Baby Driver – Alta Velocidade

Título: Baby Driver
Ano: 2017
Realização: Edgar Wright
Interpretes: Ansel Elgort, Jon Bernthal, Jon Hamm, Lily James…
Sinopse: Depois de cumprir uma dívida de dinheiro, um jovem condutor de assaltos, terá de cumprir um final crime até conseguir mudar de vida.

Baby Driver” não é um filme que conseguimos conhecer o panorama geral, o espectador fica “preso” na perspectiva do protagonista, Baby (Ansel Elgort). As outras personagens são meramente secundárias e ficamos sem conhecer ao concreto a envolvente ampla do acontecimentos. Tudo começa com um assalto. Os profissionais assaltam o banco, enquanto que Baby, os conduz, é o motorista deste trabalho. Ao ritmo da música acelera, impulsa as mudanças com segurança e é rei na estrada. A sua personalidade é pacata, e não interage com os seus companheiros de trabalho. Vai para casa, e cuida do seu pai adoptivo, enquanto espera por outra chamada para voltar ao trabalho. Baby não se mete com ninguém, e espera que os outros também cumprem, mas não é bem assim. Indignados com o seu jeito estranho e solitário, sempre de auscultadores nos ouvidos, é abordado várias vezes, mas é sempre impecável naquilo que faz.

Edgar Wright é conhecido realizador de filmes de ação, e este não é excepção, “Baby Driver” segue um ritmo alucinante de drama, perseguições, adrenalina e mais importante boa música. O que faltou foi uma narrativa mais coerente (principalmente nos últimos 20 minutos de filme, onde o nonsense tomou partido), sem falhas nas decisões das personagens e com um fluxo mais real. Faltou muito, mas antes conseguimos-nos importar com a história de Baby.

O elenco não se destaca propriamente neste filme, por isso foi focar-me nas perseguições de carros que foi o melhor desta obra cinematográfica. Movimentos acelerados que nos faz subir a adrenalina e o bater do coração. Tal como em “Velocidade Furiosa” ficamos logo apaixonados por este ritmo. Além disso mantém uma excelente banda sonora a acompanhar. Isso foi perfeito. O blogue atribui 3 estrelas em 5.

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Sony Pictures Portugal

 

Crítica: Guernsey – A Sociedade Literária da Tarte de Casca de Batata

Depois da Segunda Guerra Mundial, uma escritora cria uma relação inesperada com os residentes da Ilha de Guernsey, onde decide escrever um livro sobre as suas experiências durante a guerra.

Título: The Guernsey Literary and Potato Peel Pie Society
Ano: 2018
Realização: Mike Newell
Interpretes: Jessica Brown Findlay, Tom Courtenay, Michiel Huisman, Lily James…
Sinopse: Depois da Segunda Guerra Mundial, uma escritora cria uma relação inesperada com os residentes da Ilha de Guernsey, onde decide escrever um livro sobre as suas experiências durante a guerra.

Baseado num livro escrito por Mary Ann Shaffer e Anne Barrows, tia e sobrinha. Numa obra literária apenas desenvolvida através de cartas, conhecemos a incrível sociedade literária da tarte de casca de batata. Um grupo de desconhecidos junta-se em plena guerra e por mero acaso começam a descobrir a paixão pela leitura. Paixão essa que continuou no pós-segunda guerra mundial. Dessa motivação conheceram a escritora Juliet Ashton (Lily James) que se interessou pela história da sociedade casaca de batata na pequena ilha de Guernsey.

Neste drama histórico, realizado por Mike Newell (Harry Potter e o Cálice de Fogo) temos uma narrativa cativante sobre uma mulher independente (fora dos padrões da época) na década de 40 num regime pós-guerra. Onde ainda existe muita desconfiança e medo. Com planos bastante pitorescos, tal como as paisagens centrais da história, conhecemos o passado e a tristeza que os acontecimentos trágicos trouxeram para aquela vila. O sentimento de dor e perda ainda está muito presente. O filme é cativante e honesto, não se apresenta com grandes produções e mantém-se fiel à realidade sobre os costumes da época. “A Sociedade Literária da Torta de Casca de Batata” é um filme que apela à liberdade feminina e muitas são as referências fornecidas pelas escritoras. são difíceis conseguirmos histórias de época sobre mulheres que se destacaram. Esta longa-metragem é para os mais interessados em dramas históricos com um toque de romance. O blogue atribui 3 estrelas em 5.

Rating: 3 out of 5.

