Good Morning Call

Um dorama japonês sobre o romance que nos vai prender ao ecrã desde o primeiro episódio. Esta é uma produção da Netflix com duas temporadas que se foca no primeiro amor de uma jovem do ensino secundário que se apaixona inevitavelmente pelo rapaz mais popular da escola, quando por mero acaso são “obrigados” a viverem juntos.

O primeiro amor

Um dorama japonês sobre o romance que nos vai prender ao ecrã desde o primeiro episódio. Esta é uma produção da Netflix com duas temporadas que se foca no primeiro amor de uma jovem do ensino secundário que se apaixona inevitavelmente pelo rapaz mais popular da escola, quando por mero acaso são “obrigados” a viverem juntos.

Nao e Uherara vão assim aprender a conviverem um com o outro, apesar de serem mesmo muito diferentes. Além do romance, temos uma comédia jovial, bem-disposta e que apela imenso aos nossos sentimentos. Este dorama foi uma surpresa que e cativou a minha atenção desde do início.

O que fazias se fosses vítima de uma fraude, onde terias de aceitar viver num fantástico apartamento, com muito espaço, no centro de Tóquio e com uma renda baixíssima? Mas como conveniente terias de viver com uma pessoa que não conhecias. Essa situação aconteceu a Nao, que para se manter longe da vida do campo onde estão os pais e conseguir ser independente na grande cidade, aceitou essa condição (mas não o sabia). Feliz no seu novo apartamento, essa decisão pareceu errada, quando Uherara também seria um dos inquilinos. Ambos foram vítimas de uma fraude de arrendamento do apartamento e por isso terão de aprender a viverem juntos.

Nao Yoshikawa (Haruka Fukuhara) é a típica rapariga japonesa, sonhadora, distraída e com ambições românticas para a vida. Gosta de ajudar os outros, mas passa um pouco despercebida aos olhos dos outros e apenas a sua melhor amiga Marina é a sua ouvinte. Hisashi Uherara (Shunya Shiraishi) é o oposto. Um tipo calado, que não revela os seus sentimentos, vive um mundo só seu e tem centenas de raparigas atrás dele na escola. De boa aparência é um rapaz popular. A vida de ambos juntou-os e apesar de serem diferentes, os opostos atraem-se.

RESENHA] Good Morning Call 2 - Capopeiros
Em perfeito juízo?!: Good Morning Call 2

Neste dorama (série de drama) produzido pela Netflix no Japão, inspirada na manga com o mesmo nome, escrita por Yue Takasuka, seguimos uma história carismática e meiga sobre a busca e conquista do primeiro amor. Enquanto isso a comédia também está presente nesta série, seja pelas trapalhadas de Nao que exagera nas suas expressões, ou na verdade escondida de que ambos vivem juntos (é contra a regra da escola). Apesar de apresentar uma narrativa que já conhecemos, muitas reviravoltas acontecem e quando esperávamos que tudo estava a correr bem, algo acontece. O romance entre estes dois vai demorar a acontecer, mas estamos a torcer por eles, apesar de muitos obstáculos pelo caminho. A primeira temporada foca-se no relacionamento de Nao e Uherara e como vai evoluindo e a segunda temporada, aborda os dias de faculdade. Onde os protagonistas amadurecem, e os seus sentimentos também. Além dos protagonistas, temos histórias com personagens secundárias fortes que se interligam bastante.

Um drama fofinho com personagens cativantes e que segue o género que estamos habituados a ver em anime. Uma boa aventura para quem (tal como eu) se quer iniciar em doramas. A forma como os japoneses reflectem os seus sentimentos é marcante e deixa-nos com um aperto no coração. Além disso, muitas vezes demonstram olhar vazio e triste, o que nos desampara e sentimos mesmo por aquelas personagens. Não conhecia uma série tão sentimental como esta. “Good Morning Call” foi uma surpresa e fiquei apaixonada por este casal.

Boneca Russa

Nadia, uma mulher adulta russa muito experiente que é surpreendida no seu dia de aniversário por uma mega festa, contudo a sua vida quando mesmo nesse dia é atropelada e morre imediatamente no local. Só que tudo está diferente, quando abre os olhos e está novamente na sua festa de aniversário e tudo está a acontecer exactamente da mesma maneira. Confusos?

E se repetíssemos o mesmo dia vezes sem conta?

Todos nós temos dias bons e como reverso, dias maus. Uma segunda oportunidade poderia surgir nas nossas acções se por ventura conseguíssemos viver o mesmo dia várias vezes e mudar onde erramos. Mas será essa uma fácil solução aos nossos problemas?

