Crítica: Mistério a Bordo

Um polícia de Nova Iorque e a sua esposa vão numa viagem até à Europa, mas acabam por ser suspeitos de um assassinato de um milionário.

Título: Murder Mystery
Ano: 2019
Realização:  Kyle Newacheck
Interpretes:  Adam Sandler, Jennifer Aniston, Luke Evans…
Sinopse: Um polícia de Nova Iorque e a sua esposa vão numa viagem até à Europa, mas acabam por ser suspeitos de um assassinato de um milionário.

Se me dissessem que um filme que junta Adam Sadler e Jennifer Aniston ia ter piada, eu certamente ia duvidar. Mas a verdade é que este “Mistério a Bordo” surpreendeu e adivinhem…até faz rir. A culpa não é dos atores. Adam Sadler tem sempre o mesmo género de papeis (exepto a surpresa do ano passado “Uncut Gems” que foi muito comentado por não ter sido nomeado aos Óscares), e talvez por isso não consegue ir mais além nas comédias. Mas consegue ficar com a mulher boazona. Já Jennifer Aniston que já se tinha aliado a Sadler no filme “Engana-me que eu gosto” também quando aparece numa comédia romântica nunca são filmes que superam o razoável. “Mistério a Bordo” é intrigante, divertido e carismático.

Com uma produção Netflix temos a história de um casal que finalmente após 15 anos de casamento decidem viajar até à Europa. Mas os planos de baixo orçamento mudam quando conhecem o sobrinho de um milionário e são convidados a viajarem durante uns dias no iate com a família. Durante esse encontro acontece um assassinato, e evidentemente que os principais suspeitos são os Spitz (Aniston e Sadler). Viciados em policiais e com o intuito de saírem ilesos desta complicada situação, decidem investigar por termos próprios quem afinal é o assassino e limparem os seus nomes.

-You’re an actress, right?

-All women are actresses, dear. I’m just clever enough to get paid for it.

Nick e Grace

Neste filme não existem momentos aborrecidos, seja com ação, mistério e comédia o público está sempre entretido. Na verdade até gostei de assistir a Sadler e Aniston como casal maravilha. São ambos engraçados e são as estrelas do filme, dividindo o protagonismo. O argumento é também muito bom e facilmente estamos a rir com as falas das personagens. Este é um filme bem-disposto e para assistir em qualquer ocasião, pois junta vários géneros, ideal para todos os gostos.

Concluindo, “Mistério a Bordo” não desilude e pelo contrário até surpreende. No final após o crime estar resolvido ainda ficou em abertura para um próximo filme, será que vai acontecer? O blogue atribui 3,5 estrelas em 5.

Rating: 3 out of 5.
Netflix

Crítica: A Bela e o Monstro (2017)

Uma adaptação do conto de fadas sobre um príncipe com aparência de monstro e uma jovem curiosa que se apaixonam da maneira mais imprevisível.

Título: Beauty and the Beast
Ano: 2017
Realização: Bill Condon
Interpretes: Emma Watson, Dan Stevens, Luke Evans…
Sinopse: Uma adaptação do conto de fadas sobre um príncipe com aparência de monstro e uma jovem curiosa que se apaixonam da maneira mais imprevisível.

O clássico da Disney voltou a ganhar um novo alento com a sua versão live-action. Emma Watson é a perfeita Bela e divide o protagonismo com Dan Stevens. Num festival de cor e lindas ornamentações revivemos novamente a nossa infância. O trama mantém-se idêntico ao original e ainda bem. Não existe o elemento surpresa, mas o espectador fica na mesma fascinado com o espectáculo colorido e com as paisagens dignas de contos de fadas.

Para quem conhece este conto, sabe também qual a sua mensagem. O que importa é a beleza interior, e não aquilo que vemos por fora. “A Bela e o Monstro” pretende mudar paradigmas numa versão bem mais moderna. Neste caso estou também a mencionar o primeiro romance homossexual num filme da Disney, que conseguiu quebrar barreiras. Num rol de fantasia e magia juntaram um elenco de excelentes atores britânicos. Além de Emma Watson e Dan Stevens, Luke Evans, Emma Thompson, Ian Mckelen e Ewan Mcgregor juntam-se ao elenco.

A excelente banda sonora torna o filme mais deslumbrante. Músicas como “Beauty and the Beast”, “Be our Guest”, “Belle” e “Something There” continuam lá interpretadas pelos próprios atores. No entanto achei demasiado banal, tal e qual o filme original. O que achei curioso foi o facto de conhecermos mais um pouco da história da mãe de Bela, algo que ainda não tinha sido mencionado. O atores também cumprem com satisfação dos seus papeis. Emma Watson agradou-me imenso como Bela e esquecemos-nos logo que já foi Hermione em Harry Potter. Concluindo se fosse um teste de avaliação era o B+, é satisfatoriamente positivo. O blogue atribui 3,5 estrelas em 5.

Rating: 3.5 out of 5.

