Betty Boop para Sempre

Um documentário que nos dá conhecer a história da fantástica personagem Betty Boop. Uma menina atrevida, com muita genica que atraiu muitos fãs durante os seus 90 anos de existência.

A bonequinha de cabeça grande e corpo pequeno, é ainda hoje lembrada, apesar dos seus 90 anos. Betty Boop com ar inocente, mas menina atrevida nasceu nos Estados Unidos da América quando o país atravessava uma terrível recessão. Os seus filmes em animação ficaram famosos e Betty conheceu o sabor da fama. Criada por Max Fleischer, apresenta-se como uma jovem menina de vestido curto e cabelo pequeno que usa uma liga a meio da perna e apenas quer conseguir a sua independência num mundo governado por homens que constantemente lhe tentam tirar a roupa e aproveitar-se dela. Contudo Betty não se deixa ficar quieta. Fiel ícone da emancipação feminina, numa época ainda muito contornada politicamente. Esta personagem foi um escape para a sociedade e ainda hoje é lembrada.

Neste documentário apenas sobre Betty Boop conhecemos as suas origens, inspiração e a sua história ao longo destes anos. Uma personagem que começou por ser um cão, modificou-se e tornou-se numa forte mulher, que até conseguiu ser Presidente dos Estados Unidos da América. Contudo também sofreu alterações, quando devido a uma lei que proibia sexualidade explícita, tornou-se dona de casa e por isso perdeu a magia e personalidade que tinha. Só quando anos mais tarde conseguiu uma versão animada na televisão a cores é que Betty voltou a ser uma estrela.

As suas músicas eram sátiras a uma sociedade desfeita e muitos dos episódios retratados eram acontecimentos da realidade que infelizmente ainda acontecem nos dias de hoje. Conhecida pela frase mítica  Boop-Oop-a-Doop, Betty era uma conquistadora, e talvez mesmo por causa disso foi a capa do New Yorker a acusar os crimes de assédio sexual de Harvey Weinstein. Por isso ainda hoje Betty Boop pode ser encontrada em vário merchandising, apesar de não ter aparições públicas, mas marcou certamente várias gerações.

Este é um documentário completo da pequena boneca que se tornou muito grande.

Samurai Gourmet

Seguimos as aventuras gastronómicas de uma japonês reformado que tenta reencontrar a sua identidade após anos a trabalhar na mesma empresa. Além disso o seu alter ego de samurai está sempre com ele a acompanha-lo.

Uma viagem gastronómica pela descoberta das melhores comidas do Japão. Nesta temporada de 12 episódios e com assinatura da Netflix, conhecemos Takeshi, um homem reformado de 60 anos, que após anos a trabalhar na mesma empresa como homem de negócios, encontra o seu propósito nas ruas de Tóquio enquanto encontra agradáveis (ou então não) surpresas gastronómicas. Inspirado pelas lendas dos samurais, procura ser destemido e eficaz durante os obstáculos no seu caminho, e pensar como seria na época feudal. Nesta pequena série junta-se os ingredientes da fantasia e realidade. Mas não é tudo, ainda nos cria o apetite com as deliciosas receitas japoneses.

Aviso já que esta série não é ideal para assistirmos quando estamos com fome. Pois os efeitos colaterais a ter depois, podem ser bastante graves. Graves ao ponto de desejarmos ir ao Japão, experimentar aquelas regalias gastronómicas. A personagem Takeshi exprime bem os seus impulsos de degustação e saboreia todos os pratos como se fosse a melhor comida do mundo. Logo temos vontade de experimentar também.

A série é pequena, mas muito eficaz. De uma forma geral conseguimos conhecer bem a cozinha japonesa e a origem dos seus alimentos. A sopa miso, e de porco. As massas bem temperadas e com legumes. O ramen bem saboroso e até as famosas caixas de almoço. Conhecemos um pouco de cada diversidade gastronómica japonesa e também como comem os japoneses. Como já visitei o Japão, posso mencionar que esta série é bem realística, com o que apresentam. A comida é tal e qual como apresentada na série. Por isso quase nem precisamos de sair do sofá para conhecer, mas não é bem assim. Porque a experimentar aquelas saborosas comidas é que estávamos a ganhar.

