A Very English Scandal

“A Very English Scandal” é uma série produzida pela BBC com apenas três episódios que de forma breve apresenta o caso verídico entre Jeremy Thorpe (Hugh Grant) e Norman Scott (Ben Whishaw). Thorpe foi acusado pelo seu ex-companheiro homossexual, Scott de o ter tentado assassinar em 1976. Esta é uma história que se foca no julgamento que durou até 1979, mas antes conhecemos o relacionamento entre ambos, que começou, 15 anos atrás.

A Very English Scandal” é uma série produzida pela BBC com apenas três episódios que de forma breve apresenta o caso verídico entre Jeremy Thorpe (Hugh Grant) e Norman Scott (Ben Whishaw). Thorpe foi acusado pelo seu ex-companheiro homossexual, Scott de o ter tentado assassinar em 1976. Esta é uma história que se foca no julgamento que durou até 1979, mas antes conhecemos o relacionamento entre ambos, que começou, 15 anos atrás.

Baseados em factos verídicos sobre a manchete que se fez circular nos anos 70 em Inglaterra, quando o líder político, Jeremy Thorpe, foi acusado não só de viver um relacionamento homossexual, como também ter tentado assassinar o seu antigo parceiro. Esta série exibida na Amazon Prime Video, baseou-se no livro de John Preston com o mesmo nome, sobre um dos maiores escândalos britânicos políticos.

O ator Hugh Grant despe o papel de par romântico e assume a liderança com uma personagem real e homossexual que apesar da sua personalidade autoritária apresenta alguns momentos de humor negro. Já o ator Ben Whishaw assume bem o co-protagonismo nesta série. Deixou de ficar em segundo plano. O ator conseguiu três prémios com este papel para melhor ator secundário: Emmy, BAFTA e Globo de Ouro. Ambos apresentam uma química natural, e mesmo sem comunicarem só com o olhar, conseguem transmitir o sentimento de perda.

O director Stephen Frears, abordou esta comédia dramática em sequência linear, mas concordo que deveria apresentar os factos aleatórios. O início da série deveria já começar com o julgamento e as dúvidas iniciais do julgado e do acusador e a partir daí começa a contar a história de ambos, como se conheceram e como iniciou a aventura. O impacto seria maior e possibilitava criar um impacto maior com o público. A emoção seria mais ampla e intrigante, pois o desfecho final já é do conhecimento geral.

Contudo “A Very English Scandal” é uma mini-série consistente e baseada em factos verídicos, onde conseguimos assistir a excelentes performances dos atores e com um forte humor muito presente.

Fleabag

Fleabag conquistou todos os prémios, incluindo a de Melhor Comédia. A culpa é protagonista, interpretada por Phoebe Waller-Bridge. Completamente sassy e complexa, mas que mulher não é?

Fleabag conquistou todos os prémios, incluindo a de Melhor Comédia. A culpa é protagonista, interpretada por Phoebe Waller-Bridge. Completamente sassy e complexa, mas afinal que mulher não é?

A protagonista não tem nome próprio, por isso vamos chama-la de Fleabag. Phoebe Waller-Bridge é a atriz, produtora e argumentista da série. Além deste trabalho também escreve para a série “Killing Eve“. Uma mulher para “quase” tudo, mas é mesmo assim. Não havia sentido de outra maneira. Começou por ser uma peça de teatro de uma mulher só, mas foi a BBC que insistiu no talento de Phoebe e produziram, Fleabag. Com monólogos protagonizados principalmente pela protagonista, acompanhamos as suas dificuldades de coerência mental, enquanto lida com o seu vício por sexo e a perda da sua mãe e melhor amiga. Fleabag ainda luta para manter uma sanidade estável na sua família, onde existe muitas barreiras de comunicação, com a sua irmã e pai e ainda manter de pé o negócio do seu café.

O que torna Fleabag numa série de sucesso é mesmo a sua protagonista e criadora Phoebe Waller-Bridge. As suas expressões faciais de Phoebe são de melhor e em muitos momentos nos conectamos com a personagem, por nós na nossa vida também somos assim. Esta relação surge, porque muitas das vezes Fleabag comunica com a audiência sobre os seus pensamentos mais íntimos. De uma forma mais provocadora e com o uso do humor negro, aproximamos-nos desta personagem sarcástica e complexa. Mesmo como uma peça de teatro (tal como era para ser originalmente) em que uma personagem mantém um diálogo com o público sem que os outros intervenientes se apercebam.

A sua curta duração de apenas 6 episódios em duas temporadas, com um tempo de 30 minutos cada episódio, torna esta série fácil de ver e muito viciante. A protagonista tem falhas e não tem medo de assumi-las, daí que também nos aproximamos mais dos seus problemas, que são demasiadamente complexos para uma solução prática. Mas Fleabag tenta erguer-se das suas adversidades e continuar a viver. Um bocadinho de cada nós por vezes irratadiça, incoerente e não politicamente correta. Esta série, além de uma comédia, é um drama e tal necessita de vilões. Temos Olivia Colman (antes de pertencer ao elenco de The Crown) e Brett Gelman (Stranger Things) que promovem a tirania na série.

Ambas as temporadas são surpreendentes e mantém-se na mesma qualidade. O humor britânico está bem vinculado e por tal torna-se bem hilariante. Fleabag pensa como nós. Concluindo esta é uma excelente série, que já terminou, e apesar de querermos muito mais, ficamos bem felizes com o resultado final. Todos deviam conhecer esta série. Em Portugal podemos conhecer Fleabag na Amazon Prime Video.

Vídeo Review:

Crítica: Os Aeronautas

A piloto Amelia Rennes e o cientista James Gaisher encontram-se numa descoberta incrível de sobrevivência e novas descobertas sobre o balão de ar quente.

Título: The Aeronauts
Ano: 2019
Realização: Tom Harper
Interpretes:  Felicity Jones, Eddie Redmayne, Himesh Pate…
Sinopse: A piloto Amelia Rennes e o cientista James Gaisher encontram-se numa descoberta incrível de sobrevivência e novas descobertas sobre o balão de ar quente.

Os atores Felicity Jones e Eddie Redmayne voltam a juntar-se como protagonistas para mais um filme. Depois de “A Teoria de Tudo” interpretam outra história baseada em factos verídicos. A personagem de Felicity Jones, Amelia Wren é uma personagem fictícia, mas que serviu de inspiração para os tempos atuais. Além disso apresenta no geral uma minoria na época, quando surgiram as primeiras mulheres balonistas profissionais que também foram importantes para a História. Eddie Redmayne interpreta James Glaisher e esta é a sua aventura sobre a sua descoberta para o futuro do estudo da meteorologia.

Em 1862, em Londres, um casal de profissionais: um cientista e uma piloto de balões, decidem bater o record de 7 kms de altitude a voar num balão de ar quente. Com esta viagem vão ultrapassar os limites, numa difícil jornada e cheia de obstáculos naturais que não serão fáceis de contornar.

You don’t change the world simply by looking at it, you change it through the way you choose to live in it.

Amelia Wren

O filme é curto e apenas aborda a história do tempo dos protagonistas no caminho da sua jornada. Apesar de pequenos flashbacks compreendemos como se conheceram e quais as suas intenções naquela viagem. Contudo esperava conhecer um pouco mais. Para criar mais drama houve uma série de situações muito ilusórias à realidade, mas que serviu como impulso para criar mais ação durante o filme e por tal atribuir mais emoção à narrativa. O realizador Tom Harper mantém-se firme e não arrisca durante este filme. Concluindo “Os Aeronautas” é um filme mediano que merecia mais pela escolha do elenco.

Rating: 3 out of 5.