O Método Kominsky

Envelhecer não é fácil. É um facto complicado para todos nós. O corpo já não responde como respondia, as capacidades começam a ficar limitadas e até o nosso humor altera. Com Michael Douglas na produção e com a distribuição da Netflix, temos uma série de drama mas divertida sobre a circunstâncias da vida e tudo ao que implica.

Envelhecer não é fácil. É um facto complicado para todos nós. O corpo já não responde como respondia, as capacidades começam a ficar limitadas e até o nosso humor altera. Com Michael Douglas na produção e com a distribuição da Netflix, temos uma série de drama mas divertida sobre a circunstâncias da vida e tudo ao que implica. “O Método Kominsky” segue a vida de dois melhores amigos, Sandy (Douglas) Norman (Alan Arkin) que divagam sobre as dificuldades de envelhecer e como contornar essas circunstâncias com muito humor. Durante duas temporadas com oito episódios cada uma, somos espectadores de uma amizade que já dura anos e como a idade é um posto, podem implicar e resmungar da forma que mais acharem adequada.

Com um argumento bem escrito e com personagens carismáticas sentimos uma conexão com esta série. Apesar do seu carácter dramático, faz-nos rir e é o que precisamos. Mesmo em alturas de crise, estas personagens utilizam o humor como arma O que resulta para o facto de sermos um pouco mais positivos, apesar das circunstâncias. Por isso esta série resulta muita bem.

Os atores Michael Douglas e Alan Arkin estão impecáveis nos seus papeis e hilariantes. Partilham uma forte amizade e velhos queixosos, mas que adoramos até invejamos este pensamento positivo pela vida.

Vencedor de prémios como: globo de ouro para melhor série de comédia e Melhor ator para Michael Douglas, facilmente percebemos o seu carácter de sucesso. Uma surpresa agradável sobre a vida ser um “saco” e por vezes ser desconfortável, mas são todos passos para uma oportunidade melhor e onde também existem momentos bons.

O Método Kominsky” tornou-se numa surpresa agradável, uma bem-disposta comédia dramática com um elenco principal de excelentes atores com uma nova perspectiva de vida. Porque velhos são os trapos e pior do que envelhecer é viver com arrependimentos.

Netflix Portugal

Crítica: Por Detrás do Candelabro

A crónica da tempestuosa relação de seis anos entre a estrela musical Liberace e o seu jovem namorado Scott Thorson.

Título: Behind the Candelabra
Ano: 2013
Realização: Steven Soderbergh
Interpretes: Michael Douglas, Matt Damon, Scott Bakula…
Sinopse: A crónica da tempestuosa relação de seis anos entre a estrela musical Liberace e o seu jovem namorado Scott Thorson.

Baseado numa história verídica, conhecemos a relação conflituosa de altos e baixos do fenómeno musical Liberace (Michael Douglas) cantor e pianista com Scott Thorson (Matt Damon), um homem mais novo que o auxiliava nos espectáculos. A base para a produção do filme foi o livro publicado com memórias do próprio Thorson com “Behind the Candelabra: My Life with Liberace”. Um livro que veio ofuscar o escrito por Liberace anos antes onde ocultava a sua homossexualidade. O sucesso do pianista era tanto que até conseguiu entrar no livro do Guiness como o artista mais bem pago, fazia coleções de carros, antiguidades e jóias.

No ano de 1977 Liberace e Scott são apresentados por um amigo em comum, durante uma apresentação em Las Vegas. A bissexualidade de Scott não impediu o relacionamento com Lee (como Liberace era conhecido pela família e amigos) durasse aproximadamente 10 anos. O músico sustentava o parceiro e juntos viviam um romance fora dos holofotes da fama. A situação começou a deteriorar-se devido às exigências de Liberace por homens mais novos, o seu vício no sexo e a adição de Scott pelas drogas.

Por detrás do Candelabro” é uma obra cinematográfica biográfica que consegue misturar-se entre o drama e a comédia musical. Michael Douglas e Matt Damon estão fabulosos como protagonistas. Interpretam um casal homossexual que vivia entre o luxo e a ostentação da fama. Mostram-se quase irreconhecíveis.  Além do elenco, o argumento é dos factores mais positivos e desafiantes do filme. O guarda-roupa também merece consideração, devido aos pormenores e  equivalências com os verdadeiros trajes de Liberace. Por um lado não tornaram o filme demasiadamente musical, apenas no primeiro encontro e no final, e ainda bem. O realizador focou-se mais na vida íntima do casal e nos dramas vividos do que na envolvente mediática. Fiquei a conhecer uma história de vida interessante que desconhecia até ao momento, apesar de ter sido das polémicas mais mediáticas. O blogue atribui 4 estrelas em 5.

Rating: 4 out of 5.

Crítica: Homem-Formiga

O cientista Hank Pym convence um ladrão chamado Scott Lang a trabalhar para ele, com o propósito de experimentar e defender a sua tecnologia de manipulação do tamanho dos seres vivos, criando assim o Homem-Formiga, uma criatura com uma super-capacidade de encolher fisicamente e ao mesmo tempo ficar muito mais forte, para combater os malfeitores do mundo.

Título: Ant-man
Ano: 2015
Realização: Peyton Reed
Interpretes: Paul Rudd, Michael Douglas, Evangeline Lilly
Sinopse: O cientista Hank Pym convence um ladrão chamado Scott Lang a trabalhar para ele, com o propósito de experimentar e defender a sua tecnologia de manipulação do tamanho dos seres vivos, criando assim o Homem-Formiga, uma criatura com uma super-capacidade de encolher fisicamente e ao mesmo tempo ficar muito mais forte, para combater os malfeitores do mundo. (Fonte: Sapomag)

Não queria ver este filme, mas acabei por ir vê-lo ao cinema. Num dia de tédio e sem nada para fazer, Ant-Man era o melhor em exibição. Não me arrependi. A história é tranquila, com as típicas cenas de ação e com momentos engraçados à mistura. A minha indecisão estava no herói, o Homem-Formiga, não o achava vantajoso nem muito interessante. Agora vejo como estava enganada. O enredo da história está bem construído e muito bem interligado com os anteriores filmes da Marvel, nomeadamente Os Vingadores e Capitão América. Por falar nisso, aconselho a verem este filme porque vamos ouvir falar mais do Homem-Formiga, pois já está no cast para o próximo filme de Capitão América: Guerra Civil e será um ótimo aliado. O cast foi estrategicamente bem escolhido, como protagonista temos Paul Rudd, que nos habituou a filmes de comédia, e aqui não é diferente desempenha o mesmo papel de tótó. A ele junta-se Michael Douglas que fez uma pausa na carreira por motivos de saúde, mas que voltou com toda a força e a atriz Evangeline Lili que deixou The Hobbit e foi contratada pela Marvel, e que ainda terá uma personagem de destaque (o final ficou em aberto).

Além do cast o filme foi apresentado com excelentes efeitos visuais. Importantes quando encolhemos e tudo à nossa volta aumenta. Foi divertido ver como é na realidade a vida das formigas e como vêm o mundo. As sequências de luta também estão bem delineadas e admito que no final gostei de conhecer este super-herói do qual ainda não tinha ouvido falar. Possivelmente mais filmes de Ant-Man viram, não me parece que vão ficar por aqui, nesta que é a época dos filmes e séries de heróis. O blogue atribui 3,5 estrelas em 5.

Rating: 3 out of 5.