A Rainha Virgem

Uma mini-série histórica sobre a vida, a glória e as (in) decisões de uma das Rainhas mais importantes da Inglaterra. Elizabeth I não nasceu para ser rainha, mas conquistou o trono à sua maneira.

O Reino Unido é conhecido por muitos propósitos, mas a monarquia é aquele mais falado. Principalmente pelas Rainhas que o governavam. Atualmente temos a Rainha de Inglaterra que já governa há quase 70 anos, mas outras rainhas lhe antecederam como Rainha Victoria e a Rainha Elizabeth. Considerada a rainha virgem porque não aceitou ter filhos, Elizabeth governou o seu país durante 44 anos, numa época complicada onde a taxa de mortalidade era alta e onde caminhava pelo ego masculino como suserana, algo inimaginável para a época, uma mulher ser a governanta de um país.

Nesta mini-série da BBC de 2005, realizada por Coky Giedroyc com argumento de Paula Milne, temos a história recontada sobre a rainha que nunca quis casar e apesar de algumas adversidades conseguiu superar. Para derrotar alguns inimigos que conspiraram a favor do seu fim, abdica da sua vida pessoal e do amor que não pode assumir devido à sua posição como rainha. Considerada historicamente como uma das mulheres mais poderosas de sempre. Baseados em factos verídicos, esta série explora as dúvidas da nova rainha que subiu ao trono inesperadamente e sem preparação. Uma jovem rainha ainda com inseguranças sobre governar. Depois deixou a inocência de lado e tornou-se forte, lutou contra os seus medos e conseguiu manter-se sempre no topo. Com o povo separado entre católicos e protestantes, a ameaça da sua prima, a rainha da Escócia, a pressão social para casar e ter filhos e ainda com a força para manter o seu território. Elizabeth conseguiu lutar contra tudo e todos de forma a manter o seu nome na História.

A atriz Anne-Marie Duff é a protagonista desta mini-série e conseguiu um desempenho feroz para esta personagem. Ainda temos o jovem Tom Hardy que com 28 anos marcava presença num dos seus primeiros papeis, como interesse amoroso da protagonista.

Com apenas quatro episódios acompanhamos o percurso durante todo o reinado de Elizabeth I. Com caminho difícil com muito drama e com muitos percalços, mas ultrapassados, não fosse ela quem é. Para quem gosta de séries históricas esta tem selo de qualidade da BBC.

“Sherlock” Bebés, segredos, surpresas e o inesperado

A chegada da nova temporada de Sherlock é sempre dos momentos mais esperados do início do ano. Nunca desilude. O final da terceira temporada trouxe de volta o inimigo de Sherlock. Moriarty, provocador transmitia mensagens com “Miss Me?”. Mas como podia ser Moriarty, se este morreu. Ou será que não?


A chegada da nova temporada de Sherlock é sempre dos momentos mais esperados do início do ano. Nunca desilude. O final da terceira temporada trouxe de volta o inimigo de Sherlock. Moriarty, provocador transmitia mensagens com “Miss Me?”. Mas como podia ser Moriarty, se este morreu. Ou será que não? Estas dúvidas assombram Sherlock que tenta manter a sua vida normal à espera que o jogo comece. “Eu saberei quando o jogo começa. Porque eu adoro“. Entretanto John Watson e a sua esposa, Mary esperam pelo nascimento do primeiro filho. A chegada de um bebé muda tudo e até Watson vai notar essa diferença. Privatização do sono, perda de casos, mas ainda escreve no seu blogue. Os créditos são todos para Sherlock, nenhum caso lhe escapa. A sua audácia, engenho e atenção aos pormenores fazem dele um investigador privado único. Apesar do seu excesso de confiança e orgulho em si mesmo.

Cansado de casos fáceis, Sherlock encontra o seu ponto de saída com o misterioso roubo de estátuas de Margaret Tatcher. Moriarty deve estar por detrás disto, suspeita o protagonista. A caça ao rato começa. As pistas chegam finalmente ao suspeito. Após o confronto de Sherlock, é descoberto que o caçador de estátuas de Tatcher era membro da AGRA. Lembram-se do passado de Mary? Uma ex-agente. A personagem Mary terá mais protagonismo neste episódio e finalmente vamos vê-la mais em ação.

Com um argumento refinado, arrebatador e ainda com as falas egocêntricas de Sherlock, tentamos recolher o máximo de informação sobre o episódio que mais parece um filme. Surpresas acontecem das formas mais inesperadas com atitudes mistas de traição e companheirismo. O final foi marcado pelo inesperado, que provavelmente vai marcar a série para um tom mais sombrio (como já foi visto no trailer). Sherlock vai ter o seu caso mais complexo. Agora espero pelos próximos episódios, que apesar de serem poucos valem cada segundo.

Guerra e Paz

“Guerra e Paz”, obra de Tolstói e considerada por muitos como uma das melhores leituras de sempre, foi novamente adaptada, mas desta vez para a televisão numa mini-série de 6 episódios. A série de 2016 é protagonizada por Lily James (Cinderella), Paul Dano (Loop, Little Miss Sunshine) e James Norton (Mr. Turner, Rush, An Education), nos principais papeis.

O amor em tempos de Guerra

Guerra e Paz“, obra de Tolstói e considerada por muitos como uma das melhores leituras de sempre, foi novamente adaptada, mas desta vez para a televisão numa mini-série de 6 episódios. A série de 2016 é protagonizada por Lily James (Cinderella), Paul Dano (Loop, Little Miss Sunshine) e James Norton (Mr. Turner, Rush, An Education), nos principais papeis. A BBC inspirou-se na obra “Guerra e Paz” para realizar esta belissíma produção. A sua história passa-se na Rússia em pleno início do séc. XIX em que Napoleão devastava o país na sua conquista por poder e territórios. A sociedade russa era demasiado estruturada e as classes mais baixas viviam à mercê da alta sociedade. Entre bailes, convívios, roupas de luxo, as jovens burguesas só pensavam com quem iam casar (quanto mais rico melhor) e se o amor entretanto viria. Enquanto isso os homens da altura esperavam mostrar a sua virilidade quando alistavam-se para a guerra, que era feroz e difícil. Apesar de a série focar-se principalmente na aristocracia, é notória a descontentarão do povo  e a desigualdade social. Nunca li o livro (está na minha lista para fazer), mas ao ver a série apercebi-me que o contexto político não foi aprofundado. O telespectador apenas fica a conhecer três famílias principais e qual a sua forma de enfrentar toda aquela invasão dos franceses.

Guerra e Paz” (a adaptação da BBC) foca-se principalmente no fator romântico, onde as jovens preferem o amor em tempos de incerteza. A guerra é apresentada em algumas cenas e percebemos o estado caótico e medonho da situação bélica. O argumento está bem direccionado interpretado por um elenco favoravelmente escolhido. O que mais me deslumbrou foi a cena do baile entre Natacha e o Príncipe Andrei no Palácio de Inverno, uma cena tipicamente russa da alta sociedade. O guarda-roupa e cenários foram pensados ao pormenor. A suave escrita dos episódios faz com que 1 hora por cada um, passe rapidamente. Concluindo aconselho a assistirem a esta fantástica mini-série, fiquei a conhecer uma história que já há muito tinha curiosidade. Admito que o último episódio não foi do meu agrado, parece que estavam mesmo a guardar aquele desfecho infeliz para o fim.