The Giver – O Dador de Memórias

Título: The Giver
Ano: 2014
Realização: Phillip Noyce
Interpretes: Brenton Thwaites, Jeff Bridges, Meryl Streep…
Sinopse: Numa comunidade perfeita construída, sem guerra, sofrimento e diferenças de escolha, um jovem rapaz foi escolhido para aprender com os anciãos sobre o verdadeiro sofrimento e dor do mundo real.

Já há muito tempo que não ficava colada assim ao ecrã, à espera de um bom filme. A verdade é que apesar de um background interessante, a história não conseguiu acompanhar o ritmo. The Giver faz-nos lembrar outros clássicos jovens como Hunger Games e Divergente, sociedades totalmente modernas, privadas da liberdade do seu povo. No centro temos uma personagem principal, Jonas que ao atingir a maioria de idade descobre que é especial. Exactamente como Triss, a personagem de “Divergente“. Confuso por conseguiu enquadrar-se em todas as áreas é lhe oferecida a função de Receptor de Memórias. As memórias são o foco de todo o filme, pois todos os elementos daquela sociedade esqueceram-se das memórias, só conhecem o equilíbrio e o preto e branco. Uma sociedade quase perfeita sem tristeza, fúria e nem amor e alegria.

Apesar da premissa misteriosa, mas cativante, o ritmo do desenvolvimento das personagens não permitiu a sua conclusão com sucesso. O final foi fraco e indevidamente explorado. O realizador Phillip Noyce conseguiu trazer para o ecrã a história que lhe foi dada, mas perdeu-se na sua essência. Apesar da falta de consistência de um conteúdo sóbrio, foi bonito acompanharmos a evolução das personagens, assim como o processo das cores durante o filme.

O forte elenco é dos factores mais favoráveis: Meryl Streep, Jeff Bridges, Katie Holmes e Alexander Skarsgard. Contudo as suas personagens não tiveram o relevo nem o destaque necessário, para as suas fantásticas interpretações. O pior desempenho é mesmo para o protagonista Brenton Thwaites que parece desligado da sua personagem. Fica muito aquém do esperado.

Concluindo este era um filme que tinha hipóteses e podia até criar uma excelente memória cinematográfica, mas vai arrefecendo conforme a história avança. O blogue atribui 3 estrelas em 5.

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Crítica: Kingsman: O Círculo Dourado

Quando o seu quartel é destruído, a viagem dos Kingsman levam-nos até aos Estados Unidos, onde descobrem uma nova organização. Estas duas agências secretas de elite tem de se juntar para eliminar um inimigo em comum.

Título: Kingsman: The Golden Circle
Ano: 2017
Realização: Matthew Vaughn
Interpretes: Taron Egerton, Colin Firth, Mark Strong…
Sinopse: Quando o seu quartel é destruído, a viagem dos Kingsman levam-nos até aos Estados Unidos, onde descobrem uma nova organização. Estas duas agências secretas de elite tem de se juntar para eliminar um inimigo em comum.

Os espiões mais cavalheiros de Londres voltaram para um segundo filme. A continuação de “Kingsman” segue com uma reviravolta surpreendente, da qual não concordo nada. Mas sem dúvida que esta saga não tem medo de avançar e talvez por isso consiga distanciar-se dos outros filmes de espionagem. O final da agência britânica trouxe graves percussões, quando um novo vilão surge. Os “Kingsman” terão de pedir ajuda aos “Statesman” nos Estados Unidos da América para juntos derrotarem um mal maior. A narrativa consegue ainda surpreender, a vilã Poppy (Julianne Moore) não consegue ser tão excepcional como a personagem de Samuel L. Jackson, mas apresenta um carisma especial só dela. Louca e descabida é possível amá-la e odiá-la ao mesmo tempo. Outras novas personagens surgem é o caso de Tequilla (Channing Tatum), Ginger (Halle Berry), Whiskey (Pedro Pascal) e Champ (Jeff Bridges). Os atores conseguiram criar um desenvolvimento entusiasmante às suas personagens.

Para quem viu o filme anterior, sabe que Harry, personagem de Colin Firth foi assassinada, durante o terrível assalto à igreja no filme anterior. Contudo nesta continuação ele volta para ser o tutor de Egsy. Isso tudo será explicado durante o filme. Ação com requinte, drama e comédia é tudo esperado para “Kingsman: O Círculo Dourado“. Admito que gostei mais do primeiro filme, mas este consegue seguir um fluxo narrativo consistente e surpreendente. Não desilude. Pode ser esperado mais missões secretas, perseguições de tiros e engenhocas loucas. O blogue atribui 3,5 estrelas em 5.

Rating: 3 out of 5.

Crítica: O Sétimo Filho

Quando a Mãe Malkin, a rainha das bruxas, escapa da prisão que estava durante anos, colocada lá por um Caçador de Monstros profissional, Spook e mata o seu aprendiz. Spook recruta um novo, chamado de Tom, o sétimo filho do sétimo filho, para ajuda-lo.

Título: The Seventh Son
Ano: 2014
Realização: Sergey Bodrov
Interpretes: Ben Barnes, Julianne Moore, Jeff Bridges…
Sinopse: Quando a Mãe Malkin, a rainha das bruxas, escapa da prisão que estava durante anos, colocada lá por um Caçador de Monstros profissional, Spook e mata o seu aprendiz. Spook recruta um novo, chamado de Tom, o sétimo filho do sétimo filho, para ajuda-lo.

O filme não é grande pistola, contudo gostei da história magica envolvente e de Julianne Moore como vilã. O plot é interessante, o facto do sétimo filho do sétimo filho ser especial, numa história de magia e fantasia que faz falta no cinema. O filme podia ter sido muito bom, mas não existe ação real, nem drama real, além disso o argumento é fraco e apesar dos excelentes atores como Jeff Bridges, Julianne Moore e ainda Alicia Vikander que começava a ganhar relevo no cinema, não existem milagres. “O Sétimo Filho” necessitava de ser o filme de trabalho em equipa e tal não aconteceu. Fica-se pelo mediano, não trás nada de novo, nem surpreende. Talvez o único factor positivo neste filme seja a presença de Julianne Moore que como Mãe Malki está bem espectacular, e com maquilhagem e roupa a condizer com o seu perfil de vilã.

Eu não referi no início, mas “O Sétimo Filho” foi baseado no livro “The Spook’s Apprentice” que pelo que estive a pesquisar o filme está muito aquém do esperado. Seres maléficos e doutro mundo, bruxas e feitiços fazem partes deste filme rodeado de efeitos especiais, necessários para o caso. Não só os fãs dos livros ficaram desiludidos, como também pessoas como eu, que não conhecia a história. Este filme merecia mais e Julianne Moore também, que já provou várias vezes ser uma excelente atriz. Só sugiro que não se deixem enganar pela beleza do trailer, porque quando começamos a ver o filme, tudo isso desaparece. O blogue atribui 2 estrelas em 5.

Rating: 3 out of 5.