Crítica: A Distância Entre Nós

Dois adolescentes com fibrose cística, conhecem-se num hospital e apaixonam-se, mesmo apesar da doença de ambos proibir contacto físico.

Título: Five Feet Apart
Ano: 2019
Realização: Justin Baldoni
Interpretes: Haley Lu Richardson, Cole Sprouse, Moises Arias…
Sinopse: Dois adolescentes com fibrose cística, conhecem-se num hospital e apaixonam-se, mesmo apesar da doença de ambos proibir contacto físico.

Adoro estes drama teen. Com a impossibilidade de amarem um ao outro, devido à doença de ambos, escolhem o proibido. Stella é uma rapariga que luta todos os dias com a doença fibrose cística. Faz todos os tratamentos que lhe pedem e tem uma força notável de viver. É a estrela do hospital e a favorita das enfermeiras. Will também com a mesma doença, é o oposto. Não aceita a mediação, nem os tratamentos. Vive cada dia como se fosse o último, porque sempre soube que ia morrer da doença. Stella e Will começam a trabalhar juntos de forma a manterem-se vivos, mas com uma imposição. Tem de se manter cinco passos afastados um do outro, para não haver contagio. Uma situação difícil de suportar já que o casal começou a apaixonar-se.

Tal como o filme “A Culpa é das Estrelas” temos um romance limitado pelo tempo da doença que cada vez se espalha mais. Neste drama, o espaço de fundo é o hospital onde dois jovens tentam sobreviver. Haley Lu Richardson já conseguiu papéis em filmes como “Fragmentado“, “The Edge of Seventeen“, mas ainda sem ter um papel de destaque. Conseguiu ao lado de Cole Sprouse, o gémeo da Disney, a sua oportunidade. Na verdade ambos formam um casal empenhado e querido.

O que mais atrai neste filme não é o seu desenvolvimento, mas sim o final. Devido à situação das personagens, ficamos curiosos com o que vai acontecer. “Five Feet Apart” apresenta um argumento lento, apesar de algumas tentativas para surpreender. Baseado no livro de Rachael Lippincott temos uma história pura de drama, mas com aspectos ternurentos. O blogue atribui 3 estrelas em 5.

Rating: 3 out of 5.

Crítica: Fragmentado

Três raparigas são raptadas por um homem diagnosticado com 23 personalidades diferentes. Elas tentam escapar, antes da chegada da personalidade número 24

Título: Split
Ano: 2016
Realização: M. Night Shyamalan
Interpretes: James McAvoy, Anya Taylor-Joy, Haley Lu Richardson…
Sinopse: Três raparigas são raptadas por um homem diagnosticado com 23 personalidades diferentes. Elas tentam escapar, antes da chegada da personalidade número 24.

Esta temática das múltiplas personalidades sempre foi um tema que me despertou curiosidade. Acedi ao tema com no filme Identidade Misteriosa (2003) e a série Bates Motel (2013-2017). Considero interessante como deixamos de ser quem somos e passamos a ter diferentes personalidades diferentes. “Fragmentado” realizado por M. Night Shyamalan, é um misto de mistério, drama e triller psicológico sobre uma pessoa que sofre com esta patologia. O ator James McAvoy interpreta um homem com 23 personalidades diferentes. Como forma de conseguir evocar a vigésima quarta personalidade, rapta três raparigas adolescentes. Casey, Claire e Marcia terão de lutar pela própria vida e arriscarem-se a saírem da cave onde estão mantidas prisioneiras.

O que se destaca deste filme satisfatório de M. Night Shyamalan (que já há muito tempo não realizava nada de relevante) é mesmo o fantástico argumento. De maneira subtil, carismática e misteriosa agarra o espectador a todos os segundos do ecrã, para tentar perceber o fluxo narrativo. Um aplauso para a extravagante interpretação de James McAvoy, um ator de mão cheia. Interpreta diferentes personalidades desde a criança Hedwig que dança freneticamente Kanye West; à controladora Patricia, ao protetor e forte Dennis, ao estilista Barry, entre outros. Conseguimos facilmente descobrir qual a personalidade que emergiu devido à sua capacidade camaleónica. Desta forma se descobre o que separa os bons dos excelentes atores. Apesar da exuberante performance de McAvoy, a atriz Anya Taylor-Joy como Casey também consegue estar à medida do peso da sua personagem. Os seus silêncios são muito expressivos “Split” conseguiu ainda um final totalmente inesperado e conseguiu interligar-se com o filme “O Protegido” com Bruce Willis e Samuel L. Jackson que Shyamalan realizou à 18 anos atrás. Vamos finalmente receber uma continuação à película. Concluído o blogue atribui 3,5 estrelas em 5. 

Rating: 3.5 out of 5.

Crítica: The Edge of Seventeen

A vida na escola secundária não tem sido mais suportável para Nadine, quando a sua melhora amiga, Krista, começa a namorar para o seu irmão mais velho.


Título: The Edge of Seventeen
Ano: 2016
Realização: Kelly Fremon Craig
Interpretes: Hailee Steinfeld, Haley Lu Richardson, Blake Jenner
Sinopse: A vida na escola secundária não tem sido mais suportável para Nadine, quando a sua melhora amiga, Krista, começa a namorar para o seu irmão mais velho.

Nadine nunca teve uma vida facilitada. Basicamente nunca se integrou na sociedade. Depois da morte do seu pai, foi pior, pois este era o único que a compreendia. Sempre solitária, Nadine conhece Krista, e tornam-se as melhores amigas. A amizade durou anos, até ser abalada pela relação amorosa entre Krista e o seu irmão mais velho Darian. A relação entre os irmãos nunca foi a melhor, e depois desta situação ainda piorou. Esta é uma jornada de auto-descoberta de identidade de uma rapariga de 17 anos que não se identifica no seu meio. Entre a escola, a família e romances, ser adolescente pode ser complicado, mas por vezes é preciso ver pelo outro lado do prisma e conhecermos o melhor de cada situação. Não nos devemos preocupar, mas sim pensar que é só uma fase e com o tempo tudo passa.

Hailee Steinfeld surpreende neste papel. Deixa de ser a jovem sensual para se tornar numa rapariga com roupas estranhas e sapatilhas coloridas. Hailee vive a protagonista com garra e a sua interpretação é expressiva o suficiente para adorarmos a personagem. Como já referi este filme retrata a adolescência, mas de um ponto de vista irónico e com sátira visto aos olhos da protagonista que não se integra no meio. Por um lado este é também um filme muito humano, pelo menos é o que conclui com a sua mensagem final. Concluindo “The Edge of Seventeen” destaca-se pelo seu argumento genuíno, fugindo um pouco aos parâmetros dos filmes do género. O blogue atribui 3,5 estrelas em 5.

Rating: 3 out of 5.