Crítica: Mulan (2020)

Uma jovem rapariga chinesa, disfarça-se de soldado de forma a conseguir poupar o seu pai dos horrores da guerra.

Título: Mulan
Ano: 2020
Realização: Niki Caro
Interpretes: Yifei Liu, Donnie Yen, Li Gong…
Sinopse: Uma jovem rapariga chinesa, disfarça-se de soldado de forma a conseguir poupar o seu pai dos horrores da guerra.

A Disney volta a insistir nos seus live-action. No entanto para “Mulan” esperava-se um filme grandioso e um sucesso de bilheteira, afinal estávamos a refazer um dos filmes de animação mais conhecidos sobre o empowerment feminino. A história da lenda da jovem guerreira que desafiou a tradição chinesa e disfarçou-se de soldado para ajudar a família, arriscando a sua vida na guerra. Não foi só por causa do covid que o filme não teve o mesmo impacto que merecia, problemas com a produção e divergências com os atores, dificultou o arranque antecipado do filme. Mas já era uma premonição para o que aí vinha.

A magia de todo o filme de animação é sobre a coragem de uma jovem que estava destinada apenas para casar que desafiou tudo e todos para um bem maior. A sua força e determinação, fizeram com que lutasse duro para chegar onde chegou. No live-action não perderam muito tempo com essa procura de força, Mulan já nasce especial e com alma de guerreira. O filme desenvolve-se muito sem carisma e muito linear, compensando apenas nas cenas de ação que são fantásticas. A realização deste género de filme, faz muito lembrar as obras cinematográficas chinesas onde as artes marciais são reis e rainhas. Não acho mal tal ter sido acrescentado ao filme, afinal estamos a falar de uma obra cultural sobre a história da China.

Muitas das referências mais esperadas deste filme da Disney que nos motivou me crianças, não foram apresentadas. O esquecimento do carismático Mushu foi o mais sentido. A interação divertida com Mulan e os seus companheiros soldados também. E falta da cena em que se mascaram de concubinas também. A ideia do grande plano também foi dispensada. E muitos dos nomes alerados, o que ficou um pouco difícil descobrir quem era quem. A parte de fantasia também não me impressionou, na verdade achei uma vertente muito excessiva.

Concluindo este live-action não foi como as restantes adaptações da Disney, muito iguais ao original. Na verdade até se tornou muito insoso. Não gostei e esperava ver mais da minha heroína favorita da Disney, pois nem os atores estiveram bem, principalmente a protagonista que não convenceu. O blogue atribui 2,5 estrelas em 5.

Rating: 2.5 out of 5.

Crítica: Shazam!

Um jovem rapaz acolhido numa casa para crianças adoptadas, procura a sua mãe biológica. Em vez disso, descobre um mago que lhe oferece os seus super-poderes e o torna num super-herói.

Título: Shazam! 
Ano: 2019
Realização: David F. Sandberg
Interpretes:  Zachary Levi, Mark Strong, Asher Angel…
Sinopse: Um jovem rapaz acolhido numa casa para crianças adoptadas, procura a sua mãe biológica. Em vez disso, descobre um mago que lhe oferece os seus super-poderes e o torna num super-herói.

Voltamos à banda desenhada, onde a DC mantém uma concorrência forte com a Marvel. Mas tenho de admitir que a Marvel colocou-se num pedestal difícil de lá chegar. A DC ainda tem um longo caminho, mas ainda nos oferece excelentes filmes de entretenimento. Aconteceu com Shazam! que finalmente mereceu um filme a solo. Com o ator Zachary Levi no protagonismo, temos um filme divertido e fácil de assistir, que mesmo por ser previsível, satisfaz dentro do género e juntou-se ao já estreados Superman e Batman, criando uma história só sua, mas com margem para continuar.

Conhecemos as origens deste super-herói, um miúdo aparentemente normal, sem família que recebe poderes mágicos do dia para a noite. Ao dizer as palavras mágicas torna-se numa adulto com poderes como a super-força, velocidade, voo, e raios. Para um miúdo de 15 anos é muito para processar e no início utiliza os seus benefícios para proveito próprio. Mas conforme a sua maturidade aumenta e o aparecimento de um super-vilão surge, Shazam terá de provar que o grande poder também cede a uma grande responsabilidade.

Dos melhores filmes live-action da DC sem dúvida, ultrapassando a Liga da Justiça, Suicide Squad e Batman V Superman. Neste momento apenas apresenta-se em pé de igualdade com a Wonder Woman. Shazam apresenta um ambiente mais descontraído e bem mais colorido, comparando com os seus antecessores. O que favorece na apresentação do filme.

