Crítica: Mulan (2020)

Uma jovem rapariga chinesa, disfarça-se de soldado de forma a conseguir poupar o seu pai dos horrores da guerra.

Título: Mulan
Ano: 2020
Realização: Niki Caro
Interpretes: Yifei Liu, Donnie Yen, Li Gong…
Sinopse: Uma jovem rapariga chinesa, disfarça-se de soldado de forma a conseguir poupar o seu pai dos horrores da guerra.

A Disney volta a insistir nos seus live-action. No entanto para “Mulan” esperava-se um filme grandioso e um sucesso de bilheteira, afinal estávamos a refazer um dos filmes de animação mais conhecidos sobre o empowerment feminino. A história da lenda da jovem guerreira que desafiou a tradição chinesa e disfarçou-se de soldado para ajudar a família, arriscando a sua vida na guerra. Não foi só por causa do covid que o filme não teve o mesmo impacto que merecia, problemas com a produção e divergências com os atores, dificultou o arranque antecipado do filme. Mas já era uma premonição para o que aí vinha.

A magia de todo o filme de animação é sobre a coragem de uma jovem que estava destinada apenas para casar que desafiou tudo e todos para um bem maior. A sua força e determinação, fizeram com que lutasse duro para chegar onde chegou. No live-action não perderam muito tempo com essa procura de força, Mulan já nasce especial e com alma de guerreira. O filme desenvolve-se muito sem carisma e muito linear, compensando apenas nas cenas de ação que são fantásticas. A realização deste género de filme, faz muito lembrar as obras cinematográficas chinesas onde as artes marciais são reis e rainhas. Não acho mal tal ter sido acrescentado ao filme, afinal estamos a falar de uma obra cultural sobre a história da China.

Muitas das referências mais esperadas deste filme da Disney que nos motivou me crianças, não foram apresentadas. O esquecimento do carismático Mushu foi o mais sentido. A interação divertida com Mulan e os seus companheiros soldados também. E falta da cena em que se mascaram de concubinas também. A ideia do grande plano também foi dispensada. E muitos dos nomes alerados, o que ficou um pouco difícil descobrir quem era quem. A parte de fantasia também não me impressionou, na verdade achei uma vertente muito excessiva.

Concluindo este live-action não foi como as restantes adaptações da Disney, muito iguais ao original. Na verdade até se tornou muito insoso. Não gostei e esperava ver mais da minha heroína favorita da Disney, pois nem os atores estiveram bem, principalmente a protagonista que não convenceu. O blogue atribui 2,5 estrelas em 5.

Rating: 2.5 out of 5.

Crítica: O Farol

Dois faroleiros tentam manter a sua sanidade equilibrada enquanto trabalham num ilha deserta em New England nos anos 1890s.

Título: The Lighthouse
Ano: 2019
Realização:  Robert Eggers
Interpretes:  Robert Pattinson, Willem Dafoe, Valeriia Karaman…
Sinopse: Dois faroleiros tentam manter a sua sanidade equilibrada enquanto trabalham num ilha deserta em New England nos anos 1890s.

Logo quando estreou, “O Farol” esperava-se um maior reconhecimento. Afinal tínhamos uma realização completamente a preto e branco por Robert Eggers e atores fantásticos como Willem Dafoe e o homem do ano, Robert Pattinson. Contudo passou ao lado das nomeações aos Óscares em 2019, mas não só por isso deve ser deixado de lado. Este filme não é para todos e como tal ou se ama ou odeia. “O Farol” aborda de forma incoerente e rebelde o estado mental de dois faroleiros que vigiam um farol em New England nos anos 1890. O noir apresentado durante as duas horas de filme e os diálogos loucos e muito sinistros completam esta obra cinematográfica com um toque negro de Hollywood.

