Seguimos as aventuras gastronómicas de uma japonês reformado que tenta reencontrar a sua identidade após anos a trabalhar na mesma empresa. Além disso o seu alter ego de samurai está sempre com ele a acompanha-lo.
Uma viagem gastronómica pela descoberta das melhores comidas do Japão. Nesta temporada de 12 episódios e com assinatura da Netflix, conhecemos Takeshi, um homem reformado de 60 anos, que após anos a trabalhar na mesma empresa como homem de negócios, encontra o seu propósito nas ruas de Tóquio enquanto encontra agradáveis (ou então não) surpresas gastronómicas. Inspirado pelas lendas dos samurais, procura ser destemido e eficaz durante os obstáculos no seu caminho, e pensar como seria na época feudal. Nesta pequena série junta-se os ingredientes da fantasia e realidade. Mas não é tudo, ainda nos cria o apetite com as deliciosas receitas japoneses.
Aviso já que esta série não é ideal para assistirmos quando estamos com fome. Pois os efeitos colaterais a ter depois, podem ser bastante graves. Graves ao ponto de desejarmos ir ao Japão, experimentar aquelas regalias gastronómicas. A personagem Takeshi exprime bem os seus impulsos de degustação e saboreia todos os pratos como se fosse a melhor comida do mundo. Logo temos vontade de experimentar também.
A série é pequena, mas muito eficaz. De uma forma geral conseguimos conhecer bem a cozinha japonesa e a origem dos seus alimentos. A sopa miso, e de porco. As massas bem temperadas e com legumes. O ramen bem saboroso e até as famosas caixas de almoço. Conhecemos um pouco de cada diversidade gastronómica japonesa e também como comem os japoneses. Como já visitei o Japão, posso mencionar que esta série é bem realística, com o que apresentam. A comida é tal e qual como apresentada na série. Por isso quase nem precisamos de sair do sofá para conhecer, mas não é bem assim. Porque a experimentar aquelas saborosas comidas é que estávamos a ganhar.
Os episódios são soltos e não seguem uma história linear. São mensagens de vida e situações em que a comida aparece sempre para nos salvar. Por isso vale a pena conhecer “Samurai Gourmet“.
No último dia no Japão, decidimos queimar os últimos cartuchos. Como a nossa boleia para o aeroporto era só às 16 horas, decidimos acordar cedo, tomar o pequeno-almoço (fomos os primeiros a chegar a sala ainda não estava aberta). Mas antes fomos aproveitar as maravilhas do hotel e tirar umas fotografias nos jardim japonês que lá tinham. Depois o nosso destino era a Tóquio Tower.
Tokyo Tower
Tokyo Tower
Após uma caminhada com cerca de 30 minutos chegamos à Tóquio Tower. Este é uma torre de comunicação com 333 metros de altura. Inspirada na torre Eiffel e pintada com a cor vermelha da bandeira japonesa. A torre foi erguida em 1958 e até hoje é dos principais pontos turísticos da cidade. Mas não é só uma torre, no seu interior existem lojas e restaurantes. Podem subir até ao topo por 3200 yens. Eu subi apenas até metade, para conhecer avista fantástica de Tóquio. Através de uma abertura que fizeram no chão, com um piso de vidro, é possível conheceremos a verdadeira altura. Aviso já que esta experiência causa vertigens.
Posição vertiginosa
Tokyo One Piece Tower
No interior da Tokyo Tower é possível visitar um museu dedicado inteiramente ao anime One Piece. Fomos dos primeiros a chegar, pois só abria às 10 horas. Eu na verdade pensava que não ia ser nada de especial, e a minha opinião mudou logo quando entrei. Fomos levados para uma sala escura onde foi apresentado um fantástico filme a 3D da história geral. Depois fomos encaminhados para uma porta onde lá podemos conhecer as personagens de One Piece. Estátuas bem elaboradas do grupo do chapéus de palha com a música “We Are“. Este foi um momento para fotos. Depois de subirmos um andar, encontramos vários jogos divertidos, um dedicado a cada personagem. Tiros com o Usopp, descobrimos as instalações do Sunny com o Chopper e Sanji, treinamos com o Zoro, ajudamos o Broke na casa assombrada, a Robin a descobrir os segredos escondidos, brincamos com a Nami no casino e lutamos contra o robô do Franky. Além disso neste espaço podemos conhecer toda a história de One Piece com publicações inéditas de Oda, tirar fotografias com outras personagens e em locais conhecidos do anime. Também conhecemos o restaurante do Sanji e o café do Franky, mas ainda tem mais um café com comida temática sobre os chapéus de palha. Mas não é só vimos um teatro de 20 minutos live action com uma história inédita, mas fantasticamente bem representada e participamos num labirinto, com vários momentos épicos da saga. Admito que quase me caiu uma lágrima. No final fomos para um mini cinema ver um filme especial a 4D. Esta é uma aventura muito porreira para quem é fã de One Piece, vale mesmo muito a pena e só queremos mais e mais. Para visitar tudo demoramos cerca de 3h / 4 horas, mas ainda com almoço incluído.
Entrada do museu de One Piece
Espectáculo ao vivo com as personagens de One Piece
Regresso a casa
Depois destes 10 dias bem passados neste país fantástico, chegou a altura de regressar. A nossa boleia estava às 16 horas na porta do hotel. Chegamos ao aeroporto e aí tivemos de fazer um tempo de espera, pois o voo era só às 20horas. Aproveitamos para jantar antes e ainda ver algumas lojas, ainda compramos umas prendas de última hora. Depois esperávamos uma viagem longa do Japão até ao Dubai e Dubai até Lisboa. Chegamos ao Porto no dia 21 às 19 horas, foi só mesmo jantar e tomar banho. A viagem foi longa, mas ficamos com um sorriso na cara e a promessa de lá voltar, pois ainda ficou muito para descobrir no Japão.