Os episódios são soltos e não seguem uma história linear. São mensagens de vida e situações em que a comida aparece sempre para nos salvar. Por isso vale a pena conhecer “Samurai Gourmet“.

The Story of Diana

A Princesa Diana foi a Princesa do Povo. Todos conhecemos a sua história, mas agora passados 20 anos da sua morte reavivemos o ícone.

Faz este ano 23 anos desde o falecimento da Princesa Diana. A morte da de Diana é uma daqueles acontecimentos memoráveis que marcaram o séc. XXI. Lembro-me exactamente onde estava quando tomei conhecimento da notícia. Ainda era criança, estava quase a fazer sete anos, mas sabia perfeitamente quem era Diana. Uma princesa. De verdade. Lembro-me que era domingo e estava a caminho de um passeio de família, e a notícia do trágico acidente foi transmitido na rádio. Lembro-me que me marcou, e ainda hoje penso na Princesa do Povo. Gosto de ver documentários sobre a sua vida e não pode ser apenas definida por ter pertencido à realeza. Nem pensar.

The Story of Diana” é um documentário com duas partes, divulgado pela People que reflecte muito sobre a vida de Diana. Com testemunhos de pessoas que a conheciam bastante bem como o seu irmão, a designer do seu vestido de noiva, melhor amiga, entre outros. Desde a infância não muito fácil, devido à separação dos pais, em criança. E à falta de identidade naquela altura, ao seu sentido de proteção. Diana era uma menina tímida quando se apaixonou com o Príncipe de Gales, Charles e se casou com ele. Não estava preparada para a imersão de acontecimentos que a partir daí aconteceram. Multidões de fotógrafos eram figuras presentes nada bem-vindas no seu dia-a-dia. Mas por um lado Diana conseguiu tirar o melhor proveito dessa situação em muitos momentos e por isso também se tornou na Princesa do povo. Sempre pronta a ajudar, quebrou protocolo e finalmente encontrou o seu caminho. A princesa perdeu o conto de fadas e tornou-se uma mulher. Mas o preço pela fama foi demasiado alto. Contudo a lenda de Diana ainda hoje vive e é lembrada pelas suas boas ações e empatia que tinha pelas pessoas.

The Story of Diana” é dos documentários mais completos e reais sobre a sua história. Merece ser conhecido e ainda hoje Diana está presente nos nossos corações.

Showbiz Kids

Ser criança e ser ator não é fácil. Apesar de muitas vezes fazerem as delícias dos estúdios com o seu ar querido e carisma natural, conseguem interpretar bem muitas vezes sem se esforçarem muito. Muitas vezes são os protagonistas de filmes que foram sucesso de blockbuster.

Ser criança e ser ator não é fácil. Apesar de muitas vezes fazerem as delícias dos estúdios com o seu ar querido e carisma natural, conseguem interpretar bem muitas vezes sem se esforçarem muito. Muitas vezes são os protagonistas de filmes que foram sucesso de blockbuster. Estou a lembrar-me de filmes como E.T. – O Extraterrestre (que foi comentado nesta documentário), Harry Potter, Sozinho em Casa…Contudo por vezes os caminhos da fama são íngremes e não são aceitáveis para o estofo de todos, principalmente sendo uma criança em crescimento.

Neste documentário voltamos a recordar ex-estrelas do cinema infantil e que agora olham para o seu passado e reflectem sobre os meios complicados de serem uma estrela infantil. São apresentados os testemunhos de Henry Thomas (o Elliott em E.T.), Wil Wheathon (Gordie em Stand by me), Mara Wilson (Matilda), Jada Pinkett Smith (A Different World) e Milla Jovovich (Regresso à Lagoa Azul). Entre outras personalidades. No entanto a que mais se destacou foi Cameron Boyce que apesar da sua jovialidade a comentar os seus grandes sonhos, o ator faleceu no ano passado com apenas 20 anos, e ainda com uma grande carreira à sua frente.

