Crítica: Pai Há Só Um… Ou Dois

Quando finalmente se habituaram um ao outro, Brad e Dusty tem agora que lidar com os seus pais durante as férias de natal.

Título: Daddy’s Home Two
Ano: 2017
Realização: Sean Anders
Interpretes: Will Ferrell, Mark Wahlberg, Mel Gibson…
Sinopse: Quando finalmente se habituaram um ao outro, Brad e Dusty tem agora que lidar com os seus pais durante as férias de natal.

Se queremos uma filme animado para toda a família para a altura natalícia, aconselho “Pai Há Só Um…Ou Dois“. O segundo filme do protagonizado por Will Ferrel e Mark Wahlberg que é quase um “Sozinho em Casa” para adultos. Já habituados às rotinas um dos outro, Brad (Will Ferrel) e Dusty (Mark Wahlberg) pais que dividem os filhos, tem um dilema quando este Natal terão de festeja-lo juntos. Contudo tudo muda quando os pais de ambos chegam à cidade, com ideias de todos passarem esta época festiva juntos. Mas nem tudo vai correr bem. Com peripécias engraçadas, momentos divertidos e muito relacionado com o Natal temos uma comédia bastante divertida para ver com toda a família.

São vários os momentos que fazem rir com este filme devido às confusões que os adultos são os responsáveis. Mas tudo consegue sempre uma maneira de terminar bem. Para quem não resiste a este género de filmes pela altura do natal, esta é uma excelente opção. De rir às lágrimas com excelentes interpretações. O elenco mais jovem também se torna responsável pelo sucesso satisfatório desta longa-metragem. O realizador Sean Anders já nos tinha habituado às suas comédias adolescentes e familiares e é um registo que ainda se mantém. Precisamos de mais filmes do género para rir até às lágrimas e sabe mesmo bem. O blogue atribui 3,5 estrelas em 5.

Rating: 3 out of 5.

Paramount Pictures Portugal

Crítica: Pocahontas

Um soldado inglês e a filha de um chefe índio partilham um romance, enquanto os colonos ingleses invadem Virgínia.

Título: Pocahontas
Ano: 1995
Realização: Mike Gabriel, Eric Goldberg
Interpretes: Mel Gibson, Linda Hunt, Christian Bale…
Sinopse: Um soldado inglês e a filha de um chefe índio partilham um romance, enquanto os colonos ingleses invadem Virgínia.

A Disney é cheia de surpresa. Depois de contos de fadas que nos fazem sonhar, tornaram as suas animações mais verosímeis quando adaptaram histórias reais ao grande ecrã. Apesar de muitos não acreditarem Pocahontas existiu mesmo. Viveu entre o séc. XVI e XVII e era mesmo uma princesa indígena e tornou-se numa ponte entre a cultura inglesa e a nativa norte-americana. A história mais colorida da Disney, aborda a chegada do aventureiro John Smith à vila de Pocahontas, ambos iludidos pelos diferentes mundos um do outro, inevitavelmente apaixonam-se. Na realidade existem dúvidas se tal aconteceu, afinal a jovem princesa ainda tinha os seus 12/13 anos, enquanto que Smith já era um homem bastante maduro. Acredita-se que se tornou mais num mentor. Mas continuando no filme. “Pocahontas” é uma película que se foca numa história de amor, que claro está mantém os seus contratempos. Além de manter uma comédia leviana, tem um desenho com traços sublimes que mostra com clarezas as paisagens puras da antiga Virgínia.

Este filme está sem dúvida no meu top de filmes Disney. Muito devido à forte história que separa e junta os dois mundos, mas também à personalidade vincada das personagens. Apesar de ser quase uma obra esquecida, em filme mantém em si uma certa beleza. Além da animação, as músicas também realçam esta maravilhosa história. “The colours of the wind” foca-se na desigualdade e até conseguiu ganhar Óscar de Melhor Canção na altura. Ainda me consigo apaixonar por este enredo e argumento quando novamente o filme, mesmo que já foram 360 vezes. Não há mesmo como ficar indiferente. O blogue atribui 3,5 estrelas em 5.

Rating: 3 out of 5.

Crítica: O Herói de Hacksaw Ridge

Durante a Segunda Guerra Mundial um aspirante a médico, Desmond T. Doss serviu durante a batalha de Okinawa e recusou-se a matar pessoas. E foi considerado o primeiro americano da história a receber Medalha de Honra sem disparar um único tiro.

Título: Hacksaw Ridge
Ano: 2016
Realização: Mel Gibson
Interpretes: Andrew Garfield, Sam Worthington, Luke Bracey…
Sinopse: Durante a Segunda Guerra Mundial um aspirante a médico, Desmond T. Doss serviu durante a batalha de Okinawa e recusou-se a matar pessoas. E foi considerado o primeiro americano da história a receber Medalha de Honra sem disparar um único tiro.

