Crítica: O Primeiro Homem na Lua

Um olhar sobre a vida do astronauta, Neil Armstrong e a lendária visita ao espaço, que o tornou no primeiro homem a pisar a lua no dia, 20 de julho de 1969.

Título: First Man
Ano: 2018
Realização: Damien Chazelle
Interpretes:  Ryan Gosling, Claire Foy, Jason Clarke…
Sinopse: Um olhar sobre a vida do astronauta, Neil Armstrong e a lendária visita ao espaço, que o tornou no primeiro homem a pisar a lua no dia, 20 de julho de 1969.

Um pequeno passo para o Homem…

Aprendemos na escola que o primeiro homem a pisar o solo da lua foi Neil Armstrong. Todos o conhecemos devido a esse seu feito, que mudou para sempre a nossa perspectiva sobre o mundo e de como o futuro estava a um passo próximo. A inovação tecnológica mudou para sempre a Humanidade e facto de sabermos que era possível chegar a um lugar tão distante como a lua, pôs tudo em perspectiva.

O primeiro Homem na Lua” é uma viagem pelo íntimo desta pessoa que viu o seu nome escrito nos livros de escola e em tudo o lugar. Conhecemos Neil Armstrong como o homem que chegou até à lua. Mas Neil não foi só isso. Neste filme de Damien Chazelle conhecemos um retrato intimista da sua vida antes de se lançar ao espaço, ainda sem certezas de como tudo ia correr. Felizmente correu bem, e ficou para contar a História, que hoje conhecemos.

Esta é a segunda vez que o realizador Damien Chazelle, decide trabalhar com Ryan Gosling. Após o sucesso de La La Land (2016) voltaram a formar uma equipa. Contudo desta vez este filme, passou um pouco despercebido nos Óscares em 2019. Apenas conseguiu nomeações para as categorias técnicas como Efeitos Visuais, Montagem de Som, Efeitos Sonoros e Direção de Arte. Ainda conseguiu receber o Óscar pela primeira indicação. A verdade é que os efeitos visuais são o melhor deste filme. Aquele silêncio da lua, e a paisagem do solo lunar, arrepiam. É uma visão extraordinária. Chazelle conseguiu transpor devidamente essa beleza. Mas esses são apenas os momentos finais do filme. Anteriormente acompanhamos por flashbacks os momentos apriori à chegada de Neil e dos colegas, Buzz Aldrin e Michael Collins à lua.

Armstrong, um engenheiro aeroespacial da NASA que tinha como objectivo chegar à lua, através da operação Gemini III, do qual era comandante. Além do seu trabalho, lutava na sua vida pessoal. Perdeu uma filha, ainda em criança, devido a uma doença. Enquanto recuperava ao lado da esposa, Janet (Claire Foy) e dos seus dois filhos mais velhos. Foram tempos complicados, e a indecisão de uma missão com grandes probabilidades de falhar, propuseram tempos angustiantes. Mas seria entregar-se completamente ao seu trabalho e ser um homem lembrado, ou desistir de algo que sempre lutou e viver com o sentimento de arrependimento. Indo contra a vontade da esposa que estava com receio de perder o marido, Neil aceitou a tentativa norte-americana de ir ao espaço.

Ryan Gosling apresenta-se um homem muito sério neste filme. Explora com satisfação a personalidade mais calada e contida de Armstrong. Não aborda os sentimentos e resolve tudo consigo próprio. Ao lado de Claire Foy (The Crown), formam um casal, com dificuldades de comunicação, mais ainda muito unido. Na verdade este filme não é muito emocional, não nos sentimos conectados com estas personagens. Mas Chazelle realizou este filme para se focar apenas na realidade. Um homem com uma missão. No dia 20 de julho de 1969, o homem pisava pela primeira vez a lua. Uma data que ficou para a História. Há ainda quem duvide deste feito, mas isso é outra história. Neste filme focamos apenas em Neil Armstrong e no seu contributo para a Humanidade. O blogue atribui 3,5 estrelas em 5.

Rating: 3.5 out of 5.
Universal Pictures Portugal

Crítica: Evereste

A história de Robert “Rob” Edwin Hall, um habitante de Nova Zelândia, que a 10 de maio de 1996, juntamente com Scott Fischer, juntou uma equipa de exploradores para subirem ao Monte Evereste.

Título: Everest
Ano: 2015
Realização: Baltasar Kormákur
Interpretes:  Jason Clarke, Ang Phula Sherpa, Thomas M. Wright…
Sinopse: A história de Robert “Rob” Edwin Hall, um habitante de Nova Zelândia, que a 10 de maio de 1996, juntamente com Scott Fischer, juntou uma equipa de exploradores para subirem ao Monte Evereste.

