Crítica: Boy Erased

O filho de um pastor é obrigado a participar numa escola religiosa para a desconversão da sua homossexualidade, forçado pelos seus próprios pais.

Título: Boy Erased
Ano: 2018
Realização: Joel Edgerton
Interpretes: Lucas Hedges, Nicole Kidman, Joel Edgerton…
Sinopse: O filho de um pastor é obrigado a participar numa escola religiosa para a desconversão da sua homossexualidade, forçado pelos seus próprios pais.

Ultimamente o cinema não tem mãos a medir em filmes de casos verídicos sobre situações de droga e homossexualidade. “Boy Erased” foca-se em factos reais na vida de Garrard Conley e no seu livro publicado, um memoir sobre a sua experiência no “Love in Action“. Um programa de terapia que se focava na conversão da homossexualidade.  Garrad explica por tudo o que passou enquanto esteve lá inscrito em 2004, e até mesmo aos conflitos que teve com os pais que não conseguiram aceitar facilmente a sua homossexualidade.

No filme as personagens são fictícias, criadas para tornar a história mais digna de filme, mas toda a experiência é verdadeira. Luca Hedges, interpreta Jared Eamons, filho de um pastor (Russell Crowe) que proclama a palavra de Deus. Sente-se aflito relativamente aos seus sentimentos. Apesar da personalidade rigorosa do pai, a sua mãe (Nicole Kidman) dá-lhe sempre muito apoio e incentivo em relação a tudo. Quando explica aos pais que é gay, e se sente atraído por homens, Jared é persuadido a inscrever-se num programa “Love in Action” para converter a sua homossexualidade. As medidas e os recursos utilizados nesse programa são extremas, e muitas vezes teriam de passar por situações desconfortáveis e ofensivas. Durante as semanas de terapia, Jared percebe que existe muitas diferenças entre os presentes. Como Jon que está tão sério em levar a conversão até ser hetero que até se proíbe em tocar noutros homens. Outros como Gary, apenas continuam com o “seu papel” fingindo que a terapia está a resultar. Os métodos eram humilhantes, desde bater com bíblias a insistir consequentemente que a culpa deles estarem naquele local era da família e deviam culpar os pais. Esse foi o gatilho final de Jared que conseguiu fugir da sessão, para nunca mais voltar.

O ator Lucas Hedges tem crescido bastante nestes papéis mais maduros que interpreta. Nomeado para o Óscar com o filme “Manchester by the sea” já conseguiu participar em vários filmes com atores de topo. Neste filme como Nicole Kidman e Russell Crowe, mas também Julia Roberts, Ralph Fiennes, Bruce Willis, entre outros. Atualmente já é considerado uma escolha segura para um papel dramático, já que é esse o género que mais participa. Lucas Hedges tem evoluindo bastante com os anos, e prova disso são estes filmes sempre com um ambiente pesado que faz.

Concluindo este é um filme dramático, sobre a homossexualidade que aborda um cenário que não tinha conhecimento, mas que faz todo o sentido exporem. Não só devido aos maus-tratos que os inscritos no programa teriam de suportar, mas também devido à ingenuidade sobre o processo de conversão. O blogue atribui 3 estrelas em 5.

Rating: 3 out of 5.

Crítica: A Agente Vermelha

Título: Red Sparrow
Ano: 2018
Realização: Francis Lawrence
Interpretes: Jennifer Lawrence, Joel Edgerton, Matthias Schoenaerts…
Sinopse: A bailarina Dominika Egorova é recrutada para a escola de agentes, um serviço russo de inteligência, onde ela se foca no seu corpo como uma arma. A sua primeira missão é encontrar o agente da CIA que está a por em causa as duas nações.

Jennifer Lawrence é a protagonista deste filme de espionagem. Dominika Egorova, uma russa bailarina, desde criança sempre sonhou pertencer ao Bailado russo. Contudo a sua vida muda radicalmente quando se magoa gravemente em palco. Sem hipóteses de voltar a dançar e para ganhar dinheiro para cuidar da mãe doente, é obrigada pelo tio a trabalhar para ele. Entra num escola especial de inteligência russa, onde aprende a utilizar o seu corpo como arma, através de prazeres sexuais. Dominika muda de identidade e torna-se na agente vermelha. Numa rede de traição e infiltrados entre a Rússia e os Estados Unidos da América, a jovem terá de aprender a sobreviver neste mundo de desconfiança.

Realizado por Francis Lawrence, conhecido em filmes como Constantine, I am Legend, e três filmes da saga Hunger Games. Daí voltou a recrutar Jennifer Lawrence para a sua protagonista. A atriz apresenta uma exposição física muito grande nesta obra cinematográfica, algo que ainda não tínhamos visto. Mas nestas cenas era justificável para o desenvolvimento da personagem. O seu sotaque foi alterado para um russo, o que em algumas falas está perfeito, noutras nem por isso. O papel de Jeremy Irons também é interessante neste filme.

A narrativa está interessante, e voltamos à mesma guerra entre a Rússia e Estados Unidos da América. Só a partir de meio do filme é que começa a tornar-se mais surpreendente. Sobraram algumas pontas soltas, mas conseguiram superar tudo no final. O blogue atribui 3,5 estrelas em 5.

Rating: 4 out of 5.