O oitavo dia da minha viagem ao Japão. Conhecemos o centro de Tóquio.
De manhã acordamos bem fresquinhos para mais um dia. Hoje íamos finalmente chegar a Tóquio, mas antes conhecemos um pouco do Japão mais tradicional. Começamos pelo Santuário Shintoista de Meiji.
Santuário Xintoísta de Meiji
Dedicado completamente ao Imperador Meiji, o mesmo que terminou o isolamento no século 19. Localizado no coração de Tóquio, é dos templos mais importantes e visitados do Japão. O espaço mantém-se verde com milhares de árvores plantadas no local. Repleto de simbologia e valor histórico, este espaço merece ser visitado. Apresenta o sossego e natureza , este é principalmente um culto ao amor. Repleto de simbologia e valor histórico.
Praça do Palácio Imperial
No Japão ainda existe um poderio imperial. Localizado no centro de Tóquio, os terrenos estão solidificados sobre o antigo Castelo Edo, apesar de ter sido demolido. Construiu-se um Palácio rodeado de um grande espaço verde e construções antigas. Só podemos de visitar de fora, por isso não é possível visualizar muito. Mas em certas alturas fazem visitas guiadas ao palácio, mas tudo muito reservado. Neste local é engraçado pois descobrimos que no mesmo local estamos no meio. De um lado, o local histórico e do outro, a cidade com grandes prédios e hotéis de luxo.
Templo Senjo-ji
O vermelho é a cor predominante do Templo Senjo-ji. Este é o mais popular templo budista. A entrada principal é soberba e parece mesmo que entramos num local mágico. O portão chama-se Kaminarimon ou Portão do Trovão. Depois logo a seguir, é fácil nos perdemos pelas dezenas de lojas e comércio local que fazem parte do caminho até ao templo. Seja para comprar lembranças ou mesmo para comer petiscos. Ao chegarmos o templo principal perdemos pelas figura se monumentos lá perto. Um local para fotografar à vontade.
Ginza
Ginza é conhecida como a zona de luxo de Tóquio. Aqui podemos encontrar várias marcas de moda, restaurantes e cafés chiques. Marcas conhecidas mundialmente como: Gucci, Louis Vitton, Dior, Rolex, Chanel, e mais podem ser encontradas por lá. Esta é uma zona de comércio que podemos conhecer e que nos deixa com o bolso furado. Contudo é bonita aos olhos. Foi lá que almoçamos num restaurante italiano. Mas não pagamos caro, como podem pensar. No total foi 10€ cada um com direito a entrada, prato principal, bebida, sobremesa e café.
Pokemon Center
Para os fãs de Pokemon estes Centros de Pokemons é um obrigatório a visitar. São lojas equipadas com vário merchandising da animação, incluindo os diferentes tipos de pokemons. Este é um mundo mesmo de tudo. Além dos vários produtos da marca é possível lanchar no Pokemon Café, mas tem que ir cedo, pois esgota rapidamente. Existe várias lojas em Tóquio, mas eu consegui visitar a maior, a Pokemon Center DX (deluxe), esta está situada em Takashimaya, na zona Nihonbashi. Como o Japão é sinónimo de Pokemon este lugar merece ser conhecido.
Akihabara
Centro do entretenimento japonês. Nesta zona da cidade podemos conhecer tudo relacionado com tecnologia, animes, diversão, lazer…Neste centro cultural otaku é fácil nos perdermos em lojas enormes de mangas, jogos de vídeo, dvd, música, cosplay e figuras de ação. Nestas ruas facilmente encontramos meninas vestidas de maids ou até temáticas a promover os seus restaurantes ou cafés. De um lado ou de outro a agitação é enorme e cada uma esforça-se para atrair os turistas. Foi neste local que jantei. Num café para jovens, onde era possível jogar dardos, ou vários jogos electrónicos. Estava cheio de juventude que passavam o tempo entre amigos depois de um dia de aulas. Se escolhêssemos uma bebida especial, recebíamos um coster de um jogo da Bandai.
Apesar de Tóquio ser uma cidade de enormes multidões e muita luz, mesmo à noite, reparei que muitos estabelecimentos fecham cedo, principalmente cafés e lojas de entretenimento. Entre as 20h / 21h já estão a fechar. Contudo é impossível não adorar este mundo totalmente diferente do nosso. Amei Tóquio, a vida de cidade, o ritmo alucinante de tudo acontecer ao mesmo tempo e de não termos oportunidade para nos aborrecermos. A aventura está quase a terminar, mas ainda tenho muito para contar. Não percas os próximos episódios.
No sétimo dia no Japão ficamos hospedados em Hakone. Um local nos subúrbios de Tóquio e onde estivemos mais próximos do Monte Fuji. Este foi um dia dedicado a conhecer a cidade e a história deste local. Mas primeiro começamos com um passeio de barco.
Hakone
Isso mesmo, logo pela manhã apanhamos um barco num porto local e atravessamos o Lago Ashi. O lago é enorme e a viagem foi tranquila. Tivemos sorte o dia estava de sol e a viagem não demorou muito (cerca de 40 minutos). Subimos logo ao topo do barco com três andares para apreciar a vista e ainda conseguimos outro plano para uma foto ao Monte Fuji (novamente sorte, pois o céu estava quase sem nuvens).
