Crítica: Diamante Bruto

Com as suas dívidas a subir e com os colectores à porta, um joalheiro de Nova Iorque falador, arrisca tudo para sobreviver.

Título: Uncut Gems
Ano: 2019
Realização: Benny Safdie, Josh Safdie
Interpretes:  Adam Sandler, Julia Fox, Idina Menzel…
Sinopse: Com as suas dívidas a subir e com os colectores à porta, um joalheiro de Nova Iorque falador, arrisca tudo para sobreviver.

O caminho mais fácil nem sempre é o melhor

A oportunidade de Adam Sadler ficar nomeado para um Óscar pela primeira vez, aconteceu com este filme. Um ator que quase ninguém leva a sério, principalmente pelos filmes de comédia que protagoniza, não conseguiu a sua nomeação.

O ator indignado não dispensou palavras contra a decisão da Academia, reivindicando que a sua participação no filme “Diamante Bruto” foi sem dúvida um dos seus melhores trabalhos. Posso afirmar que sim, este foi sem dúvida um trabalho diferente para Sadler, mas não penso que tenha sido melhor do que os nomeados deste ano.

Diamante Bruto” é um filme com produção Netflix que se foca num homem com muitos pecados. Enganador em todos os sentidos, Howard Ratner (Adam Sadler) de forma a esquivar-se das suas dívidas, aposta erradamente, e confia em quem não deve. Howard é um joalheiro na cidade de Nova Iorque que comercializa um determinado tipo de jóias. Escolhas preferidas dos afro-americanos da zona e homens endinheirados com extravagâncias muito próprias. Como é muito falador e persuasivo, só se mete em confusões por não lidar com as pessoas mais corretas. Vive sempre com a faca ao pescoço e nem pela sua própria família, consegue manter-se fora de sarilhos. Howard vive sempre no limite e Adam Sadler foi uma boa escolha para este papel.

Apesar do filme ter sido muitas vezes comentado pela crítica, este é sem dúvida um filme de atores. A narrativa consegue ser muitas vezes frustrante e confusa. A realização liderada por várias pessoas, apresenta visões diferentes o que não favorece o trabalho da fotografia. Muitas das sequências apresentadas são apressadas e ainda com material muito em bruto.

Adam Sadler conseguiu construir bem a sua personagem. Muito energético e carismático, não para calado um segundo e tem sempre a resposta na ponta da língua. Tenta sobreviver a todo o custa às exigências do seu trabalho. E sempre por um fio de navalha. Espero no futuro encontrar mais papeis assim para Sadler, porque conseguiu provar que consegue ir mais além do que a comédia fácil.

Esta obra cinematográfica não é muito completa. Apenas temos um exemplo de um caso isolado de vendedor de jóias que pretende resguardar o seu ouro mais precioso. O resto de como este mundo funciona não houve um desenvolvimento explicativo nessa área.

Diamante Bruto” é um filme intenso, frenético e com ação non-stop. As personagens gritam, e falam alto tal como no mundo real. Apesar de apenas seguirmos os passos de um homem, personagem de Sadler, somos facilmente transportados para o seu mundo e a adrenalina de montanha russa que é viver um dia na sua vida. Não há momentos parados e a energia flui sempre por isso não é fácil perdermos o interesse, contudo a concentração pode ser difícil de manter com tanta informação ao mesmo tempo. O blogue atribui 3,5 estrelas em 5.

Rating: 3.5 out of 5.
Netflix Portugal

Crítica: Hotel Transylvania 2

Drácula e os seus amigos, tentam a todo o custo descobrir o monstro que existe no seu neto, de forma a que Mavis não saia do Hotel.

Liberta o Monstro que há em ti

Título: Hotel Transylvania 2
Ano: 2015
Realização: Genndy Tartakovsky
Interpretes: Adam Sadler, Andy Samberg, Selena Gomez..
Sinopse: Drácula e os seus amigos, tentam a todo o custo descobrir o monstro que existe no seu neto, de forma a que Mavis não saia do Hotel.

