Crítica: Sr. Ninguém

Um rapaz está numa plataforma de comboio, quando este está quase a partir. Deve ele ir com a sua mãe ou ficar com o seu pai? Infinitas decisões podem mudar o seu destino, desde que ele não escolha nada tudo é possível.

Título: Mr. Noboby
Ano: 2009
Realização: Jaco Van Dormael
Interpretes: Jared Leto, Sarah Polley, Diane Kruger…
Sinopse: Um rapaz está numa plataforma de comboio, quando este está quase a partir. Deve ele ir com a sua mãe ou ficar com o seu pai? Infinitas decisões podem mudar o seu destino, desde que ele não escolha nada tudo é possível.

Mr. Nobody” é um filme sobre escolhas. A escolha está presente em todos os dias da nossa vida. Grandes escolhas, pequenas escolhas, mas que podem levar a muito mais. O efeito de borboleta é o background deste filme criado por Jaco Van Dormael.

“You have to make the right choice. As long as you don’t choose, everything remains possible”

Jared Leto é Memo ou o Sr. Ninguém. Privou-se a si próprio de escolher o seu destino. Uma simples decisão pode levar a vários caminhos que influenciam positivamente e negativamente a vida. Num breve futuro, o Sr. Ninguém é último mortal a existir no Planeta Terra, enquanto festeja o seu aniversário, partilha a sua história real e imaginária desde da sua infância, adolescência, primeiro amor e casamento.

Neste filme a imaginação não tem limite e conhecemos através de um prisma com vários vértices pontos chave da vida de Nemo. O tempo não é constante e estamos perante diferente histórias paralelas e não conhecemos qual é a real. Apenas sabemos que Nemo é o protagonista desta aventura. O que desperta ao espectador a curiosidade é o facto de tentar descobrir qual é a verdadeira história.

Jaco Van Dormael é quase como um mestre ao realizar esta obra cinematográfica. Neste filme conseguiu apelar à sensibilidade. Todos os sentidos são explorados com beleza e empatia. Os planos simples e a aproximação das personagens torna-nos mais próximos do enredo e cria uma conexão. Visualmente o filme é um vislumbre de simplicidade e bom gosto. O casting escolhido não podia ter sido melhor. Jared Leto prova que consegue ser um ótimo ator. O restante elenco também conseguiu mostrar a essência das suas personagens. Concluindo este é um filme intenso que nos faz reflectir sobre o real e imaginário e sobre as escolhas que fazemos durante a vida. O blogue atribui 4 estrelas em 5.

Rating: 3 out of 5.

Crítica: Esquadrão Suicida

Uma agência secreta do governo recruta um grupo de vilões prisioneiros para executarem as mais perigosas missões, em troca de clemência que inevitavelmente sugere o caos.

Título: Suicide Squad
Ano: 2016
Realização: David Ayer
Interpretes: Will Smith, Jared Leto, Margot Robbie…
Sinopse: Uma agência secreta do governo recruta um grupo de vilões prisioneiros para executarem as mais perigosas missões, em troca de clemência que inevitavelmente sugere o caos.

Novamente uma overdose de super-heróis. Peço desculpa…de super-vilões, agora sim está correto. “Suicide Squad” apresentava-se com uma risada diferente ao que os filmes da Marvel nos habituaram. A DC pelo mesmo caminho continuou, com “Batman V Superman” de uma perspectiva mais crua e nua, numa cidade mais escura, como é a de Gotham. A crítica podem ler aqui, apesar do pessimismo associado ao filme, eu até gostei do resultado. A expectativas estavam altas relativamente a “Suicide Squad“, afinal é sempre interessante perceber o outro lado da história, o lado dos maus. David Ayer escolheu os renegados da DC Comics, e juntou-os num filme. Deadshot, Harley Quinn, Boomerang, Killer Croc, Slipknot, Diablo, Katana, Enchantress e Joker, provocam o caos num filme totalmente dedicado aos vilões. Depressa chamou a atenção dos fãs, afinal prometia num mesmo espaço Joker (Jared Leto), um dos melhores rivais de Batman e Harley Quinn (Margot Robbie) como o casal excêntrico, num ponto de vista original da historia. O filme começou com a apresentação supérflua das personagens: os seus crimes, pontos fracos e características que os juntava à causa. No final do filme ficamos com a mesma sensação do início.  O argumento não se aprofundou como devia, e caracterizo essa como a maior lacuna desta longa-metragem.

Suicide Squad” estava concentrado num bando de deslocados em que o maior destaque iria para Deadshot (Will Smith) e Harley Quinn. Um grupo que não se conhecia de lado nenhum, mas que partilhavam uma missão. Apesar das personalidades e ambições diferentes, a “equipa suicida” , organizada por Amanda Waller (Viola Davis), compreendem que afinal partilham mais em comum do que aquilo que imaginam. Sobre o final, considero-o demasiadamente forçado, irreal que contraria as perspectivas anti-sociais de cada um dos vilões. Digo isto porque, após umas horas juntos já se tornam os melhores amigos (não estou a exagerar).Vamos lá acreditar que foi tudo do copo no bar e dos problemas que partilharam em conjunto. Um factor positivo deste filme foi o segredo mais bem guardado dos trailers. Afinal quem é o vilão? Não digo, mas revela-se como uma bela surpresa. A linha do enredo pode ter sido abalada, mas salvam-se as cenas de ação, diálogos cómicos (principalmente os da Harley Quinn: “we’re bad guys remember that’s what we do“) que são uma delicia de ver e ouvir e para finalizar as personagens cativantes. Só tive pena de não ter saído da sala do cinema a pedir por mais, apenas espero que este seja o início irregular de uma aventura ainda mais emocionante.

