Crítica: O Mordomo

Enquanto Cecil Gaines serve oito presidentes como mordomo na Casa Branca, vários acontecimentos criam impacto na sociedade americana e mundial. A luta pelos direitos civis, a Guerra do Vietnam e outros eventos que vão afectar a sua vida familiar e social.

Título: The Butler
Ano: 2013
Realização: Lee Daniels
Interpretes: Forest Whitaker, Oprah Winfrey, John Cusack…
Sinopse: Enquanto Cecil Gaines serve oito presidentes como mordomo na Casa Branca, vários acontecimentos criam impacto na sociedade americana e mundial. A luta pelos direitos civis, a Guerra do Vietnam e outros eventos que vão afectar a sua vida familiar e social.

Esta é uma história verídica que acompanha oito presidentes dos Estados Unidos da América e uma presença mais pequena em estatuto social, mas grande em opiniões assertivas. Cecil Gaines (Forest Whitaker) era quase nada quando nasceu. Em criança trabalhava nos campos de arroz, mas essa era uma vida de escravo para alguém de cor. Saiu da casa do seu senhorio com o objectivo de ter uma vida melhor. Passou fome e frio até encontrar alguém que lhe desse um emprego. Ser empregado de mesa num hotel. Aí aprendeu os truques para agradar os convidados e a sua presença foi tão marcante que  foi convidado para a função de mordomo na Casa Branca. Cecil não só conheceu a vida pessoal dos presidentes norte-americanos, mas também viveu perante as suas decisões. Crises políticas, racismo, luta pelos direitos civis, guerras, graves impactos que afectaram fortemente a sociedade norte-americana.

Uma envolvente dramática é notória em todos os planos deste filme. Poucas falas, mas assertivas na construção da história. A construção deste filme foi bem pensada, e posteriormente muito bem conseguida. A mensagem que transmite é o ponto mais forte da narrativa. A obediência de Cecil com os seus senhores e a rebeldia compulsiva do filme mais velho de Cecil, Louis que luta freneticamente pelos direitos civis. Cecil devagar conseguiu ter a confiança de homens importantes no governo, o que provavelmente influenciou as suas decisões em situações políticas. Louis emociona com as suas ações de persistência em defender que todos os cidadãos são iguais, independente da cor. Sentimos ódio daqueles que por maldade desejam o mal só por ter um tom de pele diferente. Além disso outras situações difíceis que os cidadãos norte-americanos tiveram de enfrentar nesta época.

O elenco é dos pontos mais fortes. No papel principal Forest Whitaker apresenta uma humildade fenomenal. Oprah Winfrey também não está nada mal. “O Mordomo” pretende sensibilizar, mas mesmo nos tempos atuais ainda existe muito ódio e muito que ainda se pode fazer. O blogue atribui 3,5 estrelas em 5.

Rating: 3 out of 5.

Crítica: O Primeiro Encontro

Quando doze estranhas naves espaciais aterram no nosso planeta a professora linguista Louise Banks é convocada para interpretar a língua dos visitantes alienígenas.

Título: Arrival
Ano: 2016
Realização: Denis Villeneuve
Interpretes: Amy Adams, Jeremy Renner, Forest Whitaker…
Sinopse: Quando doze estranhas naves espaciais aterram no nosso planeta a professora linguista Louise Banks é convocada para interpretar a língua dos visitantes alienígenas.

Arrival” não é daqueles filmes comuns de Oscar. No entanto nos últimos anos filmes como “Gravity“, “Interstellar” e “Martian” conseguiram chegar aos prémio de topo. Denis Villeneuve um dos realizadores mais promissores da atualidade optou por criar este filme de ficção científica com um formato diferente. Não é visto da perspectiva espacial, nem da dramática humana do país ser invadido. Neste filme conhecemos o ponto de vista de Louise Banks (Amy Adams) uma linguista formada. A sua calma e raciocínio é evidente durante todo o filme. Esta é uma jornada inteligente sobre como comunicamos que se for bem feito pode evitar guerra. A comunicação por vezes é um pouco desvalorizada, mas pode tornar-se numa excelente arma de defesa e perseverança. A construção do filme não é complexa, mantém um ritmo consciente, mas muito vagaroso. Mantendo o suspense para o espectador sobre até quando este encontro pode durar. Apesar de parecer um filme sobre a própria invasão alienígena, esta é principalmente uma viagem emocional pela vida da protagonista.

A interpretação de Amy Adams não tem qualquer defeito. A atriz mantém a sua postura séria, mas funcional, num argumento dramático e plausível.  Jeremy Renner mantém-se ao lado da atriz mas de uma forma bem mais secundária e menos envolvimento na trama principal. Relativamente ao aspecto visual do filme foi interessante e intenso. A imaginação foi posta à prova para criar novos extraterrestres com tecnologia de ponta que fossem dotados do interesse do espectador. Com aspectos únicos e traços singulares a equipa dos efeitos visuais conseguiu sair bem sucedida da situação. “O Primeiro Encontro” apresenta uma nova visão, que não é tão cientifica, mas que explica o outro lado do prima, ou melhor, explica uma nova abordagem para seres que não são desta terra. Na minha sincera opinião o filme convence mas não deverá ganhar o Óscar de Melhor Filme. O blogue atribui 3,5 estrelas em 5.

Rating: 3 out of 5.