Na verdade, precisamos de estar muito atentos a todo este panorama aterrador. Este filme desde o início até ao fim apresenta inúmeras referências onde não sabemos o que é realidade e imaginação que está presente na mente conflituosa e muito transtornada destas duas personagens. A forma como estes dois comunicam é o mais apreciativo durante este filme. Quem é inocente? A personalidade e passado de cada um é vagamente revelado e não é o mais fácil de aceitar, mesmo após uma noite de bebedeira.

Concluindo este é um filme que mexe com a nossa mente e concentração e sentimos-nos claustrofóbicos naquela ilha. Este é um filme um pouco difícil de sustentar, mas a realização e o atores fizeram um excelente trabalho. O blogue atribui 3,5 estrelas em 5.

Rating: 3.5 out of 5.

Crítica: Armados em Espiões

Quando o melhor espião do mundo se torna num pombo, ele deve confiar no nerd e seu parceiro entendedor de tecnologia, se quiser salvar o mundo.

Título: Spies in Disguise 
Ano: 2019
Realização:  Nick Bruno, Troy Quane
Interpretes: Will Smith, Tom Holland…
Sinopse: Quando o melhor espião do mundo se torna num pombo, ele deve confiar no nerd e seu parceiro entendedor de tecnologia, se quiser salvar o mundo.

“Armados em Espiões” não teve a publicidade que merecia, mas consegue ser um filme de animação bastante divertido e com excelentes atores nos papéis principais. Conhecemos o melhor espião do mundo, que trabalha sempre sozinho. Atua por vontade própria e não segue muito bem as regras. Este é o melhor espião da agência e é considerado como uma vedeta do espaço. Contudo tudo muda quando acidentalmente é transformado num pombo e por isso terá de se juntar ao especialista em tecnologia e gadgets da agência, se quiser sobreviver e salvar o mundo. Uma dupla improvável de super heróis que tem todos os ingredientes para tudo correr mal.

Este filme de animação junta as vozes de Tom Holland e Will Smith nos principais papéis e já por isso inicia um bom ambiente e a formula para tudo correr bem. As peripécias apresentas no filme são divertidas, vibrantes, com muita ação e sempre com um forte companheirismo muito presente em toda a história.

Spies in Disguise” tornou-se numa surpresa descontraída e diferente das ofertas de filmes de animação por aí presentes. Por isso este é um bom filme para toda a família que nos vai fazer rir em alguns momentos. O blogue atribui 3,5 estrelas em 5.

Rating: 3.5 out of 5.

Crítica: Festival Eurovisão da Canção – A História dos Fire Saga

Quando os aspirantes de música, Lars e Sigrit é-lhes oferecida a oportunidade de representarem o seu país no Festival Europeu da Canção, o seu sonho está cada vez mais próximo de se concretizar.

Título: Eurovision Song Contest: The Story of Fire Saga
Ano: 2020
Realização: David Dobkin
Interpretes:  Will Ferrell, Rachel McAdams, Dan Stevens…
Sinopse: Quando os aspirantes de música, Lars e Sigrit é-lhes oferecida a oportunidade de representarem o seu país no Festival Europeu da Canção, o seu sonho está cada vez mais próximo de se concretizar.

Quem pensaria em criar um filme sobre um dos festivais de música mais antigos e mais conhecidos da Europa? Will Ferrel pensou nisso e lançou esta ideia (que parecia bem abstracta) à Netflix. A verdade é que “Festival Eurovisão da Canção – A História dos Fire Saga” tornou-se num filme até bastante engraçado, motivador e até aceitável. A dupla Will Ferrell e Rachel McAdams interagem de forma positiva neste filme e formam um grupo de protagonistas cativantes e conseguem levar o filme para à frente. Mais para a frente junta-se o ator Dan Stevens que promove um carisma e energia revitalizante e ainda muito divertida para o desenvolvimento do filme.

