Título: The Nun
Ano: 2018
Realização: Corin Hardy
Interpretes: Demián Bichir, Taissa Farmiga, Jonas Bloquet…
Sinopse: Um padre com um passado obscuro e uma noviça ainda sem fazer os seus votos são enviados pelo Vaticano para resolver um caso de suicídio numa Abadia na Roménia e confrontar a força maligna de uma freira.
Depois de dois filmes bons com Conjuring (Crítica podem ler aqui e aqui) avançamos para as prequelas. O mesmo já tinha acontecido com Annabelle, e agora avançaram com a história do demónio da freira. “The Nun” pode não fazer-nos dormir de luz acesa, mas ainda consegue pregar alguns sustos. Momentos inesperados e sons assustadores são a receita principal. O que inverte o seu sucesso é o argumento fantasioso que desleixa uma obra que podia ser bem conseguida.
Um padre especialista em exorcismos e uma noviça corajosa, foram enviados pelo Vaticano para descobrirem a verdade sobre um suicídio que ocorreu numa misteriosa Abadia de clausura na Roménia. O corpo da freira foi descoberto por Frenchie, um franco-canadiano que se compromete a levar os alimentos ao local já que as freiras não podem ter contacto com o exterior. O convento é evitado por todos os habitantes do aldeamento rural, devido às más premonições que acusa. Frenchie como foi a única testemunha do incidente, é recrutado pelo padre para os ajudarem na descoberta da verdade. Nos anos 50 (data que se passa esta ação) tal é pouca a cavalaria enviada e não era a mais indicada para destruir um demónio daquela magnitude.
A história, é essencialmente essa. Sustos fáceis que mesmo previsíveis nos fazem saltar da cadeira. Momentos aterradores com o uso de sombras e música convincente, enquanto acompanhamos a descoberta do mistério do surgimento do demónio Valak. O que achei interessante neste filme, assim como a maioria dos filmes de terror é o factor secretismo que vamos descobrindo a verdade à medida que os protagonistas desenvolvem a história.
Os factores que valorizei bastante em “The Nun” é a caracterização excelente da Freira Maldita, interpretada por Bonnie Aarons, que assusta só de olhar e a música tenebrosa que se fazia acompanhar por esta personagem. Os milhões de dólares envolvidos possibilitou a criação de um cenário assustador e bem construído, com um estilo gótico, em que eu não parava lá nem um segundo. Além disso a personagem Frenchie criava alguns momentos de humor, o que aliava um pouco a tensão da aura negativa. Só por curiosidade, a atriz que interpreta a noviça é Taissa Farmiga, irmã mais nova da atriz Vera Farmiga a protagonista dos filmes Conjuring.
Concluindo a falha principal esta na falsa expectativa de realidade, e onde o facilitismo é encontrado. “The Nun” não assusta seriamente é só um blockbuster comercial, pensado talvez para entreter um público mais jovem. O blogue atribui 3 estrelas em 5.