Crítica: Só Podiam Ser Irmãs

Tina Fey e Amy Poehler provam que por vezes necessitamos de uma folga das responsabilidades.

Tina Fey e Amy Poehler provam que por vezes necessitamos de uma folga das responsabilidades.

Entrar na fase adulta por vezes pode ser um choque. Arranjar emprego que ocupa a maioria do nosso tempo, contas para pagar, filhos para cuidar, casa para arrumar. Podia estar aqui a enumerar as várias responsabilidades que fazem parte da nossa vida quando crescemos, mas vou manter-me apenas com as principais. Estamos tão concentrados nessas ocupações que por vezes esquecemos de nos divertir. Ora em momentos como esses lembramo-nos dos nossos melhores dias, quando éramos jovens, ambiciosos e cheios de energia. Numa comédia totalmente feminista juntam-se as melhores comediantes norte-americanas da actualidade. Tina Fey e Amy Poehler, são duas irmãs, Kate e Maura Ellis. Nos seus 40 anos ainda estão “presas” aos seus papéis da adolescência. Kate, a irmã mais velha era a rainha da paródia e da despreocupação, Maura era a mais atinada, fazendo sempre o mais correto. Após a decisão final dos pais em vender a casa onde passaram toda a infância e adolescência, as irmãs, decidem fazer uma última festa em memória aos bons velhos momentos. O motivo é simples, dar uma folga às responsabilidades do quotidiano. Kate não consegue ter o respeito da filha, nem manter um emprego fixo. Já Maura, vive solitária desde o seu divórcio. [LER MAIS]

Crítica: Chappie

Num futuro próximo, o crime é patrulhado por máquinas e as polícias tem um trabalho mais secundário. Quando um droide da polícia, Chappie é roubado e recebe uma nova programação, ele torna-se o primeiro robô a pensar e a sentir por si próprio.

Título: Chappie
Ano: 2015
Realização: Neill Blomkamp
Interpretes: Sharlto Copley, Dev Patel, Hugh Jackman…
Sinopse: Num futuro próximo, o crime é patrulhado por máquinas e as polícias tem um trabalho mais secundário. Quando um droide da polícia, Chappie é roubado e recebe uma nova programação, ele torna-se o primeiro robô a pensar e a sentir por si próprio.

Avisaram-me para não assistir a este filme, mas devido à minha veia cinematográfica, não resisti. Só a ver o trailer emocionei-me. Estas histórias de robôs com sentimentos nunca correm bem. Já tinha acontecido em “I.A. Inteligencia Artificial“, “I Robot“…e surpresa, surpresa, voltou a acontecer com “Chappie“. Com um estilo street, o realizador  Neill Blomkamp focou-se na ruas conflituosas e cheias de gangsters da África do Sul. Chappie uma criança acabada de nascer, é vista como uma arma. Afinal é um robô e não existem cá sentimentalismos para uma máquina. Chappie apesar de não ter consciência sobre o assunto, muda dois mundos. Altera a opinião daqueles que pensam que ele era apenas sucata para fazer o trabalho sujo, e muda todas as leis da ciência, factos que o seu criador sempre acreditou. Chappie não apenas um robô, nem sequer é humano, é algo totalmente diferente. Este filme demonstra a interacção das máquinas na sociedade. Será que é eticamente terem consciência? Ou vivemos no perigo que ultrapassem o seu criador?

Apesar do rol de atores conceituados que o filme tem, Hugh Jackman, Dev Patel e Signore Weaver, estes não tem o desempenho esperado. O mérito do protagonismo vai tudo para os artistas convidados: a banda Die Antwoord, composta por Ninja e Yolandi Visser que interpretam eles próprios. “Chappie” é um filme engraçado e divertido, principalmente naqueles momentos em que ensinam o robô a ser um verdadeiro gangster. Mas também existem momentos dramáticos, quando Chappie conhece a verdadeira discriminação. Talvez o factor positivo desta longa-metragem seja a inocência do dróide que tal como uma criança está a conhecer o mundo. O exagero nas batalhas finais desmancha o filme. Lutas demasiadamente violentas e utópicas, descredibilizam toda a história. Contudo este filme torna-se mediano, mas pelo que percebi existe os que amam e os que odeiam. O blogue atribui 3 estrelas em 5.

Rating: 3 out of 5.

Crítica: A viagem de Arlo

Num mundo onde os dinossauros e os humanos vivem lado a lado, um Apatosaurus, chamado de Arlo conhece um humano muito invulgar e juntos vão ter a viagem das suas vidas.

Título: The Good Dinosaur
Ano: 2015
Realização: Peter Sohn
Interpretes: Jeffrey Wright, Frances McDormand…
Sinopse: Num mundo onde os dinossauros e os humanos vivem lado a lado, um Apatosaurus, chamado de Arlo conhece um humano muito invulgar e juntos vão ter a viagem das suas vidas.

