Crítica: Feliz Dia Para Morrer

Uma estudante universitária dever reviver o dia do seu aniversário uma e outra vez, num loop constante até descobrir o seu assassino.

Título: Happy Death Day
Ano: 2017
Realização: Christopher Landon
Interpretes:  Jessica Rothe, Israel Broussard, Ruby Modine…
Sinopse: Uma estudante universitária dever reviver o dia do seu aniversário uma e outra vez, num loop constante até descobrir o seu assassino.

Repetir a morte várias vezes

Tree, é uma jovem normal universitária que gosta de viver a vida ao máximo. Com festas, amigos, aproveita bem a sua liberdade. Acorda num dormitório de um estranho e tudo está bem, mas é o seu aniversário e morre. Não uma, mas 16 vezes e sempre a repetir o mesmo dia até descobrir o seu assassino.

Num filme de adolescentes e suspense. Seguimos os passos de Tree, desesperada a tentar evitar vezes e vezes sem conta o seu destino trágico. Será que vai conseguir e quebrar este loop constante? Ou vai continuar sempre a viver o mesmo dia repetidamente?

Recentemente já tinha comentado noutra publicação, outro caso de repetição do mesmo dia, até que a morte seja evitada. Estou a falar da série da Netflix “Boneca Russa”. “Feliz Dia para Morrer” segue a mesma premissa, mas abordada doutra maneira. Aqui seguimos uma jovem que apenas tem de evitar a sua própria morte no dia do aniversário e isto tudo sem conhecer o seu assassino. O progresso do filme não é aborrecido, mas por outro lado não sentimos uma conexão forte com a protagonista. A sua história não causa impacto e na verdade até a achei egocêntrica e estúpida. Não admira que consiga muitos inimigos e suspeitos para o crime. Tree, interpretada pela atriz Jessica Rothe, não é do mais amigável e simpática possível.

As personagens secundárias também não são memoráveis. Temos Carter (Israel Broussard) que apoiou Tree em muitas situações, mas a sua presença foi o mais cliché possível. Aliás nem foi explicado o que se passou na noite anterior a Tree acordar na cama de Carter. Como lá chegou? O mesmo abordo o passado de Tree e do seu relacionamento com o pai no aniversário da mãe. Esse tipo de conteúdo era necessário para uma construção mais plausível da protagonista.

O suspense presente no filme é real e ficamos em expectativa para conhecer a identidade do assassino. Este filme apresenta também alguns twists, típico deste género de filme e tal é um factor positivo. A impressibilidade dos acontecimentos é o que torna este filme de consumo mediano. “Feliz Dia para Morrer” já tem sequela e que faz mesmo lembrar a saga “Gritos”. O blogue atribui 3 estrelas em 5.

Rating: 3 out of 5.

Hereditary

Quando Ellen, a matriarca da família Graham, morre, a família da sua filha começa a desvendar segredos enigmáticos e aterradores. Quanto mais descobrem, mais se veem emaranhados no destino que herdaram. Uma tragédia familiar torna-se assim em algo sinistro e profundamente desconcertante.

Três bloggers, uma festa do pijama e um filme de terror para assistir, Beautiful Dreams, More Than Entertainment e Tagarela Geek, juntaram-se numa noite cheia de terror e mistério, repleta de doçuras para acompanhar e vamos agora partilhar neste artigo a nossa opinião do filme escolhido para essa sessão, Hereditary.

Sinopse


Gênero: Terror, Mistério
Realização: Ari Aster
Argumento: Ari Aster
Elenco: Toni Collette, Milly Shapiro, Gabriel Byrne…
Duração: 2h 07m

Quando Ellen, a matriarca da família Graham, morre, a família da sua filha começa a desvendar segredos enigmáticos e aterradores. Quanto mais descobrem, mais se veem emaranhados no destino que herdaram. Uma tragédia familiar torna-se assim em algo sinistro e profundamente desconcertante.

Realização


Hereditary” é o primeiro filme de Ari Aster, que até agora tinha realizado curtas-metragens. E, não se saiu nada mal. Aliás, superou as expectativas, na realização e no argumento.

O início do filme foca-se na morte da matriarca e as suas repercussões em cada membro da família. Contudo, depressa percebemos que existe um passado familiar obscuro. Uma maldição que vai sendo descoberta aos poucos e lentamente à medida que a narrativa avança. O argumento vai deixando pistas para a resolução do mistério, e quando pensamos que vai acontecer algo, acontece algo completamente diferente. O filme vai-nos surpreendendo e, claro, assustando. Mas, sempre no momento certo e de uma maneira arrepiante que nos dá vontade de fechar os olhos. E, isso é sempre um bom indicativo de que é um bom filme de terror.