Hakone-jinja
Em Hakone visitamos o conhecido santuário Hakone-jinja. Conhecido maioritariamente pelo seu toori flutuante (mas já vamos chegar aí). Este é um local de culto na montanha. Diz-se que os deuses habitavam lá junto ao lago Ashi, por isso encontra-se vários santuários no redor do lago. Hakone-jinja foi construído em 757, tendo sido criado como uma revelação. Muita boa sorte nomeadamente para o casamento e bom parto podem ser encontrados por ali. Ao subir a escadaria ficamos encantados com a beleza do espaço após chegarmos ao grande toori vermelho e ao santuário principal. Durante o fim-de-semana é normal encontrar-mos noivos a casarem-se ao estilo japonês.
Hakone jinja o vermelho predomina.
Toori flutuante e com fila para uma foto perfeita.
Mas o que é mesmo referência do local é o toori vermelho flutuante que tem o nome de Porta da Paz. O acesso é fácil de lá chegar e é apenas necessário descer o circuito. Espaço conhecido para tirar belas fotos, tem logo uma enorme fila para conseguirmos a tal foto. Depois de 20 minutos a esperar lá tivemos a nossa oportunidade e uma excelente recordação, pois este toori é mesmo o mais lindo que conhecemos.
Museu de ar livre de Hakone
Depois de visitarmos Hakone-jinja fomos de autocarro até ao famoso Museu de ar livre de Hakone. Inaugurado em 1969 foi o primeiro museu ao ar livre no Japão, e o maior. Excelente meio para aproveitarmos o contacto com a natureza. Os jardins exuberantes fazem vista pelas montanhas de Hakone. Nos jardins conhecemos 120 obras contemporâneas. Além da arte moderna que facilmente conseguimos gostar, (falo por mim que sempre que vou a Serralves fico sem perceber o significado) está em exibição uma galeria apenas com obras de Picasso, são cerca de 300 peças. O museu é uma caminhada interessante de descoberta onde até as crianças se podem divertir. A entrada custa 1600 yens (13 euros). Se forem com tempo visitar o museu completo demora aproximadamente 3 horas, no entanto existem três rotas: Rota das Crianças, Rota para Dias de Chuva, Rota Rápida, para facilitar o percurso.
Fantástico vitral no Museu ao Ar Livre em Hakone.
Arte Suspensa.
Almoçamos neste museu. Com um restaurante de serviço buffet, foi o local que comida mais ocidental comemos. Tinha tudo excelente aspecto e até repeti, o melhor foi a fonte de chocolate que podemos molhar em gomas e no gelado.
Durante a tarde viajamos durante 1h30 minutos até Tóquio, o nosso destino final da viagem.
Tóquio
Chegamos à fantástica cidade de Tóquio ao final da tarde. Mas a curiosidade de conhecer e aproveitar esta imensa cidade era tanta que deixamos logo as malas no hotel, New Otani Garden Tower Tóquio (que hotel enorme, perdi-me mesmo por lá) e apanhamos o metro até ao centro da capital. Depois de conhecermos um Japão mais rural, o choque com a cidade pura é enorme são milhares de pessoas de um lado para o outro, a confusão é geral, mas é uma sensação inexplicável. Saímos na estação de Shibuya, conhecida pela sua gigantesca passadeira em várias direcções, é mesmo de outro mundo, mas antes ainda foi visitar a estátua de Hachiko, o cão que quase durante uma década esperava o seu dono na estação, mesmo após a sua morte. No local existe uma estátua em homenagem ao cachorro e à sua história.
Big city – Tóquio
Este foi um dia para explorar, sem plano. As ruas estão recheadas de cor e muita luz. Existem shoppings em todas as esquinas com vários andares de altura. Subimos ao último andar de um edifício e pela janela as pessoas parecem formigas a circular em várias direcções.
O jantar foi dos pontos mais altos do dia. Escolhemos provar a famosa carne japonesa, o bife kobe. Considerada como uma iguaria gastronómica de luxo, esta carne de vaca é especial. Para manter o seu sabor marmorizado entre a carne e gordura, as vacas não passam por momento nenhum de stress na sua vida. Ouvem música clássica, são mantidas com mantas térmicas no inverno, tem replentes contra os insectos, e são bem alimentadas com grão e cerveja (para conseguirem ter mais apetite), além disso recebem massagens para relaxar. O seu tratamento reflecte-se na sua excelente carne. São restaurantes próprios que fornecem este tipo de refeição, servem-se quase como a picanha, onde o cliente é que grelha a sua própria carne. Para acompanhar um chá verde e legumes banhados num molho apetitoso. No final ainda conhecemos um pouco da noite de Tóquio onde estava calor e com muitas pessoas na rua.
Não percam o próximo episódio, porque nós também não.
De manhã acordamos cedo para voltarmos a conhecer um Japão rural, com pequenas aldeias muito tradicionais, mas repletas de História. A nossa primeira paragem foi Tsumago. Quando saímos à rua choveu bastante.
Tsumago
Esta é a melhor aldeia preservado do Japão do tempo Edo. O seu ambiente está mesmo recriado à época e facilmente sentimos como se estivéssemos perdidos no tempo. Esta era uma aldeia de passagem para os viajantes. Mantinha em stock comida, dormidas, ryokan e cavalos. Esta aldeia não tem ainda tantos turistas como Shirakawago e por isso pode ser visitada sem pressas e com mais reconhecimento. Neste local experimentamos os famosos pãezinhos recheados, um doce tradicional da região.
Tsumago – Nem o dia de chuva estragou esta bela paisagem
Tsumago. Esta é uma aldeia muito calma e rural.
