Crítica: As Pontes de Madison County

O fotografo Robert Kincaid encontra, Francesca Johnson, uma dona de casa que o ajuda em direcções. Ambos ficam conectados um ao outro durante quatro dias nos anos de 1960.

Título: The Bridges of Madison County
Ano: 1995
Realização: Clint Eastwood
Interpretes: Clint Eastwood, Meryl Streep, Annie Corley…
Sinopse: O fotografo Robert Kincaid encontra, Francesca Johnson, uma dona de casa que o ajuda em direcções. Ambos ficam conectados um ao outro durante quatro dias nos anos de 1960.

São poucos os filmes que abordam o tema do romance já em idade avançada. Nunca é tarde demais para encontrar o amor e pode acontecer a qualquer um, em qualquer lugar. Francesca (Meryl Streep) tinha já uma vida composta. Com um marido trabalhador e dois filhos adolescentes. O que sentia falta na sua vida era de alguma emoção, ou partilha de momentos especiais. A sua família era normal e não era de todo comunicativa. Francesca ia vivendo cada dia de cada vez. As expectativas de vida mudaram em quatro dias. Sozinha em casa, enquanto o seu marido e filhos viajaram até uma feira de gado local. Nesse verão dos anos 60, conheceu Robert Kincaid (Clint Eastwood), um fotografo da National Geography que estava a fazer uma foto-reportagem às Pontes de Madison County. Evidentemente que a química entre ambos foi imediata, mas lentamente começaram a aproximar-se um do outro. Como dois adolescentes e secretamente entregaram-se ao amor e aqueles quatro dias que demoraram uma vida.

Este não foi o primeiro filme realizado por Clint Eastwood. Muitos dos planos apresentados é notório o detalhe e a sensibilidade com a câmara. A marca das lindas paisagens do estado americano é dos factores mais ricos do filme. A química entre o casal é muito natural e espontânea. Somos transportados para uma belíssima história de amor, que pelos primeiros segundos do filme percebemos que não teve um final feliz. Um amor maduro que se exprime genuinamente e a aceitação da vida como ela é, tentado preservar o que de melhor existe. “As Pontes de Madion County” foi baseado num livro de James Waller. O argumento demorado é também a apreciação completa do crescimento do amor deste casal conforme se vão conhecendo. Conversa puxa conversa e aos poucos sentem-se sem responsabilidades e só querem que cada momento dure sem restrições. O blogue atribui 3,5 estrelas em 5.

Rating: 4 out of 5.

Crítica: Sniper Americano

O sniper da SEAL, Chris Kyle, salva vários soldados no campo de batalha que o tornam numa lenda. De volta a casa à sua esposa e filhos após quatro excursões de dever ao país, Chris descobre que é a guerra que não consegue deixar para trás.

Título: American Sniper
Ano: 2014
Realização: Clint Eastwood
Interpretes: Bradley Cooper, Sienna Miller, Kyle Gallner
Sinopse: O sniper da SEAL, Chris Kyle, salva vários soldados no campo de batalha que o tornam numa lenda. De volta a casa à sua esposa e filhos após quatro excursões de dever ao país, Chris descobre que é a guerra que não consegue deixar para trás.

Neste filme denso e com uma mensagem forte conhecemos a história verídica de Chris Kyle. Um soldado dos Navy Seals, Marinha dos Estados Unidos da América, que serviu o seu país na guerra contra o Iraque. Foi considerado pelo Departamento de Defesa como o sniper mais letal da história americana, com 160 mortes confirmadas. Não só acompanhamos a guerra, mas a tensão familiar e vida pessoal de Kyle, enquanto luta contra o stress prós-traumático. O realizador e ex-ator Clint Eastwood decide captar essa história americana através da sua lente da câmara de filmar e consegue um tiro certeiro. Apesar do complexo e pesado contexto da guerra iraquiana, somos confrontados com vários momentos leves e puramente emocionais e funcionam com tecla de descontracção sobre a vida familiar deste homem que também tinha o peso de salvar os seus companheiros aos ombros.

American Sniper” conseguiu nomeação para os Óscares para seis categorias (incluíndo melhor filme e ator), ganhando apenas na melhor Mistura de Som. Tornou-se também no filme de guerra mais rentável do cinema.

O protagonista Bradley Cooper teve de preparar-se afincadamente para este papel. Participar num filme sendo uma pessoa real sobre uma realidade ainda muito recente não é tarefa fácil. A par do treino psicológico o treino físico também foi importante para manter a aparência mais verosímil. O argumento bem definido e construído tornam o acompanhamento do filme bem mais fácil, sem a demasia de momentos pesados. Clint Eastwood esforçou-se ao máximo para tornar esta obra cinematográfica o mais real possível. Ainda acompanhamos uma parte da história Norte-Americana e mundial tão recente e ainda muito traumática. Este filme não está a tentar expor a moralidade vivida na Guerra do Iraque, mas sim a vida de Chris Kyle e a sua luta pessoal e defesa pelo seu país, considerado por muitos como um verdadeiro herói americano. O blogue atribuí 3,5 estrelas em 5.

Rating: 3 out of 5.

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