Crítica: Vingadores – Endgame

Após os trágicos eventos do filme Vingadores: Infinity War, o universo está arruinado. Com a ajuda dos aliados sobreviventes, os Vingadores juntam-se para mais uma batalha e desfazer as ações de Thanos para assim restaurarem a ordem do universo.

Título: Avengers: Endgame
Ano: 2019
Realização: Anthony Russo, Joe Russo
Interpretes: Brie Larson, Linda Cardellini, Scarlett Johansson…
Sinopse: Após os trágicos eventos do filme Vingadores: Infinity War, o universo está arruinado. Com a ajuda dos aliados sobreviventes, os Vingadores juntam-se para mais uma batalha e desfazer as ações de Thanos para assim restaurarem a ordem do universo.

[ARTIGO SEM SPOILERS]

Chegamos ao fim de mais uma épica saga. Após vinte e dois filmes da MCU, os realizadores Anthony e  Joe Russo culminaram toda a ação num fantástico filme, que termina uma era, mas deixam uma nova começar. Após os eventos do filme anterior, “Vingadores: Guerra do Infinito” (crítica podem ler aqui), o vilão Thanos tornou-se invencível, após dizimar metade da população do universo, para seguir a sua ideologia de poupar em recursos naturais. Os Vingadores com a moral em baixo, pela primeira vez, perderem, procuram agora encontrar a esperança para reverter o que aconteceu e novamente com a ajuda das pedras do infinito, conseguir vingar aqueles que desapareceram.

O projecto desde o início foi ambicioso, juntar em cada filme, uma pista para o próximo, todos interligados como se fosse apenas uma história. Nunca se viu nada assim no cinema. Mas será que os irmãos foram capazes de concretizar o sonho?

O argumento bem pensado, conseguiu interligar todos os pontos deste vasto universo. Os fãs que foram com as expectativas altas para a sala do cinema, saíram com um sorriso nos lábios de orgulho e com a lágrima no canto do olho, por este ser o filme final. Ninguém pensava que em 2008 quando estreou o primeiro filme do Homem de Ferro, o seu sucesso seria tão vasto e grandioso que hoje, passados 11 anos estaríamos a sentir a emoção à flor da pele, devido a estas personagens. Nasceu assim a época dos super-heróis no cinema, pois ninguém até à data dava muito por estes protagonistas da banda desenhada.

Os que sobreviveram do filme passado, vão juntar forças e dar tudo por tudo para destruir Thanos. Capitão América, Homem de Ferro, Thor, Viúva Negra, Hulk, Nebula, War Machine, Hawkeye, Captain Marvel e o mais recente Homem-Forminga, que recentemente conseguiu sair do Mundo Quântico. Neste filme não somos absorvidos pelo ritmo frenético do filme anterior. Em “Guerra Infinita” sabíamos que uma guerra estava a acontecer e o nível de ação era elevado. Contudo, aqui, existe mais uma ponderação de acontecimentos. Uma forte inteligência emocional que nos aborda em cada minuto. Várias são as referências apresentadas que deixaram os fãs com o coração aos saltos, um bom truque utilizado pelos irmãos Russo. Neste filme pela primeira vez, sentimos que os super-heróis também são humanos. No sentimento de derrota, perda e dor, acompanhamos todos estes sentimentos. Demónios do passado foram encontrados, mas cada um dos protagonistas conseguiu vencer da melhor maneira.

As três horas de duração não são nada comparadas com a magnitude desta obra cinematográfica. Algo necessário, para o final imponente desta saga, além disso temos um rol diverso de diferentes personagens que de uma forma ou outra conseguiram marcar presença. A narrativa consegue conjugar uma ação fantástica e imponente, o mesmo com os fortes momentos dramáticos e a comédia refrescante e divertida que já nos habituaram. Foram muitos os momentos que nos deu vontade de saltar da cadeira e bater palmas de pé de tão surpreendente que foi.

Respondendo à minha pergunta inicial, sim. Tudo foi superado e surpresas incríveis aconteceram. Gostei todos os momentos e via novamente o filme de seguida. Mesmo apesar de alguns aspectos previsíveis, ficou compensado por outros imprevisíveis. Sobre o final, admito que esperava um pouco mais, mas tornou-se igualmente especial. O blogue atribui 4,5 estrelas em 5.

Rating: 3 out of 5.