Concluindo este é mais um filme de super-heróis que conhecemos as origens do super-herói Shazam, que apesar de ter um corpo de adulto, ainda é um pré-adolescente. Os efeitos especiais estão no top e são o que fazem a magia deste tipo de obras de fantasia. Fico a aguardar pelas próximas obras da continuação. O blogue atribui 4 estrelas em 5.

Rating: 4 out of 5.

Crítica: Stardust – O Mistério da Estrela Cadente

Numa aldeia isolada que faz fronteira com uma vila mágica, um jovem promete à sua amada que vai conseguir recuperar uma estrela caída do céu e começar uma aventura mágica pelo reino.

Título: Stardust
Ano: 2007
Realização: Matthew Vaughn
Interpretes:  Charlie Cox, Claire Danes, Sienna Miller…
Sinopse: Numa aldeia isolada que faz fronteira com uma vila mágica, um jovem promete à sua amada que vai conseguir recuperar uma estrela caída do céu e começar uma aventura mágica pelo reino.

Uma aventura mágica

Num filme completamente mágico temos romance, aventura, e comédia. Estamos num tempo onde ainda existem princesas, reinos, e bruxas, num tempo onde os contos de fadas são reais. Tristan é um jovem apaixonado que decide oferecer meio mundo à pessoa amada, mas o que pensava ser algo simples é uma aventura sobre a descoberta do seu passado e ainda a imposição do seu futuro.

“Stardust” parece uma história retirada dos livros de fantasia, mas que consegue apresentar uma lógica fácil aos acontecimentos. Existe dois mundos, um com magia e outro sem. Divididos por um muro, cabe ao jovem Tristan ser a conexão entre ambos. Ainda sem saber embarca numa viagem na descoberta do desconhecido, sempre com valentia e coragem.

Stardust” é uma brilhante história de fantasia que tornou-se uma obra cinematográfica bem definida e carismática. Quando uma estrela cadente cai do céu, devido à avareza de um rei moribundo. Tristan promete à sua amada que irá encontrar aquela estrela e oferece-la no seu aniversário. Contudo não é o único atrás da estrela, dois irmãos também a procuram para conseguirem ser reis e uma bruxa malvada também a deseja encontrar para receber juventude eterna. Estas personagens vão-se juntar numa aventura épica de magia com muita determinação.

Existem poucos filmes assim deste género que sejam minimamente lógicos e interessantes. “Stardust” consegue ser divertido, espontâneo e imprevisível nas suas ações, liderando a momentos caricatos as suas personagens. O forte elenco é também dos motivos do sucesso. Claire Danes, Charlie Cox, Michelle Pfeiffer, Robert de Niro….Cada um trouxe uma essência especial à sua personagem. O resultado não podia ter corrido melhor, daqueles que gostamos de ver em todos os filmes, “hapily ever after“.

Este género de filmes de fantasia sabe sempre bem, acreditar numa realidade bem diferente da nossa que nos faz sonhar noutras hipóteses. O resutado final correu bem e conseguiu superar as expectativas. O blogue atribui 3,5 estrelas em 5.

Rating: 3.5 out of 5.

Crítica: Bleach (2018)

Uma adolescente japonês consegue ver fantasmas. Mas é a atenção de uma jovem rapariga a lutar contra um monstro que muda a sua perspectiva. Ele torna-se num shimigami com os poderes dela e ela uma jovem normal na sua escola. Ele descobre que a morte da sua mãe foi provocada por estes monstros.

Título: Bleach: Burîchu
Ano: 2018
Realização: Shinsuke Sato
Interpretes:  Sôta Fukushi, Hana Sugisaki, Ryô Yoshizawa…
Sinopse: Uma adolescente japonês consegue ver fantasmas. Mas é a atenção de uma jovem rapariga a lutar contra um monstro que muda a sua perspectiva. Ele torna-se num shinigami com os poderes dela e ela uma jovem normal na sua escola. Ele descobre que a morte da sua mãe foi provocada por estes monstros.

Depois de um anime memorável (podem ler aqui), o live-action finalmente chegou. Com uma produção Netflix, ainda duvidamos destas produções, pois os live-actions dos animes que adoramos, nem sempre correm bem. Neste caso “Bleach” até conseguiu surpreender. Mesmo no curto espaço de filme (1h48m) seguimos de forma resumida e bem delineada o encontro de Ichigo e Rukia, assim como o protagonista recebe os seus poderes de shinigami. O argumento foi dos factores mais positivos e no final ainda deixou em aberto para mais um capítulo. Será que vai acontecer?