Esta é uma comédia bem conseguida que nos faz soltar algumas boas gargalhadas e que nos abala com um toque de nostalgia com as várias músicas que fizeram parte do festival da canção. Quanto a Portugal está muito bem representado com a presença de Salvador Sobral a interpretar a música “Amar pelos Dois” que nos valeu vencer o Festival da Eurovisão em 2017. A música neste filme tem um grande impacto. Além de Salvador Sobral, outros músicos que marcaram presença no Festival da Canção e que venceram pelos seus país, também foram convidados a prestar uma homenagem à música. As canções originais são bem criativas e emocionantes, mesmo focando-se no país de eleição, a Islândia. Principalmente a última música que atribui o toque final.

Concluindo este filme é um sátira bem divertida ao Festival e a tudo a que acarreta, mas que até consegue satisfazer e nos leva para um novo mundo musical. “Eurovisão da Canção – A História dos Fire Saga” é um filme bastante divertido que nos faz passar um bom tempo. O blogue atribui 3 estrelas em 5.

Rating: 3 out of 5.

Crítica: Shazam!

Um jovem rapaz acolhido numa casa para crianças adoptadas, procura a sua mãe biológica. Em vez disso, descobre um mago que lhe oferece os seus super-poderes e o torna num super-herói.

Título: Shazam! 
Ano: 2019
Realização: David F. Sandberg
Interpretes:  Zachary Levi, Mark Strong, Asher Angel…
Sinopse: Um jovem rapaz acolhido numa casa para crianças adoptadas, procura a sua mãe biológica. Em vez disso, descobre um mago que lhe oferece os seus super-poderes e o torna num super-herói.

Voltamos à banda desenhada, onde a DC mantém uma concorrência forte com a Marvel. Mas tenho de admitir que a Marvel colocou-se num pedestal difícil de lá chegar. A DC ainda tem um longo caminho, mas ainda nos oferece excelentes filmes de entretenimento. Aconteceu com Shazam! que finalmente mereceu um filme a solo. Com o ator Zachary Levi no protagonismo, temos um filme divertido e fácil de assistir, que mesmo por ser previsível, satisfaz dentro do género e juntou-se ao já estreados Superman e Batman, criando uma história só sua, mas com margem para continuar.

Conhecemos as origens deste super-herói, um miúdo aparentemente normal, sem família que recebe poderes mágicos do dia para a noite. Ao dizer as palavras mágicas torna-se numa adulto com poderes como a super-força, velocidade, voo, e raios. Para um miúdo de 15 anos é muito para processar e no início utiliza os seus benefícios para proveito próprio. Mas conforme a sua maturidade aumenta e o aparecimento de um super-vilão surge, Shazam terá de provar que o grande poder também cede a uma grande responsabilidade.

Dos melhores filmes live-action da DC sem dúvida, ultrapassando a Liga da Justiça, Suicide Squad e Batman V Superman. Neste momento apenas apresenta-se em pé de igualdade com a Wonder Woman. Shazam apresenta um ambiente mais descontraído e bem mais colorido, comparando com os seus antecessores. O que favorece na apresentação do filme.

Concluindo este é mais um filme de super-heróis que conhecemos as origens do super-herói Shazam, que apesar de ter um corpo de adulto, ainda é um pré-adolescente. Os efeitos especiais estão no top e são o que fazem a magia deste tipo de obras de fantasia. Fico a aguardar pelas próximas obras da continuação. O blogue atribui 4 estrelas em 5.

Rating: 4 out of 5.

The Spanish Princess

A chegada da princesa espanhola Catarina de Aragão à corte inglesa para se casar com Arthur, veio mudar a forma como pensavam a realeza britânica que se mantinha com cada vez mais inimigos e com os cofres vazios. Será que Catarina vai ser a salvação do país?