Apesar dos momentos de glória que estas crianças tiveram na sua altura seja por um grande filme que fizeram, todos conheciam a sua cara e isso trouxe muitas desvantagens no seu crescimento. Enquanto entravam na idade da adolescência. Depois perderam um pouco da sua identidade, onde não faltava pessoas que se aproveitavam dos seu sucesso. A atriz Mara Wilson afirmou que perdeu muito na sua vida, só porque era fofinha. Já o ator Henry Thomas afirmou que quando chegou aos 13 anos não lhe aceitavam oferecer papeis, pois esperavam ver o menino de E.T. e já não acontecia, porque tinha crescido. Um pouco abandonados à sua sorte neste meio.

Contudo apesar do documentário ser bastante interessante e imergente, falha em alguns aspectos. Podiam ser recrutados melhores testemunhos, como por exemplo Macaulay Culkin ou Haley Joel Osment, que agora estão a voltar a aparecer no ecrã. E uma melhor ligação de argumento. Pois a conversa dispersava-se muito e tornou-se por vezes difícil de acompanhar, já que não seguem uma conversa bem construída. Fora isso achei interessante o tema, pois ás vezes perguntamos-nos o que é feito destes atores que fizeram parte da nossa vida, porque por vezes esquecemos que eles também cresceram.

Dads

Várias histórias sobre o que é ser pai. Produzido e realizado por Bryce Dallas Howard, onde se juntam várias celebridades e histórias de parentalidade verídicas.

Muito se fala sobre a maternidade. Aliás é a mãe que carrega a sua criança durante 9 meses na barriga. O pai só sente aquela conexão mais próxima com o filho/a, quando nasce. Afinal o que torna um pai, ser um pai? Que figura deseja transmitir para a criança que nasceu. Neste documentário realizador por Bryce Dallas Howard, temos várias experiências pessoas que celebridades e pais heróis que fazem de tudo pelos seus filhos.

Bryce Dallas Howard lançou o convite e várias celebridades como o próprio pai da atriz/realizador, Ron Howard, Will Smith, Jimmy Fallon, Conan O´Brien, Neil Patrick Harris, Jimmy Kimmel e Ken Jeong aceitaram o desafio e falaram abertamente sobre a sua experiência neste novo mundo se serem pais. Uma conversa informal que nos fez conhecer um pouco mais sobre a história destes atores e apresentadores. No entanto por outro prisma, Bryce, também procurou histórias de pais lançados no mundo real. Procurou e encontrou em todo o mundo. Um pai no Brasil que mantém um podcast de sucesso onde conta as suas atribulações como pai, um youtuber conhecido que começou a sua carreira como homem a dias e agora em conhecido em todo o mundo, devido aos vídeos que pública dos seus três filhos. O que no início pareceu desesperante, reencontrou o conforto que faltava na sua vida. Um pai que não conseguia trabalhar no Japão, pensou em tirar a própria vida, mas o nascimento do seu filho veio mudar toda a sua perspectiva. Um casal de homossexuais que adoptou quatro crianças, cada uma com um seus próprios problemas, mas que com muito amor tudo se resolveu. Por último um pai que não o queria ser, mas agora é considerado como um herói aos olhos do filho. São estas histórias humanas e muito ternurentas que nos fazem acreditar no poder do amor.

Neste documentário Bryce Dallas Howard, pediu ao seu irmão mais novo para se apresentar, pois também está prestes a viver a experiência de ser pai pela primeira vez. A realizadora conseguiu captar com muita emoção todos estes sentimentos que nos fazem aumentar ainda mais o nosso coração. “Dads” presenta na Apple TV, merece ser visto, onde reflecte sobre esta maravilhosa dádiva de uma criança chegar ao mundo.

Genius: Picasso

Todos conhecem o nome Picasso de uma ou outra maneira. Famoso pintor espanhol que revolucionou a arte moderna e o que na altura os seus quadros valiam milhões, hoje valem biliões. Artista de muitas paixões, sempre viveu em prol do seu dom e conseguiu que isso ficasse em primeiro lugar na sua vida.

O Génio detrás da Obra

Todos conhecem o nome Picasso de uma ou outra maneira. Famoso pintor espanhol que revolucionou a arte moderna e o que na altura os seus quadros valiam milhões, hoje valem biliões. Artista de muitas paixões, sempre viveu em prol do seu dom e conseguiu que isso ficasse em primeiro lugar na sua vida.

