-se que Frank Castle estava morto. Como homem procurado por assassinar governantes e polícias corruptos, Frank decide viver nas sombras e assumir uma nova identidade. Nunca esquecendo o trágico desfecho da sua família, que vitimou a sua esposa e os dois filhos. Com a vingança a ecoar nas suas veias, Frank decide descobrir toda a verdade por detrás do assassinato da sua família.

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1ª Temporada

Na primeira temporada Frank Castle ainda luta contra os mesmos demónios.Desta vez é procurado por torturar e assassinar o ex-parceiro da agente Madani. Castle junta-se a Lieberman que finge estar morto para proteger a sua família, devido à quantidade de informação que conhece. Uma teoria da conspiração de que Castle foi alvo enquanto servia no Afeganistão voltou para persegui-lo. Isso e o seu ex-colega de serviço e melhor amigo, Billy Russo (Ben Barnes) que sabe mais daquilo que aparenta. Com o jogo de rato e gato, o Punsiher só tem um objectivo: justiça.

Todos os episódios da série são bastante bons. Apesar de ser necessário ter estômago para algumas das cenas retratadas, é uma realidade bem gráfica e necessária para a densidade da personagem. Apesar desse lado negro e violento, apoiamos Frank Castle nas suas decisões e somos abordados com o seu lado mais humano. O amor que sente pela família e dignidade que ainda mantém. A série bem realizada tornou-se um sucesso também devido ao elenco. Não consigo ver mais ninguém para o papel de Frank Castle como Jon Bernthal. Ben Barnes também está excelente como um vilão, onde consegue lançar charme, mas ao mesmo tempo ser vil.

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2ª Temporada

Nesta temporada, Frank Castle, está novamente livre e com a ficha limpa. Tenta viver uma vida normal, mas a confusão volta a ir ter com ele. Enquanto isso Billy Russo, que começa a ter as principais características do seu alter-ego Jigsaw, está confuso e sem memória do que aconteceu consigo. Frank, ajuda uma jovem rapariga de ser assassina, que o incentiva a voltar a ser o Punisher. Mas o destino é voltar a juntar Castle e Russo que se tornam finalmente inimigos. Mas um novo vilão está à espreita a Frank terá de ajudar a jovem na situação complexa em que se meteu.


Apesar da primeira temporada ser mais refinada e viciante, para compreendermos melhor os impulsos de Frank Castle, na segunda temos uma continuação para o rumo final das personagens. A série é muito violenta e sangrenta, mas faz mesmo o estilo dark do protagonista. Um anti-herói, que não tem medo de usar as próprias mãos para terminar o serviço. Destaco as fantásticas interpretações da série. Não vamos ter um Punisher tão ousado e feroz como Jon Bernthal, mas os seus co-protagonistas também conseguiram manter a postura.

Girlboss

De auto-estima elevada e nariz empinado assim é a protagonista de “Girlboss”, Sophia Amoruso. Baseada em factos verídicos sobre a início da idade adulta até à construção do seu império.

De auto-estima elevada e nariz empinado assim é a protagonista de “Girlboss“, Sophia Amoruso. Baseada em factos verídicos sobre a início da idade adulta até à construção do seu império. Empreendedora de roupa vintage, começou o seu negócio online e agora já consegue manter o seu inventário em loja física.  Mas nem tudo foi fácil para Sophia. Interpretada pela jovem atriz Britt Robertson que tem dado largos passos na sua carreira, acompanhamos durante 13 episódios de 20 minutos na plataforma Netflix a evolução desta carismática personagem.

Aos 22 anos e como grito de independência decidiu sair da casa dos pais e abandonou a escola. Indecisa sobre a sua vida e o que a motivada, chegou a roubar e nas lixeiras à procura de sustento. Também trabalhou de forma a manter o seu plano de saúde. Contudo a marca Nasty Gal veio mudar a sua vida quando decidiu comprar roupa vintage, e vende-la no ebay a um preço superior. O lucro não tardou a chegar e assim criava a sua forma de vida.

Além de algumas dificuldades dos primeiros passos como empreendedora, esta série original da Netflix foca-se na amizade, e no amor. Principalmente nos tempos que correm em que a oferta de emprego é apertada, “Girlboss” oferece sugestões para a criação de um negócio numa área que seja do nosso interesse. Não existem facilitismos, apenas originalidade e muito trabalho. Esta série é bastante divertida  e como é pequena não se torna cansativa, muito pelo contrário queremos continuar a acompanhar esta história. A atriz Britt Robertson mantém uma atitude bastante diferente ás suas anteriores presenças. Rebelde e mais arrogante mantém uma personalidade mais espontânea e irreverente. Quem já assistiu a esta série? Dêem a vossa opinião.

Netflix Portugal