Temporada 1

Continuando a história dos Tudor deixada nas séries The White Queen e The White Princess, seguimos a chegada da mais recente The Spanish Princess. Catarina de Aragão e princesa espanhola está prometida a casar com Arthur, desde criança. Arthur é segundo a linhagem o próximo rei de Inglaterra. Filho de Elizabeth e Henrique VII. Comprometida com o seu destino Catarina anseia por finalmente conhecer o seu esposo. Numa longa viagem de semanas de Espanha a Inglaterra, Catarina conta com a companhia de duas aias e ainda de um exercito espanhol para a escoltar à corte. Além disso fazem parte do seu dote de princesa. Algo que os ingleses necessitam bastante: uma aliança com Espanha através do casamento para se tornarem fortes aos seus inimigos e dinheiro para encherem os cofres do país.

Catarina não tem uma personalidade fácil. Corre-lhe nas veias o sangue quente e latino e apesar da jovem idade, sabe bem qual é o seu objectivo e como cumpri-lo. Foi para isso que treinou toda a sua vida. Uma rapariga decidida, que tem resposta para os snobes da corte britânica e que vive com uma paixão forte dentro de si, de honrar o seu dever. Apesar da insegurança inicial, Catarina casa imediatamente com Arthur, mas os dois tem dificuldades de comunicação enormes. Gostos diferentes e culturas ainda mais diferentes, dificultam o relacionamento de ambos. Só passado um meses é que a desconfiança se torna algo mais, e quando começaram a finalmente cumprir os seus deveres de marido e mulher, uma terrível doença abalou o herdeiro ao trono. Arthur não sobrevive à doença e deixa passado uns Catarina viúva e desamparada num país estranho. Neste momento que Catarina começa a criar um novo plano para se tornar Rainha de Inglaterra, mas o seu amor por Harry, irmão de Arthur, aumenta e ambos decidem planear o futuro juntos. Contudo este não será um caminho fácil. Primeiro pela avó do príncipe, depois pelo pai que ainda mantém uma forte dor em luto pela mãe e depois a irmã de Catarina, Joana e Rainha de Espanha que não aceita pagar o seu dote. Mas o destino consegue sempre uma forma de os juntar. Nesta primeira temporada, conhecemos as dificuldades no amor de Catarina e Harry, enquanto ambos não chegam ao trono. Além disso seguimos outras histórias paralelas, que é o caso das aias da princesa que lutam para conseguir um lugar na corte, mas são abordadas por outros fortes sentimentos que não esperavam encontrar.

Esta é uma série histórica com qualidade Starz que já muito bem nos habituou a estes géneros. A segunda temporada já está em andamento e deverá focar-se nos próximos anos de Catherine e Harry juntos na corte. O resto da história já conhecemos, mas retratado pelo ficcionismo de Phillipa Gregory torna-se bem mais interessante. Por isso estou curiosa para ficar a conhecer.

Crítica: Eu Ainda Acredito

Uma história verdadeira da música cristã, interpretado por Jeremy Camp e a sua jornada de amor, e perda, numa prova onde a esperança ainda existe.

Título: I Still Believe
Ano: 2020
Realização: Irmãos Erwin
Interpretes:  K.J. Apa, Britt Robertson, Nathan Parsons…
Sinopse: Uma história verdadeira da música cristã, interpretado por Jeremy Camp e a sua jornada de amor, e perda, numa prova onde a esperança ainda existe.

Baseada numa pura história verídica, seguimos o passado de Jeremy Camp (K.J. Apa) um aspirante a cantor que seguia a mensagem de Deus nas letras das suas músicas. Jem quando começa o seu primeiro ano na faculdade, deixa para trás a sua família na área mais rural norte-americana e a sua paixão pela música , leva-o a um concerto de introdução aos caloiros. É nesse concerto que a sua vida muda e conhece, Melissa (Britt Robertson) uma jovem sonhadora que tem uma mão cheia de ambições. Inevitavelmente o romance começa a nascer, ambos partilham o mesmo gosto pela música e a fé em Deus e isso une-os. Apesar de um início de romance controverso, devido a opinião dos outros. Ambos sabem que estão destinados a ficarem juntos. Mas só quando chega a doença de Melissa, um cancro no estômago, que a união fica mais forte.