Esta longa-metragem conseguiu apresentar-se em equilíbrio com o drama, comédia e ação. Na verdade, os momentos de ação de luta de espadas são os melhores. Nada esteve ao acaso e com coreografias bem planeadas e elaboradas, ficamos “colados” ao ecrã com tamanha energia. Além disso as personagens que conhecemos do anime voltam a ter uma nova vida neste filme. Além dos protagonistas temos a família de Ichigo, os momentos com o pai são engraçados, e com os colegas de escola: Chad, Inoue e Tatsuki. Além disso ainda conhecemos o misterioso Ishida e Urahara. Mas também são apresentados os shinigamis Byakuya e Renji, que na minha opinião foi a pior escolha no elenco.

A narrativa não se alongou muito, mas o que produziram estava excelente. Seja a nível de lutas, efeitos especiais, e argumento. Ficamos com vontade de conhecer mais e espero que não fiquem por aqui. A presença do criador, Tide Kubo é notória, pois as personagens mantém-se na mesma posição do anime. A relação entre Ichigo e Rukia, manteve-se e ainda bem. Na verdade as semelhanças entre estes atores e as suas personagens são demasiadas, por isso destaque para os atores Sôta Fukushi e Hana Sugisaki.

Concluindo foi bom recordar esta história novamente (recentemente recebemos a notícia que o anime vai voltar) e completaram o desafio satisfatoriamente. O blogue atribui 3,5 estrelas em 5.

Rating: 3.5 out of 5.

Crítica: Venom

Um repórter falhado está ligado com uma entidade extraterrestre, uma das muitas simbiose que invadiram a Terra. Mas esse ser acostuma-se à Terra e decide protege-la.

Título: Venom
Ano: 2018
Realização: Ruben Fleischer
Interpretes:  Tom Hardy, Michelle Williams, Riz Ahmed…
Sinopse: Um repórter falhado está ligado com uma entidade extraterrestre, uma das muitas simbiose que invadiram a Terra. Mas esse ser acostuma-se à Terra e decide protege-la.

Provavelmente já conhecíamos o vilão Venom da banda-desenhada do Homem-Aranha. A mesma personagem já apareceu com uma breve introdução no Homem-Aranha 3, contudo o seu desenvolvimento de personagem nunca foi bem explorado. Surge agora com um filme próprio, mas desta vez é um anti-herói que se acostuma às normas do Planeta Terra e decide pertencer a este mundo, vinculado ao seu hospedeiro, Eddie Brock (Tom Hardy). Esta personagem criada por Stan Lee (que evidentemente aparece no filme) marca a sua presença de uma forma um pouco confusa e pouco explicativa, mas que aos poucos consegue o seu protagonismo mais notório. Aliás são esses os momentos mais engraçados do filme, em que Eddie e Venom se conhecem melhor e debatem a melhor maneira de conseguirem sobreviver face às ameaças. A história de background de Eddie não me convenceu. O seu romance com Anne (Michelle Williams) achei um pouco forçado e pouco natural. Aliás a relação entre Michelle Williams e Tom Hardy não me pareceu muito sustentável, na minha opinião falta química.

– “Eyes, lungs, pancreas. So many snacks, so little time

Venom

Com fortes momentos de ação, este é um filme introdutório a esta nova personagem que pelos seus créditos finais vai ter uma sequela que tem data prevista para o final deste ano. Criaram uma versão diferente do Venom, que eu sempre considerei como dos melhores vilões do Homem-Aranha. Será que vai haver um encontro entre estas duas personagens no cinema? Espero que sim. “Venom” é satisfatório e entretém nos mínimos, mas não me surpreendeu. O argumento é previsível e não emocionado, na verdade não fiquei muito impressionada com este filme, no entanto tal como referi cumpre os mínimos necessários. O blogue atribui 3 estrelas em 5.

Rating: 3 out of 5.
Sony Pictures Portugal

Crítica: X-Men Fénix Negra

Jean Grey começa a desenvolver um incrível poder, que a manipula a transformar-se na Fénix Negra, causando divisões entre os X-Men.

Título: Dark Phoenix
Ano: 2019
Realização: Simon Kinberg
Interpretes:  James McAvoy, Michael Fassbender, Jennifer Lawrence…
Sinopse: Jean Grey começa a desenvolver um incrível poder, que a manipula a transformar-se na Fénix Negra, causando divisões entre os X-Men.

