Crítica: A Hora Mais Negra

Em Maio de 1945 o destino da Europa está nas mãos do Primeiro Ministro britânico, Winston Churchill, que terá de decidir entre negociar com Adolf Hitler ou lutar e descobrir que poderá ser a ruína do império britânico.

Título: Darkest Hour
Ano: 2017
Realização: Joe Wright
Interpretes: Gary Oldman, Lily James, Kristin Scott Thomas….
Sinopse: Em Maio de 1945 o destino da Europa está nas mãos do Primeiro Ministro britânico, Winston Churchill, que terá de decidir entre negociar com Adolf Hitler ou lutar e descobrir que poderá ser a ruína do império britânico.

Filmes como este deviam ser mais vezes feitos. Momentos da História que marcaram decisões vincadas para um presente que conhecemos. Situações complicadas e momentos temerosos que culminaram o destino do mundo como conhecemos atualmente. “A Hora mais Negra” retrata a decisão do primeiro-ministro britânico, Winston Chrurchill que marcou a posição firme do Reino Unido na 2ª Guerra Mundial. Uma decisão limpa sobre nega de rendição à Alemanha nazi, liderada por Hitler. “I have nothing to offer but blood, toil, tears and sweat. We have before us an ordeal of the most grievous kind. We have before us many, many long months of struggle and of suffering.” Frase discursada por Churchill no dia 13 de maio na Câmara dos Comuns quando se tornou Primeiro-Ministro. A sua intenção não era dar falsas esperanças ao povo, como tinham feito até ao momento, mas atribuir-lhes força para a batalha que se aproximava. O mês de maio de 1940 do conhecido primeiro-ministro britânico, foi dos mais complicados da sua vida. A subida de cargo na política, a contradição de todos pela sua promoção, sem o suporte da casa real, as tropas britânicas cada vez mais cansadas e poucas, sem aliados, o bloqueio de Dunkirk e o acordo de paz com Hitler, fomentou o sucesso de Winston Churchill e hoje um dos nomes mais reconhecidos da História britânica.

A Hora Mais Negra” realizado por Joe Wright, conhecido por filmes históricos como “Orgulho e Preconceito“, “Expiação” e “Anna Karenina”, aborda de forma equilibrada este tema. Nesta produção não é apresentado uma película biográfica sobre Churchill, é sim um momento único da sua vida explorado de forma meticulosa para retratar o mais real possível dos acontecimentos.

Gary Oldman recebeu o Óscar de Melhor Ator Principal por esta sua interpretação. Bem merecido, o ator “escondido” pela maquilhagem e caracterização superou o desafio com distinção. A voz e gestos estão completamente dentro da personagem. O argumento bem delineado com planos seguros e marcantes, tornam este filme sólido e coerente. A obstinação de Churchill foi necessária, mesmo que isso fosse contra os padrões normais, numa altura em que tudo parecia perdido. Uma narrativa impressionante de coragem e esperança. O blogue atribui 3,5 estrelas em 5.

Rating: 4 out of 5.

Crítica: O Espaço Que Nos Une

O primeiro humano nascido em Marte, viaja até à Terra pela primeira vez. Ele embarca numa aventura com uma rapariga independente, e juntos percebem que há muito para além daquilo que os olhos conseguem ver.

Título: The Space Between Us
Ano: 2017
Realização: Peter Chelsom
Interpretes: Gary Oldman, Asa Butterfield, Carla Gugino…
Sinopse: O primeiro humano nascido em Marte, viaja até à Terra pela primeira vez. Ele embarca numa aventura com uma rapariga independente, e juntos percebem que há muito para além daquilo que os olhos conseguem ver.

O Espaço que nos Une” é um filme com um plot muito interessante. Um amor quase equivalente ao de Romeu e Julieta. Não proibido entre famílias, mas proibido entre mundos. Gardner ( Asa Butterfield) é um rapaz muito peculiar. Nasceu em Marte. A vida num planeta diferente pode ser muito solitária, mesmo com a companhia de astronautas. Gardner tem o sonho de um dia visitar o planeta Terra e a sua curiosidade aumenta, quando conhece Tulsa (Britt Robertson), uma rapariga independente que procura aventura na sua vida.

A jornada de ambos começa quando Gardner decide procurar pelo seu pai biológico. Numa busca incansável, viajam de lugar em lugar seguindo as pistas que conseguem. Contudo o tempo de ambos juntos pode estar limitado pela dificuldade de Gardner sobreviver na gravidade do nosso planeta.

Este filme de drama tinha potencial. Contudo não conseguiu manter-se firme. A narrativa é cansativa e o argumento é desleixado, tal impossibilita a conexão com as personagens. No final existe uma tentativa de reviravolta, mas não entusiasma, aliás torna-se até previsível. “O Espaço que nos Une” desmancha-se ao ser demasiadamente adolescente, e fácil. Falta o conteúdo mais dramático e sentimentalista. Concluindo esta é uma obra cansativa de assistir e muito piegas. Nem os atores conseguiram contornar esta lacuna. O blogue atribui 3 estrelas em 5.

