Steven Spielberg dedicou-se totalmente a um drama real sobre a Guerra Fria.
Convém frisar logo no início que “A Ponte dos Espiões” é um filme baseado em factos verídicos. Sim aconteceu mesmo, por mais incrível que pareça. Estávamos em 1962, em pleno pico da Guerra Fria, e o que pode parecer uma realidade distante, não aconteceu assim há muitos anos. O filme começa em Brooklyn, com a captura de Rudolf Abel (Mark Rylance). O homem estava a ser seguido por um agente do FBI. As acusações eram simples, Rudolf era um espião soviético. Parcialmente cidadão norte-americano deve ser julgado como tal, e para isso tem um advogado de defesa. James B. Donovan (Tom Hanks) é o escolhido para tal tarefa, e mesmo sendo considerado o “the most unpopular man in America” devido ao caso, é justo no seu trabalho e pretende conhecer o lado da história do julgado. Abel e Donovan rapidamente perdem as intimidades e começam a conhecer-se melhor, dessa inesperada relação cresce uma amizade. Apesar do olhar e opinião acusadora do povo americano, Donovan deseja um julgamento adequado, mesmo com decisão já tomada da justiça do país. No entanto quando um piloto norte-americano é capturado pela Rússia, apenas Donovan é o único homem capaz de negociar os interesses prisioneiros.
Steven Spielberg como realizador e os irmãos Ethan e Joel Cohen como argumentistas, juntamente com Matt Charman, tornam-se numa combinação de genialidade e equilíbrio. [LER MAIS]