Crítica: Captain Marvel (Capitão Marvel)

Carol Danvers torna-se na heróina mais poderosa da Terra, quando é “apanhada” numa guerra entre diferentes raças da galáxia.

Título: Captain Marvel
Ano: 2019
Realização: Anna Boden, Ryan Fleck
Interpretes: Brie Larson, Samuel L. Jackson, Ben Mendelsohn…
Sinopse: Carol Danvers torna-se na heróina mais poderosa da Terra, quando é “apanhada” numa guerra entre diferentes raças da galáxia.

A Marvel Studios não desiste e consegue sempre proporcionar um excelente entretenimento com os seus filmes baseados nos super-heróis. “Captain Marvel” era dos filmes mais aguardados, não só por ter uma mulher no protagonismo, mas também porque é das heroínas mais fortes do universo. Neste filme conhecemos as suas origens e também de que forma influenciou a criação do projecto “Avengers” no interior da S.H.I.E.L.D. Ainda com Nick Fury (Samuel L. Jackson) jovem, mas com mente visionária para o futuro. A Marvel Studios joga novamente com estas voltas entre o passado e presente. Na última cena do filme “Avengers: Infinity War” antes de desaparecer Fury utiliza o seu pager para chamar a Captain Marvel, após a forte ameaça ao Planeta Terra. Este filme explica a conexão entre ambos e a história da piloto Carol Denvers (Brie Larson) enquanto tenta compreender quem é na verdade.

Este filme foi dos mais intensos, pois a narrativa mantinha-se sempre um mistério. Não era como os filmes antecessores que compreendíamos imediatamente o que ia acontecer. O argumento não era tão descontraído como outros filmes da Marvel. Por exemplo “Guardiões da Galáxia“, “Ant-Man” ou “Thor: Ragnarok“. Com diálogos mais sérios, mas com uma visão mais determinada e sem distracções. Esta personagem não se deixa abalar, tem força de vontade e ainda via ser uma forte ajuda na luta contra o Thanos no próximo filme que está a chegar. Apesar da lacuna de cenas fantásticas de ação, durante o filme, no final compensa excelentemente com o clímax desta obra cinematográfica. Brie Larson conseguiu estar à altura do destaque da Capitão Marvel. A atriz apresenta a destreza e carisma necessário da personagem. Além disso foi interessante descobrir como muitas das ideias de Nick Fury para o futuro da S.H.I.E.L.D., aconteceram devido ao encontro com Carol Denvers.

Concluindo o futuro da Marvel está em boas mãos e conseguem sempre a aprovação do público que tão bem já nos habituou. Agora esperar por “Avengers: Endgame“. O blogue atribui 3,5 estrelas em 5.

Rating: 3 out of 5.

O Castelo de Vidro

Uma jovem rapariga torna-se uma mulher, numa família disfuncional nómada. Com a mãe uma excêntrica pintora e o pai um alcoólico que cuida dos seus filhos com o apoio à imaginação para os distrair da sua pobreza.

Título: The Glass Castle
Ano: 2017
Realização: Destin Daniel Cretton
Interpretes: Brie Larson, Woody Harrelson, Naomi Watts…
Sinopse: Uma jovem rapariga torna-se uma mulher, numa família disfuncional nómada. Com a mãe uma excêntrica pintora e o pai um alcoólico que cuida dos seus filhos com o apoio à imaginação para os distrair da sua pobreza.

Castelo de Vidro” deambula entre o passado e o presente. No centro da história temos Jeannette Walls (Brie Larson) uma mulher ruiva e elegante, de personalidade forte que tenta ganhar coragem de revelar aos pais que se vai casar. Aparentemente Jeannette é uma mulher de poses que tem dificuldade em conectar-se com os pais, que decidem viver uma vida alternativa, sem bens materiais. A cena muda e somos abordados por um novo panorama. Uma menina ruiva procura a atenção da mãe, demasiadamente preocupada com os seus quadros. Percebemos que essa menina é Jeannette Walls em criança. Baseada numa história verídica, conhecemos a biografia da jornalista que publicou o livro em 2005, baseado na sua caótica família.