Rating: 3 out of 5.

Crítica: O Guarda-Costas e o Assassino

Um guarda-costas de topo é contratado para salvar um novo cliente, indicado com uma testemunha para o Tribunal. Ambos tem que colocar as suas divergências à parte e chegarem ao julgamento a tempo.

Título: The Hitman’s Bodyguard
Ano: 2017
Realização: Patrick Hughes
Interpretes: Ryan Reynolds, Samuel L. Jackson, Gary Oldman…
Sinopse: Um guarda-costas de topo é contratado para salvar um novo cliente, indicado com uma testemunha para o Tribunal. Ambos tem que colocar as suas divergências à parte e chegarem ao julgamento a tempo.


O Guarda-Costas e o Assassino” junta uma dupla improvável. Samuel L. Jackson é um assassino sem compromisso que vive espontaneamente. Não é fiel a regras e nem sempre joga limpo. A personagem de Ryan Reynolds vive com tudo planeado e nada pode faltar, é percursionista e fica stressado quando nada corre como previsto. Duas personagens que se odeiam, mas que vão ter de trabalhar juntos para resolverem um bem-maior. Esta obra cinematográfica de comédia exagerada e ação extrovertida é um excelente resultado realizado por Patrick Hughes. As surpresas são muitas e nada do que parece é. Além disso podemos contar com a presença do nosso português, Joaquim de Almeida no elenco.

 O mais importante em “O Guarda-Costas e o Assassino” são as personagens. À medida que a história avança compreendemos o passado e o presente dos protagonistas. Como as suas ações influenciaram o seu caminho futuro e como se cruzaram no destino de cada um. Um diálogo divertidamente bem escrito, é dos fatores mais positivos. Humor negro hilariante que nos faz pedir por mais. Gostei da química entre Rynolds e Jackson. A ação é significativamente exagerada (mas é isso que torna o filme mais fascinante), mas o que me preocupou foi alguns facilitismos em cenas que deveriam ser mais dificultadas. Concluindo este é um filme muito divertido e inteligente em que uma continuação seria bem aceitável. O blogue atribui 4 estrelas em 5.

Rating: 3 out of 5.

Crítica: Robocop

Em Detroit em 2028, quando Alex Murphy, um marido amada, um pai e um bom polícia – é gravemente ferido devido ao seu dever, a Omnicorp uma multinacional encontra a oportunidade perfeita para torna-lo na nova aposta do futuro policial.

Título: Robocop
Ano: 2014
Realização: José Padilha
Interpretes: Joel Kinnaman, Gary Oldman, Michael Keaton…
Sinopse: Em Detroit em 2028, quando Alex Murphy, um marido amada, um pai e um bom polícia – é gravemente ferido devido ao seu dever, a Omnicorp uma multinacional encontra a oportunidade perfeita para torna-lo na nova aposta do futuro policial.

Os filmes do “Robocop” marcaram a minha infância. Lembro-me que ficava acordada até tarde (talvez era só até às 11 horas ou meia-noite, mas para mim já era tarde) para assistir ao filme, transmitido na televisão. Não era o meu género, mas gostava. Como costumava entreter-me com os brinquedos dos meus primos, alusivos a esta personagem, conhecia-o bem. A história de um polícia-robô para mim na altura sempre foi muito banal. Era perfeitamente possível. Agora, com mais idade percebo que não é bem assim. Ainda existe uma grande barreira entre a assistência das máquinas nas tarefas dos humanos. Será possível? Temas maioritariamente morais refutam esta ideia. Um robô sem emoções, apesar de conseguir mais eficácia, nunca poderá substituir um ser humano. É nesse tema que se foca este remake de “Robocop“.

Nesta obra cinematográfica, realizada por José Padilha o polícia robótico é criado de forma a limitar os crimes nas cidades, num futuro próximo. O projeto ficou restringido devido à falta de argumentos entre liberadamente deixarmos a cidade em segurança, nas mãos de uma máquina. O projeto recebe novos contornos, quando Alex Murphy um polícia sobre graves ferimentos após uma explosão. Assim renasce o Robocop, uma máquina, com emoções humanas.

O filme avança lentamente e não cativa a atenção do espectador. O enredo é muito vago e desordenado. Faltava uma continuação, contudo vejo que seja pouco provável de acontecer. Joel Kinnaman interpreta um Robocop, muito sério e desinteressante. Não senti muito empatia por esta personagem, prefiro o original. Concluindo este filme está muito mediano. O blogue atribui 3 estrelas em 5

Rating: 3 out of 5.