Nadia, uma mulher adulta russa muito experiente, é surpreendida no seu dia de aniversário por uma mega festa, contudo a sua vida quando mesmo nesse dia é atropelada e morre imediatamente no local. Só que tudo está diferente (ou melhor igual), quando abre os olhos e está novamente na sua festa de aniversário e tudo está a acontecer exactamente da mesma maneira. Confusos?

Nesta comédia com uma produção da Netflix temos um plot interessante. O mesmo reflecte sobre o facto de vivermos diariamente o mesmo dia sem alteração. Durante oito episódios e com apenas uma temporada, “Russian Doll” é uma série divertida, carismática e muito original. No protagonismo temos a atriz Natasha Lyonne que se torna na cara da série. Feita mesmo à sua medida, este papel principal foi criado para a atriz. Depois de experiências em American Pie e Orange is the New Black, Natasha interpreta uma ruiva aos caracóis com gosto por substâncias ilícitas e que que vive sobre a frase de carpe diem. À medida que a série avança percebemos que esta personagem, é mais complexa do que aparenta e os seus traumas do passado, que de alguma forma ainda interferem no futuro.

A música “Gotta get up” interpretada por Harry Nilsson ecoa ainda na minha cabeça após várias vezes que ouvimos esta canção na série. Sempre que Nadia acorda de mais uma morte do qual é sugada para reviver novamente o mesmo dia. Somos transportados, tal como ela para a sua festa de aniversário e dessa maneira a música continua. “Gotta get up” não podia ser mais adequada a esta situação estranha. Por vezes deixamos a nossa vida absorver todos os nossos momentos que nos esquecemos de cuidar um pouco de nós e até dos outros. O dia-a-dia é uma forte correria que por vezes foge do nosso controlo e apenas precisamos de parar e pensar um pouco.

A premissa de “Russian Doll” não é nova já a conhecíamos em exemplos como: Happy Death Day (2017), Naked (2017), Before I Go (2017), Edge of Tomorrow (2014), Source Code (2011). Contudo o que inspira mais confiança é o carisma da protagonista Natasha que consegue cativar a que cada episódio seja uma nova aventura. A série demorou a começar, só conseguimos o interesse a partir do quarto episódio, quando algumas perguntas começam a ter resposta e estamos cada vez mais próximos da conclusão. Outras personagens deviam ter sido aproveitadas, e por tal aconteceu várias falhas e confusões entre os relacionamentos de cada um.

Russian Doll” é uma série muito curta e rápida que apresenta uma comédia coerente e nos faz com vontade de conhecer mais. A segunda temporada já foi confirmada pela Netflix, só espero que não estraguem o que está bem.

Netflix Portugal

O Método Kominsky

Envelhecer não é fácil. É um facto complicado para todos nós. O corpo já não responde como respondia, as capacidades começam a ficar limitadas e até o nosso humor altera. Com Michael Douglas na produção e com a distribuição da Netflix, temos uma série de drama mas divertida sobre a circunstâncias da vida e tudo ao que implica.

Envelhecer não é fácil. É um facto complicado para todos nós. O corpo já não responde como respondia, as capacidades começam a ficar limitadas e até o nosso humor altera. Com Michael Douglas na produção e com a distribuição da Netflix, temos uma série de drama mas divertida sobre a circunstâncias da vida e tudo ao que implica. “O Método Kominsky” segue a vida de dois melhores amigos, Sandy (Douglas) Norman (Alan Arkin) que divagam sobre as dificuldades de envelhecer e como contornar essas circunstâncias com muito humor. Durante duas temporadas com oito episódios cada uma, somos espectadores de uma amizade que já dura anos e como a idade é um posto, podem implicar e resmungar da forma que mais acharem adequada.

Com um argumento bem escrito e com personagens carismáticas sentimos uma conexão com esta série. Apesar do seu carácter dramático, faz-nos rir e é o que precisamos. Mesmo em alturas de crise, estas personagens utilizam o humor como arma O que resulta para o facto de sermos um pouco mais positivos, apesar das circunstâncias. Por isso esta série resulta muita bem.

Os atores Michael Douglas e Alan Arkin estão impecáveis nos seus papeis e hilariantes. Partilham uma forte amizade e velhos queixosos, mas que adoramos até invejamos este pensamento positivo pela vida.

Vencedor de prémios como: globo de ouro para melhor série de comédia e Melhor ator para Michael Douglas, facilmente percebemos o seu carácter de sucesso. Uma surpresa agradável sobre a vida ser um “saco” e por vezes ser desconfortável, mas são todos passos para uma oportunidade melhor e onde também existem momentos bons.

O Método Kominsky” tornou-se numa surpresa agradável, uma bem-disposta comédia dramática com um elenco principal de excelentes atores com uma nova perspectiva de vida. Porque velhos são os trapos e pior do que envelhecer é viver com arrependimentos.

