Crítica: Dunquerque

Os soldados aliados da Bélgica, soldados ingleses e franceses estão rodeados pelo exercito alemão e evacuados depois de uma feroz batalha na 2ª Guerra Mundial

Título: Dunkirk
Ano: 2017
Realização: Christopher Nolan
Interpretes: Fionn Whitehead, Barry Keoghan, Mark Rylance…
Sinopse: Os soldados aliados da Bélgica, soldados ingleses e franceses estão rodeados pelo exercito alemão e evacuados depois de uma feroz batalha na 2ª Guerra Mundial.

O mastermind Christopher Nolan surpreende sempre em cada filme. As suas obras cinematográficas são sempre realizadas com precaução e cuidado de uma mestria única e inigualável. Os seus filmes sempre com narrativas inteligentes, mas confusas à primeira vista, tornam neste realizador num dos melhores em Hollywood. “Dunkirk” parece mais um filme convencional sobre guerra, que capta uma história linear, mas com Nolan nada é normal. De facto aconteceu em Dunkirk um grupo de 400 mil soldados ingleses e franceses, presos na praia sem conseguirem voltar para casa. Mas o realizador consegue dar a volta à situação e somos invadidos com  momentos do passado e presente até ao final conclusivo da narrativa.

Neste filme Christopher Nolan filma de uma forma genial, apelando aos três sentidos: terra, ar e água. Em cada abordagem somos confrontados com formas de salvação possível daqueles homens em plena Guerra Mundial. Com um leque vasto de atores ainda jovens e pouco reconhecidos, mas que conseguem segurar o barco da representação.

A cinematografia de Nolan já todos conhecemos como espectacular, mas neste filme a banda sonora também se destaca. Hans Zimmer foi escolhido para essa responsabilidade e muito bem entregue. A sua mistura de som é genial e como espectadores conseguimos sofrer um impacto maior às sequências do filme. “Dunkirk” apresenta poucos diálogos, mas concentra-se mais no campo visual. O difícil momento vivido pelas personagens é evidenciado com expressões e ações que fazem toda a diferença. A única desvantagem neste filme histórico é mesmo o pouco desenvolvido dos protagonistas. Com o avançar do filme, ficamos a conhecer muito pouco sobre estas personagens. “Dunkirk” é um forte candidato aos Óscares. O blogue atribui 4 estrelas em 5.

Rating: 4 out of 5.
Ouça o nosso podcast onde falamos um pouco sobre o realizador Christopher Nolan.

Os melhores filmes de 2017

Com um ano a terminar fazemos uma retrospectiva do que melhor aconteceu no cinema. Desta vez apresento os melhores filmes relativamente ao seu género cinematográfico. Vamos à lista.

It

Terror

Um agradável surpresa nesta categoria. Baseado na obra literária de Stephen King, “It” retrata a busca do palhaço assassino para novas vítimas, o seu alvo favorito, as crianças. Numa cidade onde os adultos são personagens de fachada, cabe aos mais novos a dura missão de derrotar Pennywise. Um argumento bem escrito e personagens carismáticas, completam os ingredientes de uma mistura interessante.

Mulher-Maravilha

Fantasia

Criado num mundo de fantasia, não imaginava ser possível criar um filme sobre a Mulher Maravilha personagem criada pela DC. Gal Gadot consegue ter um desempenho fenomenal de uma forte guerreira que tenta viver num mundo de humanos. As filmagens conduzidas por Patty Jenkins são belas e enriquecidas com cenas de ação bem compostas utilizando q.b. os efeitos visuais. Este foi o filme de super-heróis que mais me surpreendeu este ano, ao lado de “Logan“.

Coco

Animação

A Disney e Pixar nunca desiludem e ultimamente cada filme é melhor do que outro. “Coco” é um filme que esclarece os valores da família e a importância  de conhecermos as nossas raízes. Música e muita cor são elementos essenciais neste filme que captam a atenção do espectador desde o primeiro momento, com uma história que aquece o coração e uma animação surpreendente.

The Shape of Water

Drama

Guillermo del Toro volta à realização. Novamente com as suas criações originais e histórias de fantasia. Em plena Guerra Fria, Elisa é uma seladora muda que trabalha num laboratório onde um homem anfíbio está mantido em cativeiro. Quando Elisa se apaixona pela criatura, elabora um plano para conseguir resgata-lo. Um drama entre duas pessoas solitárias que finalmente se juntam.

Logan

Ação

Nunca um filme de super-heróis foi tão humano e cru ao mesmo tempo. “Logan” é um choque frontal de brutalidade. Nem sempre existe finais felizes na fantasia. Hugh Jackman e Patrick Stewart são uma dupla fenomenal que confrontam pacificamente os finais das suas personagens em X-Men. As cenas de ação consegue ser duramente reais e conseguem ultrapassar a barreira do fantástico.

Get Out

Tríler

Um filme surpreender que nos faz colar à cadeira do princípio ao fim. Até pestanejar vai ser impossível. “Get out” uma obra cinematográfica de suspense máximo. Ficamos sem perceber o que se passa, mas para tudo existe uma explicação. Este filme mostra o brilhantismo de Jordan Peele na realização e argumento, com o fantástico desempenho de Daniel Kaluuya.

Lady Bird

Comédia

Realizado e criado por Gerta Gerwing, “Lady Bird” conta a história de uma rapariga de 17 anos muito elaborada para o seu tempo e localidade. Saoirse Ronan volta a surpreender com outro desempenho inesquecível. A comédia presente na narrativa é completada com uma quantidade certa de humor negro que consegue dar um novo alento à obra cinematográfica. Dos pontos mais altos do cinema de 2017.

Blade Runner 2047

Fição Científica

A continuação do sucesso dos anos 80 volta 35 anos depois do original. “Blade Runner 2047” segue a temática sobre a consciência na máquina. Esta obra cinematográfica tornou-se numa surpresa agradável. A cinematografia, a representação, a realização, a banda sonora e a narrativa conjugam-se perfeitamente num mix completo e interessante. Quem não viu tem de ver esta obra-prima.

Dunkirk

Histórico

Christopher Nolan é soberbo em tudo o que faz. Para este ano reservou-nos um filme baseado em factos verídicos. Quando quase quatrocentos soldados aliados ficaram cercados pelas tropas alemãs em Dunkirk na França. Um filme estruturalmente pensado como evocação aos elementos (água, terra e ar) utiliza o mínimo de falas possível. O que se tornou em algo original, também foi indicada como uma das falhas no filme. Contudo a fotografia, banda sonora, e  argumento estão excelentes.

Chama-me pelo teu nome

Romance

Um filme suave sobre um romance de verão. Elio pretende um verão calmo na casa dos pais, com a bela paisagem italiana, mas tudo muda quando Oliver, um americano chega para ajudar na pesquisa do seu pai. A relação entre ambos vai crescendo e percebem que tem mais em comum do que aparentam apesar do primeira má impressão. Escolhi-o para esta categoria, porque a história é cativante sobre um romance noutra perspectiva.

 

Na vossa opinião qual foi o melhor filme do ano?