Crítica: Dei-te o Melhor de Mim

Um par de estudantes do secundário, reúnem-se após vinte anos separados para visitarem a sua terra natal.

Título: The Best of Me
Ano: 2014
Realização: Michael Hoffman
Interpretes: James Marsden, Michelle Monaghan, Luke Bracey…
Sinopse: Um par de estudantes do secundário, reúnem-se após vinte anos separados para visitarem a sua terra natal.

Nicholas Sparks inventou a formula perfeita para os corações mais românticos. Jovem casal apaixona-se em adolescente e por algum assunto grave, separam-se. Anos mais tarde voltam a reencontrar-se e a chama da paixão volta a surgir. Sparks é o deus do amor que com as suas palavras cria histórias apaixonantes que são sempre adaptadas ao cinema. Este livro, “O Melhor de Mim“, não foi exceção.

Amanda e Dawson conhecem-se na pequena cidade onde vivem. Ele, um rapaz mais tímido com um passado complicado tem dificuldade em conectar-se com as pessoas. Ela, é mais desinibida, uma rapariga bem-disposta e alegre que costuma ser o centro das atenções. Inesperadamente apaixonam-se e passam um tempo agradável juntos. Contudo uma confusão familiar (não vou dar spoilers) separou o casal que se reencontrou 21 anos mais tarde, devido ao falecimento de uma amigo de ambos. A seta do cupido voltou a atingir Amanda e Dawson e muitas situações ficaram mal resolvidas. Neste filme viajamos pelo passado e o presente para descobrimos pistas sobre a história destes dois.

Vou ser sincera. “O Melhor de Mim” é uma película lamechas e sem graça. O previsível acontece e não o considero surpreendente. Nicholas Sparks tem obras melhores, e admito que de vez em quando perco-me com os contos dele, libertando alguns suspiros como Ooooooh e Aaaaw. Aqui não foi o caso. Não senti química com os atores, nem empatia com a história. Contudo o cenário é perfeito e as paisagens lindas. Ficamos com vontade de viver naquela vila faz de conta com docas, riachos, flores e rios calmos onde é possível nadar sem preocupação. Achei esta narrativa muito idêntica a “Diário da Nossa Paixão“, também criada por Sparks e por isso não captou muito a minha atenção. Posso dizer que já vi melhores. O blogue atribui 3 estrelas em 5.

Rating: 4 out of 5.

Crítica: O Herói de Hacksaw Ridge

Durante a Segunda Guerra Mundial um aspirante a médico, Desmond T. Doss serviu durante a batalha de Okinawa e recusou-se a matar pessoas. E foi considerado o primeiro americano da história a receber Medalha de Honra sem disparar um único tiro.

Título: Hacksaw Ridge
Ano: 2016
Realização: Mel Gibson
Interpretes: Andrew Garfield, Sam Worthington, Luke Bracey…
Sinopse: Durante a Segunda Guerra Mundial um aspirante a médico, Desmond T. Doss serviu durante a batalha de Okinawa e recusou-se a matar pessoas. E foi considerado o primeiro americano da história a receber Medalha de Honra sem disparar um único tiro.

Mel Gilbon voltou a estrear-se na realização. Depois de “Braveheart“, “Apocalypto” e “A Paixão de Cristo“, Gibson voltou a fazer pesquisa em factos verídicos para mais uma obra cinematográfica histórica. O filme é baseado em Desmond Doss (Andrew Garfield) o herói de guerra que recusou-se a tocar numa arma, mas mesmo assim salvou a vida a várias pessoas. Fico sempre curiosa com estes tramas dramáticas humanitárias. Dificilmente acreditamos em algo assim, mas são  histórias que merecem ser conhecidas. Num ambiente de guerra, Gibson, provou que é mais do que um grande ator. Mantém um fluxo linear, não muito longo que capta a atenção do espectador. Apesar do difícil cenário, o realizador até foi simpático. Poupou às cenas do duro treino dos militares e focou-se mais parte romântica da situação. Contudo as cenas de guerra são imparáveis. Bombardeamentos, explosões, tiros, sangue, feridos, dão a ação necessária ao filme que parecia estar a esmorecer. Apesar de gostar do tema, canso-me imenso a ver filmes de guerra, mas com este não aconteceu. Não queria perder nem um momento de toda a atitude heróica de Desmond.

Andrew Garfield assume o protagonismo nesta obra cinematográfica. Não sei porque estava com dificuldades em associar este ator a papéis dramáticos. Talvez por ainda considerar que tem aspecto de adolescente, ou porque o seu papel de Fantástico Homem-Aranha ainda está muito fresco na minha memória. Com o decorrer do filme fui-me habituando, e não é que me surpreendeu. Segundo declarações do próprio ator, a sua nomeação para o Oscar foi provavelmente um engano. Não considero, Garfield está a ser um ator promissor e tem evoluído bastante. Sim porque recentemente também estreou o filme “Silêncio” de Scorcense que o mantém no protagonismo. Uma falha no cast foi provavelmente a escolha de Vince Vaughn para Sargento Howell, não é este um ator de comédia? Por esse motivo não levei esta personagem muito a sério. O filme é intenso e com planos verosímeis sobre a perigosa guerra que foi Hacksaw Ridge. Além disso conta uma história inspiradora de sobrevivência que sobressai o carácter humano. Quem é que não gosta de um drama destes?  O blogue atribui 4 estrelas em 5.

Rating: 3 out of 5.