Baseado em factos verídicos e inspirado pelo documentário “Mommy Dead and Dearest” a HULU apostou nesta série com Patricia Arquette e Joe King no protagonismo. Nesta mini-série de seis episódios, acompanhamos a estranha relação de Dee Dee Blanchard com a sua filha Gypsy Rose. Desde pequena que Gypsy sempre pensou, (pensamento imposto pela mãe) que era doente. Andava de cadeira de rodas, alimentava-se por uma sonda e não podia comer açúcar. Por dia tomava dezenas de medicamentos, para doenças inventadas pela própria mãe. Gypsy nem a sua idade sabia correctamente, apenas quando ganhou maturidade é que começou a questionar as ações da mãe. Esta parece história de um filme, mas foi mesmo real.
Apesar da série ser pequena conseguimos compreender bem os acontecimentos. Entre flashbacks do passado e presente, até à situação atual das personagens. Compreendemos bem a relação desconexa de mãe e filha. Gyspsy só queria ser uma rapariga normal, que se apaixonava pelo príncipe tal como acontecia nos filmes da Disney, queria ter amigos de verdade além dos seus peluches e comer o que quisesse sem restrições. A sua mãe era uma regra constante, não a deixava viver e fazia-lhe acreditar que não estava em condições de viver independentemente. Apesar de manter muitas informações ocultas da rigor da sua mãe, Gyspsy ainda continuava com ela, pois acreditava que eram as melhores amigas, pois a mãe fazia-lhe tudo como se ainda fosse uma criança. Tudo mudou quando conheceu online um rapaz e começaram a namorar. Nick não era estável, avaliado com múltiplas personalidades, não tinha as suas capacidades intelectuais completas. Fez acreditar que era o príncipe encantado de Gypsy e fez o que sempre ela queria, livrar-se da mãe.
A Hulu conseguiu constituir bem os eventos. Apesar de alguns factores fictícios, que ajudaram a tornar a história mais apelativa, não houve muita diferença a acrescentar, pois a história já era digna de fição. Uma série bem produzida, com os cenários muito equilibrados e idênticos aos originais. O que merece ser destacado é mesmo o desempenhos das atrizes Patricia Arquette e Joe King. Vencedora de um Oscar pelo filme Boyhood, Patricia Arquette está totalmente irreconhecível nesta série. Não só o seu aspecto, que ficou mudado graças à maquilhagem, mas mesmo a sua voz e movimentos. Contudo a revelação foi mesmo Joey King, a jovem de 19 anos, que já nos surpreendeu em filmes como “Dava tudo para estar cá“. Sendo que esta não foi a primeira vez que rapa o cabelo para uma personagem. Joey King tal como Gypsy mudou o seu tom de voz, para algo mais suave e se comparamos ambas, as diferenças são mesmo poucas. Um elogio para o departamento de casting. Concluindo este drama é muito interessante com excelentes prestações e um óptima equipa que ajuda a criar mais realidade a toda a produção. Este caso ainda hoje é falado, mas agora podemos conhece-lo na fição.
A pergunta fundamental nesta série é descobrir quem matou quem primeiro.
Em Portugal podem conhecer a série na HBO Portugal.