Museu Magome Waki-Honjin (casa Samurai)
A 15 minutos de Tsumago visitamos o Museu Magome Waki-Honjin. Ainda sobre o Japão Antigo, temos um alojamento luxuoso construído principalmente para os oficiais do governo que viajavam e samurais. Actualmente foi reconstruído e transformou-se num museu que pode ser visitado. Como este era um local de passagem entre Quioto e Tóquio, serviu para o descanso dos viajantes. Muitos senhores feudais utilizaram e até recebeu uma curta visita do próprio Imperador Meiji em 1880, quando escoltou a Princesa Kazunomiya para um casamento arranjado. O preço de entrada é de 600Yen e vale totalmente conhecer este monumento histórico. Neste museu conhecemos o espaço e jardins adjacentes, assim como viviam as pessoas daquele tempo a mesmo as regras para nos sentarmos à fogueira. O museu é grande e ainda conseguimos conhecer a História japonesa.
Interior do museu. O exemplo de uma sala, tal como era.
Jardim exterior do museu
Almoçamos numa área de serviço local, pois seguir teríamos de apanhar o comboio-bala para o nosso próximo destino nas montanhas do Japão.
Comboio-Bala
Durante a tarde apanhamos o famoso Comboio-Bala. Tal como dizem é mesmo rápido e não se atrasa de maneira nenhuma. Temos apenas 2 minutos para entrar e é necessário antes do comboio chegar mantermos-nos em filas indianas para evitar confusões. Andamos no comboio JR Super-expresso aproximadamente 300km/h. Super confortáveis os comboios e totalmente espaçosos. Em cerca de uma hora chegávamos a Nagoya. Contudo admito que não gostei muito da viagem foi muito rápido e senti-me desconfortável. As imagens da paisagem eram muito rápidas para o meu cérebro acompanhar. Mas conseguimos uma surpresa. Como passamos pelo Monte Fuji, mereceu logo uma fotografia, o que nem sempre é fácil devido ao tempo nublado. Tivemos sorte mesmo. Ali está ele na foto abaixo.
Paisagem do comboio bala. Tivemos sorte e conseguimos uma imagem do Monte Fuji.
Hakone
Neste dia perdemos mais tempo em transportes. Depois da chegada à estação de comboio, fomos de autocarro até ao hotel. O hotel ficava em Hakone, e para lá chegarmos subimos à montanha. Como neste dia era domingo, apanhamos algum trânsito para chegar ao hotel. Isto porque, segundo a guia, os japoneses que vivem em cidades como Tóquio, durante o fim-de-semana viajam até ao meio mais sossegado e rural para descansar. Aproveitam as termas e o contacto com a natureza, algo que durante o dia-a-dia não estão habituados. Daí mais pessoas na estrada. Chegamos ao hotel e fomos logo descansar também. Com um banho no ryokan (este não era tão bonito como o do dia anterior), mas totalmente relaxante na mesma. Depois o hotel tinha um jantar preparado para nós, tipicamente japonês. Vestimos-nos a rigor com yukatas e jantamos sem perceber muito bem o que estávamos a comer. Mas estava tudo delicioso e bem bonito. Já repararam como os japoneses embelezam o prato?
Jantamos como japoneses e japonesas.
Este foi um dia relaxante também na zona mais calma do Japão. Brevemente estávamos quase a conhecer a azafama da cidade. Na próximo dia conhecemos Tóquio.
Não percam os próximos episódios, porque nós também não.
Sugestões de Roteiro da minha Viagem ao Japão 5º Dia.
Ainda continuando no ambiente mais rural do Japão, e ainda em Quioto. Logo de manhã, após o pequeno-almoço entramos no autocarro e rumamos ao nosso próximo destino: Shirakawago. O tempo estava a pedir chuva, mas a temperatura continuava quente.
Shirakawago
Esta pequena aldeia, agora um pouco mais turística, foi uma verdadeira surpresa. Shirakawago fica numa montanha e é conhecida pelas suas casas típicas. As chamadas gasshoku, são construídas inteiramente em madeira e o telhado é composto por plantas de arroz, onde são trocadas em cada cinco anos. Esta aldeia já é considerada Património Mundial da Humanidade. Shirakawago localiza-se a uma hora de Takayama e perto dos Alpes japoneses. Eu visitei durante o verão, onde o verde é cor predominante, mas no Inverno com a neve fica uma paisagem lindíssima.
As casas típicas de Shirakawa. Feitas em madeira e com um telhado muito típico.
A atravessar a ponte movediça de Shirakawa. Abana mesmo!
Rapidamente visitamos esta aldeia, mas ficamos fascinados com a paisagem breath-taking do local. Fiquei surpreendida em conhecer esta aldeia. Podemos atravessar uma longa ponte em cimento que abana facilmente, um pouco vertiginoso. No final saímos de lá com a cabeça a andar à roda. Depois de muitas fotos às casas, e campos de arroz de ocupam grande área do local, subimos ao monte mais alto para uma fotografia panorâmica. O caminho pode ser a pique, mas vale totalmente a pena. Lá em cima tem um pequeno café e fotógrafos se quiseres comprar uma foto mais profissional. Depois chegou a hora do almoço e almoçamos como verdadeiros japoneses.
Nos campos de arroz. Como podem ver na imagem o verde é a cor predominante.
Num restaurante típico onde foi necessário tirar os sapatos e comer no chão. A sala era composta por uma lareira no meio do espaço para os dias mais frios. Almoçamos comida típica: sopa misu, carne cozida em folhas, sardinha grelhada, arroz, chá e tofu.
Um almoço tipicamente japonês. No Japão não comem muito, mas tem muita diversidade.