Este foi um processo longo e doloroso de luta, para Melissa se manter forte e saudável. Enquanto isso Jeremy fazia sucesso em rádios locais e alguns concertos que ia dando. Pedia a fé aos seus ouvintes e orações para curar Melissa. Apesar do estado avançado da doença e sem efeitos visíveis da quimioterapia, um milagre chegou. Ambos casaram-se e tentaram ser felizes com o tempo juntos que lhes restou. Mas o caminho era outro. Actualmente Jeremy Camp é um famoso cantor de rock cristão, a sua música “I Sitll Believe” conseguiu chegar o top norte-americano. Esta música foi escrita a explicar os problemas que enfrentou com a doença da sua esposa e mesmo o seu tempo de luto. Além disso conta a história de Melissa em todos os concertos, revelando que Deus nunca o abandonou, e mostrou o caminho para a verdadeira fé. Camp ajudou imensas pessoas a ultrapassar momentos difíceis.

Esta é uma história ternurenta, que nos faz acreditar em melhores dias. “Eu Ainda Acredito” reflecte o caminho complicado, com muitas barreiras, que é a vida mesmo assim, mas que no final não estamos sozinhos. Excelentes interpretações dos jovens atores que conseguem transmitir o forte drama que estas personagens estavam a viver. O blogue atribui 3,5 estrelas em 5.

Rating: 3.5 out of 5.

The Morning Show

Uma visão geral sobre um grupo de pessoas que ajuda a acordar os norte-americanos de manhã, num canal televisivo. Carregamos o quotidiano de um grupo de mulheres e homens nesta tarefa diária, após uma notícia polémica.

A tensão sufocante e competitiva numa estação de televisão

O lugar ao sol nem sempre é fácil de conseguir. Nesta série com produção da Apple TV seguimos a forte rivalidade de pivôs de um programa matinal. Além disso o mundo da estação de televisão é abalado, quando a estrela do canal, é acusado de assédio sexual no trabalho.

Tal criou um clima de insegurança e desconfiança no espaço. Com um elenco de luxo onde se destaca Jennifer Aniston, Steve Carrel e Reese Witherspoon nos principais papéis. O elenco é de peso e o argumento também. Tornado esta das séries recentes que mais vale a pena conhecer.

Esta primeira temporada de 10 episódios, começa com uma polémica notícia. Mitch (Steve Carrel) e Alex (Jennifer Aniston) era os sweethearts da América. O programa matinal deles que dava a conhecer as últimas notícias aos norte-americanos era dos programas mais rentáveis para o cana. Mesmo apesar das audiências estarem a descer. Contudo a dupla de apresentadores era muito querida pelo público. Uma manhã típica para ambos é acordar às 3 da manhã e começarem o programa às 6h. Logo no primeiro episódio são abordados com uma forte notícia, quando Mitch é acusado publicamente por abuso sexual e má conduta em local de trabalho. Proibido de voltar à estação, é Alex que terá de dar seguimento ao programa. Ainda em choque e a recuperar das notícias sobre o seu colega de mesa há 15 anos, a pivô lidera com precaução cada movimento seu.

Alex aproveita este momento para reivindicar aquilo que sempre que pertenceu a Mitch. Apesar de ainda estar desorientada, Alex deseja tornar-se a cara da estação e vai usar a corrente a seu favor. Mas numa forte disputa, arrasta Bradley (Reese Witherspoon) para o caos. Bradley era apenas uma entrevistada de Alex, após um vídeo seu tornar-se viral. Contudo Bradley tem toda a vivacidade para estar em pé de igualdade ao lado de Alex na condução do programa matinal. Mas a personalidade de Bradley não é de aceitar o seu papel de marioneta de programa, tem a sua própria opinião, desembaraço e apesar de não estar habituada às luzes da ribalta, tem um forte à vontade à frente das câmaras. Será Alex capaz de competir com isso?