Netflix Portugal

Casanova (2005)

Uma mini-série sobre as aventuras e desventuras do romântico Casanova enquanto tenta escapar-se dos sarilhos em Veneza. Com David Tennant e Peter O’Toole nos principais papéis.

Nesta mini-série produzida para BBC em 2005, com um total de três episódios, seguimos as aventuras romantizadas do sedutor Casanova. Escrito por  Russell T Davies e realizado por Sheree Folkson. Contado a história do século XVIII sobre o aventureiro  Giacomo Casanova, baseado nos seus 12 livros de memoirs. No começo da série a versão mais velha de Casanova (Peter O’Toole) relembra os seus momentos de jovem, interpretado pelo ator David Tennant.

Estamos no ano de 1798. Casanova, um bibliotecário sem dinheiro, com 70 anos, começa a contar a sua história. Voltamos para a sua infância, um filho de um ator de Veneza, enquanto jovem estuda para padre, mas é expulso do seminário. Neste momento conhece a jovem Henriette e apaixona-se, no entanto ela está prometida ao duque de Grimani. No entanto a vida tem as suas complicações e durante este tempo o casal separa-se e reencontra-se várias vezes. As paixões de Casanova e aventuras são explicadas de forma divertida, enquanto trama algumas fraudes para conseguir dinheiro. Claro que todas estas situações não são para sempre e quase no final da sua vida, Casanova procura finalmente pelo seu único e verdadeiro amor, Henriette.

Nesta série não só os momentos de boa-disposição e ação estão presentes, o romance é um constante. Apesar dos inúmeros casos de luxúria do protagonista, apenas desejamos que no final fique com Henriette. O ator David Tennant está mesmo perfeito no papel, mesmo antes de ser o Doctor em Doctor Who.

O argumento está bem delineado com frases cativantes e com sentimentos profundos. Esta é uma mini-série bastante completa. Além disso ficamos hipnotizados com as fantásticas paisagens e cenários de Veneza que romantizam qualquer situação. Além de Itália, viajamos pelo Reino Unido e França, enquanto os anos avançam por estas personagens. Para quem gosta de romances históricos e que até não demora muito, “Casanova” é uma excelente recomendação. Coincidência ou não esta série foi lançada no mesmo filme com o mesmo nome, onde o protagonista era interpretado pelo ator Heath Ledger.

Aqui em baixo deixo uma surpresa, porque a música é linda e não se encontra em mais lado nenhum.

Fleabag

Fleabag conquistou todos os prémios, incluindo a de Melhor Comédia. A culpa é protagonista, interpretada por Phoebe Waller-Bridge. Completamente sassy e complexa, mas que mulher não é?

Fleabag conquistou todos os prémios, incluindo a de Melhor Comédia. A culpa é protagonista, interpretada por Phoebe Waller-Bridge. Completamente sassy e complexa, mas afinal que mulher não é?

A protagonista não tem nome próprio, por isso vamos chama-la de Fleabag. Phoebe Waller-Bridge é a atriz, produtora e argumentista da série. Além deste trabalho também escreve para a série “Killing Eve“. Uma mulher para “quase” tudo, mas é mesmo assim. Não havia sentido de outra maneira. Começou por ser uma peça de teatro de uma mulher só, mas foi a BBC que insistiu no talento de Phoebe e produziram, Fleabag. Com monólogos protagonizados principalmente pela protagonista, acompanhamos as suas dificuldades de coerência mental, enquanto lida com o seu vício por sexo e a perda da sua mãe e melhor amiga. Fleabag ainda luta para manter uma sanidade estável na sua família, onde existe muitas barreiras de comunicação, com a sua irmã e pai e ainda manter de pé o negócio do seu café.

O que torna Fleabag numa série de sucesso é mesmo a sua protagonista e criadora Phoebe Waller-Bridge. As suas expressões faciais de Phoebe são de melhor e em muitos momentos nos conectamos com a personagem, por nós na nossa vida também somos assim. Esta relação surge, porque muitas das vezes Fleabag comunica com a audiência sobre os seus pensamentos mais íntimos. De uma forma mais provocadora e com o uso do humor negro, aproximamos-nos desta personagem sarcástica e complexa. Mesmo como uma peça de teatro (tal como era para ser originalmente) em que uma personagem mantém um diálogo com o público sem que os outros intervenientes se apercebam.