Quem diria que os brincos de pérolas e o cabelo bem arranjado, escondiam uma história de vida sobre sobrevivência, negligência dos pais e opiniões disfuncionais sobre a educação e cuidados com os filhos. Passado e presente juntam-se neste filme realizado por Destin Daniel Cretton, de forma a conhecermos este ponto de vista hippie de se viver. O tempo ocorre entre a década de 60/70 e final dos anos 80. A história de vida de Jannette foi muito manipulada pelos pais, Rex (Woody Harrelson) e Rose Mary (Naomi Watts) adeptos de uma vida não convencional, contra o sistema político, educacional, material e social. Viviam como nómadas, onde educavam os seus filhos em casa, Lori, Jeannette, Brian e Maureen.

Um drama que explora um modo de viver diferente e de como a protagonista conseguiu mudar completamente a sua vida. Rejeitou as ideias dos progenitores, e ultrapassou o vício do álcool do pai. Contudo nunca os deixou de amar. Woody Harrelson apresentou uma interpretação fantástica. Num momento era um pai responsável, criativo e muito inteligente, como noutro momento explodia de raiva e decepção. Apesar de apresentar alguns melodramas típicos deste género de filmes,  Destin Daniel Cretton conseguiu explorar de forma nítida em imagens o passado da escritora. O argumento é bastante interessante e cativa ao longo da película. O blogue atribui 3,5 estrelas em 5.

Rating: 3 out of 5.

As Taras de Tara


Todos nós temos um pouco da Tara dentro de nós. Não fiquem tão chocados, é verdade. Tinha um professor de Marketing que dizia que tínhamos múltiplas personalidades. Durante essa aula, uma colega minha zangada com tal afirmação, indignou-se com o professor, respondendo que não era nenhuma falsa. “Mas olhe que é. A menina não tem um comportamento igual para o seu pai, ou com o seu namorado ou mesmo com o seu patrão e até com pessoas que não conhecem de lado nenhum. Todos nós mudamos conforme o meio envolvente“. Lembrei-me muito desta experiência enquanto assistia à série “United States of Tara”, criada em 2009, manteve-se firme durante 2 temporadas com 36 episódios no total.

No epicentro desta louca série televisiva temos Tara Gregson, esposa de Max e mãe de dois filhos: Kate, uma adolescente problemática e Marshall rapaz sensível que está a revelar-se ser homossexual. Esta podia ser uma família normal, mas não é. Tara (Toni Collette) tem múltiplas personalidades dento de si. T. é uma adolescente de 16 anos que faz o que bem lhe apetece, Buck um veterano do Vietname e Alice, a perfeita mulher dos anos 60. Entretanto conforme a vida complica-se mais personalidades se juntam a Tara (mas sobre isso não vou spoilar).

O elenco é dos factores mais positivos e atractivos desta série. Toni Collette lidera a perfeição a equipa. Porra que atriz, e interpreta numa uma mas várias personalidades diferentes. Conseguindo num momento estar calma e noutro aos berros, ou a chorar sem transição progressiva de emoção. Collette brilha com todo o seu talento, e deviam oferecer mais crédito a esta atriz. Brie Larson ainda estava longe de interpretar o filme “O Quarto” mas já conseguia chamar a atenção com a sua atitude. John Corbett também está à altura ao interpretar um marido/pai à beira de um ataque de nervos.
Na sua generalidade esta série apresentou uma crítica positiva, devido ao argumento intenso e imprevisível. Relativamente a prémios Toni Collette conseguiu destaque com um Emmy Award e um Golden Globe. “As Taras de Tara” é uma série desvalorizada mas que tem imenso potencial, com um tema sério conseguem argumentar com um humor afiado. Além disso conta com Steven Spielberg como produtor executivo.

Woman Power no Cinema

Hoje é dia da mulher e como tal decidi preparar um lista onde mulheres com personalidade forte que conseguiram lutar pelos seus direitos e não se deixam intimidar por nada. Este é o Woman Power do cinema. Não te esqueças de seguir o blogue nas redes sociais 🙂

Joy

Joy

Baseada numa história verídica de Joy Mangano, a inventora da esfregona desmontável. Jennifer Lawrence atua com garra e a determinação da sua personagem real. Num mundo atual ainda com muitos estereótipos foi difícil o caminho para a aceitação do produto. Porém o cepticismo de muitos foi a força de outros para provar que as mulheres também tem a mesma capacidade dos homens, mesmo na área do fabrico.

