Crítica: A vida de Pi

Um jovem rapaz que sobrevive a um naufrágio no mar, embarca numa fantástica viagem de descoberta. Enquanto isso cria uma fantástica ligação com outro sobrevivente: um majestoso tigre de Bengala.

Título: Life of Pi
Ano: 2012
Realização: Ang Lee
Interpretes: Suraj Sharma, Irrfan Khan, Adil Hussain…
Sinopse: Um jovem rapaz que sobrevive a um naufrágio no mar, embarca numa fantástica viagem de descoberta. Enquanto isso cria uma fantástica ligação com outro sobrevivente: um majestoso tigre de Bengala.

 “A vida de Pi” não é um filme comum. A sua narrativa, baseada no livro de Yann Martel expressa uma forma de pensar única, límpida e muito natural. O realizador Ang Lee tornou-a numa visão o mais realista possível. Recorreu ao uso da tecnologia, para conseguir efeitos fantásticos que se tornam num vislumbre aos nossos olhos. Uma harmonia natural de luzes, natureza e simplicidade nas pequenas coisas.

A história do filme é narrada pelo próprio Pi (Irrfan Khan), na sua versão do futuro.  A sua história com o encontro da espiritualidade foi contada a um jovem escritor, que pode ou não aceitar a veracidade dos eventos conforme a sua perspectiva de vida. Mas essa é a verdadeira prova do acreditar.

Nascido com o nome Piscine Patel (Suraj Sharma), vivia na Índia e desde pequeno que mantinha uma forte conexão com a religião. Não sabia explicar, mas aceitava cada uma e rezava a cada uma. Enquanto se mudava com a sua família para uma vida melhor, o navio onde embarcava, afunda-se. Sozinho em pleno mar alto, Pi não está sozinho no salva-vidas, consigo está um feroz tigre de Bengala que não pretende abdicar do seu espaço. Pi terá de aprender a conviver com o seu companheiro selvagem, de forma a tentar sobreviver a esta viagem. Uma boa dose de coragem e determinação é necessário para enfrentar os obstáculos de sobrevivência.

A vida de Pi” é uma viagem alucinante que nos faz pensar sobre o sentido da vida, e a força da nossa própria existência. A crença e o simbolismo religioso é muitas vezes marcado como referência neste filme.

O realizador Ang Lee, tornou esta película numa maravilhosa experiência cinematográfica. Os lindos efeitos e paisagens que abordam o Oceano Pacífico são de deixar o queixo cair. Aliás este filme conseguiu ainda vencer o Óscar de Melhor Banda Sonora, Melhor Realizador, Melhor Fotografia e Melhor Efeitos Visuais.

Apesar das filmagens não terem aspecto a ser apontado, o argumento já não é assim. A meio do filme falta o fulgor com o protagonista e o seu parceiro de naufrágio. A conexão de ambos podia ser mais envolvente, mas acontece que adormece um pouco durante  alguns minutos.

Concluindo este é um filme belíssimo sobre o acreditar. A referência em Deus é mencionada e torna-se num ponto crucial durante todo o filme. O blogue atribui 4 estrelas em 5.

Rating: 4 out of 5.