A sua curta duração de apenas 6 episódios em duas temporadas, com um tempo de 30 minutos cada episódio, torna esta série fácil de ver e muito viciante. A protagonista tem falhas e não tem medo de assumi-las, daí que também nos aproximamos mais dos seus problemas, que são demasiadamente complexos para uma solução prática. Mas Fleabag tenta erguer-se das suas adversidades e continuar a viver. Um bocadinho de cada nós por vezes irratadiça, incoerente e não politicamente correta. Esta série, além de uma comédia, é um drama e tal necessita de vilões. Temos Olivia Colman (antes de pertencer ao elenco de The Crown) e Brett Gelman (Stranger Things) que promovem a tirania na série.

Ambas as temporadas são surpreendentes e mantém-se na mesma qualidade. O humor britânico está bem vinculado e por tal torna-se bem hilariante. Fleabag pensa como nós. Concluindo esta é uma excelente série, que já terminou, e apesar de querermos muito mais, ficamos bem felizes com o resultado final. Todos deviam conhecer esta série. Em Portugal podemos conhecer Fleabag na Amazon Prime Video.

Vídeo Review:

Dois Homens e Meio

“Dois Homens e Meio” ou em versão original “Two and Half Men” é uma série norte-americana criada por  Chuck Lorre e Lee Aronsohn, e estreou a 2003, terminado após 12 temporadas em 2015.

“Dois Homens e Meio” ou em versão original “Two and Half Men” é uma série norte-americana criada por  Chuck Lorre e Lee Aronsohn, e estreou a 2003, terminado após 12 temporadas em 2015. Protagonizada por Jon Cryer e Agnus T. Jones, sendo e períodos diferentes acompanhados por Charlie Sheen e Ashton Kutcher. Neste sitcom acompanhamos o dia-a-dia numa casa com testosterona a mais.

A narrativa centra-se na Califórnia, mais precisamente em Malibu, numa casa de praia. Dois irmãos, muito diferentes um do outro, vivem juntos. Charlie é o dono da casa e vive a sua vida ao máximo. Cria jingles conhecidos e ganha muito dinheiro, diverte-se com muitas mulheres, noites exageradas e álcool. Já o irmão é considerado o oposto, um falhado e recém divorciado, oferece-se para viver com o irmão. Quase sem dinheiro, trabalha como osteopata num consultório e tem um filho de 10 anos. O rumo da história mudou drasticamente, após o tratamento ofensivo que Charlie Sheen fez aos criadores da série, e mesmo devido aos tratamento dos seus vícios. Sheen foi despedido e entrou uma nova personagem, Walden Schimidt, um bilionário da Internet que comprou a casa de Charlie e por arrasto tem o irmão dele, Alan. Walden também está a recuperar de um divórcio e aí Alan vai ser o seu grande apoio.

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A comédia machista é o ponto chave deste comédia. No entanto ainda conseguimos tirar algumas risadas de cada episódio. Um humor exagerado que até convence. Mesmo seguindo o mesmo trajecto cada episódio, consegue surpreender com o argumento imprevisível e com alguma piada.

O que ajudou a manter a segurança desta série, durante tantos anos, foi mesmo a base feminina. Além dos protagonistas masculinos, conhecemos a mãe de Alan e Charlie, uma mulher viciada em plásticas, sem carinho emocional que pensa que é mais nova. A neurótica Judith, ex-mulher de Alan que se queixa constantemente e Berta, a empregada de Charlie que tem a língua afiada e consegue meter medo. Estas foram as personagens que se mantiveram até ao fim, contudo existem muitas outras que foram recorrentes durante algum tempo.

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Relativamente à mudança de protagonista da série. A atitude de Charlie Sheen não foi a mais correta, contudo a série gerava muito à sua volta, onde até o nome da personagem se mantinha igual ao seu. A sua falta foi sentida, mesmo na perspectiva diferente na chegada de Ashton Kutcher.

Santa Clarita Diet

Fazem falta séries de comédia com o carácter sobrenatural, ou então mesmo de humor negro. “Santa Clarita Diet” veio libertar o jejum nesse género. Com uma produção da Netflix, e exibida em 2017, conseguiu um total de três temporadas. No elenco principal temos Drew Barrymore (que também trabalha como produtora) e Timothy Olyphant. A química entre ambos é evidente quando interpretam marido e mulher.

Fazem falta séries de comédia com o carácter sobrenatural, ou então mesmo de humor negro. “Santa Clarita Diet” veio libertar o jejum nesse género. Com uma produção da Netflix, e exibida em 2017, conseguiu um total de três temporadas. No elenco principal temos Drew Barrymore (que também trabalha como produtora) e Timothy Olyphant. A química entre ambos é evidente quando interpretam marido e mulher.

