Enfrentar o Gelo

Uma patinadora Olímpica tenta balançar a sua vida no amor, família e a frágil saúde mental, quando o seu sonho toma grande parte do seu tempo.

Spinning Out” é uma série recente na Netflix que durante uma temporada aborda as complicações do desporto olímpico, patinagem artística no gelo, onde tudo tem de estar em perfeição. Além do ambiente competitivo, seguimos a vida da protagonista, enquanto tenta equilibrar a sua vida amorosa, familiar e a sua frágil saúde mental.

Somos apresentados a Katarina Baker (Kaya Scodelario) uma patinadora Olímpica que após uma forte queda durante uma competição, sofreu um traumatismo. Apesar disso continuou a patinar, mas evitando fazer os grandes saltos. A sua situação em casa, também não é a melhor. A sua mãe uma ex-patinadora Olímpica, tem doença bipolar, e Kat também herdou esse problema. Ambas tem de estar sempre controladas com medicação. A irmã mais nova de Kat, Serena também é patinadora, e esgotou o orçamento familiar num novo treinador, deixando a protagonista à sua sorte. Para continuar a fazer o que mais ama, Kat terá fazer patinagem artística com par, algo que não estava preparada, pois sempre trabalhou sozinha. Justin é um menino rico que que é bom patinador, mas muito egocêntrico e distraí-se muito facilmente.

Faltava uma série assim na televisão, adoro patinagem artística e tornou-se interessante assistir a este desporto noutra perspectiva. O guarda-roupa é também algo que me fascina, e esta série conseguiu ser bastante completa nesse aspecto. Além disso as paisagens de gelo e do frio em Idaho tornam o ambiente mais envolvente.

A protagonista pode ser Kat, mas nesta série as personagens secundárias também recebem a sua própria história. Temos o caso da melhor amiga Jenn, que luta para voltar a competir, Dasha que pretende reencontrar o antigo amor e Marcus, que foi recebendo mais destaque e conseguiu uma história só sua, como um primeiro homem de cor a esquiar em competição. “Spinning Out” é assim uma série completa, em que o argumento está bem estruturado e nos faz prender ao ecrã. Um factor que considerei interessante foi o facto de apresentar muitos momentos no gelo, onde são os próprios atores que patinam. Acredito que não sejam eles nas manobras mais difíceis, mas mesmo assim gostei desse esforço. O mesmo digo das coreografias no gelo. São lindas tal como este desporto pede e faz-nos sonhar.

Concluindo esta é uma série que terminou com apenas uma temporada, mas é agradável de assistir, num assunto não muito comentado como a doença bipolar, aliada à competição do desporto de patinagem artística no gelo. Apesar de jovem o elenco conseguiu estar à altura e foi bom ver Kaya Scodelario (Maze Runner). noutro género de papéis.

Mundos Paralelos

Uma jovem menina está destinada a libertar o seu mundo da influência do Magisterium que mantém em ligação pessoas e os seus animais, caracterizados como daemons.

A série da HBO, His Darks Materials prometia ser uma nova série de fantasia para substituir “Guerra dos Tronos”, mas será que conseguiu?

Baseada nos livros de Philip Pullman, a primeira temporada segue a jovem Lyra Belacqua (Dafne Keen). Uma menina orfã que vive em Oxford onde foi acolhida desde bebé. Lyra com personalidade forte, é corajosa e está sempre à procura de novas aventuras. A busca pelo seu melhor amigo, Roger, desaparecido leva-a a tomar as rédeas do seu destino e a procurar o misterioso caso de crianças que estão a desaparecer. Num mundo diferente, onde os humanos estão ligados a animais, dos quais os chamam de daemons, Lyra tem a ajuda do seu amigo Pan, enquanto procura a verdade e a magia do DUST.

A jornada é cheia de obstáculos e impressibilidades. O elenco é forte nesta série e mesmo a protagonista apresenta a inocência de criança, mas a astúcia de heróina. A atriz Dafne Keen foi fantástica em Logan e nesta série, volta a assumir a liderança. No elenco temos também James McAvoy (um dos meus atores favoritos), como Lorde Asriel. O seu tempo de ecrã não é muito, por isso a imagem dele no poster foi uma excelente jogada de marketing. Contudo não deixa de ser uma personagem importante para o desenrolar da história. Para completar o elenco temos Lin-Manuel Miranda, a sua personagem serve para aliviar o tom pesado de alguns momentos da série e tornar em humor algumas situações. Por outro lado a atriz, Ruth Wilson (Marisa Coulter) aparece sempre com elegância e presença em cada momento. Consegue por todos na sala a olhar para ela e a perfeição está nos pequenos detalhes.