O melhor:

A banda sonora estava fantástica, a música intensificava ainda melhor nos momentos protagonizados pelos super-vilões. Apesar de todos os atores estarem perfeitos para o papel, destaco as personagens Joker, Harley Quinn e  Amanda Waller. Jared Leto revelou-se como uma agradável surpresa, o seu riso fazia tremer e foi notório o empenho do ator na personagem. Quem disse que o Joker e insubstituível? Margot Robbie ainda não nos tinha apresentado um papel cinematográfico com mais relevo, esta foi a sua vez de brilhar. Ja Viola Davis provou estar a altura, com a sua seriedade e posição firme. As varias referencias que faziam da DC Comics e com o filme do Batman V Superman tornaram o filme bem mais interessante.

O pior:

Não foi só o trama que foi um pouco abandonado, cenas interessantes que faziam parte do trailer, podiam ser uma mais-valia à historia. A personagem Katana apareceu no filme de para-quedas e penso que esta personagem ainda tinha muito para dar. A preocupação dos responsáveis em atribuir a Joker um papel de relevo. Bem sejamos sinceros, esta não era uma historia sobre esta personagem, apesar de marcar presença. Contudo apesar de gostar da interpretação, achei que o Joker aparecia simplesmente para agrado dos fãs. O blogue atribui 3,5 estrelas em 5.

Rating: 3.5 out of 5.

Novas imagens de Jared Leto como Joker

Nova imagem de Jared Leto como Joker, já viram?

jared1E aqui está ele. O povo pediu, e as primeiras imagens de Jared Leto como Joker já foram divulgadas. O filme “Esquadrão Suicida“, realizado por David Ayer tem data prevista para Agosto de 2016. Até foi o próprio David, que publicou a imagem no seu Twitter, felicitando o 75º aniversário da personagem. Já muito se comenta. Este Joker será completamente diferente dos anteriores, Jack Nicholson e Heath Ledger. Mais louco talvez, mais eufórico e com um sorriso mais rasgado, mas esse mantém-se sempre. O visual já surpreendeu. Muitos apoiam, outros ainda negam. Eu gosto, é diferente. Com um estilo mais moderno, tem o corpo cheio de tatuagens medonhas, o cabelo verde e olhos enfurecidos. Mas ao que parece, ainda há dúvidas sobre se este será o look definitivo da personagem. Na fotografia abaixo podemos ver como este Joker vai aterrorizar as suas vítimas. O sorriso não é de felicidade, mas de loucura. Bem, na verdade de génio e louco, todos temos um pouco. E vocês o que acham de Jared Leto como Joker?

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Crítica: Dallas Buyers Club

Matthew McConaughey é Ron Woodroof, um cowboy do Texas, mulherengo e homofóbico, a quem é diagnosticado o vírus da SIDA em 1985. Vivem-se os primeiros momentos da epidemia e os EUA estão divididos sobre como combater o vírus. Ostracizado por muitos dos antigos amigos e sem acesso a medicamentos eficazes comparticipados pelo governo, Ron decide procurar tratamentos alternativos em qualquer parte do mundo, por meios legais ou ilegais.


Dallas Buyers Club ou em título português Clube Dallas é um filme de 2013, realizado por Jean-Marc Vallée e protagonizado por Matthew McConaughey, Jennifer Garner, Jared Leto. Sinopse: Matthew McConaughey é Ron Woodroof, um cowboy do Texas, mulherengo e homofóbico, a quem é diagnosticado o vírus da SIDA em 1985. Vivem-se os primeiros momentos da epidemia e os EUA estão divididos sobre como combater o vírus. Ostracizado por muitos dos antigos amigos e sem acesso a medicamentos eficazes comparticipados pelo governo, Ron decide procurar tratamentos alternativos em qualquer parte do mundo, por meios legais ou ilegais. (Fonte: Cinemagate)

Logo no início desta crítica realço imediatamente as interpretações fantásticas dos atores Matthew McConaughey e Jared Leto que merecidamente ganharam o Oscar de Melhor Ator e Melhor Ator Secundário respectivamente. As suas performances estão sem dúvida impecáveis neste filme, mostraram o quão por vezes é difícil ser-se ator. Não só mostraram a dificuldade psicológica de interpretar uma pessoa com doença terminal na época, como fisicamente (ambos os atores tiveram de emagrecer bastante para o papel), pois tinham de transmitir a dor e o sofrimento pelo que estavam a passar. Bem as interpretações são dos aspectos mais positivos de todo o filme.

Este é um filme baseado numa história verídica, que nos faz questionar sobre a legitimidade e os aspectos morais que as farmacêuticas incumbem nos medicamentos que receitam. Será que todo este processo está correto e deverá o ser humano confiar cegamente nos produtos que os médicos nos receitam para curar as doenças? Bem, em Dallas Buyers Club mostra-nos o lado do homem que atreveu a viver contra todas as regras e hipóteses, os médicos após o diagnóstico apenas lhe davam 30 dias de vida e Ron através da sua determinação e não conformidade conseguiu resistir mais anos. Um filme que aconselho a ver, pois não apenas uma história de vida, mas sim uma história que nos motiva a viver. O Blog atribui 4 estrelas em 5

Rating: 3 out of 5.