A série da HBO, His Darks Materials prometia ser uma nova série de fantasia para substituir “Guerra dos Tronos”, mas será que conseguiu?
Baseada nos livros de Philip Pullman, a primeira temporada segue a jovem Lyra Belacqua (Dafne Keen). Uma menina orfã que vive em Oxford onde foi acolhida desde bebé. Lyra com personalidade forte, é corajosa e está sempre à procura de novas aventuras. A busca pelo seu melhor amigo, Roger, desaparecido leva-a a tomar as rédeas do seu destino e a procurar o misterioso caso de crianças que estão a desaparecer. Num mundo diferente, onde os humanos estão ligados a animais, dos quais os chamam de daemons, Lyra tem a ajuda do seu amigo Pan, enquanto procura a verdade e a magia do DUST.
A jornada é cheia de obstáculos e impressibilidades. O elenco é forte nesta série e mesmo a protagonista apresenta a inocência de criança, mas a astúcia de heróina. A atriz Dafne Keen foi fantástica em Logan e nesta série, volta a assumir a liderança. No elenco temos também James McAvoy (um dos meus atores favoritos), como Lorde Asriel. O seu tempo de ecrã não é muito, por isso a imagem dele no poster foi uma excelente jogada de marketing. Contudo não deixa de ser uma personagem importante para o desenrolar da história. Para completar o elenco temos Lin-Manuel Miranda, a sua personagem serve para aliviar o tom pesado de alguns momentos da série e tornar em humor algumas situações. Por outro lado a atriz, Ruth Wilson (Marisa Coulter) aparece sempre com elegância e presença em cada momento. Consegue por todos na sala a olhar para ela e a perfeição está nos pequenos detalhes.
Apesar da série se manter forte em alguns aspectos positivos. Afinal estamos a falar de uma série de fantasia e como tal esse género deve ter sido em conta. As paisagens e os cenários na neve são fantásticos e o mesmo refiro aos efeitos especiais na construção dos animais. A qualidade do CGI é fantástica e muito real, quase que ficamos com vontade de termos um animal falante ao nosso lado. Contudo houve algumas falhas e tal reflecte-se nos aspectos negativos da série. A história paralela contada ao lado da história principal, é confusa e desconstrutiva. Não teve evolução, mesmo no final. Não foi bem abordada e mesmo apesar de sabermos que será importante, não tivemos provas de tal.
A série demorou a arrancar e apesar do primeiro episódio estar bem construído, pois os novos termas que regulam este mundo foram bem apresentados, o mesmo dispersa-se nos episódios seguintes e só no quinto / sexto episódio é que a história volta a arrancar.
Concluindo “Mundos Paralelos” pode ter ritmo para continuar, o final desta primeira temporada foi interessante, por isso tem por onde avançar. Contudo existe factores a nível de argumento que podem bem melhor e explicar ao público aquele universo.