Esta última saga de X-Men tem sido de altos e baixos. Os primeiros filmes, “X-Men: O Início” e “Dias de Um Futuro Esquecido” foram bons, mas “Apocalipse” e “Dark Phoenix” perderam-se no caminho. A reintegração de um novo elenco também dificulta toda a história. A saga dos X-men deveria ter terminado com o filme de 2014. Quando está bem, não se estraga. Neste último filme voltaram a focar-se na Dark Phoenix, situação que já tinha sido apresentada em X-Men 3: O Confronto Final. Com a repetição da história, voltaram a mexer com a linha temporal e torna tudo ainda mais confuso.

Neste filme focaram-se na vida de Jean Grey, integrante principal dos X-Men que durante a infância sofreu um grave trauma e daí os seus poderes tiveram de ser contidos. Claro que numa missão pode acontecer o pior. E aconteceu. Jean Grey foi alvo de um poder máximo que alterou a sua constituição de mutante. Tornando-se um perigo para todos e com dificuldade em controlar esta magnitude de poder, procura descobrir mais sobre o seu passado e abandona os X-Men.

The mind is a fragile thing. Takes only the slightest tap to tip it in the wrong direction.

Professor Xavier

“X-Men: Dark Phoenix” apresenta muitas falhas na sua narrativa. Um forte desleixo na construção das personagens que não apresentam sentimentos nenhuns a trágicos acontecimentos. Além disso os actores não aceitaram bem os seus papéis, apenas se destacam James McAvoy, Michael Fassbender e Jennifer Lawrence que fizeram o melhor que podiam pelo filme. Os restantes apresentam um desempenho fragilizado. Contudo a culpa não é só dos atores, esta película estava destinada a falhar. As pressas dos estúdios em avançar com este filme, sem criarem um plano que possibilitassem o seu sucesso. Isto da venda dos direitos e afins complica a qualidade da representação cinematográfica. Após de 20 anos de filmes do X-Men este não correu bem e não é o ponto mais forte desta saga que conseguiu excelentes momentos. Poderiam ter terminado em grande e de forma mais vitoriosa, mas pelo contrário ficamos com um filme que mais valia não ter existido. O blogue atribui 3 estrelas em 5.

Rating: 3 out of 5.
20th Century Studios Fox

Crítica: Maléfica: Mestre do Mal

Maléfica e a sua filha Aurora, começam a questionar os valores de família, enquanto novas revelações surgem sobre o lado bom e mau.

Título: Maleficent: Mistress of Evil 
Ano: 2019
Realização: Joachim Rønning
Interpretes:  Angelina Jolie, Elle Fanning, Harris Dickinson…
Sinopse: Maléfica e a sua filha Aurora, começam a questionar os valores de família, enquanto novas revelações surgem sobre o lado bom e mau.

A continuação do primeiro filme baseado na vilã da Disney, Maléfica, foi lançado 5 após. Maléfica ainda não é bem vista pelo povo humano, mas juntamente com a sua afilhada Aurora, são protectoras do reino das fadas. Contudo tudo muda, quando a jovem princesa é pedida em casamento por Phillip e assim começa um jogo de interesses de política pelo povo humano e o reino das fadas. Uma reviravolta toma precedentes quando ambos os mundos entram em colisão. Ingriss (Michelle Pfeiffer) realizou um plano que promete ser eficaz para destruir a raça de Maléfica (Angelina Jolie) e todo o grupo de fadas.

Neste filme não existem rodeios, a ação é rápida e depressa os acontecimentos mais importantes acontecem. Capta logo a nossa atenção com espectador. Existe uma forte guerra e só pode haver um vencedor. Maléfica como sendo das vilãs mais respeitadas de Disney, neste filme brilhantemente interpretada por Angelina Jolie (não via outra atriz a fazê-lo) consegue fazer com que adoremos esta personagem. Além todo o filme se envolve sobre a sua história. Contudo Michelle Pfeiffer entra fortemente nesta sequela e torna-se uma vilã admirável. A sua força e destreza, sem medo de atacar é de nos fazer querer ver mais.

-Mistress! I have a little bit of news.

-*Don’t* – ruin my morning!