Vídeo Musical – Mamma Mia 2: Here we go again


O filme Mamma Mia 2: Here we go again (2018), não podia ter terminado da melhor maneira. Todo o elenco junta-se para uma música final. “Super Trouper” com as vozes de Cher, Mery Streep, Christine Baranski, Julie Walters, Dominic Cooper, Pierce Brosnan, Colin Firth, Stellan Skarsgård, Andy Garcia, Josh Dylan, Jeremy Irvine, Hugh Skinner, Amanda Seyfried, Lily James, Jessica Keenan Wyn e Alexa Davies. Este é o resultado final.

Mamma Mia! Here We Go Again

Cinco anos após os eventos em “Mamma Mia” (2008), Sophie prepara a grande reabertura do Hotel Bella Donna, enquanto conhecemos mais sobre o passado da mãe.

Título: Mamma Mia! Here We Go Again
Ano: 2018
Realização: Ol Parker
Interpretes: Lily James, Amanda Seyfried, Meryl Streep…
Sinopse: Cinco anos após os eventos em “Mamma Mia” (2008), Sophie prepara a grande reabertura do Hotel Bella Donna, enquanto conhecemos mais sobre o passado da mãe.

Mamma mia, here I go again
My my, how can I resist you?

Isso mesmo, após um primeiro filme mediano, a segunda ronda de “Mamma Mia” volta e como animou bastante o verão de 2018, não podia deixar de conhecer este filme. Algumas músicas podem ser repetidas do primeiro filme, mas a energia positiva dos ABBA está presente em cada momento. Dez anos depois do primeiro filme, muito mudou, mas as personagens mantém-se para a continuação da história. Sophie está empenhada em concretizar os  sonhos da mãe, Donna, que faleceu há uns anos. Para isso deseja reabrir o hotel na Grécia onde Donna trabalhou. Para a inauguração conta com a presença das Dynamos, e dos seus três pais, que por motivos de trabalho não vão conseguir está presentes e do marido, Sky que está ocupado em Nova Iorque. Tudo está a correr mal, mas Sophie ainda tem a esperança de deixar a mãe orgulhosa. Enquanto isso, conhecemos o passado de Donna, os seus sonhos, como conseguiu chegar à Grécia e mais importante como se envolveu com três homens diferentes num espaço curto de tempo. Para melhorar o ambiente as fantásticas músicas dos ABBA complementam a banda sonora. “Mamma Mia“, “Fernando” “Waterloo“, “One of Us“, “Dancin Queen” “My Love My Life“, “Super Trouper” são alguns dos exemplos que oferecem energia e alegria às cenas retratadas.

Desta vez não é Meryl Streep que assume o papel principal (a atriz apenas aparece para uma cena especial), mas é Lily James em versão de Donna mais jovem. James é divertida, alegre e bem-disposta como a protagonista e consegue cativar para continuarmos a assistir à sua história que começou tudo. Este segundo filme é mais completo e empolgante do que o seu antecessor e sem dúvida que conseguiu superá-lo. A par das músicas cativantes, o elenco é fantástico e divertido. 

Mamma Mia 2:Here We Go Again” consegue surpreender durante todo o tempo. A narrativa bem delineada apresenta uma história cheia de sonhos, mas com muito amor. Este filme vai conquistar o coração de todos. O blogue atribui 3, 5 estrelas em 5. 

Rating: 3 out of 5.

Crítica: A Hora Mais Negra

Em Maio de 1945 o destino da Europa está nas mãos do Primeiro Ministro britânico, Winston Churchill, que terá de decidir entre negociar com Adolf Hitler ou lutar e descobrir que poderá ser a ruína do império britânico.

Título: Darkest Hour
Ano: 2017
Realização: Joe Wright
Interpretes: Gary Oldman, Lily James, Kristin Scott Thomas….
Sinopse: Em Maio de 1945 o destino da Europa está nas mãos do Primeiro Ministro britânico, Winston Churchill, que terá de decidir entre negociar com Adolf Hitler ou lutar e descobrir que poderá ser a ruína do império britânico.