Takayama
Após uma hora de viagem de autocarro, chegamos à nossa próxima paragem: Takayama. Esta é uma cidade histórica. As suas casas de madeira e ruas compridas, pertencem ao Período Edo. Com muitos comerciantes e museus tradicionais. Esta cidade é famosa pelo Festival bianual de Takayama, que remota ao séc. 17. Este festival celebra a primavera e outono com desfiles que apresentam carros alegóricos dourados e espectáculos de fantoches.
Neste local fizemos degustação de sake. Um sake normal e outro mais doce com sabor a limão. Entramos numa loja que fazia gratuitamente. Neste dia choveu muito daí que aproveitamos para ir lanchar a um local mais acolhedor. Como já falei o chá verde é o sabor predominante do Japão. Olhem só para este menu. Batido de chá verde – bolo de chá verde – bola de gelado baunilha e creme de chá verde. Overdose de chá verde! Eu não gostei muito, pois o sabor é muito apurado e sem açúcar. Como já evidenciei é costume lá oferecerem sempre água gelada.
Um lanche especial com….muito chá verde
Conhecem o filme Your Name? Em Takayama é possível encontrar as pulseiras vermelhas feitas à mão, tal como apresentadas no filme. Além disso é possível ter uma experiência completa de Your Name (consegue-se encontrar o poster do filme em muitas zonas da cidade), nos locais como comércio e restaurantes podemos pedir por essa experiência, pois muitos dos locais do filme foram lá inspirados. Além disso podes aprender a fazer as conhecidas pulseiras. De seguida fomos visitar o Museu de Takayama.
Neste museu podemos conhecer os famosos carros alegóricos, sendo que já contam com mais de 600 anos. O museu é pequeno e ficamos a conhecer o festival que atrai imensas pessoas. O funcionamento mais rudimentar dos carros é interessante, pois é um mecanismo muito antigo e necessita de muita perícia para manejar.
Visitamos também o templo que estava perto do museu e ainda conhecemos as carpas enormes do lago. Experimentei um pão recheado que é tradicional do local. Um pão branco muito fofinho e saboroso, feito a vapor com recheio de abóbora. Mas tinha outros sabores como carne, vegetariano…
Curiosidade: Em Takayama existe a tradição de um boneco que pode ser entrado para compra em qualquer lugar, chama-se Sarubobo. Segundo a tradição este é um amuleto japonês. São bonecos em forma humana que a sua cor original é vermelho, mas pode ser encontrado em muitas outras cores. Sem características faciais as avós e mães faziam para os seus filhos para a boa sorte, saúde e alegria. Segundo acredita-se é o nosso anjo da guarda, ou os nossos antepassados que nos protegem. Não tem expressões faciais pois varia conforme o estado de humor de quem olhar para ele.
Gero
Gero foi o local escolhido para descansar. Em Gero apenas conhecemos o hotel. Esta conhecida cidade é famosa devido às fontes termais. Os chamados de ryokans são termas de água quente onde os japoneses costumam banhar-se todos nus. Existe espaços diferentes para homens e mulheres. Não há necessidade para ter vergonha de mostrar o corpo, nos ryokans as pessoas respeitam a privacidade de quem usa e sabe mesmo bem aquela água quente.
Uma das experiências mais interessantes foi esta, estar no ryokan de água quente e lá fora (sim porque é ao ar livre) estar a chover. Antes de entrarmos nas águas termais é necessário tomarmos banho primeiro e depois apenas com uma toalha minúscula podemos entrar. Totalmente relaxante, mas não é possível ficar muito tempo na água, pois aquece demasiado. Uns 10-20 minutos é suficiente. Lamento não ter fotografias, mas como compreendem é impossível levar telemóvel. Até porque do quarto do hotel até ao ryokan já íamos preparados com a Yukuta (robe género de quimono) e com chinelos.
No final fomos jantar no restaurante comida tipicamente japonesa. Muito à base do género que almoçamos, mas com mais diversidade de legumes. No Japão comem pouco carne e peixe, mas muitos legumes (principalmente crus) e tofu, cozinhado de várias maneiras.
Este foi o quinto dia neste fantástico país. Este foi um dia mais rural e histórico onde aprendemos melhor a cultura japonesa com outros dias. Brevemente escrevo sobre o próximo capítulo.
Depois de um excelente pequeno-almoço em Quioto, que bem foi preciso, pois este foi o dia que mais caminhamos durante toda a viagem. Como tínhamos o dia livre e era o último nesta cidade de tradição, que já foi capital do Japão, decidimos aproveitar e explorar os locais mais emblemáticos. Para tal apanhamos o comboio para o primeiro destino: Fushimi Inari.
Fushimi Inari
Provavelmente dos locais mais instagráveis do Japão. Muitos devem conhecer como os famosos portões torii avermelhados que estão montados em corredor por 4 kms de caminho. Difícil de conseguir uma fotografia perfeita, já que são milhares os visitantes que circulam por lá. Este é dos mais importantes e mais bonito santuário xintoísta, dedicado a Inari (deus do arroz). Com origem no ano 794, estão concentrados cerca de 30 mil torri vermelhos, conhecidos como Senbon Torii, normalmente são ofertas de particulares ou empresas, para prosperidade. O nome de cada dador e a data podem ser encontradas atrás do torii.
Saindo da estação principal de Quioto é preciso apanhar o comboio para a Estação Inari (cerca de 7 minutos de viagem). Depois é só 2 minutos de caminhada e chegamos ao local sagrado. Fushimi-Inari tem várias estátuas de raposa que protegem a entrada, consideradas as mensageiras.
Na entrada do corredor dos torii vermelho em Fushimi Inari
Mais uma pose. Impossível não tirar fotos lindas durante este caminho.
