Crítica: Igor

Uma fábula animada sobre o cliché do corcunda malvado e assistente do cientista, que se torna o próprio cientista. Tal provoca admiração na comunidade malvada.

Título: Igor
Ano: 2008
Realização: Tony Leondis
Interpretes: John Cusack, Molly Shannon, Steve Buscemi…
Sinopse: Uma fábula animada sobre o cliché do corcunda malvado e assistente do cientista, que se torna o próprio cientista. Tal provoca admiração na comunidade malvada.

Um filme de animação, com evidências de influência do realizador Tim Burton. No entanto é Tony Leondis que lidera a realização de “Igor“. Neste filme infantil conhecemos o outro lado da história. Muitos conhecem o conto de Frankenstein, mas esta é uma versão alternativa, dando relevo à personagem de assistente do cientista principal, a personagem corcunda, Igor. Numa jornada entre a descoberta da invenção vida e procurar o que é mais correto numa vila onde só se conhece a maldade, Igor vai provar com a sua inocência para tentar mudar opiniões.

Esta não é uma animação excepcional, nem francamente bem conseguida. Contudo consegue captar a sua essência. Com momentos engraçados e com uma mensagem bem exposta, temos um filme satisfatório sobre a diferença entre o certo e errado, misturada com um conto conhecido bem por todos.

Igor” é um filme indicado maioritariamente para crianças, mas consegue ser uma produção satisfatória e querida. O blogue atribui 2,5 estrelas em 5.

Rating: 3 out of 5.

Crítica: O Mordomo

Enquanto Cecil Gaines serve oito presidentes como mordomo na Casa Branca, vários acontecimentos criam impacto na sociedade americana e mundial. A luta pelos direitos civis, a Guerra do Vietnam e outros eventos que vão afectar a sua vida familiar e social.

Título: The Butler
Ano: 2013
Realização: Lee Daniels
Interpretes: Forest Whitaker, Oprah Winfrey, John Cusack…
Sinopse: Enquanto Cecil Gaines serve oito presidentes como mordomo na Casa Branca, vários acontecimentos criam impacto na sociedade americana e mundial. A luta pelos direitos civis, a Guerra do Vietnam e outros eventos que vão afectar a sua vida familiar e social.

Esta é uma história verídica que acompanha oito presidentes dos Estados Unidos da América e uma presença mais pequena em estatuto social, mas grande em opiniões assertivas. Cecil Gaines (Forest Whitaker) era quase nada quando nasceu. Em criança trabalhava nos campos de arroz, mas essa era uma vida de escravo para alguém de cor. Saiu da casa do seu senhorio com o objectivo de ter uma vida melhor. Passou fome e frio até encontrar alguém que lhe desse um emprego. Ser empregado de mesa num hotel. Aí aprendeu os truques para agradar os convidados e a sua presença foi tão marcante que  foi convidado para a função de mordomo na Casa Branca. Cecil não só conheceu a vida pessoal dos presidentes norte-americanos, mas também viveu perante as suas decisões. Crises políticas, racismo, luta pelos direitos civis, guerras, graves impactos que afectaram fortemente a sociedade norte-americana.

Uma envolvente dramática é notória em todos os planos deste filme. Poucas falas, mas assertivas na construção da história. A construção deste filme foi bem pensada, e posteriormente muito bem conseguida. A mensagem que transmite é o ponto mais forte da narrativa. A obediência de Cecil com os seus senhores e a rebeldia compulsiva do filme mais velho de Cecil, Louis que luta freneticamente pelos direitos civis. Cecil devagar conseguiu ter a confiança de homens importantes no governo, o que provavelmente influenciou as suas decisões em situações políticas. Louis emociona com as suas ações de persistência em defender que todos os cidadãos são iguais, independente da cor. Sentimos ódio daqueles que por maldade desejam o mal só por ter um tom de pele diferente. Além disso outras situações difíceis que os cidadãos norte-americanos tiveram de enfrentar nesta época.

O elenco é dos pontos mais fortes. No papel principal Forest Whitaker apresenta uma humildade fenomenal. Oprah Winfrey também não está nada mal. “O Mordomo” pretende sensibilizar, mas mesmo nos tempos atuais ainda existe muito ódio e muito que ainda se pode fazer. O blogue atribui 3,5 estrelas em 5.

Rating: 3 out of 5.

Crítica: Paperboy – Um Rapaz do Sul

Um jornalista volta a Florida, a sua terra-natal para investigar um caso envolvendo um prisioneiro no corredor da morte.

Título: Paperboy
Ano: 2012
RealizaçãoLee Daniels
InterpretesMatthew McConaughey, Nicole Kidman, John Cusack. Zac Efron…
Sinopse: Um jornalista volta a Florida, a sua terra-natal para investigar um caso envolvendo um prisioneiro no corredor da morte.