Filmes como este deviam ser mais vezes feitos. Momentos da História que marcaram decisões vincadas para um presente que conhecemos. Situações complicadas e momentos temerosos que culminaram o destino do mundo como conhecemos atualmente. “A Hora mais Negra” retrata a decisão do primeiro-ministro britânico, Winston Chrurchill que marcou a posição firme do Reino Unido na 2ª Guerra Mundial. Uma decisão limpa sobre nega de rendição à Alemanha nazi, liderada por Hitler. “I have nothing to offer but blood, toil, tears and sweat. We have before us an ordeal of the most grievous kind. We have before us many, many long months of struggle and of suffering.” Frase discursada por Churchill no dia 13 de maio na Câmara dos Comuns quando se tornou Primeiro-Ministro. A sua intenção não era dar falsas esperanças ao povo, como tinham feito até ao momento, mas atribuir-lhes força para a batalha que se aproximava. O mês de maio de 1940 do conhecido primeiro-ministro britânico, foi dos mais complicados da sua vida. A subida de cargo na política, a contradição de todos pela sua promoção, sem o suporte da casa real, as tropas britânicas cada vez mais cansadas e poucas, sem aliados, o bloqueio de Dunkirk e o acordo de paz com Hitler, fomentou o sucesso de Winston Churchill e hoje um dos nomes mais reconhecidos da História britânica.

A Hora Mais Negra” realizado por Joe Wright, conhecido por filmes históricos como “Orgulho e Preconceito“, “Expiação” e “Anna Karenina”, aborda de forma equilibrada este tema. Nesta produção não é apresentado uma película biográfica sobre Churchill, é sim um momento único da sua vida explorado de forma meticulosa para retratar o mais real possível dos acontecimentos.

Gary Oldman recebeu o Óscar de Melhor Ator Principal por esta sua interpretação. Bem merecido, o ator “escondido” pela maquilhagem e caracterização superou o desafio com distinção. A voz e gestos estão completamente dentro da personagem. O argumento bem delineado com planos seguros e marcantes, tornam este filme sólido e coerente. A obstinação de Churchill foi necessária, mesmo que isso fosse contra os padrões normais, numa altura em que tudo parecia perdido. Uma narrativa impressionante de coragem e esperança. O blogue atribui 3,5 estrelas em 5.

Rating: 4 out of 5.

Guerra e Paz

“Guerra e Paz”, obra de Tolstói e considerada por muitos como uma das melhores leituras de sempre, foi novamente adaptada, mas desta vez para a televisão numa mini-série de 6 episódios. A série de 2016 é protagonizada por Lily James (Cinderella), Paul Dano (Loop, Little Miss Sunshine) e James Norton (Mr. Turner, Rush, An Education), nos principais papeis.

O amor em tempos de Guerra

Guerra e Paz“, obra de Tolstói e considerada por muitos como uma das melhores leituras de sempre, foi novamente adaptada, mas desta vez para a televisão numa mini-série de 6 episódios. A série de 2016 é protagonizada por Lily James (Cinderella), Paul Dano (Loop, Little Miss Sunshine) e James Norton (Mr. Turner, Rush, An Education), nos principais papeis. A BBC inspirou-se na obra “Guerra e Paz” para realizar esta belissíma produção. A sua história passa-se na Rússia em pleno início do séc. XIX em que Napoleão devastava o país na sua conquista por poder e territórios. A sociedade russa era demasiado estruturada e as classes mais baixas viviam à mercê da alta sociedade. Entre bailes, convívios, roupas de luxo, as jovens burguesas só pensavam com quem iam casar (quanto mais rico melhor) e se o amor entretanto viria. Enquanto isso os homens da altura esperavam mostrar a sua virilidade quando alistavam-se para a guerra, que era feroz e difícil. Apesar de a série focar-se principalmente na aristocracia, é notória a descontentarão do povo  e a desigualdade social. Nunca li o livro (está na minha lista para fazer), mas ao ver a série apercebi-me que o contexto político não foi aprofundado. O telespectador apenas fica a conhecer três famílias principais e qual a sua forma de enfrentar toda aquela invasão dos franceses.

Guerra e Paz” (a adaptação da BBC) foca-se principalmente no fator romântico, onde as jovens preferem o amor em tempos de incerteza. A guerra é apresentada em algumas cenas e percebemos o estado caótico e medonho da situação bélica. O argumento está bem direccionado interpretado por um elenco favoravelmente escolhido. O que mais me deslumbrou foi a cena do baile entre Natacha e o Príncipe Andrei no Palácio de Inverno, uma cena tipicamente russa da alta sociedade. O guarda-roupa e cenários foram pensados ao pormenor. A suave escrita dos episódios faz com que 1 hora por cada um, passe rapidamente. Concluindo aconselho a assistirem a esta fantástica mini-série, fiquei a conhecer uma história que já há muito tinha curiosidade. Admito que o último episódio não foi do meu agrado, parece que estavam mesmo a guardar aquele desfecho infeliz para o fim.