Erin Brockovich

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Julia Roberts é Erin Brockovich no filme de 2000 e até valeu à atriz um Óscar de Melhor Atriz Principal. Também baseada numa história verídica, Erin é uma mãe solteira de 3 filhos que se envolve num caso de saúde pública. As águas subterrâneas em Hinkley eram compostas por um químico cancerígeno, cromo hexavalente. Erin consegue levar o caso para tribunal. Mas o que a torna única é que não baixou os braços, mesmo quando tudo parecia impossível.

The Young Victoria

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Emily Blunt é a Rainha Victoria, num filme biográfico sobre o seu reinado. Em 1837, com apenas 17 anos Victoria está no centro da luta pelo poder real. Ninguém aconselhava apontava Victoria como possível rainha, sendo descriminada pela corte, incluindo pela sua própria mãe. No entanto Victoria foi a rainha que mais anos governou a Inglaterra, cerca de 64. Conseguiu estar no poder sozinha, mesmo após a morte prematura do seu marido Filipe, conseguindo o nome de época vitoriana. Uma menção honrosa aqui também podia estar apresentado o filme “Elizabeth” (1998) ou “Elizabeth: The Golden Age” (2007)

Ágora

Ágora

Ágora é um filme espanhol que tem Rachel Weisz como protagonista. Weisz é Hipátia, uma mulher que viveu em Alexandria entre os anos de 355 e 415, época da denominação romana. Hipátia era professora e filosófica, e a única personagem feminina do filme.

Carol

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Em Carol o protagonismo é dividido entre Cate Blanchett e Rooney Mara. Duas mulheres dos anos 50, que se apaixonam. Naquela época o romance entre duas pessoas do mesmo sexo era mesmo inadmissível de se pensar. Mas “Carol” não se foca apenas no romance, mas sim, na dificuldade de ser mulher naquela época em que tinham de se sujeitar às leis conservadoras daquele tempo.

The Dressmaker

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No filme “Dressmaker”, Kate Winslet é uma mulher de armas, artilhada com a sua máquina de costura. Para trás deixou um passado que prometeu esquecer, mas apenas tem uma intenção, terminar a sua vingança a todos aqueles que lhe fizeram mal. Não tem tamanho nem medida para o que tem de fazer.

Room

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Em “Room“, Brie Larson interpreta uma forte mulher que ainda em adolescente foi capturada e feita prisioneira em cativeiro durante anos. A sua ambição em sair daquele lugar onde estava presa foi determinante para a sua fuga e do seu filho. Mas mal ela sabia que o mundo real estava diferente daquilo que se tinha lembrado.

 

As Serviçais

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Nos anos 60 nos Estados Unidos da América ainda havia muita desigualdade feminina. No entanto um grupo de mulheres cruzam-se independentemente do seu estatuto social para apresentarem o seu modo de vida. Com um elenco composto principalmente por personagens femininas esta é a história de “As Serviçais“.

Wild

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Em “Wild“, Reese Witherspoon é Cheryl Strayed que após a morte da sua mãe, fica totalmente desamparada. Baseado em factos verídicos, esta é uma viagem de auto-descoberta durante uma caminhada de 1100 milhas pela costa do Oceano Pacífico. Um caminho nada fácil, mas juntamente com a natureza, faz-nos pensar na vida e o que ela tem de melhor.

Legalmente Loura

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Novamente com Reese Witherspoon. Desta vez é Elle Woods uma jovem fútil que lhe foi negada a entrada na universidade. Mas com muito esforço e de uma forma divertida, Elle vai fazer mudar a opinião de muitos. Dividido em dois filmes, “Legalmente Loira” prova a competência feminina e que nada o que parece é.

Elementos Secretos

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No filme “Elementos Secretos“, recentemente nomeado para os Óscares seguimos a história de três mulheres que comandaram os centros de inteligência da NASA nos Estados Unidos da América quando o homem foi pela primeira vez à lua. Além de serem mulheres outro entrave que tinham para o sucesso da sua carreira, era a sua cor de pele. Conseguiram chegar a altos cargos, e mudar opiniões, porque tinham voz e usaram essa voz.

As sufragistas

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As Sufragistas”  explica a história real e ficcional da luta das mulheres pelo direito ao voto na Inglaterra. Foi um longo caminho até à vitória, eram presas, faziam guerra de fome, protestavam e ainda eram humilhadas. Temos que agradecer a estas mulheres que tornaram a emancipação feminina possível.

 

 

Os melhores e os piores vestidos dos Golden Globes 2017