Crítica: Silêncio

No séc. 17 dois padres portugueses viajam até ao Japão, na tentativa de localizarem o seu mentor, onde rumores o acusam de renegar a fé.

Título: Silence
Ano:
2016
Realização:
Martin Scorsese
Interpretes:
Andrew Garfield, Adam Driver, Liam Neeson…
Sinopse:
No séc. 17 dois padres portugueses viajam até ao Japão, na tentativa de localizarem o seu mentor, onde rumores o acusam de renegar a fé.


Martin Scorsese quer e a obra nasce. “Silêncio” último filme do premiado realizador foi um pouco “abafado” na altura da sua estreia. Talvez devido ao borburinho dos Óscares ou pela época pós-natalícia, que o filme “Silêncio” não foi devidamente escutado. Apesar de ser um dos filmes mais esperados do ano, não conseguiu ter o mediatismo que merecia, ou necessitava. Excluído completamente pela Academia, só conseguiu a nomeação de Melhor Fotografia e abandonado pelos críticos, “Silêncio” perdeu a oportunidade de ser o melhor filme de Scorsese, talvez só mesmo a nível pessoal é que conseguiu o mérito. Foram décadas de estudo e muita investigação num projecto que há muito aguardava na gaveta para ver a luz do dia. Finalmente conseguiu ser lançado para o grande ecrã com um tempo total de quase 3 horas. Em pleno séc. XVII no Japão, dois padres portugueses (que não falam português) Rodrigues (Andrew Garfield) e Garupe (Adam Driver) procuram o seu mestre, Padre Ferreira (Liam Neeson) que supostamente renegou a sua fé para sobreviver. Numa viagem de procura de identidade o espectador é confrontado com questões sobre crença e religião.

Este não é um filme fácil de ver. É denso, complexo e muito espiritual. A fotografia é mesmo da melhor qualidade nesta obra cinematográfica. As lindas paisagens foram filmadas com precisão, apresentado um país fragilizado em crenças. Na verdade conseguimos emocionar-nos com o destino das personagens. Esta não é uma história com lição de moral, nem tão pouco um final feliz. “Silêncio” é uma obra real, crua e dura de acontecimentos que marcou a colisão de povos e culturas distintas, onde a opinião varia. Não esperem por um final hollywodesco onde frase ditas ficam marcadas. Não é bem assim, este é um retrato fiel aos acontecimentos de personagens que quase ninguém conhece. Mesmo apesar de não terem glória, foram importantes para a História. A interpretação dos atores é metódica e plausível, tal como o filme. O blogue atribui 3,5 estrelas em 5.

Rating: 3 out of 5.

Crítica: O Herói de Hacksaw Ridge

Durante a Segunda Guerra Mundial um aspirante a médico, Desmond T. Doss serviu durante a batalha de Okinawa e recusou-se a matar pessoas. E foi considerado o primeiro americano da história a receber Medalha de Honra sem disparar um único tiro.

Título: Hacksaw Ridge
Ano: 2016
Realização: Mel Gibson
Interpretes: Andrew Garfield, Sam Worthington, Luke Bracey…
Sinopse: Durante a Segunda Guerra Mundial um aspirante a médico, Desmond T. Doss serviu durante a batalha de Okinawa e recusou-se a matar pessoas. E foi considerado o primeiro americano da história a receber Medalha de Honra sem disparar um único tiro.

Mel Gilbon voltou a estrear-se na realização. Depois de “Braveheart“, “Apocalypto” e “A Paixão de Cristo“, Gibson voltou a fazer pesquisa em factos verídicos para mais uma obra cinematográfica histórica. O filme é baseado em Desmond Doss (Andrew Garfield) o herói de guerra que recusou-se a tocar numa arma, mas mesmo assim salvou a vida a várias pessoas. Fico sempre curiosa com estes tramas dramáticas humanitárias. Dificilmente acreditamos em algo assim, mas são  histórias que merecem ser conhecidas. Num ambiente de guerra, Gibson, provou que é mais do que um grande ator. Mantém um fluxo linear, não muito longo que capta a atenção do espectador. Apesar do difícil cenário, o realizador até foi simpático. Poupou às cenas do duro treino dos militares e focou-se mais parte romântica da situação. Contudo as cenas de guerra são imparáveis. Bombardeamentos, explosões, tiros, sangue, feridos, dão a ação necessária ao filme que parecia estar a esmorecer. Apesar de gostar do tema, canso-me imenso a ver filmes de guerra, mas com este não aconteceu. Não queria perder nem um momento de toda a atitude heróica de Desmond.