Apesar da série se manter forte em alguns aspectos positivos. Afinal estamos a falar de uma série de fantasia e como tal esse género deve ter sido em conta. As paisagens e os cenários na neve são fantásticos e o mesmo refiro aos efeitos especiais na construção dos animais. A qualidade do CGI é fantástica e muito real, quase que ficamos com vontade de termos um animal falante ao nosso lado. Contudo houve algumas falhas e tal reflecte-se nos aspectos negativos da série. A história paralela contada ao lado da história principal, é confusa e desconstrutiva. Não teve evolução, mesmo no final. Não foi bem abordada e mesmo apesar de sabermos que será importante, não tivemos provas de tal.

A série demorou a arrancar e apesar do primeiro episódio estar bem construído, pois os novos termas que regulam este mundo foram bem apresentados, o mesmo dispersa-se nos episódios seguintes e só no quinto / sexto episódio é que a história volta a arrancar.

Concluindo “Mundos Paralelos” pode ter ritmo para continuar, o final desta primeira temporada foi interessante, por isso tem por onde avançar. Contudo existe factores a nível de argumento que podem bem melhor e explicar ao público aquele universo.

HBO Portugal

Modern Love

A vida de estranhos com um aspecto em comum apenas: O Amor. Em pequenas histórias somos levados pelas dificuldades e obstáculos da vida, mas em cada lugar pode sempre encontrar-se a felicidade.

Nesta pequena série de oito episódios da Amazon acompanhamos histórias distintas de personagens que nada estão relacionadas. Uma série baseada em factos verídicos de pessoas que contavam a sua própria história de amor para o jornal New York Times. Assim nasceu esta série, uma forma que dá a conhecer fantásticas histórias e com muita essência humana.

O elenco é fantástico e em cada episódio, surgem atores que reconhecemos facilmente. Sofia Boutella (A Múmia), Olivia Cooke (Ready Player One), Tina Fey (30 Rock), Anne Hathaway (Os Miseráveis), Catherine Keener (Get Out), Christin Milioti (How I met your mother), Andrew Scott (Sherlock), Dev Patel (Quem quer ser bilionário), entre outros…Podemos assistir à série em episódios sem sequência, porque as narrativas de cada um, não estão interligadas. Cada momento é marcante e acreditam que vai deixar cair uma lagrimazinha.

A primeira narração explica a situação de uma jovem de um condomínio privado que não consegue encontrar um par. Todos os dias o seu porteiro está sempre lá na entrada e assegura-lhe apenas pelo olhar que reprova as suas escolhas. Mas acontece o inesperado, quando engravida e daí será uma aventura descobrir a maternidade, mas tem sempre o seu porteiro para ajuda-la. No segundo episódio conhecemos duas histórias de amor. Uma da jornalista e outra do entrevistado que tornou-se milionário graças a uma aplicação para namoro. Ambos contam histórias de amores perdidos por circunstâncias do tempo ou do péssimo timing. Mas no final conseguem aprender novamente a amar. No terceiro episódio e meu favorito, temos a fantástica interpretação de Anne Hathaway. Uma mulher bipolar que tem dificuldade em comunicar o seu problema e a conseguir alguém para partilhar a sua vida devido à sua condição. Ora está feliz e é a melhor pessoa do mundo, como de um momento para o outro é infeliz e não se consegue mexer. Será que vai melhorar? No quarto episódio temos um casal com filhos e uma vida já caída na rotina que terão de aprender novamente a amar. A terapia de casal sugere fazerem desporto juntos: a resposta surge com um jogo de ténis. No próximo episódio temos um primeiro encontro que corre muito mal e termina com pontos no hospital. Contudo permaneceram sempre juntos. Mas é um primeiro encontro certo? por isso não se pode esperar muito. Será que estavam destinados? O sexto episódio apresenta uma história mais controversa. Uma jovem apaixona-se por um homem bem mais velho, que se assemelha muito ao seu pai. Mas será amor carnal, ou apenas amor afectuoso? Uma jovem adolescente hippie, engravida e decide dar o seu bebé para a adopção. Encontra na agência um casal de homossexuais e não podia ter encontrado melhor par. Será que todos se vão dar bem? Para último episódio temos a perda do amor da sua vida. Um amor mais maduro é diferente quando temos 70 e 80 anos. Demorou muitos anos para encontra-lo, mas conseguiu conhecer a sua alma gémea. Enquanto corta a meta final, descobrimos todas estas histórias a conjugarem-se numa só.