Segundo a tradição devemos atirar uma moeda, bater duas palmas e fazer uma oração. Quem quiser tentar a sua sorte pode comprar os papéis da sorte. Custam cerca de 100 yens e reflectem mensagens de sorte ou azar. Se for de sorte é costume guardar na carteira ou em casa, se for azar deve-se colocar lá no santuário em locais próprios amarrados para não se concretizar.
É necessário uma manhã para conhecer este santuário e a entrada é gratuita.
Kiyomizu Dera
Kiyomizu-dera é um templo budista a leste de Quioto. Este é um dos monumentos mais antigos da cidade e considerado Património Mundial da UNESCO. O templo foi fundado no ano de 798 por Sakanoue no Tamuramaro, um general shogun. A antiguidade do espaço é bastante notória. O salão principal possui uma ampla varanda, suportada por largos pilares altos. Devido à sua altura oferece uma vista fantástica pela cidade. Ainda no salão principal está uma fonte de água natural, que segundo acredita-se tem o poder de realizar desejos. Lá está presente outros santuários., incluindo o Santuário Jishu, dedicado ao deus do amor. Segundo a lenda, acredita-se que quem conseguir atravessar de olhos fechados uma distância de 6 metros, até chegar ás pedras do amor, vai ter sorte nessa área. O praticante pode ser ajudado na tarefa.
Fonte de Kiomizu Gojo que segundo a lenda concretiza desejos
Um dos santuários de Kiomizu Gojo. Um espaço amplo onde podemos caminha à vontade.
Uma curiosidade do local é que os bilhetes são mesmo bonitos e muitos tem a função de amuleto para dar sorte.
Depois de caminharmos por todo o espaço no final podemos contemplar um lago com carpas. Foi neste dia que choveu (por sorte levamos guarda-chuva). No Japão a época de chuvas em junho e julho. Mas durante a nossa estadia tivemos muita sorte, pois só choveu dois dias.
Descida de Kyomizu Dera
A descida de Kyomizu Dera é um corredor de lojinhas de cada lado da rua. Difícil é resistir entrar em todas as lojas. Mas ainda consegui adiantar muitas lembranças aqui. Neste espaço conseguimos ver várias meninas vestidas de quimono a tirar fotografias nas principais paisagens. Foi também nesta rua que fomos abordados por um grupo de estudantes japoneses do básico, que estavam à procura de turistas para aprenderem a falar inglês. Enquanto isso respondemos a umas perguntas que tinham e ainda tiramos umas fotografias. Quando chegamos ao final da rua, já era hora do almoço.
Os monumentos no Japão são frequentados diariamente por milhares de turistas.
Massa Udon
Encontramos um restaurante próximo e muito acolhedor com especialidade em massa udon. Esta é uma massa mais grossa e diferente do ramen. A sua confecção leva água e farinha de trigo. Tradicionalmente é colocada num saco de plástico e as mulheres amassam com os pés. Estranho não é, mas se pensarmos é igual ao vinho que é amassado com os pés. Servido quente ou frio (eu prefiro quente) esta massa é acompanhado com um caldo mais leve, cebolinha picada e tempurá ou carne. Neste restaurante, a bebida chá frio era oferecida. Depois de descansarmos um pouco e aquecermos da chuva, traçamos o nosso roteiro.
O meu almoço. Massa udon com tempura e arroz.
Visitar os Macacos em Iwatayama
Adoro animais e não podia perder a oportunidade de conhecer os famosos macacos japoneses. Para visitarmos os macacos de Iwatayama foi necessário apanharmos o autocarro até Arashiyama. O Google fornece-nos estas informações todas. Numa viagem de 20 minutos e chegamos ao nosso destino. Como chegamos quase na hora de fecho (faltavam 30 minutos) e estava um tempo que chamava por chuva, subimos o monte com tranquilidade (sim, porque em dias de muito calor subir até ao topo seria muito complicado). Numa caminhada de 20 minutos encontramos finalmente os macacos.
Depois de atravessar a ponte, e quase a chegar ao monte onde finalmente ia conhecer os macacos de Iwatayama.
Existem três regras principais: Não devemos olhar os macacos nos olhos, não devemos dar de comida fora do local designado e não devemos tocá-los. Neste local existem cerca de 130 macacos que andam livremente pelo espaço. No topo existe uma cabana onde podemos comprar comida e dar aos macacos, mas só lá no seu interior. Comprei uma banana descascada e foi bastante divertido ver os macacos a comer. Depois de algumas fotos e apreciar aquela vista, foi hora de descermos, até porque os treinadores já estavam a indicar aos macacos para se retirarem.
Floresta de Bambu de Arashiyama
A famosa floresta de bambu é um local que merece ser conhecido. Perto do local dos macacos de Iwatayama fizemos outra caminhada, mas sem antes fazer uma pausa para o lanche. Depois das energias renovadas visitamos a conhecida Floresta de Bambu. Não é necessário pagarmos a entrada e podemos andar em liberdade pelos diferentes caminhos de bambu. Um local mágico a descobrir e excelente fundo para fotos. Contudo às vezes pode ser complicado já que existem muitos turistas e para conseguirmos imagens sem pessoas desconhecidas é preciso ter muita paciência.
Exploramos a zona e ainda nos esperava uma longa caminhada até ao metro. Quando chegamos à estação de Quioto, conhecemos melhor aquele mundo movimentado, diferente do Quioto que conhecíamos. Ali era o encontro de todas as estações e como era hora de ponta, era muita gente num só local. No Japão conseguem concentrar tudo num mesmo sítio, seja o mais tradicional (que foi todas as paragens que fizemos durante este dia), seja o mais moderno e tecnológico que foi o que aconteceu quando chegamos à estação e na Torre de Quioto. Jantamos num shopping que se encontrava mesmo em baixo do nosso hotel e depois fomos descansar pois o dia tinha sido longo, mas muito divertido.