Diaval e Maléfica

O argumento apesar de focar-se em assuntos até interessantes, não foram muito bem resolvidos e o final foi apressado. Contudo segue uma história de fantasia aceitável e com cenários lindos, mesmo sobre castelos e princesas e ainda um guarda-roupa invejável. Um forte aplauso para o departamento de roupa pois esmerou-se bastante, o cache deve ter ficado por aí. O elenco mantém-se fantástico também. Gostei de algumas das referências que ainda conseguiram fazer com o clássico filme de animação. Concluindo este é mais um filme da Disney que nos encanta com magia, mas que ainda faltava algo para impressionar. O blogue atribui 3 estrelas em 5.

Rating: 3 out of 5.

Crítica: Star Wars: Episódio IX – A Ascensão de Skywalker

A Resistência sobrevivente combate a Primeira Ordem, mesmo no final da saga Skywalker.

Título: Star Wars: Episode IX – The Rise of Skywalker
Ano: 2019
Realização: J.J. Abrams
Interpretes: Carrie Fisher, Mark Hamill, Adam Driver …
Sinopse: A Resistência sobrevivente combate a Primeira Ordem, mesmo no final da saga Skywalker.

O final da saga chegou e com ele a história dos Skywalker. As críticas dos filmes anteriores podem ler aqui e aqui. Continuamos os eventos dos filmes anteriores, mas desta vez Rey continua o seu treino com Leia para se tornar numa jedi melhor, enquanto isso Kylo Ren continua a procurar o caminho das trevas e que o leva a descobrir um novo vilão. A ameaça da Primeira Ordem continua cada vez mais próxima, mas a resistência continua a manter-se forte. Uma nova pista para terminar com o mal, chegou às mãos de Rey, Finn e Poe, umas coordenadas para encontrar o secreto planeta, fonte do poder maligno dos Sith.

Todo este filme avançou muito rápido. O realizador J.J. Abrams tinha aqui conteúdo para dois filmes, mas o direito de emendar os erros feitos no filme anterior foi mais iminente. J.J. Abrams tinha uma nova história para completar, por isso este filme foi feito sob pressão e com tempo limitado. Daí que não houve tempo para melodramas desnecessários e a ação avançou em grande frenesim. O tempo passava muito rápido e as situações mais difíceis eram resolvidas com pressentimentos e sensações sobre qual era o melhor movimento. Na verdade todas as personagens do filme já sabiam o desfecho final, excepto a audiência. Pois, segundo foi transmitido, só se guiavam por uma sensação de certeza. Tal foi uma falha muitas vezes apontada durante todo o filme.

Além desses facilitismos, este filme apresentou algumas falhas na narrativa, J.J. Abrams conseguiu tapar alguns buracos do filme anterior, mas foi o seu esforço e determinação que conseguiu manter o filme firme e não torná-lo péssimo. O elenco esteve excelente, apesar que devido às novas personagens, devia ser deixado mias protagonismo. A realização e efeitos visuais também foram do melhor o que possibilitou manter-se a qualidade da fotografia. Houve certas referências aos filmes anteriores o que provocou a alegria dos fãs, mas não durou muito tempo. O desfecho para algumas personagens devia ser melhorado, mas não se pode ter tudo. Concluindo este é um mau filme, com bons momentos, mas que faziam todo o sentido se já não houvesse uma história longa de mais de 40 anos de legado. Este foi o fim da saga Skywalker, mas “Star Wars” ainda vai continuar.

Rating: 4 out of 5.

Crítica: Cronicas de Natal

Esta é a história de dois irmãos. Kate e Teddy Pierce que realizam um plano para apanhar em flagrante o Pai Natal em câmara. Mas a noite da véspera de Natal torna-se algo que nunca imaginariam ser possível.

Título: The Christmas Chronicles
Ano: 2018
Realização: Clay Kaytis
Interpretes: Kurt Russell, Darby Camp, Judah Lewis…
Sinopse:  Esta é a história de dois irmãos. Kate e Teddy Pierce que realizam um plano para apanhar em flagrante o Pai Natal em câmara. Mas a noite da véspera de Natal torna-se algo que nunca imaginariam ser possível.

O Natal está aí à porta e só nos apetece ver filmes natalícios para entrarmos no clima. Nada melhor do que este filme da Netflix, “As Crónicas de Natal” para o efeito. Uma história sobre magia, família, amor e sobre o acreditar em nós próprios que é o principal. Numa busca em descobrirem o Pai Natal, dois irmãos: Katie e Teddy decidem filmá-lo ao entregar as prendas. Claro que conseguem entrar à socapa no trenó do Pai Natal e vivem com ele uma aventura quando tentam salvar o Natal e entregar as prendas aos restantes meninos com a ajuda das renas e dos duendes.