Andrew Garfield assume o protagonismo nesta obra cinematográfica. Não sei porque estava com dificuldades em associar este ator a papéis dramáticos. Talvez por ainda considerar que tem aspecto de adolescente, ou porque o seu papel de Fantástico Homem-Aranha ainda está muito fresco na minha memória. Com o decorrer do filme fui-me habituando, e não é que me surpreendeu. Segundo declarações do próprio ator, a sua nomeação para o Oscar foi provavelmente um engano. Não considero, Garfield está a ser um ator promissor e tem evoluído bastante. Sim porque recentemente também estreou o filme “Silêncio” de Scorcense que o mantém no protagonismo. Uma falha no cast foi provavelmente a escolha de Vince Vaughn para Sargento Howell, não é este um ator de comédia? Por esse motivo não levei esta personagem muito a sério. O filme é intenso e com planos verosímeis sobre a perigosa guerra que foi Hacksaw Ridge. Além disso conta uma história inspiradora de sobrevivência que sobressai o carácter humano. Quem é que não gosta de um drama destes?  O blogue atribui 4 estrelas em 5.

Rating: 3 out of 5.

Crítica – Fantástico Homem Aranha

A primeira saga foi realizada por Sam Raimi, e ao comunicaram um reboot, desta vez com um Amazing, fez dos fãs ficarem duvidosos quanto à recepção deste novo filme. Não seria muito cedo para começar tudo de novo? Novo enredo, novo vilão, novos atores. Tudo diferente. Mas correu tudo pelo melhor, o filme foi considerado um sucesso.

The Amazing Spider Man é realizado por Marc Webb, protagonizado por Andrew Garfield, Emma Stone,Rhys Ifans e Denis Leary. Este filme estreado recentemente nas salas de cinema portuguesas, teve um “anunciamento” um pouco inesperado. Pois este não é o primeiro filme do herói aracnídeo, mas sim o terceiro. A primeira saga foi realizada por Sam Raimi, e ao comunicaram um reboot, desta vez com um Amazing, fez dos fãs ficarem duvidosos quanto à recepção deste novo filme. Não seria muito cedo para começar tudo de novo? Novo enredo, novo vilão, novos atores. Tudo diferente. Mas correu tudo pelo melhor, o filme foi considerado um sucesso.

Neste Amazing Spiderman mostra-nos um Peter Parker (Andrew Garfield) um pouco diferente dos últimos filmes do Homem-Aranha. Desta vez o nosso herói é menos maduro, agindo de forma imatura, quase sem pensar nas consequências. Ainda viva num mundo de rebeldia, típica da adolescência normal. Além disso este filme aborda mais o desaparecimento e morte dos pais de Peter, envoltos em segredos e  especulações. A história de como tudo começou já nos é familiar, Peter Paker, após uma visita de estudo na Oscorp Corporation é picado acidentalmente por uma aranha geneticamente modificada, a partir daí começa a ter super poderes. Outro aspecto diferente relativamente aos outros filmes é o facto de as teias não saírem dos pulsos do herói. Aqui tudo muda, como um jovem inventor que Peter é, desenvolve um mecanismo de atirar teias pelas mãos.

Como um rapaz rebelde que é, e na adolescência tem um fraquinho por Gwen Satcy (Emma Stone), uma rapariga popular da escola, que tal como ele adora ciências. Tudo parece correr bem na vida de Peter, tem novos poderes, tem um encontro marcado com a bela jovem, até a um incidente que tira a vida ao seu tio Ben. Peter Parker vivia com os tios, Ben e May desde a morte dos seus pais, ainda criança. Após a fase de vingança pela morte do tio, a situação complica-se, quando o Professor/Cientista Dr. Curt Connors injecta-se com um soro milagroso, que poderá estar na solução para a reconstituição do seu braço esquerdo. O que infelizmente transforma-o num lagarto gigante, aterrorizando toda a cidade. Onde apenas o nosso herói aracnídeo poderá salvar a população em risco.

As imagens das filmagens de Webb são fabulosas, onde o telespectador é levado diretamente para os cenários de fantasis do filme. Onde “quase” que pudemos voar nas teias do Homem-Aranha pelos prédios da cidade. Aliado a um tecnologia 3D e digital torna os efeitos bem idealizados. Em conclusão o filme é bastante bom, trazendo um bom serão de cinema. Esperemos agora pela inevitável continuação, com o segundo filme da saga. O Blog atribui ao filme 4 em 5 estrelas.

Rating: 3 out of 5.