Nesta série deliciosa sobre todas as formas do amor presente, sentimos-nos nostálgicos e felizes ao conhecer estas histórias, que de uma ou outra maneira resultaram. Uma série que nos deixa o coração bater mais forte e que nos faz acreditar na humanidade e principalmente no amor. Esta foi a primeira temporada, mas a segunda já foi confirmada. Podem assistir no Amazon Prime.

Genius: Picasso

Todos conhecem o nome Picasso de uma ou outra maneira. Famoso pintor espanhol que revolucionou a arte moderna e o que na altura os seus quadros valiam milhões, hoje valem biliões. Artista de muitas paixões, sempre viveu em prol do seu dom e conseguiu que isso ficasse em primeiro lugar na sua vida.

O Génio detrás da Obra

Todos conhecem o nome Picasso de uma ou outra maneira. Famoso pintor espanhol que revolucionou a arte moderna e o que na altura os seus quadros valiam milhões, hoje valem biliões. Artista de muitas paixões, sempre viveu em prol do seu dom e conseguiu que isso ficasse em primeiro lugar na sua vida.

Noutra produção da National Geographic conhecemos a vida e a obra de Pablo Picasso, interpretado por Antonio Banderas. Nesta série biográfica conhecemos a vida pessoal do génio e revolucionário para a sua época. Mais uma série muito bem produzida.

A National Geographic tem produzido séries biográficas, de grandes figuras da História. Depois de uma temporada bem conseguida com Albert Einstein (podem ler aqui), a segunda chegou e conhecemos desta vez a vida e a obra do pintor Pablo Picasso. Ambas as narrativas foram fenomenais e bastante completas. O protagonista desta série, foi interpretado pelo também espanhol, Antonio Banderas. Desde os momentos de infância, ao estudos e ao primeiro amor. As suas dificuldades com artista e sonho em ser diferente e conhecido. Passando pelas atribulações amorosas e musas da sua vida, à Guerra, à venda da sua obra-prima e à família. Este foi o percurso de Pablo para conseguir transformar-se no homem que foi. Viveu sempre em prol do seu trabalho, segundo ele não precisava de distracções, mas de inspiração. Seu próprio mestre, fazia as suas obras nos seus próprios termos e trabalhou sempre até à sua morte.

Segundo foi retratado na série, baseado em factos reais, a sua personalidade era jovial, divertida e charmosa (principalmente ao lado das mulheres). Conseguia sempre o que queria e dificilmente alguém lhe fazia frente. Apesar de egocêntrico, sabia que era especial, por isso era um génio.

Viajamos no tempo e com cenários bem calculados, acompanhamos o caminho do artista. Pelas ruas de Espanha e França conhecemos a Europa no início do sec. XX. Desde a infância que assistia às touradas com o pai, e foi este que lhe ensinou a desenhar os primeiros rascunhos, com pombas. Até à criação da sua própria perspectiva e visão, a invenção do cubismo.

A produção da série é excelente. O que tenho a apontar foi a preguiça na escolha do elenco, pois algumas das personagens presentes, também fizeram parte da série Genius sobre Einstein. Deviam ter pensado nisso melhor, pois mistura duas histórias diferentes. Sobre a prestação dos atores, esteve fantástica e Banderas assegurou bem a sua posição como protagonista. O jovem Picasso interpretado por Alex Rich, também conseguiu mostrar a sua presença.

Nesta série pessoal e intimista com um retrato da vida de Pablo Picasso, foi interessante para conhecermos um pouco mais do artista. Espero que a National Geographic continue com estas produções. A terceira temporada será sobre a Aretha Franklyn.