Sheila e Joel, casados, ambos trabalham no sector imobiliário, em Santa Clarita e tem uma filha adolescente, Abby. A família tipicamente normal muda, a partir do momento em que Sheila devido a uma má disposição, vomita uma estranha bola vermelha e começa a comer apenas…carne humana. Confusos sobre o que realmente aconteceu, a família terá de se juntar e esconder muito bem este segredo, que aos poucos e poucos começa a dar nas vistas. Além de não se magoar, nem de envelhecer, Sheila é caracterizada como uma undead, mas tenta redimir-se ao apenas matar pessoas que acha que merece, e para isso tem a ajuda do marido.

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A narrativa é original e não deixa de surpreender enquanto descobrir a verdade sobre o mistério da Sheila. Nesta comédia de zombies dos tempos modernos, sobre uma família que vive nos subúrbios, temos vários momentos que divertem, mas ainda conseguem chocar os mais sensíveis. O argumento bem escrito consegue promover a curiosidade de insistirmos nesta pequena série, mas também nos faz rir devido às situações mirabolantes em que a Sheila e o Joel se conseguem meter. O que acho é que como casal deixam muitas vezes a filha, Abby (Liv Hewson) à parte dos acontecimentos. E por isso esta personagem começou a criar uma história só sua, com o seu melhor amigo, Eric (Skyler Gisondo), mas não tão interessante.

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O que se torna mesmo delicioso de assistir neste leve comédia é a interacção dos atores Drew Barrymore e Timothy Olyphan, pois é notório o divertimento aos interpretarem as suas personagens. Cada temporada aborda uma temática, e mesmo apesar de estar tudo perdido, a roda muda. A terceira e última temporada foi a melhor. Mesmo com comédia, existe ação e desenvolvimento das personagens. “Santa Clarita Diet” é mesmo assim divertido de assistir. Uma série para relaxar e devorar rapidamente.

Seinfeld 30 anos depois

Assinala exactamente neste mês, 30 anos desde que a série “Seinfeld” estreou nas televisões norte-americanas. O sitcom que revolucionou completamente o conteúdo televisivo de comédia e que serviu de inspiração para muitas das séries que conhecemos como: “FRIENDS”, “A Teoria do Big Bang” e “How I met your mother”. Na verdade, quando foi lançada não se esperava que alcançaria o sucesso que teve, mas durante nove temporadas conseguiu criar um diálogo com tópicos interessantes e ainda animar o público. Esta série de culto é ainda hoje uma referência na cultura pop, mas começou por ser uma “série sobre nada”, pois apenas retratava o quotidiano normal de quatro amigos em Manhattan

Assinala exactamente neste mês, 30 anos desde que a série “Seinfeld” estreou nas televisões norte-americanas. O sitcom que revolucionou completamente o conteúdo televisivo de comédia e que serviu de inspiração para muitas das séries que conhecemos como: “FRIENDS”, “A Teoria do Big Bang” e “How I met your mother”. Na verdade, quando foi lançada não se esperava que alcançaria o sucesso que teve, mas durante nove temporadas conseguiu criar um diálogo com tópicos interessantes e ainda animar o público. Esta série de culto é ainda hoje uma referência na cultura pop, mas começou por ser uma “série sobre nada”, pois apenas retratava o quotidiano normal de quatro amigos em Manhattan.


Como começou?

Para falarmos da série “Seinfeld” temos que falar primeiro no homem que a criou, Jerry Seinfeld. O mesmo atribuiu o seu nome ao show e além de criar grande parte dos textos, também foi ator principal. Tudo começou em 1976 quando Jerry um rapaz com um jeito natural para a piada com intervenções espontâneas e inteligentes, sobe ao palco para a sua primeira apresentação de stand-up comedy. O sucesso foi crescendo e o seu nome foi recebendo destaque. Em 1988 Jerry foi abordado pela NBC para a criação de um sitcom. Juntamente com o comediante Larry David, Jerry Seinfeld, criou a sua própria série. Ainda nessa altura não sabia que seria das mais vistas de sempre. Tudo começou a ser planeado apenas como um especial de comédia de apenas 90 minutos, mas tópico junta tópico e no total conseguiram ficar nove anos na televisão. Larry e Jerry desafiavam um ao outro com perplexidade sobre os diferentes paradigmas sociais. No final dos anos 80 era poucos os tópicos mais impertinentes que eram comentados na televisão. Esta série desafiou tudo e todos.


Qual é o assunto?