Estava com receio em ver este filme. Pelas imagens parecia-me demasiado infantil. Como me enganei, a Disney nunca desilude. “A Viagem de Arlo” fez-me recordar o filme “O Rei Leão“. Mas não vou spoilar. O filme segue uma premissa interessante. E se os dinossauros não fossem atingidos por um asteróide e vivessem em comunidade com os humanos? Pois é isso que conhecemos em “A Viagem de Arlo“, que explora uma Terra habitada por seres com inteligência que são os dinossauros. Neste filme acompanhamos Arlo, o protagonista, que vive uma jornada que vai mudar a sua vida, para chegar a casa. Pelo caminho conhece Spot, um menino desatinado, mas que também está perdido. Este filme não é dos melhores dos estúdios, mas tem uma história bonita. Apesar de previsível o destino de Arlo não deixamos de nos relacionar com as personagens. Como um bom drama esta história vai deixar a lágrima no canto do olho. O enredo debate-se sobre a família, a amizade e a determinação.

A animação é simples, e não está sobrecarregada com grandes ornamentos. Mas a sua simplicidade é um factor positivo. Este claramente não foi um sucesso como “Frozen” e “Inside-Out“, mas não é para desprezar. Não deixa de ser emotiva, comovedora com uma história que aquece o coração. “A Viagem de Arlo” é um filme muito humano e coerente, indicado para toda a família, dos miúdos aos graúdos. Esta obra não teve uma grande campanha publicitária, mas suavemente conseguiu surpreender. O blogue atribui 3,5 estrelas em 5.

Rating: 4 out of 5.

Quem é Moana? Tudo o que precisas de saber sobre a nova princesa da Disney

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A Disney lançou ontem um teaser trailer do seu próximo filme. A protagonista chama-se Moana e promete muita aventura. Sobre a história sabemos que uma jovem navegadora  pretende chegar a uma ilha que dizem ser uma lenda, ao lado do seu companheiro Maui. O filme tem data de estreia para 24 de novembro deste ano, mas será que já conheces bem este filme. Aqui está tudo o que se sabe (ainda) sobre o filme este filme de animação.

1)“Moana” vai ser um filme produzido por Osnat Shurer e realizado por Ron Clement e John Musker. Ambos estão há muito ligados com a Disney, também participaram em conjunto em filmes como “Aladino“, “A Pequena Sereia” e “A Princesa e o Sapo“.

Ron Clement e John Musker

2) A lenda da história existe na realidade e tem mais de 3000 anos. Retrata a história de uma das maiores navegações através do Oceano Pacífico que subitamente pararam.

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3) O nome Moana não foi escolhido ao acaso. Essa palavra significa “oceano” em língua Havaiana e Maori.

MOANA

4) Moana será a décima segunda princesa Disney e a primeira Polinésia. No entanto será a 56ª animação da multi-nacional.

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5) A música original reflectida no teaser trailer é da autoria de Opetaia Foa’i com o título “We Know the Way” que também esteve presente em músicas do “O Rei leão”. Compositores Mark Mancina, e Hamilton’s Lin-Manuel Miranda também participaram neste projecto.

Opetaia Foa’i

6) Moana terá a voz da estreante Auli’i Cravalho de 14 anos, já Maui terá a voz de  Dwayne Johnson.

MOANA






Crítica: Um ponto de viragem

O drama centrado numa pianista que foi diagnosticada com a doença ALS e numa jovem estudante independente que se torna sua cuidadora.

Título: You’re not you
Ano: 2014
Realização: George C. Wolfe
Interpretes: Hilary Swank, Emmy Rossum, Josh Duhamel…
Sinopse: O drama centrado numa pianista que foi diagnosticada com a doença ALS e numa jovem estudante independente que se torna sua cuidadora.

Ao assistirmos a um filme com esta temática, já sabíamos que vai dramático e talvez pesado do carácter emocional. Eu gosto de filmes assim. Filmes que não temem em esconder um realidade difícil para qual ainda não existe cura. Hilary Swank interpreta, Kate uma pianista que vive com o marido (Josh Duhamel) recebe o diagnóstico de ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica). Com o passar do tempo a doença começa a dificultar cada vez mais a vida de Kate. Necessita de ajuda para as tarefas mais básicas, desejando manter a sua dignidade, não quer que a olhem como uma pessoa doente, mas como alguém igual. É nesse momento que Bec, uma jovem rebelde e desatina com uma vida pessoal completamente confusa, decide ajudar Kate. Apesar da dificuldade do trabalho e da oposição do marido de Kate, as duas tornam-se amigas. Enquanto que Kate ajuda Bec a organizar a sua vida de forma a tirar melhor partido das suas escolhas, Bec faz rir Kate nos momentos que ela mais necessita.