Good Morning Call

Um dorama japonês sobre o romance que nos vai prender ao ecrã desde o primeiro episódio. Esta é uma produção da Netflix com duas temporadas que se foca no primeiro amor de uma jovem do ensino secundário que se apaixona inevitavelmente pelo rapaz mais popular da escola, quando por mero acaso são “obrigados” a viverem juntos.

O primeiro amor

Um dorama japonês sobre o romance que nos vai prender ao ecrã desde o primeiro episódio. Esta é uma produção da Netflix com duas temporadas que se foca no primeiro amor de uma jovem do ensino secundário que se apaixona inevitavelmente pelo rapaz mais popular da escola, quando por mero acaso são “obrigados” a viverem juntos.

Nao e Uherara vão assim aprender a conviverem um com o outro, apesar de serem mesmo muito diferentes. Além do romance, temos uma comédia jovial, bem-disposta e que apela imenso aos nossos sentimentos. Este dorama foi uma surpresa que e cativou a minha atenção desde do início.

O que fazias se fosses vítima de uma fraude, onde terias de aceitar viver num fantástico apartamento, com muito espaço, no centro de Tóquio e com uma renda baixíssima? Mas como conveniente terias de viver com uma pessoa que não conhecias. Essa situação aconteceu a Nao, que para se manter longe da vida do campo onde estão os pais e conseguir ser independente na grande cidade, aceitou essa condição (mas não o sabia). Feliz no seu novo apartamento, essa decisão pareceu errada, quando Uherara também seria um dos inquilinos. Ambos foram vítimas de uma fraude de arrendamento do apartamento e por isso terão de aprender a viverem juntos.

Nao Yoshikawa (Haruka Fukuhara) é a típica rapariga japonesa, sonhadora, distraída e com ambições românticas para a vida. Gosta de ajudar os outros, mas passa um pouco despercebida aos olhos dos outros e apenas a sua melhor amiga Marina é a sua ouvinte. Hisashi Uherara (Shunya Shiraishi) é o oposto. Um tipo calado, que não revela os seus sentimentos, vive um mundo só seu e tem centenas de raparigas atrás dele na escola. De boa aparência é um rapaz popular. A vida de ambos juntou-os e apesar de serem diferentes, os opostos atraem-se.

RESENHA] Good Morning Call 2 - Capopeiros
Em perfeito juízo?!: Good Morning Call 2

Neste dorama (série de drama) produzido pela Netflix no Japão, inspirada na manga com o mesmo nome, escrita por Yue Takasuka, seguimos uma história carismática e meiga sobre a busca e conquista do primeiro amor. Enquanto isso a comédia também está presente nesta série, seja pelas trapalhadas de Nao que exagera nas suas expressões, ou na verdade escondida de que ambos vivem juntos (é contra a regra da escola). Apesar de apresentar uma narrativa que já conhecemos, muitas reviravoltas acontecem e quando esperávamos que tudo estava a correr bem, algo acontece. O romance entre estes dois vai demorar a acontecer, mas estamos a torcer por eles, apesar de muitos obstáculos pelo caminho. A primeira temporada foca-se no relacionamento de Nao e Uherara e como vai evoluindo e a segunda temporada, aborda os dias de faculdade. Onde os protagonistas amadurecem, e os seus sentimentos também. Além dos protagonistas, temos histórias com personagens secundárias fortes que se interligam bastante.

Um drama fofinho com personagens cativantes e que segue o género que estamos habituados a ver em anime. Uma boa aventura para quem (tal como eu) se quer iniciar em doramas. A forma como os japoneses reflectem os seus sentimentos é marcante e deixa-nos com um aperto no coração. Além disso, muitas vezes demonstram olhar vazio e triste, o que nos desampara e sentimos mesmo por aquelas personagens. Não conhecia uma série tão sentimental como esta. “Good Morning Call” foi uma surpresa e fiquei apaixonada por este casal.

Empire

Produzida para o canal Fox, “Empire” é uma série que explora os ritmos do hip hop e de como uma discográfica lida com as situações complicadas da indústria da música. Enquanto isso conhecemos a família Lyon, proprietária da Empire que vive somente para a música, mas que não sabem lidar uns com os outros.