Para um argumento mais completo e fiável, criaram um conjunto de quatro personagens principais que ainda hoje nos lembramos, são eles: Jerry, George, Elaine e Kramer. Cada um com uma personalidade distinta. Jerry (Jerry Seinfeld) interpreta dele próprio. Mais ajuizado, mas sempre com uma palavra sarcástica ou comentário depreciativo na ponta da língua. George (Jason Alexander), o neurótico e demasiado irritável. Mesquinho e desonesto, consegue estar quase sempre em apuros. Elaine (Julia Louis-Dreyfus), ex-namorada de Jerry, inteligente e confiante, consegue ser demasiadamente honesta com as pessoas, algo que lhe traz algumas confusões. Kramer (Michael Richards), o vizinho de espírito livre de Jerry que vive a vida no limite. Interrompe sempre a casa do vizinho para lhe pedir comida, e tem um penteado peculiar. O que foi extraordinário nestas personagens é que todas foram baseadas em pessoas verídicas da vida de Jerry e Larry. Além destas recorrentes, destacam-se outras como o insuportável Newman e o espalhafatoso pai do George.

Sem dúvida que “Seinfeld” mudou a forma como se fazia televisão. Cada episódio começava sempre da mesma maneira. Jerry dava a abertura com um diálogo de stand-up comedy, focando-se em temas banais do dia a dia e questões mirabolantes, mas que realmente fazem sentido. “Seinfeld” não era um sitcom normal. Não existiam personagens heróicas, nem finais felizes. A verdade nua e crua sobre situações reais e dúvidas existenciais, com relacionamentos amorosos falhados, comportamentos sociais e complicações de emprego.

Qualquer fã que conheça a série, sabe que esta é uma série sobre nada. Isto, porque, num dos episódios, George e Jerry discutem sobre a probabilidade de criarem um show. Em conversa, referem que não precisam de uma história fixa, mas criam um show sobre nada, onde cada um deles pode ser uma personagem. Na realidade, foi quase isto que aconteceu. Contudo, Larry afirmou que na verdade esta série é sobre tudo, pois foca-se em todas as situações, que nós como seres humanos nos sentimos familiarizados.

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Sucesso

Já referi que “Seinfeld” revolucionou a época da televisão moderna. Temas tabu como orgasmos, métodos contracetivos, aborto e masturbação eram comentados sem pudor e até com episódios dedicados inteiramente ao assunto. A personagem Elaine, foi considerada das melhores personagens femininas da televisão. A sua atitude feminista e o à vontade a falar as relações amorosas que ia experimentado, valeram-lhe esse título. No início dos anos 90 tais assuntos ainda não eram frequentes.

Contudo, não foi só do fantástico texto e frases mediáticas que conhecemos o sucesso desta série. Vários são os episódios que estão marcados na nossa memória. Um dos melhores episódios do show foi “The Chinese Restaurant”, na segunda temporada. Apesar do descontentamento dos produtores com o argumento deste episódio que, durante 20 minutos, se passou num restaurante, enquanto as personagens esperavam a sua vez para conseguir mesa. O resultado final foi de um sucesso enorme, pois em nenhum outro programa de televisão tal aconteceu. Este episódio foi real, apresentado uma situação banal que já nos aconteceu, como esperar para comer num restaurante. Relembro mais episódios como “The Soup Nazi”, na sétima temporada, quando Elaine decide quebrar as regras no restaurante com a melhor sopa da cidade. Porém, a frase “No Soup for you” é aquele ponto alto que ainda nos lembramos. Já o peisódio “The Contest” foi vencedor de um Emmy, onde desafiou as personagens a um concurso para quem conseguia ficar mais tempo sem se masturbar. Um pouco mais polémico mas que conseguiu conquistar a audiência, pela efectividade com que conseguiram retratar o tema.

“Seinfeld” é uma série sem politiquices que merece o seu lugar no pódio dos melhores sitcoms da televisão. Foi o pioneiro em muitos assuntos tabus e conseguiu servir de inspiração para outras séries do género. Ainda hoje conhecemos alguns ensinamentos de Seinfeld sobre temas banais, mas muito presentes no dia-a-dia. O grupo de personagens ficcionais apresentadas conseguiu adequar-se bem à realidade e espelham-se ainda na sociedade moderna. Apesar do que ter falhado foi o desenvolvimento da série, que não crescia com uma história linear, valeu-lhe a imensa piada que tinha e a simplicidade de apresentação dos temas. 30 anos depois ainda deixa a sua marca na televisão.

Sabrina a Bruxinha Adolescente

Sabrina Spellman, interpretada pela carismática e divertida Melissa Joan Hart, ao fazer 16 anos, descobre que é metade mortal e metade bruxa. Nesta idade, começa a receber poderes, mas rapidamente percebe que tudo tem um preço e nada se torna tão simples como parece. A viver com as suas tias bruxas, a responsável Zelda e a desatinada Hilda, vai aprender que não se deve tomar o caminho mais fácil.

