Crítica: Piratas das Caraíbas – Homens Mortos Não Contam Histórias

O Capitão Jack Sparrow procura o Tridente de Poseídon, enquanto está a ser perseguido por um navio com um pirata e tripulantes mortos.

Título: Pirates of the Caribbean: Dead Men Tell No Tales
Ano: 2017
Realização: Joachim Rønning, Espen Sandberg
Interpretes: Johnny Depp, Geoffrey Rush, Javier Bardem …
Sinopse: O Capitão Jack Sparrow procura o Tridente de Poseídon, enquanto está a ser perseguido por um navio com um pirata e tripulantes mortos.

Johnny Depp é a estrela da Disney com a sua interpretação inigualável do Capitão Jack Sparrow. Neste quinto filme da saga Piratas das Caraíbas, passaram-se anos desde a última aventura. Um novo vilão surge nas águas misteriosas. O capitão Salazar do navio dos mortos tem uma dívida de vingança com Sparrow. O único que o manteve prisioneiro numa terrível maldição. Contudo a busca do protagonista, juntamente com Henry Turner, filho de Will, Carina Smyth, uma jovem acusada de bruxaria e o Capitão Barbossa, que procuram o Tridente de Poseídon, a arma poderosa dos mares, capaz de terminar com qualquer maldição. A narrativa até está interessante e ainda consegue surpreender. O passado de alguns é explorado e ainda revemos antigas personagens.

O elenco é forte e fiel à sua personagem. Gostei de Javier Bardem como vilão, o temível Salazar. Toda a sua maldade é transmitida para esta personagem que só pela caracterização, aterroriza. A narrativa apresenta algumas falhas de situações previsíveis que podiam ser evitadas, contudo consegue colmatar essa distracção com momentos de humor, maioritariamente protagonizadas por Depp. Relativamente aos efeitos especiais estão bem vincados neste filme. Cores vibrantes que iluminam o ecrã. Nesse aspecto a Disney não desilude. Este filme deixa no ar a dúvida será que vai ter continuação. O blogue atribui 3,5 estrelas em 5.

Rating: 3 out of 5.

Genius

Genius” era a série que faltava. A National Geographic produziu uma excelente série de 10 episódios sobre a adolescência e idade adulta de um dos maiores génios do mundo, Albert Einstein.

Albert Einstein

Genius” era a série que faltava. A National Geographic produziu uma excelente série de 10 episódios sobre a adolescência e idade adulta de um dos maiores génios do mundo, Albert Einstein. A série mantém presentes três grandes nomes da sétima arte. Geoffrey Rush (representação), Hans Zimmer (música) e Ron Howard (produção). O resultado não podia ter sido mais perfeito. Esta série biográfica, detalhadamente fragmentada, aborda não só a vida de Einstein, mas acontecimentos que marcaram a época. A descoberta da radioactividade de Marie Curie, Primeira e Segunda Guerra Mundial, a bomba atómica…Relatos interessantes de movimentos e ações que marcaram a História mundial.

A narrativa bem descrita aborda temas que por vezes não são lineares, mas que assim ajuda melhor o espectador a perceber o contexto histórico da situação. Inicialmente acompanhamos um Einstein adolescente, e cheio que sonhos que não se sente adaptado na escola de Munique. Johnny Flynn interpreta de forma energética, um rapaz cheio de sonhos. Por consequências da vida, viaja para Zurique onde finaliza os seus estudos na faculdade. Apesar do precoce casamento, e um pouco insatisfeito com a sua vida, Einstein luta para conseguir ser reconhecido nas ciências, desafiando todos os obstáculos que lhe opunham.

Foram momentos altos e baixos que tornaram Albert o homem que foi. Fascinado pelo trabalho e pela curiosidade, procura a toda a hora descobrir os segredos do universo. Além daquele homem que todos conhecemos com a língua de fora e o cabelo despenteado, do qual assumimos a imagem de cientista louco. Albert Einstein era um homem comum com uma vida mais dramática do aquilo que pensamos. Uma história muito  humana que estava à espera de ser contada. Apesar da sua inteligência, também cometia falhas e tudo isso é apresentado nesta série.

Além do fantástico elenco, “Genius” mostra-se como uma grande série, devido à excelente qualidade do argumento. Focado em contar uma história real e pessoal, com diferentes pontos de vista da vida do icónico Einstein. Aconselho mesmo a verem esta série de 10 episódios. A segunda temporada já foi confirmada.