Música. Família. Poder

Produzida para o canal Fox, “Empire” é uma série que explora os ritmos do hip hop e de como uma discográfica lida com as situações complicadas da indústria da música. Enquanto isso conhecemos a família Lyon, proprietária da Empire que vive somente para a música, mas que não sabem lidar uns com os outros.

O primeiro episódio foi muito bem construído e recebeu críticas positivas. No protagonismo temos Terrence Howard e Taraiji P., que interpretam o casal Lyon. Apesar dos fortes conflitos entre ambos, a química entre os atores é inegável.

Empire” é uma série da FOX que durante seis temporadas se manteve no ar. A produção começou em 2015, mas logo sabíamos que era uma série para durar. No elenco tínhamos o poderoso par Terrence Howard (Crash) e Taraji P. Henson (Elementos Secretos). A química entre os atores era fenomenal, além de não ser a primeira vez que trabalham juntos, nestes papéis foi o desempenho mais memorável de ambos. Na verdade era Terrence e Taraij que faziam a série só por si. A série foca-se em Lucius Lyon (Howard) um ex-fornecedor de droga e cantor de hip hop, que construiu a sua própria empresa de música, a Empire. Devido ao aviso do seu médico, decide abrandar a sua vida de CEO e passar a responsabilidade da empresa à sua dinastia. Com três filhos: Andre, Jamal e Hakeem, decide não passar ao primogénito, e fazer os seus filhos escolherem quem deve liderar o sustento da família. Andre é o atual chefe-executivo, e mais velho; Jamal cantor e compositor de R&B e Hakeem o mais novo, é rapper. Durante o processo, Lucius começa uma guerra entre os três. Enquanto isso, Cookie (Taraiji), ex-mulher de Lucius é libertada da prisão, após 17 anos, e também ela se torna uma interessada na Empire.

Durante seis temporadas temos uma história com alguns traços positivos com a fantástica banda sonora que a cada episódio era composta por duas ou três canções originais. Houve grandes nomes da música a participar na série com composições originais. O guarda-roupa era sólido e exagerado, mas ao estilo da série. A Cookie arrasava sempre, seja a nível de vestuário como de perucas, maquilhagem e acessórios. Deve ter sido um gozo para a atriz Taraij interpretar esta personagem. As intrigas e temas apresentados na série, apesar de muitas vezes exagerados, a nível de confrontos pessoais, foi um drama necessário para a envolvente da série.

Apesar de ter começado com uma excelente audiência, a cada temporada, a mesma baixava. A história repetitiva e as personagens com envolventes dispersas, tornavam-se cansativas e esgotantes. Sinceramente a atenção já estava perdida e não estava a gostar do desenvolvimento da narrativa. A série pode ter terminado, mas o final, deixo-se ficar em aberto, para possíveis novas adaptações. Por isso foi bem pensado, caso queiram voltar com a série. O ator Jussie Smollett esteve em falta nesta última temporada, devido à polémica que causou, a Fox cortou-o da série. Não danificaram a personagem, mas concordo com esta escolha.

Empire” é uma série com um elenco totalmente afro-americano, nisso não há dúvidas. Mesmo os temas que abordam são com esse estigma. O público está bem enraizado nesse gosto por essa cultura. A maior parte do elenco era muito jovem, mas muito talentoso. Além disso vários nomes da música se juntaram em episódios desta série foi o caso de Kelly Rowland, Mario, Jennifer Hudson, Mariah Carey e Joss Stone. Mas também outros artistas como Naomi Campbell, Marisa Tomei…

Esta série até é razoável, mas não enche as medidas. Teve demasiadas temporadas e a narrativa era sempre igual. Lucius-Cookie / Cookie-Lucius. A primeira temporada foi muito boa e a última também conseguiu recuperar. “Empire” tornou-se numa série musical sobre a família o poder e a música.