Baseado em factos verídicos, temos um filme dramático sobre uma expedição ao assustador e gelado Monte Evereste, que juntou uma equipa de exploradores. No protagonismo temos o ator Jason Clarke que interpreta Rob Edwin Hall que juntamente com os seus colegas foram escalar o Monte Evereste, mas o que pensavam ser uma aventura e concretização, rapidamente se transformou num pesadelo e depressa perceberam que seria um caminho complicado e impossível de alcançar. Tentando as medidas de sobrevivência possíveis para conseguir escalar em tamanha altitude e frio, este é um filme real, humano e muito comovente.

Não conhecia nenhum filme onde esta batalha de escalada fosse tão bem retratada. Temos personagens reais que foram bem interpretadas e que nos fazem pensar na sobrevivência humana em condições complicadas. Uma história que merece ser contada e que o realizador Baltasar Kormákur conseguiu bem transpor para a tela. A amizade, e o amor de quem fica, torna-se numa narrativa comovente e inspirador. Ninguém fazia prever o desfecho trágico desta situação.

“Rob” Edwin Hall era já um montanhista experiente quando em maio de 1996 foi escolhido para liderar um equipa de pessoas ao cume do monte. Ensinada tácticas de sobrevivência para as situações mais íngremes. Além disso não era a primeira vez que subia ao Monte Evereste. Contudo a situação meteorologia mudou drasticamente o mudou o rumo da expedição. A sua história é das mais conhecidas, mas fica como lembrança às vidas perdidas neste local. “Evereste” é um filme emocional, e comovente que nos vai prender ao ecrã, apesar do trágico final. Além disso faz-nos vibrar com as fantásticas paisagens brancas da neve. O blogue atribui 3,5 estrelas em 5.

Rating: 3.5 out of 5.

Samitério de Animais

Se procuram uma solução de filme para o Halloween, “Samitério de Animais” pode ser a vossa escolha. Com uma narrativa pouco vulgar, baseado num livro do génio do terror, Stephen King.

Título: Pet Sematary
Ano: 2019
Realização: Kevin Kölsch, Dennis Widmyer
Interpretes: Jason Clarke, Amy Seimetz, John Lithgow…
Sinopse: O Dr. Louis Creed e a sua esposa e filhos deslocam-se de Boston para o rural Maine. O casal rapidamente descobre os perigos daquele local com um cemitério mesmo na sua propriedade.

Se procuram uma solução de filme para o Halloween, “Samitério de Animais” pode ser a vossa escolha. Com uma narrativa pouco vulgar, baseado num livro do génio do terror, Stephen King.

Um família muda-se de Boston para Maine, um local mais rural. O médico Louis Creed acredita que encontrou a casa perfeita para a sua esposa e dois filhos. Atormentados com o misticismo daquele local descobrem que faz parte de sua casa um cemitério dedicado aos animais. Devido às tradições antigas, crianças com máscaras enterram os seus companheiros de estimação. Mas para lá da vedação, existe um nevoeiro que não deixa ninguém indiferente. Uma barreira para o desconhecido. Só quando o gato da família morre, é que Louis compreende o verdadeiro poder daquele local. Acreditando nas histórias do seu vizinho octogenário. Juntos terminam um ritual que devia ser proibido. Atraindo o mal, Louis não consegue ficar longe daquele terreno. Tal vai trazer graves consequências.

Sometimes, dead is better.

Jud Crandall

O filme todo mantém-se um ambiente sinistro e muito peculiar. Começa pelo fim e logo percebemos que logo correu mal com aquelas personagens, devido ao sangue na porta e à casa vazia. O tempo volta atrás e logo conhecemos os protagonistas, mas aquela sensação que algo correr mal, mantém-se. A narrativa é bem envolvente e muito sinistra. O que condiz bem com o seu género de terror. Mesmo apesar de não ser daquele género com sustos instantâneos. Mas prometo que muitas das cenas nos vão deixar com calafrios.

O que faltou explicar melhor foi o envolvimento das crianças com as máscaras e o passado daquele local. Além disso temos uma personagem principal pouco coerente. Sendo um médico, acredita na ciência, mas quando ouve vários avisos do além, decide ir contra a mensagem, contudo acredita nas propriedades místicas daquela terra de ninguém. Além disso surgiu uma outra história à parte que também não foi bem explicada. Estou a falar da morte precoce da irmã da Srª Creed, que apesar de não pertencer a este cenário, foi uma grande influência na personagem. E com destaque para os momentos de horror que proporciona. Concluindo nesta segunda adaptação cinematográfica do livro de Stephen King temos um filme mediano de terror, mas com uma narrativa intensa.

Rating: 3 out of 5.

Paramount Pictures Portugal