Noutra produção da National Geographic conhecemos a vida e a obra de Pablo Picasso, interpretado por Antonio Banderas. Nesta série biográfica conhecemos a vida pessoal do génio e revolucionário para a sua época. Mais uma série muito bem produzida.

A National Geographic tem produzido séries biográficas, de grandes figuras da História. Depois de uma temporada bem conseguida com Albert Einstein (podem ler aqui), a segunda chegou e conhecemos desta vez a vida e a obra do pintor Pablo Picasso. Ambas as narrativas foram fenomenais e bastante completas. O protagonista desta série, foi interpretado pelo também espanhol, Antonio Banderas. Desde os momentos de infância, ao estudos e ao primeiro amor. As suas dificuldades com artista e sonho em ser diferente e conhecido. Passando pelas atribulações amorosas e musas da sua vida, à Guerra, à venda da sua obra-prima e à família. Este foi o percurso de Pablo para conseguir transformar-se no homem que foi. Viveu sempre em prol do seu trabalho, segundo ele não precisava de distracções, mas de inspiração. Seu próprio mestre, fazia as suas obras nos seus próprios termos e trabalhou sempre até à sua morte.

Segundo foi retratado na série, baseado em factos reais, a sua personalidade era jovial, divertida e charmosa (principalmente ao lado das mulheres). Conseguia sempre o que queria e dificilmente alguém lhe fazia frente. Apesar de egocêntrico, sabia que era especial, por isso era um génio.

Viajamos no tempo e com cenários bem calculados, acompanhamos o caminho do artista. Pelas ruas de Espanha e França conhecemos a Europa no início do sec. XX. Desde a infância que assistia às touradas com o pai, e foi este que lhe ensinou a desenhar os primeiros rascunhos, com pombas. Até à criação da sua própria perspectiva e visão, a invenção do cubismo.

A produção da série é excelente. O que tenho a apontar foi a preguiça na escolha do elenco, pois algumas das personagens presentes, também fizeram parte da série Genius sobre Einstein. Deviam ter pensado nisso melhor, pois mistura duas histórias diferentes. Sobre a prestação dos atores, esteve fantástica e Banderas assegurou bem a sua posição como protagonista. O jovem Picasso interpretado por Alex Rich, também conseguiu mostrar a sua presença.

Nesta série pessoal e intimista com um retrato da vida de Pablo Picasso, foi interessante para conhecermos um pouco mais do artista. Espero que a National Geographic continue com estas produções. A terceira temporada será sobre a Aretha Franklyn.

O Último dos Czares

A história da Rússia, nomeadamente este período, sempre me fascinou. Muito devido ao filme de animação, “Anastasia”. A Netflix produziu uma magnífica série documental que aborda o reinado dos últimos da dinastia Romanov. A família real russa há muito estava fragilizada, com um povo em miséria e insatisfeito, a falta de ideais modernos e pacíficos ditaram o seu fim. A morte do czar Alexandre III em 1894, foi o primeiro aspecto fragilizado. O seu filho Nicolau seria o seu sucessor.

A história da Rússia, nomeadamente este período, sempre me fascinou. Muito devido ao filme de animação, “Anastasia“. A Netflix produziu uma magnífica série documental que aborda o reinado dos últimos da dinastia Romanov. A família real russa há muito estava fragilizada, com um povo em miséria e insatisfeito, a falta de ideais modernos e pacíficos ditaram o seu fim. A morte do czar Alexandre III em 1894, foi o primeiro aspecto fragilizado. O seu filho Nicolau seria o seu sucessor. Mas a sua hesitação e despreocupação para liderar o povo russo foi desmotivante e tomou repercussões negativas durante todo o seu reinado. Muitas falhas cometeu, que podiam ser evitadas. O seu casamento com Alexandra e a sua luta para conseguir um filho rapaz para suceder-lhe o trono, tudo foi apresentado durante seis episódios.

Nesta série de drama e história, temos a explicação dos historiadores e especialistas, mas também uma excelente representação ficcional. Acompanhamos um reinado muito instável com ideias menos conversadores e mais modernas a surgir. O aparecimento do comunismo e o início das revoluções na Rússia. A insatisfação do povo era constante. A chegada de Rasputine à corte, foi a gota final neste mar de descontentamento pelo reinado de monarquia. Além disso quebrou a confiança do czar e da czarina tornando-os de chacota pelos habitantes. O final trágico desta família estava próximo. Quando a abdicação do czar foi a única solução para proteger-se a si, à esposa e aos seus cinco filhos, quatro meninas e o filho mais novo que sofria de uma doença, a sua segurança estava em risco.