Fox Portugal

Relembrar “Guerra dos Tronos”

1 ano após o final da série de sucesso…

Já se passou 1 ano desde que a série de fantasia “Guerra dos Tronos” terminou. Confesso que já deixa saudades, pois quando estreava aguardamos ansiosamente pela chegada do próximo episódio, agora são poucas as séries que nos causam este efeito. O final foi controverso e agridoce, mas uma coisa é certa: não foi do agrado da maioria. A pressão dos argumentistas para terminar a série era elevada e tal notou-se nestes últimos episódios. As personagens que nós conhecíamos, não pareciam as mesmas, falhas graves no argumento com ideias que não tiveram as repressões necessárias e muita instabilidade na narrativa. Mas como nem tudo é mau, existiram alguns (poucos) aspectos positivos nesta série, mas para personagens de menor impacto. Seja como for, não podemos referir-nos a esta série como apenas a esta temporada. “Guerra dos Tronos” conseguiu ser uma série que sem dúvida marcou a televisão e a cultura pop moderna. Onde ficávamos sempre com o coração nas mãos em cada episódio. Agora temos que aguardar que George R.R. Martin lance o final nos livros.

As Take 3 focaram-se sobre este assunto no último episódio, dedicado inteiramente a “Guerra dos Tronos”. Qual a tua opinião sobre o final da série?

I’m not okay with this

Sydney é uma adolescente atribulada e confusa. Enquanto lida com a sua complexa família, a sua sexualidade e um conjunto de poderes que começam a despertar dentro de si.

Mente atribulada de uma adolescente

Sydney (Sophia Lillis) é a protagonista desta série que se torna só mais uma no catálogo de séries sobre adolescentes da Netflix. Sydney podia ser como qualquer um de nós. Tem as suas frustrações (muitas), uma mente atribulada, e parece não pertencer.

Mas se isso fosse tudo. Além de tentar ser uma adolescente normal, Sydney começou a despertar dentro de si, super-poderes. Poderes que a deixam descontrolada e zangada. Tem receio no que se vai tornar. Nesta nova série da Netflix juntamos o sobrenatural à mente atribulada de uma adolescente.

Nos primeiros segundos do primeiro episódio, acompanhamos uma adolescente a correr. Esta a fugir de algo, ou então está a fugir dela própria. Uma cenário de terror, quase que reconhecemos aquele momento. Parece o filme “Carrie“. Quando após um baile escolar, numa brincadeira deixam escorrer sangue de porco por cima de Carrie. Uma brincadeira que teve consequências graves, quando a jovem revela os seus poderes psíquicos. Sydney a protagonista de “I’m not okay with this” segue com o mesmo cenário de medo. A fugir, assustada, coberta de sangue. Claro que o para conhecermos o que lhe aconteceu, temos que assistir à temporada completa de sete episódios.

Primeiro conhecemos a protagonista. Interpretada pela atriz Sophia Lillis, que já a conhecíamos de excelentes interpretações (e sempre muito pesadas) como em It” e “Sharp Objects“. Somos transportados para a sua vida caótica, após a perda do pai por suicídio. A relação que tem com a mãe não é a mais amigável e ainda cuida do seu irmão mais novo. Enquanto isso lida com a escola e com a descoberta da sua sexualidade, pois sente-se atraída pela sua melhor amiga, que recentemente começou a namorar. Sozinha e desamparada, ninguém compreende os seus verdadeiros sentimentos, mas o seu vizinho da porta ao lado, faz questão de conhece-la melhor. Apesar de Sydney não estar nem aí. Para piorar a situação a jovem começa a desenvolver estranhos poderes psíquicos que manifestam-se com a sua raiva e que não consegue controla-los.

Os episódios são curtos e por isso esta primeira temporada vê-se muito rapidamente. A Netflix volta a focar-se na inconstante mente jovem com um pouco de sobrenatural, para a sua programação. O final desta temporada foi misterioso e dá vontade de conhecer mais, nomeadamente o passado da jovem e com o que está relacionado. Pois tal como a protagonista, também não percebemos o que se está a passar.

I’m not okay with this” é uma pequena série sobre o crescimento, as responsabilidades e as nossas próprias frustrações. Os furações que ocorrem dentro de nós próprios sem que nos apercebemos.