Mel Gilbon voltou a estrear-se na realização. Depois de “Braveheart“, “Apocalypto” e “A Paixão de Cristo“, Gibson voltou a fazer pesquisa em factos verídicos para mais uma obra cinematográfica histórica. O filme é baseado em Desmond Doss (Andrew Garfield) o herói de guerra que recusou-se a tocar numa arma, mas mesmo assim salvou a vida a várias pessoas. Fico sempre curiosa com estes tramas dramáticas humanitárias. Dificilmente acreditamos em algo assim, mas são  histórias que merecem ser conhecidas. Num ambiente de guerra, Gibson, provou que é mais do que um grande ator. Mantém um fluxo linear, não muito longo que capta a atenção do espectador. Apesar do difícil cenário, o realizador até foi simpático. Poupou às cenas do duro treino dos militares e focou-se mais parte romântica da situação. Contudo as cenas de guerra são imparáveis. Bombardeamentos, explosões, tiros, sangue, feridos, dão a ação necessária ao filme que parecia estar a esmorecer. Apesar de gostar do tema, canso-me imenso a ver filmes de guerra, mas com este não aconteceu. Não queria perder nem um momento de toda a atitude heróica de Desmond.

Andrew Garfield assume o protagonismo nesta obra cinematográfica. Não sei porque estava com dificuldades em associar este ator a papéis dramáticos. Talvez por ainda considerar que tem aspecto de adolescente, ou porque o seu papel de Fantástico Homem-Aranha ainda está muito fresco na minha memória. Com o decorrer do filme fui-me habituando, e não é que me surpreendeu. Segundo declarações do próprio ator, a sua nomeação para o Oscar foi provavelmente um engano. Não considero, Garfield está a ser um ator promissor e tem evoluído bastante. Sim porque recentemente também estreou o filme “Silêncio” de Scorcense que o mantém no protagonismo. Uma falha no cast foi provavelmente a escolha de Vince Vaughn para Sargento Howell, não é este um ator de comédia? Por esse motivo não levei esta personagem muito a sério. O filme é intenso e com planos verosímeis sobre a perigosa guerra que foi Hacksaw Ridge. Além disso conta uma história inspiradora de sobrevivência que sobressai o carácter humano. Quem é que não gosta de um drama destes?  O blogue atribui 4 estrelas em 5.

Rating: 3 out of 5.

Crítica: The Beaver (2011)

A história acompanha a jornada de um homem para reencontrar a sua família e recomeçar a sua vida. Atormentado pelos seus demónios, Walter Black foi outrora um executivo bem sucedido e o homem da família que agora sofre de uma depressão. Não importa o que ele tenta, Walter não consegue dar a volta ao problema e voltar a ser o que era… até que um fantoche castor entra na sua vida.

The Beaver ou o Castor em português é um filme de 2011 realizado por Jodie Foster e protagonizado por Mel Gibson, Jodie Foster, Anton Yelchin e Jennifer Lawrence nos principais papéis. A história acompanha a jornada de um homem para reencontrar a sua família e recomeçar a sua vida. Atormentado pelos seus demónios, Walter Black foi outrora um executivo bem sucedido e o homem da família que agora sofre de uma depressão. Não importa o que ele tenta, Walter não consegue dar a volta ao problema e voltar a ser o que era… até que um fantoche castor entra na sua vida.

Esta obra afirmou-se como uma comédia dramática, que na realidade pouco de comédia tem. Com Jodi Foster como realizadora, este é o seu trabalho cinematográfico como realizador, sendo que Jodi afirmou que apenas realiza filmes que tenham algo para dizer sobre a sociedade e o Castor é um exemplo disso. Porque para além de tratar de assuntos como a depressão que muitos passam na sociedade que vivemos; a sanidade mental e também algumas situações tristes por parte da sociedade que cede à ignorância sobre os problemas dos outros. Beaver transmite a mensagem para estarmos atentos aos outros que apesar de não revelarem podem estar a sofrer. Walter (Mel Gibson) vive cada vez mais deprimido já nada o motiva a continuar, a esposa Meredith (Jodi Foster) vive cansada da apatia do marido, Porter o filho mais velho do casal receia tornar-se como o pai o por isso odeia-o, e Michael o filho mais novo não tem amigos. Então que chega o castor à vida de Walter, um fantoche que promete mudar a sua vida. E não é que muda?

O filme apresenta-se como um comédia negra sobre a realidade da vida comum. Jodi Foster esteve bem no papel de realizadora e como atriz. Todo o elenco foi bem escolhido, Mel Gibson que já há muito não o víamos no cinema, a até Jennifer Lawrence (vencedora recente do Óscar de melhor atriz) começava a subir na carreira de atriz, este foi realizado antes de Jogos da Fome.  “The Beaver” é um filme de actores puro e duro, feito a pensar na valorização do ser humano enquanto ser social e emocional. Uma excelente escolha para quem se farta dos típicos filmes de Hollywood. O blog atribui 4 estrelas em 5.

Rating: 3 out of 5.