Paperboy – Um Rapaz do Sul” pode ter elenco de luxo, mas apenas os últimos 10 minutos do filme é que foram interessantes. Num filme onde o calor aperta e os seus protagonistas estão cansados e transpirados, uma família de jornalistas pretende levar à comunicação a história do ano. Salvar um homem do corredor da morte. A tarefa não promete ser fácil, mesmo quando se junta uma equipa invulgar. O ator Zac Efron é mais novo da família Jansen ao lado do seu irmão mais velho, Matthew McConaughey que esconde a sua homossexualidade, numa época ainda muito racista. Estes são os dois atinados nesta família egocêntrica e egoísta. A juntar-se à equipa está Nicole Kidman de peito e perna à mostra, uma playdoll que vive de amores pelo seu marido condenado e louco, o ator John Cusack. Ignorando o facto de que o jovem Jansen vive de amores por si. Ela não é como as miúdas do colégio, nem demasiadamente velha parecer a sua mãe. Este grupo de outsiders vão juntar-se para um bem maior, ou assim acreditavam.

De forma lenta e maçuda o argumento desenrola-se até ao seu fim, onde atinge o seu ponto mais alto. O espectador não sente empatia pelas personagens  que se desgraçam ao longo de  toda a película. Não existe ninguém são, excepto a empregada de cor que sofre constantemente de discriminação, interpretada por Macy Gray. Todos são peões de uma vida desconcertante e insatisfeita. Um twist interessante acontece no final e é talvez isso que consegue apaziguar esta tragédia cinematográfica, ao lado do seu seu elenco de excelentes atores. O seu cariz indie surpreendeu, mas não o suficiente. Não me sinto com vontade de aconselhar “Paperboy“, mesmo sendo baseado em factos verídicos, devido às suas deambulações sociais desnecessárias. O blogue atribui 2,5 estrelas em 5.

Rating: 3 out of 5.

Crítica: 1408

O célebre autor de terror Mike Enslin (Cusack) acredita apenas no que vê com os seus próprios olhos. Mesmo depois de escrever uma série de best-sellers desacreditando os acontecimentos paranormais nas mais assombradas e infames casas e cemitérios, ele não tem nenhuma prova real da vida… após a morte. Mas as longas e solitárias noites de Enslin, sem fantasmas, estão prestes a mudar para sempre quando dá entrada na suite 1408 do notável Hotel Dolphin, com o objectivo de escrever para o seu último livro

O filme 1408 é do ano de 2007 e foi realizado por Mikael Hafstorm e tem nos principais papeis os atores: John Cusack e Samuel L. Jackson. Sinopse: O célebre autor de terror Mike Enslin (Cusack) acredita apenas no que vê com os seus próprios olhos. Mesmo depois de escrever uma série de best-sellers desacreditando os acontecimentos paranormais nas mais assombradas e infames casas e cemitérios, ele não tem nenhuma prova real da vida… após a morte. Mas as longas e solitárias noites de Enslin, sem fantasmas, estão prestes a mudar para sempre quando dá entrada na suite 1408 do notável Hotel Dolphin, com o objectivo de escrever para o seu último livro, “Ten Nights in Haunted Hotel Rooms”. Apesar dos avisos do gerente do hotel (Jackson), o escritor é a primeira pessoa, em muitos anos, a permanecer no quarto supostamente assombrado…

Neste filme de terror a ação e suspense são constante. O telespectador fica envolvente na história de terror que envolve o enredo, fazendo pensar o que vai acontecer a seguir. Seguimos a aventura da personagem de John Cusack um céptico em relação ao sobrenatural, mas que ao entrar no quarto misterioso, começa a duvidar do que acreditava. Este filme porém não é original, é baseado na obra literária de Stephen king, o mestre o terror, mas Mikael consegue bem captar a essência do mistério, pois a uma certa altura do filme começamos a duvidar se tudo é real, ou se é a nossa mente que está a fazer-nos truques.

John Cusack está óptimo neste papel, e já não é a primeira vez, nem será a última que o vemos em filmes do género thriller. De início a personagem de Cusack começa por ser um escritor de livros sobre o sobrenatural, mas céptico sobre todo esse assunto, no entanto devido à continuação do seu livro decide a todo o custo entrar no quarto proibido do hotel, no número 1408, pois não acredita que algo de mal se passa lá. No final do filme já temos a personagem de Cusack como um louco após sofrer traumas psicológicos dentro do terrível quarto, vemos a uma evolução fantástica de personalidade. Em suma este é um filme fantástico do género que vale  apenas ver. O Blog atribui 3,5 estrelas em 5.

Rating: 3 out of 5.