O Último dos Czares

A história da Rússia, nomeadamente este período, sempre me fascinou. Muito devido ao filme de animação, “Anastasia”. A Netflix produziu uma magnífica série documental que aborda o reinado dos últimos da dinastia Romanov. A família real russa há muito estava fragilizada, com um povo em miséria e insatisfeito, a falta de ideais modernos e pacíficos ditaram o seu fim. A morte do czar Alexandre III em 1894, foi o primeiro aspecto fragilizado. O seu filho Nicolau seria o seu sucessor.

A história da Rússia, nomeadamente este período, sempre me fascinou. Muito devido ao filme de animação, “Anastasia“. A Netflix produziu uma magnífica série documental que aborda o reinado dos últimos da dinastia Romanov. A família real russa há muito estava fragilizada, com um povo em miséria e insatisfeito, a falta de ideais modernos e pacíficos ditaram o seu fim. A morte do czar Alexandre III em 1894, foi o primeiro aspecto fragilizado. O seu filho Nicolau seria o seu sucessor. Mas a sua hesitação e despreocupação para liderar o povo russo foi desmotivante e tomou repercussões negativas durante todo o seu reinado. Muitas falhas cometeu, que podiam ser evitadas. O seu casamento com Alexandra e a sua luta para conseguir um filho rapaz para suceder-lhe o trono, tudo foi apresentado durante seis episódios.

Nesta série de drama e história, temos a explicação dos historiadores e especialistas, mas também uma excelente representação ficcional. Acompanhamos um reinado muito instável com ideias menos conversadores e mais modernas a surgir. O aparecimento do comunismo e o início das revoluções na Rússia. A insatisfação do povo era constante. A chegada de Rasputine à corte, foi a gota final neste mar de descontentamento pelo reinado de monarquia. Além disso quebrou a confiança do czar e da czarina tornando-os de chacota pelos habitantes. O final trágico desta família estava próximo. Quando a abdicação do czar foi a única solução para proteger-se a si, à esposa e aos seus cinco filhos, quatro meninas e o filho mais novo que sofria de uma doença, a sua segurança estava em risco.

Neste documentário acompanhamos os últimos momentos da dinastia de Romanov e o último dos czares. Além disso percebemos quais os momentos que antecederam estes acontecimentos e o futuro da Rússia. Um dos marcos mais importantes do país, que também coincidiu com o começo da 1ª Guerra Mundial. Estes foram dos acontecimentos mais marcantes do séc. XX, principalmente por serem tão sangrentos e radicais.

Instaverso

Nova série ficcional portuguesa que aborda a dualidade do mundo real vs mundo virtual. Seguimos a história de Maria, que é levada a conhecer um mundo diferente através das publicações da sua influencer favorita.

A nova série da RTP que reflecte o lado mais obscuro do mundo virtual

As redes sociais apareceram e mudaram de forma rápida a sociedade em que vivemos. “Instaverso” é a nova série da RTP com produção Pixbee, realização de António Sequeira e argumento de Rodrigo Prista que se foca na ilusão das aparências que o mundo virtual nos propõe. A série estreou no passado dia 20 de abril na RTP Play e ao longo de cinco episódios de 15 minutos, vamos conhecer a história de Maria, que sonha ser como a sua instagramer favorita.

Maria vive assim dividida entre dois mundos, que nem sempre coincidem: o mundo real e o virtual. Nesta série compreendemos a perversidade e manipulação existente nas publicações das redes sociais, que embelezam a vida e aumentam as nossas expectativas. Durante uma noite, Maria viaja através de um portal de Instaverso e conhece a sua influencer favorita, Inêsperada. No mundo real, Miguel procura incansavelmente pela sua namorada que desapareceu sem deixar rasto. E Inês descobre uma fotografia sua, com uma rapariga que nunca conheceu. Num mundo de perfeição que sempre imaginou, Maria torna-se melhor amiga de Inês, mas será verdade? Quando a vida perfeita começa a desmoronar-se, deverá Maria continuar a viver na irrealidade falsa ou aceitar a sua vida imperfeita, mas verdadeira?

Nesta nova série de fição portuguesa com as interpretações de Teresa Tavares, Beatriz Barbosa, Luís Garcia, Pedro Lacerda e participações especiais de Nuno Markl e Sónia Araújo, somos espectadores de um drama bastante atual.

E se pudesses viver dentro dos posts da tua influencer favorita? Não percas novos episódios todas as segundas-feiras na plataforma RTP Play.