A série aborda esta rivalidade num estação de televisão, os crimes sexuais que tem recebido mais notoriedade nos últimos tempos e ainda o preço da fama que pode custar a opinião do público e o afastamento da família e ainda as falsas amizades deste meio, onde é cada um por si. Com um argumento fantástico e com desempenhos ainda melhores, “The Morning Show” é um drama intrigante com atores que normalmente são conhecidos pela comédia, mas que conseguem destacar-se nestes papeis mais sérios. Todos se destacam à sua própria maneira. Esta foi uma série muito empolgante, diferente e que explora os bastidores dos programas de televisão de uma forma competitiva. Espera-se uma segunda temporada, pois ainda muito ficou em aberto e gostamos sempre de um bom reencontro de FRIENDS, é o caso de Jennifer Aniston e Reese Witherspoon. Das melhores séries do ano e que provavelmente vai conhecer alguns prémios.

Crítica: Bad Boys Para Sempre

Os detectives de Miami, Mike Lowrey e Marcus Burnett terão de ir contra uma mãe e filho, uns senhores da droga que desejaram vingança naquela cidade

Título: Bad Boys for Life
Ano: 2020
Realização:  Adil El Arbi (as Adil), Bilall Fallah (as Bilall)
Interpretes:  Will Smith, Martin Lawrence, Vanessa Hudges….
Sinopse: Os detectives de Miami, Mike Lowrey e Marcus Burnett terão de ir contra uma mãe e filho, uns senhores da droga que desejaram vingança naquela cidade.

Os bad boys voltaram

Foi necessário 17 anos para voltarem para um terceiro filme. Will Smith e Martin Lawrence voltam a ser os Bad boys, bad boys
Whatcha gonna do, whatcha gonna do
When they come for you
. A chegada desta nova década trouxe surpresas e por isso decidiram terminar este filme de sucesso sobre dois polícias em Miami.

Os anos passam e essa reflexologia também foi referida neste filme, onde a personagem Marcus Burnett (Martin Lawrence) deseja reformar-se de uma vida complicada em capturar ladrões e ficar em muitas situações de perigo. Já Mike Lowrey (Will Smith) não aceita a decisão do amigo e refere que ainda tem muito para viver como polícia. Mas tudo muda quando sofre uma tentativa de homicídio.

As ruas de Miami voltam a ser o palco de aventuras para estes dois polícias que vivem sem regras e são donos da sua própria disciplina. Claramente passaram-se uns anos desde o último filme de Bad Boys. Os protagonistas, Marcus e Mike estão novamente em apuros, e com a polícia (sendo eles também) atrás deles. Estão atrasados para o nascimento do neto de Marcus. A amizade desta dupla é abalada quando Marcus decide que se quer reformar e como tal terminar a parceria com Mike, que não aceita pacificamente a decisão do amigo. Contudo essa situação fica em stand-bye, quando Mike é inesperadamente atingido a tiro e quase não sobrevive. Conhecemos uma outra história do passado e um poderosos cartel de droga mexicano, onde uma mãe deseja vingança e juntamente com o seu filho, vão atrás de um por um.

Este filme não perde a qualidade comparativamente com os anteriores, pelo contrário, segue no mesmo registo. Muita adrenalina, missões quase impossíveis e sempre com muito humor e ação. Esta dupla é das mais bem assentadas do cinema. Desta vez não Will Smith que tem o papel de engraçadinho, deixa esse cargo para Martin Lawrence que não se cala, pode ser inconveniente, mas tem sempre de dizer. Os bad boys vão ser sempre eles, agora como bad men.

O filme apresenta uma narrativa plausível e bem concebida o que capta a nossa atenção. Acho que foi uma excelente maneira de terminar a saga destes dois. No entanto, ainda muito pode acontecer, pois o final ficou em aberto para uma próxima aventura. Apesar de alguns momentos cliché, ignoramos isso e apreciamos esta dupla de bad boys que ainda nos fazem rir. O blogue atribui 3,5 estrelas em 5.