O enredo centra-se na amizade que se constrói entre ambas as mulheres. Este é um exemplo de vida apesar de se tornar no típico cliché de Hollywood. Não sei como este desempenho de Hilary Swank não foi muito comentado. Nota-se um estudo na sua personagem, brilhantemente interpretada. Emily Rossum também não fica muito atrás. “You´re not you” não é um filme sobre a doença, mas sim os sentimentos quem por ela passa. Abrindo questões que ultimamente tem dado muito que falar, como a eutanásia e a morte com dignidade humana. O ponto final do final é o climax de toda a história e o momento mais difícil. Concluindo a mensagem principal que o filme transmite é importante, é necessário haver respeito, apesar de tudo. O blogue atribui 3, 5 estrelas em 5.

Rating: 3 out of 5.

Crítica: O Sétimo Filho

Quando a Mãe Malkin, a rainha das bruxas, escapa da prisão que estava durante anos, colocada lá por um Caçador de Monstros profissional, Spook e mata o seu aprendiz. Spook recruta um novo, chamado de Tom, o sétimo filho do sétimo filho, para ajuda-lo.

Título: The Seventh Son
Ano: 2014
Realização: Sergey Bodrov
Interpretes: Ben Barnes, Julianne Moore, Jeff Bridges…
Sinopse: Quando a Mãe Malkin, a rainha das bruxas, escapa da prisão que estava durante anos, colocada lá por um Caçador de Monstros profissional, Spook e mata o seu aprendiz. Spook recruta um novo, chamado de Tom, o sétimo filho do sétimo filho, para ajuda-lo.

O filme não é grande pistola, contudo gostei da história magica envolvente e de Julianne Moore como vilã. O plot é interessante, o facto do sétimo filho do sétimo filho ser especial, numa história de magia e fantasia que faz falta no cinema. O filme podia ter sido muito bom, mas não existe ação real, nem drama real, além disso o argumento é fraco e apesar dos excelentes atores como Jeff Bridges, Julianne Moore e ainda Alicia Vikander que começava a ganhar relevo no cinema, não existem milagres. “O Sétimo Filho” necessitava de ser o filme de trabalho em equipa e tal não aconteceu. Fica-se pelo mediano, não trás nada de novo, nem surpreende. Talvez o único factor positivo neste filme seja a presença de Julianne Moore que como Mãe Malki está bem espectacular, e com maquilhagem e roupa a condizer com o seu perfil de vilã.

Eu não referi no início, mas “O Sétimo Filho” foi baseado no livro “The Spook’s Apprentice” que pelo que estive a pesquisar o filme está muito aquém do esperado. Seres maléficos e doutro mundo, bruxas e feitiços fazem partes deste filme rodeado de efeitos especiais, necessários para o caso. Não só os fãs dos livros ficaram desiludidos, como também pessoas como eu, que não conhecia a história. Este filme merecia mais e Julianne Moore também, que já provou várias vezes ser uma excelente atriz. Só sugiro que não se deixem enganar pela beleza do trailer, porque quando começamos a ver o filme, tudo isso desaparece. O blogue atribui 2 estrelas em 5.

Rating: 3 out of 5.

Crítica: Gru O Mal-Disposto 2

Quando Gru, o maior super-vilão torna-se super-pai é recrutado por uma equipa de oficiais para parar uma arma letal. Agora Gru terá de lutar com novos gadgets, carros a mais loucuras dos minions.

Título: Despicable Me 2
Ano: 2013
Realização: Pierre Coffin, Chris Renaud
Interpretes: Steve Carell, Kristen Wiig, Benjamin Bratt…
Sinopse: Quando Gru, o maior super-vilão torna-se super-pai é recrutado por uma equipa de oficiais para parar uma arma letal. Agora Gru terá de lutar com novos gadgets, carros a mais loucuras dos minions.

O segundo filme de “Gru Maldisposto” volta com a mesma diversão do seu antecessor. Gru agora tem a preocupação de se tornar um bom pai, e além disso começa a dar os primeiros passos no romance. Para as situações hilariantes estão o pequenos minions e as três meninas, Margo, Edith e Agnes que divertem o espectador num filme que não é apenas para crianças. O sucesso do primeiro filme, tornou esta história possível, e até houve um terceiro filme, dedicado apenas aos pequenos seres amarelos. Apesar de já ter deixado a carreira de super-vilão para trás, Gru é convidado por uma agência devido à sua mente brilhante para planos originais. Ter uma família estável e responsável para as suas filhas faz com que Gru pense e repense nesta ideia, mas Miranda a agente que o contactou, pode fazer muda-lo de ideias.