Crítica: Elizabeth – A Idade de Ouro

Uma Rainha Elizabeth mais madura, enfrenta novamente uma crise no seu reino com a ameaça dos cristãos espanhóis e desapontamentos amorosos.

Título: Elizabeth: The Golden Age
Ano:2007
Realização: Shekhar Kapur
Interpretes: Cate Blanchett, Clive Owen, Geoffrey Rush…
Sinopse: Uma Rainha Elizabeth mais madura, enfrenta novamente uma crise no seu reino com a ameaça dos cristãos espanhóis e desapontamentos amorosos.

O filme biográfico da Rainha Elizabeth continua com esta segunda parte. Desta vez explicando acontecimentos históricos que marcaram o seu reinado. Depois da difícil subida ao trono de Elizabeth, uma jovem mulher que não estava preparada para ser Rainha (crítica do filme podem ler aqui), está agora mais madura. Considerada a Rainha Virgem, não aceita pretendentes, mas comanda com punhos de ferro a monarquia inglesa. Mantém de perto aqueles em que confia, mas a chegada de Sir Walter Raleigh (Clive Owen) veio abalar o círculo de confiança. Pirata sedutor, consegue receber toda a atenção da rainha, que apesar de conhecer as suas intenções, deixa-se levar pelos jogos de carinho e sedução.

Amada e odiada, a Rainha Elizabeth tornou-se das mais reconhecidas rainhas devido à sua força e determinação. O seu povo eram os seus filhos. Mesmo com o inimigo espanhol, o Rei que a criticavam pela sua religião protestante, e com a ameaça da prima a Rainha Mary da Escócia, Elizabeth conseguiu manter o seu posto de governante suprema.

Cate Blanchett brilha novamente como Rainha, num papel escolhido mesmo para a atriz. A sua interpretação vivaz de Elizabeth é dos pontos fortes do filme. O realizador Shekhar Kapur volta a criar um mote às cores na sua cinematografia. As cores vibrantes dos vestidos, plumas, cenários e ambientes envoltos criam um espectáculo apelativo de assistir. A nível de argumento, este filme não se tornou tão eficaz como o seu antecessor, e é neste aspecto que mantém o seu ponto mais fraco. O blogue atribui 3,5 estrelas em 5.

Rating: 3 out of 5.

Recomendação: Livro “Isabel I – O Médico Português da Rainhda” – COMPRAR na WOOK

Crítica: Elizabeth

Um filme sobre os primeiros anos do reinado da rainha Elizabeth I de Inglaterra e as suas dificuldades na aprendizagem de ser uma monarca.

Título: Elizabeth
Ano: 1998
Realização: Shekhar Kapur
Interpretes: Cate Blanchett, Geoffrey Rush, Christopher Eccleston
Sinopse: Um filme sobre os primeiros anos do reinado da rainha Elizabeth I de Inglaterra e as suas dificuldades na aprendizagem de ser uma monarca.

A rainha Elizabeth I sempre foi menosprezada desde o seu nascimento. O pai, o rei Henrique VIII queria um filho varão, e a mãe, Ana Bolena foi decapitada e acusada de traição. Após a morte do seu pai, foi a sua meia irmã mais velha que subiu ao trono. Mary era uma cristã fervorosa e culpava Elizabeth pelos males do país, uma Inglaterra fragilizada, em guerra e com a fé dividida. Mary aprisionou Elizabeth para acusa-la, mas não durou muito. Elizabeth como única descente, subia ao trono em 1558. Neste drama histórico, o realizador paquistanês Shekhar Kapur explora os primeiros anos de reinado daquela que chamaram “A Rainha Virgem”, sendo uma das monarcas mais emblemáticas da Inglaterra.

O papel foi adequado perfeitamente a Cate Blanchett, que conseguiu notoriedade neste filme. Prevalecendo as suas qualidades de atriz. “Elizabeth” apresenta uma verdade real, sem tabus de uma época que não era de contos de fadas. Se não fosses fiel à monarquia, pagavas por isso. As dificuldades sociais também foram expostas abertamente neste filme. Não se podia confiar em ninguém, e apesar de todos se apresentarem contra a majestade, facilmente se renderam ao seu poder feminino, consagrando-se na rainha que não precisava de nenhum homem, nem para governar. Nesta obra cinematográfica indicada para 7 Óscares da academia relata também os acontecimentos verdadeiros da disputa entre Inglaterra e a Escócia. Concluindo esta obra está bem concebida historicamente e por tal motivo conseguiu uma sequela com “Elizabeth: Golden Age” (2007). O blogue atribui 4 estrelas em 5.

Rating: 3 out of 5.