No próximo dia já íamos rumar a outro destino. Não percam os próximos episódios porque nós também não.
O segundo dia de viagem era daqueles mais esperado. Pois íamos visitar O Parque de Nara conhecido pelos cervos que circulam livremente pelo local. Utilizamos o autocarro do hotel até ao Parque e logo à entrada conseguíamos ver os vários veados e cervos que habitavam o espaço. Eram centenas, mas antes de nos perdemos a tirar fotos com os meigos animais, tínhamos um objectivo: Templo Todai-ji.
Templo Todai-ji
Parque de Nara de Templo Todai-ji
Considerado Património da Humanidade pela UNESCO, esta é considerada a maior construção em madeira no mundo. A sua construção começou em 728, em homenagem a um jovem príncipe. Depois teve várias alterações e em 743 é que se tornou o Templo do Grande Buda. Depois de vários incêndios e reconstruções, o Templo finalmente tornou-se o que conhecemos agora. A portas de entrada para o local, são das maiores encontradas no Japão, assim como as estátuas que guardam o local. A estátua do Buda no interior é também grandiosa, com 14 metros de altura. O salão é espaçoso e ainda para os mais corajosos existe um desafio. Uma pequena abertura sobre um pilar que segundo a lenda quem conseguir atravessar, terá sorte durante todo o ano.
Templo de Nara, Tōdai-ji. Eu no centro com a história sobre como começou o Budismo no Japão
Estátua do Grande Buda com 14 metros.
Depois de sairmos do templo à nossa espera estavam os cervos, considerados de sagrados. São meigos e podemos estar à vontade a tirar fotos. Além disso fazem vénias quando nos querem pedir comida. Tenho que contar a minha experiência: No local existe venda de bolachas para cervos, que eu fui comprar. Contudo nem tive tempo para libertar o papel que as embrulhava, pois já tinha dez cervos à minha volta a pedir comida, e mordiam-me porque não lhes dava. Um stress. Quando as bolachas terminaram (que nem consegui dar calmamente) eles fugiram todos, pois já não havia mais comida. Enfim…Um pouco interesseiros aqueles.
Os cervos são muito pacíficos.
Curiosidade: Foi neste local que aprendi o ritual de purificação para entrar no templo.
Templo Kofukuji
Também em Nara visitamos o Templo Kofukuji, conhecido pela Torre dos 5 Pisos. Construído em 669 e fundado pela Princesa Kagami. Este templo foi importante por motivos imperiais, e também várias vezes reconstruído devido a guerras e incêndios. Visitamos apenas o exterior deste monumento. Agora chegou a altura de conhecermos melhor o centro de Quioto.
Quioto – Castelo de Nijō
Já em Quioto começamos por conhecer o Castelo de Nijo. Mandado construir por Ieyasu Tokugaw em 1601, temos um espaço amplo, utilizado maioritariamente para debates sobre estratégias de guerras e cerimónias importantes. Apesar de ser considerado como um local de glória, já que neste mesmo lugar o shogunato (época militar e título do general), perdeu o seu poderio para o imperador, já que o seu reinado estava a entrar em declínio. Desde a Era Meiji (começo 1868) o castelo pertence à presidência de Quioto, assim como outros monumentos históricos. No interior do palácio é possível ver extraordinárias pinturas, onde ainda estão bem conservadas desde a época Edo. Outra curiosidade do espaço é o facto do chão ser criado com a técnica de “pisos rouxinol” que range como pássaros quando pisado, tal servia para prevenir ataques de desconhecidos. Ao redor podemos conhecer os magníficos jardins circulam o palácio.
Castelo de Nijō. Enorme espaço, mas não podemos visitar todo, só algumas salas restritas. Necessário tirar os sapatos e não se pode tirar fotografias no interior.
Jardins do Castelo de Nijō. Ao fundo podemos visualizar uma garça.
Templo Kinkakuji
Neste dia foi mesmo conhecer fantásticos monumentos. Ainda a caminho visitamos o Templo Kinkakuji, ou mais conhecido como Pavilhão Dourado. Este é um templo zen budista que se mantém rodeado por um belo lago espelhado e por um verde jardim. A sua estrutura é fascinante pois mantém-se coberto com folhas de ouro puro, o que lhe conserva o aspecto brilhante e dourado. Kinkakuji foi construído em 1397 e actualmente é considerado Património da Humanidade. Excelente paisagem para fotografias é fácil tirarmos a vista deste monumento. Não podemos entrar, mas exterior é lindíssimo. à sua volta tem mais espaços de devoção e jardins.
Templo Kinkakuji no seu esplendor
Foi neste local que experimentei gelado de chá verde. No Japão utilizam o sabor de chá verde (matcha) em tudo!
Gion
No centro de Quioto zona que é obrigatória visitar é Gion, conhecida por ser habitada pelas gueixas. Mulheres das artes e histórias vivas de tradição japonesa, é difícil teremos a sorte de encontrarmos uma gueixa nestas ruas. Eu consegui ver, ao longe, caminhava elegantemente pela rua com o seu fantástico traje e penteado e maquilhagem perfeitas. Apesar de há muitos anos existirem muitas geiko, nos dias que correm é cada vez mais raro, sendo que a maioria das casas de gueixa foram compradas e transformadas em bares e pequenos restaurantes. Algumas ruas de Gion são consideradas património histórico, devido ao seu valor tradicional que merece ser preservado. Para quem quer conhecer melhor as tradições japonesas existe um teatro designado de Gion Corner, muito conhecido pelos turistas. Este teatro tem um preço médio de 25€, e esgota facilmente. Este é um espectáculo de dança, serviço de chá, marionetas, arranjos florais…Imperdível para quem quer conhecer a cultura japonesa completamente.
