Viagem ao Japão – Dia 4

Sugestões de viagem dia 4 no Japão

Depois de um excelente pequeno-almoço em Quioto, que bem foi preciso, pois este foi o dia que mais caminhamos durante toda a viagem. Como tínhamos o dia livre e era o último nesta cidade de tradição, que já foi capital do Japão, decidimos aproveitar e explorar os locais mais emblemáticos. Para tal apanhamos o comboio para o primeiro destino: Fushimi Inari.

Fushimi Inari

Provavelmente dos locais mais instagráveis do Japão. Muitos devem conhecer como os  famosos portões torii avermelhados que estão montados em corredor por 4 kms de caminho. Difícil de conseguir uma fotografia perfeita, já que são milhares os visitantes que circulam por lá. Este é dos mais importantes e mais bonito santuário xintoísta, dedicado a Inari (deus do arroz). Com origem no ano 794, estão concentrados cerca de 30 mil torri vermelhos, conhecidos como Senbon Torii, normalmente são ofertas de particulares ou empresas, para prosperidade. O nome de cada dador e a data podem ser encontradas atrás do torii.

Saindo da estação principal de Quioto é preciso apanhar o comboio para a Estação Inari (cerca de 7 minutos de viagem). Depois é só 2 minutos de caminhada e chegamos ao local sagrado. Fushimi-Inari tem várias estátuas de raposa que protegem a entrada, consideradas as mensageiras.

Segundo a tradição devemos atirar uma moeda, bater duas palmas e fazer uma oração. Quem quiser tentar a sua sorte pode comprar os papéis da sorte. Custam cerca de 100 yens e reflectem mensagens de sorte ou azar. Se for de sorte é costume guardar na carteira ou em casa, se for azar deve-se colocar lá no santuário em locais próprios amarrados para não se concretizar.

É necessário uma manhã para conhecer este santuário e a entrada é gratuita.

Kiyomizu Dera

Kiyomizu-dera é um templo budista a leste de Quioto. Este é um dos monumentos mais antigos da cidade e considerado Património Mundial da UNESCO. O templo foi fundado no ano de 798 por Sakanoue no Tamuramaro, um general shogun. A antiguidade do espaço é bastante notória. O salão principal possui uma ampla varanda, suportada por largos pilares altos. Devido à sua altura oferece uma vista fantástica pela cidade. Ainda no salão principal está uma fonte de água natural, que segundo acredita-se tem o poder de realizar desejos. Lá está presente outros santuários., incluindo o Santuário Jishu, dedicado ao deus do amor. Segundo a lenda, acredita-se que quem conseguir atravessar de olhos fechados uma distância de 6 metros, até chegar ás pedras do amor, vai ter sorte nessa área. O praticante pode ser ajudado na tarefa.

Uma curiosidade do local é que os bilhetes são mesmo bonitos e muitos tem a função de amuleto para dar sorte.

Depois de caminharmos por todo o espaço no final podemos contemplar um lago com carpas. Foi neste dia que choveu (por sorte levamos guarda-chuva). No Japão a época de chuvas em junho e julho. Mas durante a nossa estadia tivemos muita sorte, pois só choveu dois dias.

Descida de Kyomizu Dera

A descida de Kyomizu Dera é um corredor de lojinhas de cada lado da rua. Difícil é resistir entrar em todas as lojas. Mas ainda consegui adiantar muitas lembranças aqui. Neste espaço conseguimos ver várias meninas vestidas de quimono a tirar fotografias nas principais paisagens. Foi também nesta rua que fomos abordados por um grupo de estudantes japoneses do básico, que estavam à procura de turistas para aprenderem a falar inglês. Enquanto isso respondemos a umas perguntas que tinham e ainda tiramos umas fotografias. Quando chegamos ao final da rua, já era hora do almoço.

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Os monumentos no Japão são frequentados diariamente por milhares de turistas.

Massa Udon

Encontramos um restaurante próximo e muito acolhedor com especialidade em massa udon. Esta é uma massa mais grossa e diferente do ramen. A sua confecção leva água e farinha de trigo. Tradicionalmente é colocada num saco de plástico e as mulheres amassam com os pés. Estranho não é, mas se pensarmos é igual ao vinho que é amassado com os pés. Servido quente ou frio (eu prefiro quente) esta massa é acompanhado com um caldo mais leve, cebolinha picada e tempurá ou carne. Neste restaurante, a bebida chá frio era oferecida. Depois de descansarmos um pouco e aquecermos da chuva, traçamos o nosso roteiro.

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O meu almoço. Massa udon com tempura e arroz.

Visitar os Macacos em Iwatayama

Adoro animais e não podia perder a oportunidade de conhecer os famosos macacos japoneses. Para visitarmos os macacos de Iwatayama foi necessário apanharmos o autocarro até Arashiyama. O Google fornece-nos estas informações todas. Numa viagem de 20 minutos e chegamos ao nosso destino. Como chegamos quase na hora de fecho (faltavam 30 minutos) e estava um tempo que chamava por chuva, subimos o monte com tranquilidade (sim, porque em dias de muito calor subir até ao topo seria muito complicado). Numa caminhada de 20 minutos encontramos finalmente os macacos.

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Depois de atravessar a ponte, e quase a chegar ao monte onde finalmente ia conhecer os macacos de Iwatayama.

Existem três regras principais: Não devemos olhar os macacos nos olhos, não devemos dar de comida fora do local designado e não devemos tocá-los. Neste local existem cerca de 130 macacos que andam livremente pelo espaço. No topo existe uma cabana onde podemos comprar comida e dar aos macacos, mas só lá no seu interior. Comprei uma banana descascada e foi bastante divertido ver os macacos a comer. Depois de algumas fotos e apreciar aquela vista, foi hora de descermos, até porque os treinadores já estavam a indicar aos macacos para se retirarem.

Floresta de Bambu de Arashiyama

A famosa floresta de bambu é um local que merece ser conhecido. Perto do local dos macacos de Iwatayama fizemos outra caminhada, mas sem antes fazer uma pausa para o lanche. Depois das energias renovadas visitamos a conhecida Floresta de Bambu. Não é necessário pagarmos a entrada e podemos andar em liberdade pelos diferentes caminhos de bambu. Um local mágico a descobrir e excelente fundo para fotos. Contudo às vezes pode ser complicado já que existem muitos turistas e para conseguirmos imagens sem pessoas desconhecidas é preciso ter muita paciência.

Exploramos a zona e ainda nos esperava uma longa caminhada até ao metro. Quando chegamos à estação de Quioto, conhecemos melhor aquele mundo movimentado, diferente do Quioto que conhecíamos. Ali era o encontro de todas as estações e como era hora de ponta, era muita gente num só local. No Japão conseguem concentrar tudo num mesmo sítio, seja o mais tradicional (que foi todas as paragens que fizemos durante este dia), seja o mais moderno e tecnológico que foi o que aconteceu quando chegamos à estação e na Torre de Quioto. Jantamos num shopping que se encontrava mesmo em baixo do nosso hotel e depois fomos descansar pois o dia tinha sido longo, mas muito divertido.

No próximo dia já íamos rumar a outro destino. Não percam os próximos episódios porque nós também não.


VÍDEO: