Crítica: Os Aeronautas

A piloto Amelia Rennes e o cientista James Gaisher encontram-se numa descoberta incrível de sobrevivência e novas descobertas sobre o balão de ar quente.

Título: The Aeronauts
Ano: 2019
Realização: Tom Harper
Interpretes:  Felicity Jones, Eddie Redmayne, Himesh Pate…
Sinopse: A piloto Amelia Rennes e o cientista James Gaisher encontram-se numa descoberta incrível de sobrevivência e novas descobertas sobre o balão de ar quente.

Os atores Felicity Jones e Eddie Redmayne voltam a juntar-se como protagonistas para mais um filme. Depois de “A Teoria de Tudo” interpretam outra história baseada em factos verídicos. A personagem de Felicity Jones, Amelia Wren é uma personagem fictícia, mas que serviu de inspiração para os tempos atuais. Além disso apresenta no geral uma minoria na época, quando surgiram as primeiras mulheres balonistas profissionais que também foram importantes para a História. Eddie Redmayne interpreta James Glaisher e esta é a sua aventura sobre a sua descoberta para o futuro do estudo da meteorologia.

Em 1862, em Londres, um casal de profissionais: um cientista e uma piloto de balões, decidem bater o record de 7 kms de altitude a voar num balão de ar quente. Com esta viagem vão ultrapassar os limites, numa difícil jornada e cheia de obstáculos naturais que não serão fáceis de contornar.

You don’t change the world simply by looking at it, you change it through the way you choose to live in it.

Amelia Wren

O filme é curto e apenas aborda a história do tempo dos protagonistas no caminho da sua jornada. Apesar de pequenos flashbacks compreendemos como se conheceram e quais as suas intenções naquela viagem. Contudo esperava conhecer um pouco mais. Para criar mais drama houve uma série de situações muito ilusórias à realidade, mas que serviu como impulso para criar mais ação durante o filme e por tal atribuir mais emoção à narrativa. O realizador Tom Harper mantém-se firme e não arrisca durante este filme. Concluindo “Os Aeronautas” é um filme mediano que merecia mais pela escolha do elenco.

Rating: 3 out of 5.

Crítica: Inferno

Quando Robert acorda num hospital em Itália com amnésia, ele junta-se à Doutora Sienna Brooks e juntos tem que salvar a Humanidade contra uma ameça global contra o relógio.

Título: Inferno
Ano: 2016
Realização: Ron Howard
Interpretes:  Tom Hanks, Felicity Jones, Irrfan Khan…
Sinopse: Quando Robert acorda num hospital em Itália com amnésia, ele junta-se à Doutora Sienna Brooks e juntos tem que salvar a Humanidade contra uma ameça global contra o relógio.

Baseado no livro do escritor de sucesso Dan Brown, chega-nos “Inferno” o terceiro da saga com Robert Langdon (Tom Hanks) no papel principal. O requisitado simbolista acorda sem memória num hospital em Itália, sem ideia de como ali foi parar. A médica Sienna Brooks (Felicity Jone) trata do seu caso, até serem atacados por assassinos. Só resta uma solução, fugir. Ainda confuso Robert é confrontado por fragmentos perdidos da sua memória e se querer está “preso” em mais um caso que remota à história, desta vez a ligado a Dante e à sua visão do Inferno. Tal como os filmes antecessores, este trama também evoca os autores dos clássicos. A História está muito presente neste filme, o que garantir um nível intelectual delicado e entusiasmante. Langdon mantém um conhecimento vasto sobre tudo dedicado à arte. O mesmo acontece com o escritor, Dan Brown que mostrou muita pesquisa de campo, tal como acontece em livros como “O Código da Vinci” e “Anjos e Demónios“. A dupla Ron Howard e Tom Hanks também parece funcionar bem, sem distracções, mantém uma postura fixa relativamente ao filme. O elenco secundário também está bem composto por Felicity Jones, que desta vez é a sidekick de Langdon, Ben Foster e Sidse Babett Knudsen (Borgen).

O trama é motivante e consegue captar e manter a atenção do espectador durante o filme. Existe algumas surpresas, um twist principal que vai abalar o conteúdo. Apesar de até ser interessante, “Inferno” não conquistou o impacto que pretendia. Algumas cenas confusas e pouco satisfatórias interferem com o seu sucesso. Contudo para quem gosta de História, este filme não deixa de ser um bom entretenimento. Mergulhamos no passado com o propósito de compreendermos melhor o presente e não há ninguém melhor do que Langdon para esta missão. O blog atribui 3,5 estrelas em 5.

Rating: 3 out of 5.

Crítica: Loucamente Apaixonados

Uma estudante britânica apaixona-se pelo seu colega americano, apenas separam-se quando ela é banida dos E.U.A., após ultrapassar o prazo do Visa

Título: Like Crazy
Ano: 2011
Realização:  Drake Doremus
Interpretes:  Felicity Jones, Anton Yelchin, Jennifer Lawrence…
Sinopse: Uma estudante britânica apaixona-se pelo seu colega americano, apenas separam-se quando ela é banida dos E.U.A., após ultrapassar o prazo do Visa.

Amor jovem no seu estado mais verdadeiro e puro. Tudo é possível quando estamos apaixonados, desatentos e desorientados não encaramos bem as responsabilidades. Foi o que aconteceu com Jacob (Anton Yelchin) e Anna, dois estudantes que pensavam na vida como um conto de fadas. Apaixonaram-se na faculdade, ela era estudante britânica nos Estados Unidos da América e ele seu colega de turma. Vivem um romance fugaz. No final do curso, no verão  ela tem de voltar para a sua terra natal. Mas o amor é mais forte entre os dois e Anna (Felicity Jones) deixa expirar o seu VISA. Mais tarde terão de sofrer com as consequências, ela não pode entrar em terreno americano. Separados, tentam viver as suas vidas normalmente, mas não há amor como o primeiro. Vivem como se lhes faltasse algo. Como se não conseguissem respirar quando estão afastados. Seguem as suas carreiras. Ele visita-lhe a Londres, mas a vida acontece. Já não se conhecem, não verdadeiramente como se conheciam na faculdade. A família, e amigos são estranhos e não se encaixam na vida um do outro. Quando finalmente tem a possibilidade de viverem juntos, são adultos e o amor já não é igual, está desgastado e complexo.

Anton Yelchin, ator russo, faleceu infelizmente em 2016, com 27 anos. Mas neste filme mostrou todo o seu potencial. Podia ter ido longe. Ao lado de Felicity Jones, tem química juntos. Um dos casais mais apaixonados do cinema. As melhores cenas desta obra cinematográfica, é mesmo quando aparecem estes atores unidos. Este filme podia ter tido um final feliz, não, merecia ter um final feliz. Não o teve. Mas captou toda a realidade, debaixo do chuveiro apenas as boas memórias ficam de um futuro ainda incerto. Apesar de feliz, foi triste e insatisfeito o desfecho. Queria mesmo pintar uma história alegre para este casal, que me fez apaixonar só com o trailer “I can’t help falling in love with you“. O blogue atribui 3,5 estrelas em 5.

Rating: 3 out of 5.

Os melhores e os piores vestidos dos Golden Globes 2017

Crítica: Rogue One – Uma História de Star Wars

A Aliança Rebelde realiza um movimento arriscado de roubar os planos de destruição da Estrela da Morte. Este é o mote para a saga que todos nós conhecemos.


Título: Rogue One
Ano: 2016
Realização: Gareth Edwards
Interpretes: Felicity Jones, Diego Luna, Alan Tudyk…
Sinopse: A Aliança Rebelde realiza um movimento arriscado de roubar os planos de destruição da Estrela da Morte. Este é o mote para a saga que todos nós conhecemos.

A epopeia de Star Wars continua este ano com mais um filme. Não é uma continuação, nem uma sequela é uma história à parte que se passa entre o Episódio III e IV. Um filme realizado para ser mais comercial, mas com um tom mais negro do que o seus antecessores sobre importantes factos que precederam aos desenvolvimentos dos filmes que já conhecemos. Com novas personagens, temos Jyn Erso (Felicity Jones) e Cassian Andor (Diego Luna) que tem uma missão conseguirem roubar os planos de destruição da “Death Star” ao Império. Mote que serve de início ao episódio IV da saga Star Wars quando a Princesa Leia entrega a mensagem a Obi Wan Kenobi.

Esta não é uma história de heróis, mas retrata com clareza a valentia e a coragem dos protagonistas. Motivados por uma missão aparentemente impossível, mas necessária para o triunfo dos rebeldes e a harmonia na galáxia. “Hope” é a palavra que mais se destaca nesta obra cinematográfica, pois concentra tudo aquilo porque ainda existe força para continuarem a lutar. Não existem caminhos fáceis, apenas ambição em acreditar que o lado negro tenha os seus dias contados. Este foi um presente de Natal da Disney para os fãs de Star Wars.

A primeira parte de “Rogue One” avançou lentamente e quase sem expectativas futuras. Apresentado personagens sem carisma e falta de cativação. Factor positivo apenas considerei Chirrut Îmwe interpretado por Donnie Yen que conseguiu juntar de forma coerente as artes marciais à ficção científica. Já a segunda parte é quase como se estivesses a ver um filme totalmente diferente. Existe ação, guerra, explosões, personagens mais maduras, situações emocionantes e…o Darth Vader. Um dos momentos mais esperados foi provavelmente a cena em que o vilão aparece. Não decepciona, mesmo quando oferece luta com o seu sabre de luz. Além disso podemos contar com algumas surpresas para os amantes destes filmes, com referências ao que já conhecemos. “Rogue One” consegue ser uma obra bem elaborada sobre uma guerra que não era conhecida até ao momento, mas que merecia ser contada. O melhor do filme está na abordagem adulta, mais dark e sem hesitações em mostrar que nem sempre os bons escapam ao sacrifício para o bem maior. No entanto nem tudo é pesado, a personagem K-2SO proporcionou os momentos mais divertidos da película. A fotografia do filme e a escolha do elenco também estava em força, mantendo o filme num bom nível. O blogue atribui 4 estrelas em 5.

Rating: 3 out of 5.

Crítica: A Teoria de Tudo

Em 1963, enquanto estudante de cosmologia na conceituada Universidade de Cambridge, no Reino Unido, Stephen consegue grandes avanços e está determinado a encontrar uma “simples, eloquente explicação” para o Universo. O seu mundo expande-se quando se apaixona por Jane Wilde, uma estudante de artes, também em Cambridge. Mas, aos 21 anos, este jovem saudável e ativo recebe um diagnóstico que vai abalar a sua vida: a degeneração dos neurónios motores vai atacar os seus membros e as suas capacidades, deixando-o com limitações de fala e movimento e terminando com a sua vida em dois anos

A Teoria de Tudo (The Theory of Everything) é um filme de 2014, realizado por James Marsh, com as participações de Charlie Cox, David Thewlis, Eddie Redmayne, Emily Watson, Felicity Jones nos principais papéis. Sinopse: Em 1963, enquanto estudante de cosmologia na conceituada Universidade de Cambridge, no Reino Unido, Stephen consegue grandes avanços e está determinado a encontrar uma “simples, eloquente explicação” para o Universo. O seu mundo expande-se quando se apaixona por Jane Wilde, uma estudante de artes, também em Cambridge. Mas, aos 21 anos, este jovem saudável e ativo recebe um diagnóstico que vai abalar a sua vida: a degeneração dos neurónios motores vai atacar os seus membros e as suas capacidades, deixando-o com limitações de fala e movimento e terminando com a sua vida em dois anos. (Fonte: Sapo Cinema).

Vou começar esta crítica a felicitar o ator Eddie Redmayne pelo seu brilhante desempenho como Stephen Hawking, que lhe valeu o Oscar de Melhor Ator pela Academia, e muito bem merecido. Foram longos os meses de pesquisa sobre o homem e sobre a doença Esclerose Lateral Amiotrófica. Mas todo o trabalho acabou por ser recompensado. Adaptado do livro “Amor Infinito” de Jane Hawnking, ex-mulher de Stephen, chega-nos uma história verdadeira sobre o seu ponto de vista na relação de ambos. Neste filme dramático acompanhamos Jane e Stephen desde o momento em que se conheceram, numa festa em Cambridge, até ao momento em que se separaram em 1995. Não só os momentos fáceis da relação mas os mais díficeis, Stephen foi diagnosticado com a doença ainda muito novo, com apenas 21 anos, estava a terminar o Doutoramento em Astronomia. Deram-lhe apenas 2 anos de vida, mas casou, ainda teve três filhos e ainda continua no ativo. Neste filme tocante e inspirador toca no sentimento pois não só compreendemos as dificuldades da doença, mas também a luta que Jane teve de ter para cuidar de Stephen, educar três filhos e deixar os seus estudos para trás.

Esta não é apenas uma história de uma pessoa, mas sim de duas, além de Eddie como protagonista temos a amável Felicity Jones nos principais papéis, e também nomeada para o Oscar de Melhor atriz. Estiveram os dois bastante bem. E até elogiados pelos originais Jane e Stepehn. Teoria de Tudo aborda como o relacionamento amoroso sobreviveu às complicações que a doença do físico trouxe. Mas a sua fama é caracterizada por ser das mentes mais brilhantes da Humanidade, do qual escreveu o livro “Uma breve história do tempo“. Este é um retrato intimista e pessoal das dificuldades como casal, longe do género viveram felizes para sempre, é uma história real, com pessoas verdadeiras. É um filme bonito de esperança e de termos coragem para “agarrarmos” àquilo em que acreditamos e não desistirmos. “When there is life there is hope” esta frase dita no filme que representa toda a sua beleza e significado. Esta história tocou-me mesmo, pois por muito que a vida seja complicada, existe sempre a esperança de melhorar. E melhorou. O blog atribui 4 estrelas em 5. 

Rating: 3 out of 5.