Gion – Rua conhecida por ser habitada por gueixas
Em Quioto começamos a encontrar muitas pessoas, principalmente jovens raparigas que se vestem com quimono de forma tradicional. Contudo na sua maioria são turistas que gostam de se vestir a rigor.
No final do dia fomos jantar a um pequeno restaurante familiar de sushi. Sem tabelas em inglês provamos o verdadeiro sushi japonês. Eu não fiquei fã, isto porque colocavam o wasabi no interior do arroz e peixe. Experimentei a típica omelete japonesa, diferente da portuguesa. Mais crua e sem muitos complementos. Nota-se que os japoneses logo depois do trabalho, gostam de ir jantar com família/amigos com estar lá na conversa a beber sake pela noite dentro. Um ambiente agradável, valeu a pena, mesmo pela experiência de jantar de pés descalços e no chão sentados. Uma experiência completa.
Este dia foi mais completo e conseguimos aproveitar bem para conhecer um pouco de tudo de Nara e Kyoto. Seguimos para o quarto dia, mas isso é história para outra publicação.
Viajar até ao Japão sempre foi um sonho meu. Influência dos animes, a cultura japonesa sempre me deixou curiosa. Um mundo totalmente diferente, onde reina a tradição, tecnologia e modernismo. Tudo muito diferente de Portugal. A oportunidade surgiu e não podia deixar escapar. Após muito pensar, disse o sim! ao Japão. Viajei por uma agência, pois preferia a segurança, conforto e já que ia para um país totalmente desconhecido e diferente, decidi não arriscar. Escolhia a Agência Abreu pois já incluem um programa de 11 dias com um pouco do melhor do Japão.
A viagem até lá para mim foi o mais desgastante. Tudo no final valeu a pena (agora que já passei por isso), mas são muitas horas de avião. De Lisboa ao Dubai (local onde fiz escala) são entre 7/8 horas, depois do Dubai para Osaka são 8/9 horas. Aprendemos com o jet lag que devemos dormir o máximo durante o voo. Quando cheguei ao Japão já eram 18 horas da tarde, por isso não deu para muito. Chegamos ao hotel e jantamos no local random. Percebemos rapidamente que existem três mundos diferentes no Japão: o mundo terrestre, o subterrâneo no metro e o mundo no alto dos arranha-céus. Como estávamos muito cansados não exploramos muito, mas ainda visitamos Dotonbori, a rua que fazia parecer dia durante a noite. Nunca vi nada assim, cada loja fazia a sua melhor publicidade para conseguir ter o destaque que merecia.
Dia 2
Depois de acordar bem cedo, e de um pequeno-almoço com uma vista fantástica da cidade. O Hotel Monterey Grasmere conseguiu surpreender-me com a sala de pequenos-almoços. Seguimos viagem de autocarro (sim, porque no Japão evitam ao máximo transportes privados, devido à poluição) para o Castelo de Osaka. Do séc. XVI é um dos pontos de referência importante, pois permitiu a unificação do país. Com cinco andares temos um espaço com alguns marcos da história local. Um museu com armaduras samurai, armas de época, maquetes de construções e ainda teatros digitais para conheceremos melhor as lendas do Japão. O castelo está cercado de um enorme jardim que em época das flores de cerejeira torna-se numa bela paisagem para fotografias.
Vista geral do castelo de Osaka.
No interior do castelo para uma sessão fotográfica. Tal como uma japonezinha.
Depois que conhecermos o local mais histórico e emblemático da cidade, fomos conhecer o mais moderno edifício construído. Umeda Sky Bulding merece uma visita para conhecer o pôr-do-sol. Dois arranha-céus, juntos pelo topo com 173 metros de altura e 40 andares. Com uma vista panorâmica conseguimos ver a Osaka de todos os ângulos. Vale totalmente a pena conhecer esta perceptiva mais moderna. Além disso em terra conhecemos um fantástico jardim, mas plantado na vertical.
Vista panorâmica da cidade de Osaka
Durante a tarde foi dia de conhecer as ruas movimentadas de Osaka. O mercado Kuromon Ichiba, é um marco perfeito de combinação de cheiros e sabores. Ideal para abrir o apetite para o almoço. Peixe fresco, marisco, ostras e ainda muito mais como flores e muita comida tipicamente japonesa como takoyaki. Este mercado é definitivamente um local a conhecer. Principalmente para os food lovers.
Entrada do mercado.
Só produtos fresquinhos à venda. Um negócio com centenas de pessoas a visitar o local.
As ruas de Osaka são sempre muito animadas, mesmo em dia de semana. Voltamos a Dontonbori, pois ainda havia muito para explorar. A quantidade de pessoas é imensa a circular nos principais locais. Experimentamos as famosas máquinas de pachinko. Uma verdadeira obsessão para os japoneses, que ainda não percebi como se joga. Também jogamos nas famosas máquinas de prémios com peluches e figuras de oferta. São prédios e prédios destas diversões que deixa qualquer um viciado.
Noite em Osaka. Lojas e edifícios iluminados, quase que parece dia.
O à parte, os japoneses não fala muito bem inglês, e os que falam não se percebe muito bem o sotaque, por isso em algumas situações tivemos dificuldades em comunicação, mas nada que não se resolva.
Brevemente escrevo a continuação para o Dia 3. Não percam estas aventuras no Japão, porque nós também não.