Crítica: A Rapariga no Comboio

Uma divorciada torna-se obcecada com a investigação de uma rapariga desaparecida. Tal situação vai conceder-lhe lembranças assustadoras sobre o seu passado.

Título: The Girl on the Train
Ano: 2016
RealizaçãoTate Taylor
InterpretesEmily Blunt, Haley Bennett, Rebecca Ferguson, Luke Evans…
Sinopse: Uma divorciada torna-se obcecada com a investigação de uma rapariga desaparecida. Tal situação vai conceder-lhe lembranças assustadoras sobre o seu passado.

A história de três mulheres que aparentemente nada tem em comum é exposta neste filme, baseado no livro best-seller de Paula Hawkins. Conhecemos o ponto de situação de Rachel (Emily Blunt) uma mulher solitária que viaja todos os dias de comboio e imagina sobre a vida das pessoas que assiste durante a sua viagem. Anna (Rebecca Ferguson) é a segunda mulher que vive num casamento feliz, com uma filha ainda bebé, mas com o medo da ex-mulher do seu marido que constantemente a atormenta e Megan (Haley Bennett) uma jovem casada que vive infeliz com a sua vida. Estas mulheres tem algo em comum, sentem-se inteiramente e amarguradamente sozinhas. Os eventos que as vão juntar vai marcar a forma como vão ficar ligadas para a vida. Neste triller realizado por Tate Taylor acompanhamos pequenos flashes do passado destas mulheres, com pistas para a solução dos problemas do futuro. O desaparecimento de uma rapariga, vai tornar Rachel uma pessoa obsessiva para descobrir a verdade. Mas será que o que ela viu era verdade? Ou não passava de uma ilusão do seu consumo excessivo do álcool?.

“The Girl on The Train” suscitou a minha curiosidade imediata pelo plot. Compreendo até porque se transformou num livro de sucesso. O enredo é denso e pode parecer confuso ao início devido à quantidade de informação que nos é apresentada, mas no final tudo é explicado, mantendo a lógica. A interpretação dos atores também foi intensa, séria e dramática. Ofereço um largo elogio a Emily Blunt pela sua interpretação. À medida que o filme se vai aproximando do seu desfecho, vamos juntando as peças sobre a verdade escondida. Apesar do espectador andar um pouco à nora em alguns momentos, mas penso que faz parte da essência. Este género de história compensa mais em livro, pois a intriga final só é mesmo descoberta nas últimas páginas. Enquanto isso no cinema temos uma perspectiva mais abrangente. Concluindo “A Rapariga no Comboio” é uma obra que ultrapassa o mediano a nível de suspense. O blogue atribui 3,5 estrelas em 5.

Rating: 4 out of 5.

Crítica: Drácula – A História Desconhecida

A história original do homem que se tornou Drácula. Gary Shore realiza e Michael De Luca produz este épico de ação e aventura, que conta ainda com Sarah Gadon, Dominic Cooper, Diarmaid Murtagh e Samantha Barks nos principais papéis

Título: Dracula Untold
Ano: 2014
Realização: Gary Shore
Interpretes: Luke Evans, Dominic Cooper, Sarah Godon…
Sinopse: A história original do homem que se tornou Drácula. Gary Shore realiza e Michael De Luca produz este épico de ação e aventura, que conta ainda com Sarah Gadon, Dominic Cooper, Diarmaid Murtagh e Samantha Barks nos principais papéis. (Fonte Sapomag).

Esta abordagem ainda não tinha sido pensada, a história do Drácula e de como ele se tornou num vampiro vil é o tema central deste filme. No entanto a ideia principal não passa de algo irreal e sem grandes surpresas. O enredo era demasiado previsível, os diálogos eram confusos e nada úteis ao desenvolvimento das personagens. Contudo mostrou ser um filme de entretenimento fácil numa tentativa falhada de um drama de terror. O conto do Drácula já devia estar “batido” afinal todos o conhecemos como o ser das sombras superior na raça dos vampiros. No entanto de vez em quando lá surge um ou outro filme sobre o tema. Desta vez o cargo do papel principal a escolha final foi para Luke Evans, que já nos tinha convencido nos filmes do Hobbit. A escolha do protagonista foi talvez o único aspecto positivo a considerar de toda a película. Luke apresenta uma aparência sombria e misteriosa igualada ao próprio Drácula.

A fotografia do filme é escura, tal como o previsto, com ambientes medievais que abordam todo o misticismo em volta do conto de terror sobre um homem que se transforma num monstro para proteger o que era seu. Existe um esforço por parte da realização para mostrar a natureza humana do mito, mas não foi bem aproveitado esse factor. Os diálogos são de fraca construção e por aí a história dispersa-se completamente. O final considerei-o surpreendente, e nada esperado. Junta-se esta vantagem à interpretação de Luke Evans. Não é um filme que aconselho, apenas só se estiverem interessados no mito do rei do vampiros, mas fora isso não acrescenta nada de novo. O blogue atribui 2,5 estrelas em 5.

Rating: 4 out of 5.