Esta é uma comédia carinhosa e muito simpática sobre o milagre desta época natalícia. Kurt Russel é o Pai Natal, numa versão mais moderna e sexy (adorei o que fizeram com a sua roupa) e atual desta personagem que sempre a imaginamos como querida e com certas limitações. Gostei de saber que este Pai Natal também consegue ser vocalista de uma banda de rock.

Can’t you just wave your hand, and like, Jedi mindtrick the cops?

I’m Santa Claus, Teddy, not Yoda.

Teddy e Santa Claus

Concluindo este é um filme divertido indicado para quem é um christmas lover e indicado para toda a família. Além disso o final do filme é um murro de nostalgia e uma enorme surpresa. O segundo filme já foi confirmado para 2020. O blogue atribui 3,5 estrelas em 5.

Rating: 3 out of 5.

Crítica: Aladdin (2019)

O clássico do filme Aladdin ganha nova vida neste live-action. Muito idêntico ao filme original com músicas que conhecemos e muita magia.

Título: Aladdin
Ano: 2019
Realização: Guy Ritchie
Interpretes: Will Smith, Mena Massoud, Naomi Scott…
Sinopse: Um ladrão com bom coração torna-se dono de uma lâmpada mágica e conhece um génio que tem o poder de transformar os seus desejos em realidade.

A Disney voltou a dar uma nova energia aos seus filmes clássicos. “Aladdin” recebeu este ano o seu primeiro live-action. O filme de 1992 foi um sucesso e ainda hoje nos lembramos da genica na representação de Robin Williams como génio. Para fazer encher mais os seus cofres a Walt Disney Studios decidiu apostar num novo filme inteiramente idêntico ao clássico, baseado nas histórias das 1001 noites. A história principal já conhecemos. Aladdin, um jovem rapaz de rua que apenas rouba para sobreviver, conhece a princesa Jasmine, quando esta tenta “fugir” à sua vida demasiadamente protectora do palácio. O destino voltaria a juntá-los quando Aladdin torna-se dono de uma lâmpada mágica com um génio que lhe propõe a realização de 3 desejos. A premissa mantém-se muito igual ao original (e ainda bem). Mudam apenas pequenas referências para dar uma continuidade maior à obra cinematográfica.

Nesta versão, as personagens Aladdin e Jasmine, recebem mais encontros. O romance entre os dois é espontâneo e natural, contudo foi necessário insistir um pouco mais com a princesa pois não ficou imediatamente convencida com o recém príncipe Ali de Ababwa. Na verdade foi Jasmine que mudou mais nesta adaptação. Interpretada por Naomi Scott conseguiu um protagonismo maior do que a personagem título do filme. Com argumentos mais significativos e com o pensamento no povo, Jasmine é a voz do poder feminino, isso até lhe conseguiu uma canção nova, “Speechless“. Mas ainda nos aspectos positivos temos o entretenimento que Will Smith como génio nos oferece. Não esteve nada mal, na verdade, ao contrário do que parecia no primeiro trailer. Smith criou um novo génio, bem diferente do mais entusiasmado que Robin Williams interpretou. Outro factor que adorei foi as cores vibrantes dos cenários e do guarda-roupa. Os figurinos estavam fantásticos. Adorei  facto de Jasmine mudar 50 vezes (exagero) de roupa, era todas lindíssimas. Além disso a magia bollywodesca estava bem presente durante todo o filme. Guy Ritchie inspirou-se na cultura indiana para recriar muitas das cenas presentes no filme.

Mas a realização é mesmo dos pontos mais negativos desta obra. Guy Ritchie não teve a capacidade necessária para filmar este filme, pois precisava de uma energia mais positiva, principalmente nos momentos musicais. Faltou o factor cativante que nos fez sentir nostálgicos em momentos como “Friend Like Me” e “Prince Ali“. O ator Marwan Kenzari não foi a melhor escolha do elenco para o papel de Jafar. Faltava-lhe o carisma do vilão e as sua feição vil. Não sentimos conexão nenhuma com esta personagem, o que é uma pena, já que Jafar é dos melhores vilões da Disney. Concluindo esta é uma obra que causa alguma nostalgia, mas apresenta algumas arestas que precisavam ser melhoradas. No entanto é divertida, engraçada e entretém, sinceramente esperava menos, mas conseguiu surpreender-me. O blogue atribui 3,5 estrelas em 5.

Rating: 4 out of 5.