Lembro-me de ser miúda a assistir religiosamente aos episódios que eram transmitidos da Sabrina no canal RTP2 na hora do jantar. A minha memória é mais clara nas últimas temporadas, quando a protagonista já estava na faculdade. “Sabrina a Bruxinha Adolescente” foi exibida em 1996 e conseguiu-se manter no ar até 2000. Recentemente voltei a pegar nesta série, que até ao momento estava esquecida, que começou a ser relembrada devido ao lançamento de uma nova série da Netflix com o mesmo nome, mas produzida noutros parâmetros. Escolhi voltar a vi este sitcom, porque primeiro não cheguei a terminar, e a minha curiosidade persistia. Será que a Sabrina ficou com o Harvey? e segundo queria uma série descontraída, e curta que servi-se para assistir ao final do dia e ainda rir um pouco. Comecei a ver, e o meu namorado não resistiu, acompanhou-me nesta aventura de rever um fantástico clássico da televisão.

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Sabrina Spellman, interpretada pela carismática e divertida Melissa Joan Hart, ao fazer 16 anos, descobre que é metade mortal e metade bruxa. Nesta idade, começa a receber poderes, mas rapidamente percebe que tudo tem um preço e nada se torna tão simples como parece. A viver com as suas tias bruxas, a responsável Zelda e a desatinada Hilda, vai aprender que não se deve tomar o caminho mais fácil. Além disso o gato de companhia falante Salem tem sempre opinião sobre todos os assuntos, às vezes inconveniente, mas sempre com a mesma piada.

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Esta série produzida por Hartbreak Films, Archie Comics, Finishing the Hat Productions, e Viacom Productions conseguiu ser um sucesso televisivo. Numa época em que se procurava chegar a um público mais juvenil , esta foi a solução encontrada que conquistou miúdos e graúdos. Apesar da sinergia cliché entre todas as personagens, “Sabrina The Teenage Witch” era engraçada, com muitas das piadas “secas” utilizadas por Salem e os sarilhos e diálogos protagonizados por Sabrina.


Resumo das Temporadas

Temporada 1

Nesta primeira temporada, Sabrina no seu 16º aniversário descobre que é uma bruxa. Meia mortal do lado da sua mãe que não a pode visitar e meia bruxa do lado do seu pai. Entregue ás suas duas tias, começa a desenvolver os seus poderes. Nesta temporada a protagonista tenta encontrar o equilíbrio entre os dois mundos (por vezes difícil), além disso vive nos loucos anos da adolescência. Deseja causar boa impressão no seu crush, Harvey Kinkle mas também deseja evitar problemas com a rapariga popular Libby, que está sempre no seu caminho. O argumento bem escrito foi dos factores cruciais para o seu sucesso. Depois desta temporada a sua melhor amiga Jenny e o professor Mr. Pool saíram da série sem explicação.

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Temporada 2

Com 17 anos, Sabrina descobre que tem de estudar para passar no teste de bruxa, senão perde a licença. Contudo ela não respeita os conselhos das tias e falha. Obrigada a estudar num boot camp para bruxas, consegue passar, mas ainda com cautela. Apenas quando fizer 18 anos terá uma nova prova de feitiçaria. Será orientada pelo Quizmaster que ao longo do ano a vai aconselhar sobre a melhor maneira de fazer magia. Conhecemos a neurótica amiga de Sabrina, Valerie e o novo vice-presidente da escola, Mr. Kraft que acha Sabrina uma rapariga estranha, mas tem uma paixoneta pela sua tia Hilda.

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Temporada 3

Sabrina consegue a sua licença, mas descobre que para conseguir utilizar a mesma, terá de descobrir o segredo da família. Durante a temporada, membros da família visitam-na e oferecem-lhe pistas. No final da temporada as personagens Valerie e Libby saem da série.

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Temporada 4

Nesta temporada, Sabrina é mentora da nova personagem Dreama, uma bruxa muito desajeitada que nada o que faz, sai certo. Um novo amigo de Harvey, Brad, aparece na série. Brad te um gene especial que o torna um caçador de bruxas. Sabrina e Dreama tem de evitar a todo o custo, utilizar magia na presença de Brad. Além disso, a protagonista começa a trabalhar no Bean There, Brewed That, um coffee house, onde conhece Josh, um universitário. No decorrer da temporada as personagens Brad e Dreama, vão desaparecendo da série, sem motivo. A relação entre Harvey e Sabrina estava um pouco tremida devido ao beijo de Sabrina em Josh. No final da temporada Harvey descobre que Sabrina é uma bruxa, devido à quota de feitiços excedida nele e termina com a jovem.

