Crítica: Glass

Um guarda de segurança, David Dunn, usa as suas habilidades para encontrar Kevin Wendell Crumb, um homem perturbado com 24 personalidades diferentes.

Título: Glass
Ano: 2019
Realização: M. Night Shyamalan
Interpretes:  James McAvoy, Bruce Willis, Samuel L. Jackson…
Sinopse: Um guarda de segurança, David Dunn, usa as suas habilidades para encontrar Kevin Wendell Crumb, um homem perturbado com 24 personalidades diferentes.

O último Capítulo…

Neste filme criado por M. Night Shyamalan temos uma história de vilões e heróis nos tempos atuais. Um perspectiva sobre o que certo e errado e o que define quem somos. Se temos uma habilidade diferente dos outros, será que a podemos utilizar em proveito próprio, ou altruísta?

M. Night Shyamalan termina a sua trilogia de filmes com uma conclusão eficaz para estas personagens que criou. Juízos de valor são martirizados neste filme e nem tudo o que parece é. No entanto o resultado foi aceitável e revela-nos uma história decisiva sobre as origens.

Depois de um filme bem construído sobre um homem com várias personalidades dentro de si em Fragmentado (2017). A conclusão do filme, previa-se que chegaria uma conclusão. Pois Bruce Willis aparecia nos últimos segundos. A sua conexão estava ligada ao filme Unbreakable (2000) com Samuel L. Jackson. Em “Glass” temos uma conclusão destes que se consideram super-heróis.Presos e sujeitos a testes de personalidade, os três protagonistas: Elijah (Samuel L. Jackson) que possui um corpo fragilizado como vidro; David (Bruce Willis) uma versão do Super-Homem com uma super-força nada humana e o único sobrevivente do comboio em 2000 e Kevin (James McAvoy) uma homem com múltiplas personalidades. Estes três consideram-se super-heróis das histórias da banda desenhada. Contudo são persuadidos a pensar que não são, pela doutora Elli (Sarah Paulson) que conseguiu criar um espaço com as fraquezas de cada um. Mas são será fácil aprisionar estes três, que pretendem não desistir.

Não estávamos à espera que em 2000 quando foi lançado o primeiro filme desta saga de M. Night Shyamalan, que a história iria continuar. O realizador fez questão disso. Surpreender. Criar uma narrativa desconstruiria sobre a ideia de sermos super-heróis e desmistificar aqueles textos comuns de uma aliança entre vilões da banda desenhada. Criar algo novo e que supere o já transmitido. A iniciativa interessante de Shyamalan não teve o impacto positivo como os filmes anteriores.O filme não está mau, só não tem a mesma essência dos antecessores e para final não resultou eficazmente. Contudo temos fantásticas interpretações no elenco. Destaco James McAvoy que nos proporciona momentos de pura adrenalina, mas também os restantes protagonistas estão fenomenais nos seus papéis, assim como o elenco secundário original.

Concluindo “Glass” é uma força da natureza, com momentos que destacam a cultura pop e amantes da banda desenhada. Será que super-heróis existem ou são apenas um forte ego? O blogue atribui 3 estrelas em 5.

Rating: 3 out of 5.

Crítica: A Senhora da Água

Um faz-tudo e atendente de um condomínio, Cleveland resgata uma estranha mulher da piscina do local. Quando ele descobre que ela na verdade é uma personagem de uma história para adormecer ele decide ajudá-la a voltar para casa.

Título: Lady in the Water
Ano: 2006
Realização: M. Night Shyamalan
Interpretes: Paul Giamatti, Bryce Dallas Howard, Jeffrey Wright…
Sinopse: Um faz-tudo e atendente de um condomínio, Cleveland resgata uma estranha mulher da piscina do local. Quando ele descobre que ela na verdade é uma personagem de uma história para adormecer ele decide ajudá-la a voltar para casa.