Neste documentário acompanhamos os últimos momentos da dinastia de Romanov e o último dos czares. Além disso percebemos quais os momentos que antecederam estes acontecimentos e o futuro da Rússia. Um dos marcos mais importantes do país, que também coincidiu com o começo da 1ª Guerra Mundial. Estes foram dos acontecimentos mais marcantes do séc. XX, principalmente por serem tão sangrentos e radicais.

The Movies that Made Us

Um documentário divertido que apresenta os segredos das gravações dos principais filmes que marcaram a nossa vida. Uma produção fantástica da Netflix que descortina os filmes de sucesso.

Existem filmes que fizeram a nossa vida. Filmes que ainda hoje acarinhamos com um sorriso e que de alguma maneira fizeram parte da nossa vida. Neste curto documentário de quatro episódios com produção da Netflix, voltamos a reviver os melhores que nos marcaram. São histórias que ficamos a conhecer com os segredos mais bem guardados dos filmes da nossa vida. A escolha de filmes não podia ser melhor: Dirty Dancing, Die Hard, Sozinho em Casa e Ghostbusters. Todos nós conhecemos estes filmes e todos nós temos uma lembrança, mínima que seja, sobre cada um destes filmes.

De uma forma descontraída, inovadora, mas informativa percebemos como surgiu a ideia de criar o filmes, as peripécias no caminho durante a sua produção e por fim a aceitação final do público. Ainda hoje são filmes que nos marcaram e ainda hoje são caracterizados como clássicos cinematográficos. Na época não se esperava que estes filmes atingissem o sucesso que tiveram, mas mesmo com todas as limitações tudo correu pelo melhor.

The Movies that Made Us” é um excelente documentário para os amantes de filmes, mas não só. Um documentário que junta os argumentistas, produtores, directores de fotografia, e até elementos dos duplos das cenas mais perigosas, alguns atores e são apresentados os locais mais emblemáticos das filmagens. Esta primeira temporada é muita divertida e conhecemos um outro lado da história, a magia de como se transformou naquilo que conhecemos hoje.

Netflix

Love, Marilyn

Documentário sobre a vida de Marilyn Monroe, pelas suas próprias palavras em diários encontrados após a sua morte. Além de vídeos da atriz vários atores se juntam para lhe prestar homenagem.

Um ícone do cinema e uma estrela sem igual. Marilyn Monroe não teve uma vida fácil, mas o seu nome é dos mais lembrados de sempre. Celebridades dos tempos atuais, interpretam excertos de memoirs de textos de pessoas que a conheciam e até da textos da própria Marilyn Monroe, encontrados recentemente numa cave, com cartas e diários escritos por si. Já muito conteúdo se criou sobre esta celebridade, mas acho que nada tão cru e sincero. Um documentário de 2013 sobre os pensamentos da atriz, enquanto lidava com a fama e a solidão.

Marilyn Monroe ainda é um mistério para muitos. A sua morte demasiadamente cedo, também foi um mistério. A sua vida parecia cheia de sorte e glamour, mas na verdade Marylin só queria ser amada, feito que nunca conseguiu verdadeiramente conquistar. Numa indústria de homens com poder, a atriz era só um objecto, mesmo lutando contra isso, não conseguiu manter-se sã e teve dificuldades em libertar-se do consumismo da sua imagem.

Nascida Norma Jean, esteve no sistema, de sítio em sítio até ao sonho de ser atriz (naquela altura era a fuga para a dura realidade). O seu ar fotogénico abriu-lhe muitas portas, mas Marilyn não queria ser mais uma. Apesar de ser sempre escolhida para papéis absurdos de bimba, falta de inteligência e gold digger, foi conquistando o seu lugar na fama aos poucos. Começou a ler (muito) e a pesquisar de que forma o seu corpo poderia comunicar, já que não lhe davam voz. Usou e abusou do seu corpo curvilíneo e tornou-se no ícone da perfeição. Os paradigmas de beleza começavam a ser outros e Marilyn foi a pioneira.