Esta segunda parte não perde o seu carisma inicial e divertido. A animação é apresentada com graça e descontracção. As personagens já são conhecidas e a sua evolução é perceptível. Apesar de ter gostado mais do primeiro filme, este não fica muito a atrás. Energético e colorido com fortes cores de amarelo, laranja e roxo, “Gur Mal-Disposto 2” consegue cativar. Este filme é um ótimo entretenimento para toda a família, pois promete riso do princípio o fim. O blogue atribui 3,5 estrelas em 5.

Rating: 3 out of 5.

Crítica: O Exame

O últimos oito concorrentes para o exame final de um emprego de sonho estão presos numa sala para o teste decisivo. Apenas com uma questão, tudo o que parecia simples, muda, quando são confrontados pela indecisão, medo e confusão.

Título: Exam
Ano: 2009
Realização: Stuart Hazeldine
Interpretes: Adar Beck, Gemma Chan, Nathalie Cox…
Sinopse: O últimos oito concorrentes para o exame final de um emprego de sonho estão presos numa sala para o teste decisivo. Apenas com uma questão, tudo o que parecia simples, muda, quando são confrontados pela indecisão, medo e confusão.

Este é um filme sobre sobrevivência humana. O que farias se estivesses fechado numa sala com um grupo de estranhos a lutar pelo emprego da tua vida? Bem a resposta podia ser “Ser o mais aplicado e sincero, aí os responsáveis  viam que eu seria o melhor para o cargo”. Em “Exam” o caso complica-se, o grupo de desconhecidos terá de responder apenas a uma pergunta para passar, mas qual é essa pergunta? Ninguém sabe. O enigma do filme “prende” o espectador do início ao fim. Quando sobre a pressão, começam a desconfiar um dos outros a tensão entre todos aumenta. Além disso existe um conjunto de regras que se quebrarem estão automaticamente desqualificados da competição. “Exam” é um filme cheio de suspense onde a psicologia humana é posta à prova.

O filme pode não ser um conhecido blockbuster, mas o seu factor misterioso torna-o interessante. De género indie e sem atores “hollyodescos”, “Exam” esconde-se a olhos vistos. O cenário é sempre o mesmo, uma sala com oito desconhecidos de raças diferentes tornam este filme diversamente cultural. Compreendemos inteiramente as angústias de cada personagem e a sua posição na sociedade. Percebemos mais tarde que este também não é um mundo normal, o exterior está contaminado. Não posso falar muito sobre o desenvolvimento do filme, porque danifica a sua essência, sobretudo o final que foi imprevisto. Para quem não conhece aconselho, e não temam estes filmes que não foram reconhecidos, porque podem surpreender. O blogue atribui 3,5 estrelas em 5.

Rating: 3 out of 5.

Crítica: Carol

Uma jovem aspirante a fotografa, desenvolve uma relação intima com uma mulher mais velha. Numa época onde ainda não era aceitável esta ligação, estas duas mulheres terão de lutar pelo amor

Título: Carol
Ano: 2015
Realização: Tod Haynes
Interpretes: Cate Blanchett, Rooney Mara, Kyle Chandler…
Sinopse: Uma jovem aspirante a fotografa, desenvolve uma relação intima com uma mulher mais velha. Numa época onde ainda não era aceitável esta ligação, estas duas mulheres terão de lutar pelo amor.

Amor no Feminino

‘Carol’ desde a sua exibição que tornou-se num filme aplaudido pela crítica. A belíssima filmografia de Tod Haynes, acompanha o romance entre duas mulheres, numa sociedade ainda fechada. Um retrato pessoal e muito íntimo sobre como duas vidas podem facilmente mudar, num encontro apenas. O realizador apostou nos planos lineares simples na projecção de ‘Carol’. Esta é uma história que nos faz pensar na vida, e que muitas vezes não escolhemos o amor por medo da nossa própria felicidade. A história apresenta contornos simples, mas interessantes, delineada num ambiente conservador mas moderno. Talvez aí esteja o seu toque de requinte e a sua personalidade forte. ‘Carol’ estreia esta semana nos cinemas em Portugal, especial para o dia dos namorados.

A atriz Cate Blanchett predomina no filme como senhora que é. Representa uma mulher, com uma filha que sem esperar apaixona-se. Rooney Mara também merece o destaque nesta obra cinematográfica, apesar da sua maior delicadeza. Quando se fala do filme ‘Carol’ não só nos lembraremos da realização, como também da prestação fantástica do elenco. Este é um filme lento, mas cheio de sentimentos, palavras não ditas e gestos que comovem. O ponto negativo da película será provavelmente o seu arrastar lento na história destas duas mulheres. O blogue atribui 4 estrelas em 5.

Rating: 3 out of 5.