Rating: 3.5 out of 5.
Sony Pictures Portugal

Em Defesa de Jacob

Um drama baseado no best-seller triller de 2012 da New Yor Times. Um assistente da polícia de investigação é posto em causa quando o seu filho é acusado de homicídio.

Chris Evans um pai desesperado à procura de respostas

Neste novo drama familiar com produção da Apple TV temos uma história de suspense sobre uma família que terá de lidar com uma forte acusação. Chris Evans lidera a série como patriarca ao lado de Michelle Dockery, que ambos tentam de tudo para protegerem o seu filho de uma acusação de homicídio.

A série baseada num best-seller de 2012 com sucesso, segue a tenebrosa notícia que abalou por completo a família aparentemente perfeita. Como promotor judicial, o pai sabe os procedimentos num caso de investigação de homicídio, mas mesmo assim não tem favoritismo. Será que a família vai resistir a este choque?

A Apple TV está em modo de competição com outras plataformas digitais de transmissão de conteúdos. Como tal tem criado forte conteúdo para a sua programação. “Em defesa de Jacob” é uma mini-série bem sufocante que aborda uma situação dramática que abalou por completo uma família tipicamente normal. Jacob interpretado por Jaeden Martell, um jovem de 14 anos é o primeiro acusado de um homicídio do seu colega de escola. O seu pai, um procurador de investigação, interpretado por Chris Evans, já sabe como tudo funciona. Todos os procedimentos a serem considerados em caso de homicídio. Mas não desiste, procura por todos os meios salvaguardar e integridade do seu filho que está a ser acusado. Um papel bem mais sério, Chris Evans, depois de Capitão América, agora é um pai à procura de respostas que se sente de mãos atadas na actual situação do filho. Já não é a primeira vez que atua ao lado do jovem Jaeden Martell, ambos conheceram-se durante as gravações do filme Knives Out – Todos são suspeitos. Outra figura importante desta família é a atriz Michelle Dockery (Lady Mary em Downton Abbey) que apresenta muita insegurança para o caso. O trio de atores principais está excelente e acredito bem que esta série vai merecer uma nomeação aos Emmys. Sentimos mesmo a presença do elefante na sala quando estão juntos.

A série completa-se com oito episódios, mas apesar de esse ser o intuito inicial, durante a série, não nos interessamos sobre quem é o assassino. Apenas seguimos o drama daquela família que teve o seu quotidiano completamente alterado. Os vizinhos deixaram de lhes falar, deixaram de ser convidados para eventos, desconhecidos olhavam-los de lado, perseguição de jornalistas. Toda essa procura da investigação e depois o julgamento foi um processo de muita luta. O ator J.K. Simmons também marca presença nesta série, como pai de Chris Evans. Onde lhe marca um uma forte dúvida. Só pode escolher um dos dois. Ser uma boa pessoa, ou ser um bom pai. Não pode escolher os dois. Esta é um dilema que a personagem de Chris Evans terá de decidir por si só.

O que marca “Defendind jacob” além das fantásticas interpretações é o excelente trabalho de fotografia. Os tons escuros e frios marcam a tela onde sentimos um calafrio por aquela família e aquele difícil momento que estão a ultrapassar. Não está fácil voltarem ao que eram. Além disso os planos longos e próximos, muitas vezes onde se foca a nuca e expressão cabisbaixa da personagem, impressiona-nos com o desespero de toda a situação. Achei um excelente trabalho de cinematografia.

Esta série foi baseada num livro de William Landay, e o final sofre algumas alterações sobre a série, que ameniza mais a situação. Contudo não deixa de ser uma série sufocante que nos faz duvidar da pessoa próxima com quem dividimos a casa. Seria ela capaz de algo tão horrendo? Para quem gostou da série Sharp Objects, esta série é muito idêntica.