A Senhora da Água” é um filme idealizado pela imaginação de M. Night Shyamalan (Sinais) onde também é realizador e ator neste película. Novamente o recurso ao factor fantástico que desta vez chega-nos através da história de uma sereia humanizada, caracterizada como “Lady in the Water“.

A vida pacata de Cleveland não apresenta nenhum entusiasmo, aliás ele já sentiu uma perda muito forte e por isso vive os seus dias deambulando e auxiliando os condóminos de um prédio que ele gere. Cleveland começa a suspeitar de algo diferente quando descobre vestígios de utilização da piscina clandestinamente.  Numa noite descobre uma mulher misteriosa a nadar nas águas. Story é o seu nome e tenta voltar a casa, mas é perseguida por estranhas criaturas. Cleveland decide socorrer a jovem e ajuda-la no seu objectivo de regresso. A sua história pode não ser a mais lógica possível, mas facilmente se convence que está a fazer o mais correto.

Uma longa-metragem de com situações previsíveis de mais, com um elenco sem confiança e um argumento muito fraco, causam o desastre deste filme. A narrativa não é muito coerente, assim como a prestação de M. Night Shyamalan como ator. Faltou a confiança. “A Senhora da Água” é uma obra que não satisfaz e deixa-se ficar no limiar do que podia ser um história interessante. Estou sempre a apanhar desilusões com este realizador e estou a esgotar as oportunidades aos seus filmes. O blogue atribui 2,5 estrelas em 5.

Rating: 4 out of 5.

Crítica: Fragmentado

Três raparigas são raptadas por um homem diagnosticado com 23 personalidades diferentes. Elas tentam escapar, antes da chegada da personalidade número 24

Título: Split
Ano: 2016
Realização: M. Night Shyamalan
Interpretes: James McAvoy, Anya Taylor-Joy, Haley Lu Richardson…
Sinopse: Três raparigas são raptadas por um homem diagnosticado com 23 personalidades diferentes. Elas tentam escapar, antes da chegada da personalidade número 24.

Esta temática das múltiplas personalidades sempre foi um tema que me despertou curiosidade. Acedi ao tema com no filme Identidade Misteriosa (2003) e a série Bates Motel (2013-2017). Considero interessante como deixamos de ser quem somos e passamos a ter diferentes personalidades diferentes. “Fragmentado” realizado por M. Night Shyamalan, é um misto de mistério, drama e triller psicológico sobre uma pessoa que sofre com esta patologia. O ator James McAvoy interpreta um homem com 23 personalidades diferentes. Como forma de conseguir evocar a vigésima quarta personalidade, rapta três raparigas adolescentes. Casey, Claire e Marcia terão de lutar pela própria vida e arriscarem-se a saírem da cave onde estão mantidas prisioneiras.

O que se destaca deste filme satisfatório de M. Night Shyamalan (que já há muito tempo não realizava nada de relevante) é mesmo o fantástico argumento. De maneira subtil, carismática e misteriosa agarra o espectador a todos os segundos do ecrã, para tentar perceber o fluxo narrativo. Um aplauso para a extravagante interpretação de James McAvoy, um ator de mão cheia. Interpreta diferentes personalidades desde a criança Hedwig que dança freneticamente Kanye West; à controladora Patricia, ao protetor e forte Dennis, ao estilista Barry, entre outros. Conseguimos facilmente descobrir qual a personalidade que emergiu devido à sua capacidade camaleónica. Desta forma se descobre o que separa os bons dos excelentes atores. Apesar da exuberante performance de McAvoy, a atriz Anya Taylor-Joy como Casey também consegue estar à medida do peso da sua personagem. Os seus silêncios são muito expressivos “Split” conseguiu ainda um final totalmente inesperado e conseguiu interligar-se com o filme “O Protegido” com Bruce Willis e Samuel L. Jackson que Shyamalan realizou à 18 anos atrás. Vamos finalmente receber uma continuação à película. Concluído o blogue atribui 3,5 estrelas em 5. 

Rating: 3.5 out of 5.