Achei este filme totalmente desvalorizado. Considerei-o até melhor do que o primeiro. Considero a personagem Dennis o mais irresistível e querido possível. No entanto a abordagem de temas mais maduros, como a maternidade, e a saída de casa, pode não interessar (ainda) o público-alvo da animação, que são as crianças. O filme cresceu e as suas personagens também. Contudo achei que tinha mais piada. As manobras elaboradas por Drácula, para Dennis revelar o vampiro dentro de si foram originais e cheias de graça. Neste filme senti a falta de Jonnhy a personagem não foi bem aproveitada e também não gostei da sua falta de interesse no filho. Mavis era a mãe galinha que apenas queria proteger o filho das inseguranças de criá-lo num castelo cheio de monstros. No entanto a sua atitude foi excessiva.

Tal como no filme anterior que se focava na relação pai-filha este também se situa no mesmo género. Robert Smigel e Adam Sadler trabalharam juntos no argumento que aprovo. O uso de elementos monstruosos no dia-a-dia deles torna o filme divertido. Estou a falar do carro e agência funerária e do GPS com voz fantasmagórica, está tudo pensado. O que não gostei foi da rápida revelação do super-Dennis no final. Achei demasiado conveniente. Contudo este é um filme divertido, cheio de pinta e foi bom reviver as personagens originais, como Drácula e os seus amigos desajeitados. Apesar de algumas falhas no roteiro é um bom entretenimento. O blogue atribui 3, 5 estrelas em 5.

Rating: 3 out of 5.

Crítica: Pixels

O Presidente Will Cooper tem de recorrer ao seu amigo de infância e campeão de jogos dos anos 80, Sam Brenner, agora um técnico de “home cinema”, para liderar uma equipa de jogadores da velha guarda, derrotar os aliens e salvar o planeta. Juntando-se à equipa está a Tenente Coronel Violet Van Patten, uma especialista que irá fornecer aos jogadores armas únicas para combater os aliens.

Título: Pixels
Ano: 2015
Realização: Chris Columbus
Interpretes: Kevin James, Adam Sadler, Michelle Monaghan, Peter Dinklage, Sean Bean
Sinopse: O Presidente Will Cooper tem de recorrer ao seu amigo de infância e campeão de jogos dos anos 80, Sam Brenner, agora um técnico de “home cinema“, para liderar uma equipa de jogadores da velha guarda, derrotar os aliens e salvar o planeta. Juntando-se à equipa está a Tenente Coronel Violet Van Patten, uma especialista que irá fornecer aos jogadores armas únicas para combater os aliens. (SapoMag)

Os filmes do Adam Sadler ocorrem sempre com a mesma premissa. Um homem falhado com a vida, tem um amigo pior do que ele em termos de loucura, devido às circunstâncias transforma-se num herói, e no final ainda consegue a miúda. “Pixels” decorre no mesmo formato, uma comédia leviana sobre os videojogos arcade. Não costumo gostar dos filmes de Adam Sadler, mas o tema deste até me interessou. Michelle Monaghan, Peter Dinklage e Sean Bean também entram no filme, sim temos dois atores de “Guerra dos Tronos“. Num planeta ameaçado por aliens o maior grupo de tótos terá de salvar o Planeta Terra e jogar os jogos old-school, Pac-Man, Q.Bert, Donkey Kong e Super Mario são alguns do jogos que marcam presença no filme. Apesar de ser previsivél o enredo, existem aspectos positivos os efeitos dos pixels adaptados ao mundo real estão bem produzidos, e existe momentos que nos fazem rir, um grupo improvável que tem de salvar o mundo.

Para os gamers, provavelmente este seria um sonho, fazer parte do jogo favorito. Mas quando vidas estão em perigo, a pressão é mais alta. “Pixels” é portanto um filme amigável, cheio de aventura com uma comédia leve. Concluindo não acrescenta nada de novo e torna-se num filme de domingo à tarde, para ver quando estamos entre o sono e a preguiça. O blogue atribui 3 em 5.

Rating: 3 out of 5.