Ari Aster apresenta uma perspectiva ousada de acontecimentos, não só na escrita do argumento, mas também com uma edição e montagem que ajudam ao ambiente tenso do filme. Relembro uma cena que também é apresentada no trailer em que a câmara desce sete palmos de terra enquanto segue o caixão a entrar na terra. Uma sequência que nos dá calafrios só de pensar.

Toni Collette tem uma interpretação fantástica, passando por vários estágios: raiva, medo, luto… Mas, também Alex Wolff, que passa de adolescente rebelde, a criança assustada para o final do filme. O elenco conseguiu suportar bem o impacto emocional presente neste filme. Acredito que não tenha sido fácil digerir várias das cenas filmadas.

Opiniões


É um filme bastante intenso, recheado de mistérios que vão sendo desvendados em cenas muito bem realizadas, com atenção a todos os pormenores, levando-nos assim a sentir aqueles arrepios à medida que as coisas vão ficando mais intensas, quase como se estivéssemos lá a acompanhar tudo na primeira pessoa.

A narrativa bem construída, conseguiu captar a atenção. A curiosidade adensa à medida que o filme avança e só queremos compreender o que vai acontecer aquela família. Os planos escuras tornam a visão dos acontecimentos mais tenebrosa o que ajuda a criar o clima necessário a este género de filmes. Uma vibe negativa deambula durante todo o filme e isso reflecte-se nas cenas retratadas. A própria banda sonora é pesada e ajuda também no ambiente.

Há bastantes anos que não havia um bom filme de terror tão bom como este.

O filme escolhido foi definitivamente uma boa escolha, porque atingiu e excedeu as nossas expectativas, queríamos um filme de terror e foi isso que tivemos, com direito a várias cenas assustadoras proporcionando assim aqueles tapar os olhos em antecipação e espreitar por entre os dedos levando assim um valente susto.

Ainda bem que o vimos acompanhadas e mesmo assim, tivemos de ver um filme de animação a seguir para animar e assim evitar uma noite repleta de pesadelos.

Espero que tenham gostado desta nossa análise conjunta do filme e que este seja o primeiro de muitos artigos feitos pelas três.

Classificação – 4

The Conjuring 2 – A Evocação

Ed e Lorraine Warren viajam até ao Norte de Inglaterra para ajudarem uma mãe solteira de 4 crianças, sozinha numa casa assombrada.

Título: The Conjuring 2
Ano: 2016
Realização: James Wan
Interpretes: Vera Farmiga, Patrick Wilson, Madison Wolfe…
Sinopse: Ed e Lorraine Warren viajam até ao Norte de Inglaterra para ajudarem uma mãe solteira de 4 crianças, sozinha numa casa assombrada.

O que mais me assusta nos filmes de terror são os baseados em histórias verídicas. “Conjuring” tem essas cartas na mão. Baseado na vida do casal Ed & Lorraine Warren investigadores de histórias de assombração. Este é mais um dos seus casos, considerado como o Amityville londrino. Tal como o primeiro filme, este aborda temas de arrepiar. Seja freiras com cara desfigurada, crianças possuídas, casas assombradas, objetos a mexerem-se sozinhos e visões de morte. A narrativa é ligeiramente mais lenta do que o primeiro filme. Desta vez o casal terá de provar a veracidade do caso à igreja. Tarefa que não será fácil, porque a assombração consegue estar um passo sempre à frente.

Como seria de esperar esta obra cinematográfica mantém alguns momentos de suspense, típico dos filmes de terror, mas nada por aí além. Contudo o que mais assusta é a cara de medo da freira. Quanto ao argumento foi conscientemente escrito com vários momentos pausados, mas foi isso que tornou o filme mais realista. Salvo os atores Vera Farmiga, Patrick Wilson, o elenco não é reconhecido. No entanto os holofotes estão apontados para a jovem Madison Wolfe. Destaca-se pela sua polivalência em mudança súbita de personalidade. A narrativa intensifica-se no avançar do filme, no entanto o final desapontou-me. Previsível  e apressado, não foi o suficiente para o seu estado positivo. “The Conjuring 2”, tal como o primeiro é dos filmes de terror mais reais do cinema o que nos faz arrepiar um bocadinho mais só por isso. O blogue atribui 3,5 estrelas em 5.

Rating: 3 out of 5.