A fama aumentou e como tal a atenção também. As luzes dos holofotes interferiram bastante com a sua vida privada. Muito frágil, não teve sorte no amor e isso marcou-lhe com repercussões fortes na sua vida privada. Dificuldades que nunca conseguiu ultrapassar, pois lidava com os piores homens.

Com várias caras reconhecidas a participarem neste documentário, temos atores como: Glenn Close, Viola Davis, Ben Foster, Lindsay Lohan, Marisa Tomei, Adrien Brody, Uma Thurman, entre outros. Todos a interpretar textos com explicações na primeira pessoa dos acontecimentos. Este é um documentário longo, mas que de forma invasora conhecemos a intimidade da diva e mito de Marilyn Monroe.

Making a Murder

Filmado durante 10 anos, Steven Avery é o principal suspeito de vários crimes, mas será? Um documentário sobre a corrupção policial.

Quantas vezes nos queixamos da falta de justiça. Inúmeras vezes. Muitas situações dependem da opinião de terceiros ou de interesses maiores. Um caso real, que aconteceu a Steven Avery, condenado injustamente por um crime que não cometeu e depois de conseguir a sua liberdade, foi novamente incriminado.

São muitas dúvidas que circulam neste caso. Steven Avery um homem que vivia no Condado de Manitowoc foi injustamente culpado por um crime de violação do qual não cometeu. Esteve 18 anos presos e sempre a tentar a sua inocência. Apenas com o avançar dos anos e com a melhoria da tecnologia conseguiu provar a sua inocência e a indicação que não estava no local do crime. Ficou sem liberdade, o seu casamento desfeche-se e perdeu o contacto com os filhos, só porque vivia num ferro velho e a sua família vivia um pouco à parte da comunidade. A polícia viu em Avery um alvo fácil para assumir a culpa. Em 2005 é novamente acusado de um crime. Desta vez é pela morte de Teresa Halbach uma jornalista. Um julgamento estranho, pois pistas sem sentido apareciam nos locais mais esperados e especula-se que tenha sido tudo implementado pela polícia local. Apesar de já recorrer a vários advogados, a várias indicações de inocência, Steven foi condenado a 2007. O caso agravou-se quando o seu sobrinho confessou a participação no crime, algo que depois veio a negar, pois sentiu-se pressionado a confessar. Atualmente preso, Avery não desiste de conseguir provar novamente a sua inocência.

Neste documentário produzido pela Netflix, escrito e realizado por Laura Ricciardi e Moira Demos, acompanhamos todas estas decisões, o julgamento e a revolta da família Avery. A primeira temporada explora os anos de 1985 a 2007. A segunda aborda o pós condenação e o dia-a-dia das famílias e o começo da sua própria investigação. Este documentário ganhou vários prémios, incluindo Melhor Documentário pelo Primetime Emmy Awards.

Este documentário deixa-nos nervosos. Estes julgamentos de crimes maiores são sempre incertos, mas este é mesmo um caso que só aconteceria nos Estados Unidos da América. Estas políticas de conspiração, acusações falsas e implantações de provas. Se quiserem ver-se livre de alguém façam-no à maneira americana. Um sentimento de revolta cresce dentro de nós durante estes episódios. Avery estava inocente da primeira acusação, e quando decidiu indemnizar a polícia do Condado pela sua investigação, foi logo acusado de um homicídio. Todo este timing é suspeito e o surgimento das provas é incoerente. Ora não estão lá, como no próximo dia lá estavam e o sangue no local de crime também não está lógico com a situação. Além disso não foi muito à cara com o irmão da vítima e o seu ex-namorado. Eram muito estranhos e a forma como relataram os acontecimentos também. O caso piorou com as palavras de acusação do sobrinho de Avery, mas o facto é que a polícia durante o interrogatório aproveitou-se da inteligência fragilizada de Brendan e mentiram-lhe sobre o que ia acontecer de seguida.

Enfim não foi um caso muito bem resolvido, e houve logo a pressão de culpa desde o início, mesmo que o homem estivesse sido preso injustamente. A verdade é que existiu uma vítima e não se sabe o que se passou, mas todo o caso foi muito estranho desde o início.