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Temporada 5

Sabrina começa a faculdade e muda-se da casa das tias, para uma casa própria de faculdade. Lá conhece novos colegas: Roxie (uma feminista social), Morgan (uma mimada e fútil rapariga) e Miles (um geek obcecado com ficção científica e paranormal). Hilda e Zelda sentem-se sozinhas desde que a sobrinha saiu de casa e decidem seguir a sua vida. Hilda comprou o coffee house e Zelda começou a leccionar na faculdade. A série termina com um beijo entre Sabrina e Josh que finalmente assumem os seus sentimentos.

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Temporada 6

Ainda juntos, Josh e Sabrina terão de decidir algo importante juntos. Josh recebeu um proposta irrecusável para trabalhar no estrangeiro, o que complica a situação de ambos. Harvey reaparece, mas desta vez namora com Morgan, a colega de Sabrina. No final da temporada, Sabrina acorda em sacrificar o seu verdadeiro amor de forma a que Hilda case com o homem da sua vida. Sabrina parte-se em pedaços quando Harvey e Josh dizem que nunca mais a vão ver na vida.

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Temporada 7

Zelda sacrifica os anos da sua idade adulta para restaurar o coração de Sabrina. Depois das tias, Josh e Miles serem cortados da série, Sabrina e as amigas, Roxie e Morgan vão viver para a casa das tias. A protagonista começa a trabalhar como jornalista na revista Scorch. No final da temporada ela escolhe o seu verdadeiro amor.

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Conclusão

Sabrina a Bruxinha Adolescente” é uma série bastante divertida e apesar de ter o factor teenager , não cai em demasiados dramas do género. O argumento bem contextualizado é dos factores mais positivos e foca-se em temas como a responsabilidade, amizade, amor e fazer o que está certo. Apesar dos sarilhos e dilemas da personagem principal, o público aprende com Sabrina e emendar o errado. Esta é uma série com muita vibe dos anos 90 que me faz lembrar da minha infância, e conseguiu ter um novo gostinho agora que assisti novamente. Quem se lembra desta série?

Doutora no Alabama

Hart of Dixie ou em título português Doutora no Alabama é uma série criada por Leila Gerstein (produtora de Handmaid’s Tale) que conseguiu quatro temporadas ao longo de 2011 e 2015. A história centra-se em Zoe Hart (Rachel Bilson) uma nova-iorquina que para se tornar numa melhor médica é obrigada a praticar medicina numa clínica na pequena cidade no Alabama, Bluebell.

Hart of Dixie ou em título português Doutora no Alabama é uma série criada por Leila Gerstein (produtora de Handmaid’s Tale) que conseguiu quatro temporadas ao longo de 2011 e 2015. A história centra-se em Zoe Hart (Rachel Bilson) uma nova-iorquina que para se tornar numa melhor médica é obrigada a praticar medicina numa clínica na pequena cidade no Alabama, Bluebell. Descobre mesmo aí que a clínica lhe foi deixada pelo anterior médico da cidade, o Dr. Harley Wilkes.

Habituada à cidade e com dificuldades de integração numa pequena vila, Zoe é logo posta de parte pelos habitantes. Contudo a sua simpatia, e bom cuidado médico vão ser factores que a vão aproximar dos seus utentes e será esse o mote para Zoe continuar em Bluebell.

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O sólido elenco é dos factores mais promissores da série. Rachel Bilson (The O.C.) é a protagonista Zoe Hart, deste drama/comédia romântica, muito ao estilo de Gilmore Girls. A atriz é bastante engraçada com atitudes divertidas e estratégias que acabam sempre furadas. Um triângulo amoroso acontece quando Zoe, apaixona-se por George Tucker interpretado por Scott Porter (Friday Night Lights), mas conhece Wade Kinsella (Wilson Bethel), o mulherengo da zona. Apesar de parecer um plot cliché, não é, muito acontece com as personagens. Lemon Breeland (Jaime King), a noiva de George, começou a receber destaque o que originou divertidas peripécias. Lemon conseguiu receber um desenvolvimento emocional maior e foi das personagens que mais cresceu na série.

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Apesar de ser aquele típica girl show, “Doutora no Alabama” consegue diferenciar-se. O argumento bem escrito, complementado com diálogos coerentes e muito divertidos tornam ainda mais apaixonante está série com simplicidade. Cada episódio é uma aventura e depois de conhecermos as personagens melhor, conseguimos mesmo rir em vários momentos. Intrigas pessoais, planos de juntar casais, segredos que são revelados e sentimentos à flor da pele. “Hart of Dixie” foi filmado nos mesmo estúdios de “Gilmore Girls” e “Everwood” que se focam em pequenas cidades, tal como Bluebell. As reviravoltas no plot é uma das características desta série. Para quem aprecia mais este tipo de série relaxante e comédia trapalhona é um excelente serão. Além disso o final desta série foi dos mais divertidos que já assisti. Aquela sensação de happy ending é do melhor.